quarta-feira, 6 de novembro de 2019

De volta ao trabalho 3 - Como participar

Como participar 

Existem aqui diversas maneiras de receber os estudos, tradições, práticas, exercícios, etc.. Quanto à ordem temos as vias e as portas e nelas todas temos três principais formas de membresia:

Como estudante 

Nesse caso a pessoa escolhe apenas ou em primeiro lugar estudar o que a ordem estuda, o que ela ensina, o que já tem descoberto e comprovado e o que está em estágio de pesquisa. A pessoa pode escolher estudar tudo (que é o melhor), ou estudar através de uma das vias apresentadas ou ainda uma das portas disponíveis numa determinada via ou em mais de uma. E pode receber também instrução prática, mas não que tenha que fazer esta prática ou participar das nossas, mas que pode praticar o que escolher ou simplesmente tomar como informação sobre práticas. 

Como prático 

A pessoa escolhe a parte comprobatória, recebe estudos apenas relacionados com as práticas de cada grau e as práticas que necessite ou peça para aprender (caso seja adequada), escolheu o caminho prakticae, sendo que este é um caminho que chega em algum momento no modo iniciático, então a pessoa chegará também ao ponto de fazer os estudos necessários se assim deseja. Neste caso ela também pode seguir por uma das vias ou todas (uma após a outra ou simultaneamente se puder).

Caminho iniciático 

A pessoa escolheu o pleno caminho que contempla ambos, estudo e prática, e que leva mais rapidamente à terceira base do tripé da fraternidade, a realização (o tripé iniciático da ordem é estudo-prática-realização, que também é o pré-requisito para o avanço). Esse é o autêntico caminho da ordem para que a pessoa alcance a visão do real, o esclarecimento, a iluminação, a verdadeira compreensão, o conhecimento direto, íntimo, perfeito, as verdades reais e finalmente a verdade última, a verdade plena, toda a verdade. Este é o caminho que verdadeiramente liberta. Nele também estão todos os que desejam ensinar, para libertar, curar e iluminar a outros, isto é, levar, conduzir, guiar, ensinar outros a também  despertar. E todos que almejam ensinar além de terem que entrar por este caminho devem conhecer todas as vias e portas.

As vias 

As vias mais recentemente têm sido conhecidas pela porta que é enfatizada em seus estudos, mas esta não é uma definição estanque, nem completamente precisa. As vias tem sido inclusive chamadas pelos nomes das religiões que as tomaram (total ou em parte) como caminho, embora isto não seja completamente adequado. Por essa nomenclatura teríamos 5 vias assim chamadas: cristã, budista, hermética, taoísta e yogi. Essa nomenclatura homenageia os caminhos pelos quais essas vias foram tomadas pela humanidade como religiões ou ainda a origem filosófica e ou iniciática de tais vias em suas principais manifestações.

A via cristã é a que inclui pessoas de aspiração ou de religião cristã, gnóstico-cristã, gnóstica, telêmica, kabalisistica e rosacruzes  (estas e outras vertentes, que descendem da tradição cristã e não o contrário como querem impor em vários sites e livros).

Budista é a via a que as pessoas ligadas às várias escolas budistas (sejam elas autênticas ou não) vindas da tradição mahayana, hynayana, zen, chan, vajrayana, dhyana, citam através, etc.

Hermética é a mesma via que se chama científica onde ingressam todas as pessoas onde essa tendência é predominante, aqui também se incluem os gnósticos herméticos, os telêmicos hermeticos e os kabalistas herméticos além dos hermeticos puros e outros. Nesta via estão desde os tradicionalistas até os cientificistas e foi a partir dessa via que eu mesmo abri a porta e via científica, inicialmente chamada assim por causa do método enfatizado, mas também porque os cientistas e estudantes dificilmente sabem oi reconhecem que essa tradição juntamente com a rosacruz foi que criou e desenvolveu toda a ciência moderna e quando a pessoa faz ciência ou estuda ciência numa universidade está seguindo uma filosofia e procedimentos herméticos.

Taoísta geralmente abriga as pessoas ligadas à qualquer tradição dessa escola e quaisquer tradições  (autênticas ou não) e sub-escolas dela, incluído os das antigas tradições chinesas e os que têm ligação apenas ligação ideológica-filosófica ou também alquimista antiga (vertente mais antiga da alquimia sistematizada, que está na origem das outras formas).

Yogi é o caminho de todo o yogin, mas inclui toda pessoa de religião ou tendência hidu, seja de qualquer tradição ou escola, seja brahmanista, krishnaista, ramaista, shivaista, samânico, tantrista, etc. Ou de outras tradições como yogins budistas e taoístas (do tanta taoísta e similares); também de rodas as escolas yogis  e derivações, tais como, raja, jnana, laya, kryia, astanga, etc.. 

Porém esta não é uma classificação exata, é apenas uma que todos gostam naturalamente e se tornou comum por se referir a religiões e a maioria das pessoas têm alguma religião. As cinco vias antecedem essa classificação, pois antecedem em origem também a essas sabedorias. Uma forma é pelas correntes que representame como que a origem dessas manifestações que se transformaram em tradições. Então temos uma corrente descendente, onde o divino vem ao humano, depois de quatro correntes ascendentes, isto é, onde o humano almejam o divino, em termos tradicionais. Em termos técnicos temos que na descendente o incondicionado trás do nível mais elevado a ordem ao condicionado, ao caótico, convergindo todos os caminhos (representados por quatro caminhos possíveis antes disso) em si mesmo, atraindo ao centro e única porta final para a ordem original novamente.

As quatro vias representam as quatro ênfases possíveis até então: (A) a que parte da forma (do corpo, da matéria,  da transmutação do denso no sutil) e das partes mais densas do ser (do animal, do instintivo e sexual cego) por processos de sublimação, transformação, transmutação até o sublime (chumbo em ouro); (B) a que perte do emocional por processos similares aos anteriores incluindo também a transfiguração entre eles; (C) a que parte do intelecto racional por processos similares aos anteriores até a libertação e regeneração ao estado original; e (D) a que utiliza os três processos anteriores completamente, sem enfatizar nenhum, mas trabalhando todos por igual. 

Esses são os caminhos ascendentes enquanto a corrupção mental e materialização das substâncias ainda possibilitavam que se chegasse ao caminho central e último através de nossas próprias escolhas e trabalho.

Mas quando ocorre a descida da ordem ao mundo é porque esses processos não eram mais suficientes quanto aos objetivos finais e o retorno à ordem original. Então só fica disponível o quinto processo, que apesar de não dispensar os anteriores se coloca como premissa inclusive de sua realização plena, pois sem essa ordem trazida para nós não seria mais possível sequer levar a cabo um desses outros caminhos mesmo se dedicássemos toda nossa vida a eles.

Na continuação estudaremos as portas e mais sobre a quinta via e como ela se tornou no final o único caminho...

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