quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Um jogo educativo para compreender por si mesmo o universo, o tempo, o espaço e a consciência:



O tempo e o espaço são muito difíceis de entender. Cada estudante deve fazer um esforço e uma reflexão. Tomando por base os sentidos e a ideia errônea de que o espaço, a matéria, existe por si mesma; fingindo por um instante que ela não depende de nossa consciência e que o universo em sua maior parte seria matéria e energia, sem consciência.

Nessa situação o estudante pode imaginar o início desse universo explodindo (que é um termo antropocêntrico demais também já que se baseia na nossa ideia de tempo; se chama explosão apenas porque, para nós, nossa ideia de tempo, as partículas se separariam muito rápido, mas vamos imaginar que é lentíssimo). Então essas partículas desse sol primeiro ao se afastarem e misteriosamente se juntarem formando corpos e pouco importa como, então sois e planetas (não vou entrar nas teorias da física, o que não é necessário, mas é bom se aprofundar nelas também). E em alguns deles surgindo a vida (por um processo evolutivo mecânico que fique claro; não é preciso, mas quem quiser se aprofunde com Darwin e sucessores). Então nos seres vivos por um processo evolutivo também surgindo a consciência, nuns mais que em outros.

Até agora nada fora do comum e do que a ciência nos ensina. Mas então veja-se o estudante sobre uma dessas esferas planetárias, como de fato parece ser o caso. Consciente desse universo e de si mesmo. É claro que a maioria estará diante de algo que eu não disse para imaginar, mas já imaginaram, se este for o caso elimine completamente essa ideia agora: a ideia de que há você olhando o universo e que são duas coisas à parte.

Aqui é de suma importância notar que tudo até agora surgiu no universo inevitável e fatalmente; sendo ele mesmo. Explico, até agora não falei de nada que não fosse o universo mesmo. Seres e consciência são elementos do universo. Pensar diferente disso seria grande tolice. Nesse ponto o estudante deve perceber que ‘sua’ consciência é um fenômeno natural do universo que desse modo olha para si mesmo exatamente como os olhos físicos e a mente olham para o corpo. Isto é um fato empírico, não uma teoria romântica.

Mas o estudante deve imaginar que várias consciências já fizeram isso. Nesse planeta e muito provavelmente em outros. Até é provável que hajam consciências mais abrangentes e com mais conhecimentos sobre o universo que essa que pensou ser sua. Momentos de consciência são uma consequência indubitável da existência do universo (que supomos existir e no qual supomos estar). Seu momento ‘próprio’ (do estudante) é fugaz, efêmero, ínfimo, com relação à duração do universo, mas do seu ponto de vista é a totalidade do seu tempo, de sua própria existência. Para alguns isso pode parecer paradoxal e talvez seja, mas pouco importa, mesmo assim é bom remoer essa ideia um pouco, como diz Nietzsche, ruminar um pouco. O fato é que há no universo alguma consciência do universo, onde o universo é objeto da consciência. Isso é um fato corriqueiro que apenas não costuma ser notado ou que o pensamento enganado e assoberbado do antropocentrista não concebe normalmente, vê de outra forma que julga mais perspicaz.

Agora vamos ao campo fora dos padrões científicos e filosóficos: o que é a consciência do universo? Pense sobre isso... que a consciência é um fenômeno que aparentemente ocorre no universo depois de um tempo, ou foi o que se supôs até agora baseado nessa ideia (que não é de fato tão empírica, nem fácil de se sustentar como pensa o cientificista ou alguns filósofos). Mas esse organismo, essa consciência, aparentemente residente num corpo, essa, digamos célula do universo, cumpre um papel que muitas outras também cumprem. A consciência comunga (ou nem tanto) conteúdo com várias outras que supostamente testemunham ou ao menos podem testemunhar os mesmos fenômenos. Vamos dizer que aqui além do momento dessa consciência efêmera, mas que junto com várias outras e devido mesmo às observações de várias outras anteriormente, constituiu uma consciência do universo (pouco importa se ou o quanto corresponda a uma suposta realidade).

Chegamos então ao ponto onde também esse ‘organismo’ maior, chamado universo adquiriu dentro de si consciência de si mesmo. Parecido com como as células queimam dentro da mitocôndria (certa organela que possui) o oxigênio gerando energia para o resto da célula e para todo o organismo. Nesse caso o universo dentro de nós cria a consciência para todo ele. Mas nós morremos um dia. Nosso planeta também e todos os planetas em seu tempo se acabam.

Então imaginemos de novo como na ciência, supondo que certa hipótese seja verdadeira, que o universo depois de expandir ao máximo também contrai voltando a formar corpos celestes e que agora já estamos no fim do processo de contração desse universo, voltando a juntar tudo, todas as partículas subatômicas sem deixar nenhum espaço vazio em seu interior.

O tempo é uma relação, com o espaço, tamanho, velocidade das partículas e claro tem relação com nosso tamanho e movimento, nossa duração nosso planeta e seu movimento. Nada disso existe mais. Há só novamente uma pequena partícula. Suponha que ela é atemporal ao fim do processo, quando o último aperto foi dado e não há mais como comprimir, não há mais movimento. Eis o instante 0, causando o processo inverso, uma nova explosão e um novo universo. O que vai acontecer? Imagine.

O tempo por um instante chegou ao 0 deixou de existir e começou de novo. Outro universo começou de novo do ponto 0. Assim todo universo sucessivo, também é simultâneo. As possibilidades da consciência de novo acontecerão no novo universo e novamente é provável que uma consciência do universo surja, ‘sua’ consciência provavelmente surgirá também, senão nesse num outro ou noutro ainda, e assim por diante. Na infinidade de universos sucessivos-simultâneos todas as possibilidades da consciência (e de sua suposta consciência) já devem ter se realizado. Imagine tudo...

Esse é um exercício ou jogo que poderá revelar o processo do tempo e do espaço e sua relação direta com a consciência e quem sabe a sua inseparabilidade. Não está descrito em detalhe, nem as ideias bem expostas todas, mas para o pesquisador sério basta isso, ou menos que isso, para procurar em sua consciência. Quiçá a consciência se revele em sua relação com o universo o tempo o espaço e os outros seres. Descreva tudo as conclusões; explique, escreva. Vá imaginado, tentando descobrir. Anote e retorne com os resultados.