sexta-feira, 17 de agosto de 2018

QUAL A RAZÃO DE EXISTÊNCIA DESSA ORDEM - PARTE 1


PODE SER QUESTIONADO: 


1. Já existem tantas ordens filosóficas, ou ocultistas, ou rosacruzes, ou gnósticas ou iluminísticas, ou esotéricas, ou religiosas, ou científicas, etc., por que então criar mais uma denominação?

A resposta é simples: não se está criando algo novo, mais um, senão no arranjo, mas resgatando algo original, que está ausente neste momento em qualquer das ordens existentes. E ao mesmo tempo também trazemos algo novo que só o nossa ordem tem (criar e trazer são coisas bem diferentes). Uma ordem autêntica que surge para restaurar e uma nova escola de pensamento, filosófica e científica, essa é nossa ordem.

Isto pode levar a supor que estaríamos dizendo que todas as outras ordens são derivações, degenerações, falsificações ou distorções. Muitas são, mas nem todas, e mesmo as falsas cumprem um papel na equação do cosmo (totalidade dos tempos e espaço). 

Elas servem (1) de achado para quem as procura, pois muitos consciente ou inconscientemente estão procurando exatamente aquilo, mesmo uma mentira, muitos procuram mentiras; (2) de retribuição a ações do passado, muitos merecem tal "castigo" ou engano, pois são enganadores ou se auto-enganam, mas o que "castiga", o enganador intencional, também será castigado, nelas ou em outras; e (3) servem de redirecionamento para os perdidos, pois muitos não aceitam a verdade logo, a maioria, têm que passar por gradações de verdade entre enganos que lhes mais são aceitáveis que a própria verdade, antes de sair à procura da real verdade, tais ordens servem de transição desse estado de engano, e, infelizmente para muitos, de degrau, pois terão que passar por muitos outros enganos até poderem aceitar os meios corretos e a verdade verdadeira, já que procuram "verdades" completamente falsas.

As ordens no mundo estão de acordo com o mérito, merecimento, e a necessidade das pessoas. Às vezes a pessoa necessita passar por certas experiências e estas podem ser encontradas numa ordem falsa, sem dúvida. 

Outras vezes um buscador sincero por outro lado é alguém desonesto, mentiroso, ou tem qualquer outra falta em seu caráter, ele pode não encontrar a Ordem, por lhe faltar virtude. Ainda outras vezes a pessoa é magnífica, boa, inteligente, dedicada em tudo que faz, mas ela não procura a Ordem, ela simplesmente não quer, ou pior ainda, se acredita auto-suficiente. Mas finalmente existem aqueles que tem todos esses problemas, e nenhuma virtude, são o contrário disso tudo e a Ordem chega até eles, por que? Para que ninguém se orgulhe ou se vanglorie, para mostrar o poder de transformação da Ordem, para humilhar os arrogantes e mostrar a misericórdia.

Nós não dizemos que as outras ordens são falsas. Dizemos que todas as ordens são necessárias. Muitas estão corretas e são diferentes umas das outras, pela metodologia, objetivos, fundamentos. Além disso as outras consideram seus caminhos, métodos e ou  livros sagrados como verdades e às vezes como verdades eternas e nós consideramos tudo num contexto de um mundo de ilusão, como um jogo de xadrez, e todas as suas tensões até a derrota ou vitória, com o retorno à vida real no caso de vitória. Fazem parte desse jogo de forças muitas ilusões e algumas verdades, entretanto realmente dentro desse contexto há caos e ordem de forma equilibrada, portanto também existem referenciais verdadeiros, livros sagrados verdadeiros, métodos verdadeiros, e é pelo uso desses referenciais de verdade que nos caracterizamos. 

Existem muitos referenciais de verdade, as pessoas normalmente usam uma mistura entre verdadeiros e falsos. São exemplos de referenciais os sentidos, a mente e sua razão e ou lógica, livros sagrados, informações, a experiência ou o hábito ou a repetição, a meditação, etc., todos esses falhos, passíveis de erro e de "relativização" de pontos de vistas, subjetivos.

Mas dentro desses mesmos inclusive, existem os verdadeiros referenciais, os sentidos verdadeiros (que geralmente não temos acesso fácil), a mente e sua razão e lógica verdadeira (que também não estão acessível facilmente ou à vontade), livros sagrados verdadeiros (que normalmente não se tem como ter certeza que são, nem quais são, nem suas verdadeiras interpretações) informações verdadeiras (que com dificuldade podemos confirmar), a experiência ou o hábito ou a repetição de eventos reais (o mais difícil de todos porque sempre enxergamos tudo a partir de nossa própria ótica condicionada, de nosso próprio ponto de vista muito limitado e julgamos ou interpretamos essa experiência dentro de nossa subjetividade, de fato não temos experiência objetiva normalmente) e meditação verdadeira (que no geral por não chegarmos imediatamente a seu objetivo último, não sabemos qual é).

Aqui alguns exemplos apenas, os mais evidentes talvez, para alguns, de referenciais de verdade e como mesmo eles podem ser duais ou múltiplos, não podemos confiar totalmente neles nem em sua somatória, imagine nos menos evidentes, nos mais sutis, como estamos mais sujeitos ao engano. Então nossa ordem procura fundamentar o estudante apenas em referenciais de verdade completa. 

Além desses podemos citar alguns importantes como uma leitura simbólica da realidade a partir de arquétipos simbólicos universais, o cálculo matemático, estatístico e geométrico, a confirmação das intuições (algo muito complexo para ser falado aqui nesse espaço, pois só o conceito de intuição já envolveria um texto maior que esse, mas rapidamente classificando o conhecimento direto se dá em graus, intuição direta, a mais imediata e fugaz, percepção, impressão, distinção, reconhecimento e conexão ou gnosia, conhecimento unificado, íntimo, onde só o primeiro e o último dão um testemunho e ainda parcial da realidade, enquanto os outros são realidades convencionais, psicológicas, condicionadas, aprendidas), a linguagem "universal", ou "linguagem natural", ou "linguagem de Deus", enfim, a linguagem pela qual os fenômenos se expressão a nós e seus significados, a realidade dos números (que são abstratos, claro) e sua relação com os fonemas, as notas musicais, harmonia e seu funcionamento como veículo e por último e mais complexo a análise, o método dos verdadeiros filósofos, que não é analisar no sentido corriqueiro, mas se apossar dos conceitos, natureza, objeto e significado como se fosse seu próprio autor e seu próprio ser.

Através desses exemplos mostramos ainda que muito rápida e superficialmente como o ser humano comumente está enganado, o que vê como objetivo e concreto é o mais subjetivo na verdade, e o que vê como subjetivo (nem tudo, só alguns como os dos exemplos acima), são realidades de fato, incondicionadas e eternas.

Assim, uma metodologia é algo fundamental para que a pessoa atinja seus objetivos, visto que normalmente estaria sempre enredada numa teia de ilusões ou aparências e verdades dificilmente evidentes. Uma das formas é através da graduação de estudo nos níveis superior, pós-graduação e doutorado que é chamado caminho do estudante ou caminho filosófico; outra é através da graduação de estudos e práticas em também três níveis que é chamada caminho científico; e outra que pode ser derivado dessas ou não, sendo também independente, que é o da graduação em vivências, experiência direta, que é chamada de caminho ou via religiosa (não uma religião, que fique claro isso). Nossa ordem usa todos três, a pessoas escolhe um ou dois ou os três meios simultaneamente que é o melhor e é chamado o caminho completo...

Por tudo isso nossa ordem deve existir aparte das outras. Em resumo, são o para que e como que justificam o aparecimento da ordem. Para (1) restaurar o que foi modificado, escondido, corrompido, perdido; (2) trazer o que é necessário e possível para este momento, para atender as novas necessidades da época; e (3) mostrar e que é verdadeiro e denunciar o falso. Como ela faz isso é um modo que nenhuma outra tem, portanto ela traz (a) um método que outras não têm embora passam haver similaridades em alguns aspectos com outras; (b) traz uma nova visão e um modo de ver, uma nova escola de pensamento ainda que baseada na metodologia científica, portanto, uma nova escola filosóficas, com novas e recentes descobertas, teorias e conclusões, uma nova visão e (c) recupera a efetividade do fundamento das escolas escolas antigas revelando o significado de seus registros e de como entendê-los, recuperando através de uma exegese e hermenêutica originais a compreensão dos seus significados em seus vários níveis de interpretação (que nesses casos varia de três a sete níveis de significado)...

Contato através do frateriliv@gmail.com

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

UMA NOVA VERSÃO DA TEORIA DO MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEL


Por Fra. I.L.I.V., 
(trabalho apresentado como critério parcial para o doutoramento)

Deus, eterno, onipresente em todos os instantes do tempo simultaneamente, onisciente, onipotente, conhece todas as possibilidades e combinações de mundos possíveis. O mundo que quer criar é um tipo de mundo onde ele dá poderes a seres para serem semelhantes a ele, em aspectos bem claros para nós, que são consciência, mente e vontade próprias, o que significa consequentemente e em primeiro lugar liberdade. 

Então Deus conhece todas as ações e caminhos possíveis dos seres e suas consequências inevitáveis. Deus é também ordem e é lei, ou seja, sua natureza é assim, dela faz parte lei e ordem. E causa-e-consequência é uma dessas leis, mesmo com sua intervenção possível (aqui cabe um grande parêntese, pois as pessoas confundem onipotência com poder tudo, e, nessa versão ignorante, Deus poderia deveria poder fazer coisas ilógicas, como por exemplo criar uma pedra que ele mesmo não possa levantar, quebrar suas próprias leis ou sua própria natureza, perverter regras da matemática; imorais, como mentir, enganar seus seres, sentir prazer em criar para fazer sofrer; e tolas, como o mesmo exemplo da pedra, ou não saber imediatamente qualquer consequência de qualquer dos seus atos por simplesmente escolher isso, ou seja, ser negligente ou displicente de propósito; mas todas essas idéias não merecem nossa atenção pois são extremamente impensadas, irracionais, realmente visivelmente tolas).

Então sabendo de todas as consequências possíveis inclusive da liberdade dada, dos lipos de liberdade, e de todas as ações dos seus seres, e, além disso amando o que já conhece em sua mente, a criação e os seres que serão seus filhos, ele cria o melhor mundo possível, isto é, um mundo onde, digamos por exemplo, menos sofrerão, o sofrimento será o menor e por menos tempo possível, e o número de perdidos será o menor possível. Não é difícil imaginar. Isto é a explicação possível para o por que Deus teria criado esse mundo e como este seria o melhor mundo possível. Era isso ou nunca ter existido, o que você preferia? Que você, tudo e todos jamais tivessem existido? Deus, dentro dessa explicação escolheu a criação, e sua existência inclusive, se algum evento da história no passado fosse alterado, mesmo que o pior de todos, isso já teria consequência no agora e seria bem possível que você não existisse; assim Deus, perfeito, escolheu esta opção, então essa é com certeza a melhor escolha e seu fim, o fechar dessa equação, é o melhor possível eterno também.

frateriliv@gmail,com