quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O SISTEMA INICIÁTICO DA ORDEM (parte 3.2)

CLASSIFICAÇÃO GERAL

                Existem ritos puros, originais. E existem também alguns outros mistos ou derivações. Existem também ritos novos ou recém-criados, pois todo aquele que compreende o funcionamento e os elementos efetivos de rituais pode fazê-lo. Não vamos listar todos os ritos e seus elementos, mas os principais dentro de uma classificação organizada e alguns exemplos.
Os ritos podem ser classificados em sete tipos. Estes tipos são nominados segundo suas características, origens ou predominância. Se um rito é misto ele é nomeado pela característica predominante; se ele é misto de um original com adições ou até se é o original e tem adições ou simplificações ele é nomeado segundo sua origem; se ele é criado completamente ou mesmo a partir de um já existente, perdendo este suas características ele será nomeado pelas características e se estas forem muitas, então será pela predominantes, assim temos:              
( 1)    Ritos budistas. Neste estão também inclusos ritos ou elementos de yoga, tantra, zen, teosóficos e do zen-taoísmo.
( 2)    Ritos gnósticos. Se incluem aqui também novamente elementos ou ritos, são estes os zostrianos, herméticos, maçônicos, rosicrucianos, egípcios, budistas , tântricos e yóguicos. Gnosticismo e rosacruz são muito provavelmente os sincretismos mais abrangentes na história das ordens esotéricas.
( 3)    Ritos rosicrucianos. Novamente se incluem gnósticos, hindus, yóguicos, tântricos, maçônicos, herméticos, egípcios, budistas, antroposóficos e zostrianos.
( 4)    Ritos maçônicos. Se incluem os rosicrucianianos, zostrianos, herméticos, gnósticos, yóguicos, egípcios, hindus e budistas.
( 5)    Ritos herméticos que incluem egípcios e gnósticos.  Colocamos claramente que a alquimia tem caráter científico e não ritualístico, porém há rituais que são chamados às vezes de herméticos que contêm símbolos alquímicos. Mas da mesma forma há ritos budistas e tântricos que contem os mesmos e ou outros símbolos alquímicos. Disto pouquíssimos iniciados sabem. Assim podemos falar de símbolos hindus, taoístas e yóguicos (os tântricos) que contem símbolos alquímicos. Assim perceba que nossa escolha não é por simples gosto ou afinidade, tampouco pelo chamado de acaso, mas todos se ligam em três pontos: ciência (alquimia, ocultismo), religião verdadeira (yoga, tantra, gnosis, iluminação) e filantropia (o caminho do bodhisattva, que é a mais nobre das filantropias, do médico e do filantropo mesmo).
( 6)    Ritos egípcios. Estes incluem os herméticos, também os herméticos de origem chinesa. São ritos simbólicos, diga-se de passagem, não ritos politeístas como se pode aparentar, pois nos interessa dessa origem a parte hermética e esotérica, não a popular. Assim como alguns desses ritos tem origem nas pesquisas dos maçons, rosacruzes e gnósticos podemos classificar seus elementos também dentro dessas origens.
( 7)    Ritos do Tao. Veja que não estamos dizendo exatamente ritos taoístas. Este é o caso que não herdamos tais ritos, mas apenas a sabedoria taoísta. Embora esses ritos existam na religião taoísta não nos utilizamos deles, mas dos nossos próprios. Visto que alguns desses vêm da fonte da pesquisa ou do encontro cultural com o zen, podemos classificar seus elementos também como zen.
Os ritos são de origem simbólica, portanto não podemos dizer racionais, porém a base deles todos é de uma razão superior à nossa de tal modo que nós mesmos, quando escrevemos um rito, vamos aos poucos descobrindo seus elementos, desvendando seus efeitos e elementos de efetividade. A mente humana, naquela parte que a psicanálise chamou de inconsciente e nós chamamos de hiper consciente, pode comunicar-se com a mente ordinária através dessa linguagem a depender do processo. Felizmente para nós, e infelizmente para os cientistas acadêmicos, quando vamos falar da realidade de nossa mente por completo, precisamos fazer experimentos também ritualísticos (além dos de meditação profunda e experiências “fora do corpo”), se não toda descoberta estará incompleta e baseada numa fase da mente que mais se auto engana do que verdadeiramente vê alguma coisa.
 Os elementos humanos, é claro, se incluíram nesses ritos longo do tempo e das transmissões. Nossa missão como estudiosos e pesquisadores é recuperá-los ao mais puro e original possível levando em consideração o objetivo e o sucesso efetivo, mas também interferir com os elementos de nossa análise segundo nossas necessidades e elementos de eficiência. Na tensão desses dois extremos nascem também novos ritos, que são incluídos em alguns desses sete tipos classificatórios.
O ser humano tem feito ritos sempre desde que surgiu no planeta, não degenerar em leituras superficiais do símbolo é um a grande responsabilidade e nessa nos vemos muitas vezes no direito de interferir nos trabalhos de outras ordens quem tem lido erradamente os símbolos ou mesmo interpretado ao pé da letra, ou dando um símbolo diferente quando na verdade ás vezes não se trata nem de um símbolo. Devemos pacificamente tentar corrigir e ensinar, mas também devemos denunciar quando distorcem os símbolos indo contra a liberdade de outros ou fazendo-lhes mal. Ritos são mais perigosos por causa disso até do que por sua ação e poder efetivo. Aqui o segredo pode ser o inimigo da verdade. Os significados têm que ser esclarecidos muitas vezes quando possível. Outros que levam a poderes ou a perigos não devem ser revelados ao profano. Assim se inicia um de cada vez, não existe iniciação coletiva, quanto aos segredos mais avançados.
No mundo têm aparecido diferentes ordens e nós queremos inspirar sempre ordens boas e que surjam ordens boas em uma diversidade cada vez mais abrangente para que o ser humano possa acordar do sua sonolência e curar-se desse desvio no processo da sabedoria...
Diga-me você se não quer ficar curado, sadio e saber a verdade? Todos querem, e merecem saber a verdade (alguns, entretanto, estão tão doentes que não querem mais, e a maioria não sabe e nem concorda que esteja doente), mas incorrem em erros sobre erros, como alguém que tenta limpar um espelho jogando-lhe areia, poeira e diferentes materiais, tendo água a seu lado e nunca sequer imaginando em experimentar jogar água. O humano entrou nesse caminho nessa visão absurda e a fraternidade tem de usar muitos artifícios para convencê-lo a olhar para a água e vê-la como uma substância purificante, limpante. Que então trabalhe, limpe seu espelho, aos poucos, molhe, esfregue-o. É muito difícil, porém, fazer o humano trabalhar, pois ele se ocupa com muitas coisas tolas e desnecessárias, sem falar das tantas ocupações prejudiciais das quais poucos escapam. Se ocupar em ritos (os ritos certos) é como ir aprendendo a molhar as mãos, passar no espelho, um trabalho lento e cumulativo, não é tão milagroso como querem fazer pensar alguns, mas que exige um pouco de assiduidade, ligação, compromisso e entendimento também.
A meditação é o mais importante e nunca pode ser deixada de lado, todos os ritos em seu estado puro e original contêm meditação, ou antes, ou durante, ou várias vezes durante e depois. Mas se a pessoa não medita em sua vida diária ela terá pouco progresso, esparsa de resultados. Tudo é cumulativo e reservatório em matéria de mérito, exercício e esforços. É também um logo e detalhado trabalho de limpeza, cura. Todos devem aprender a ser verdadeiros médicos da psique. Essa é a função da fraternidade e da ordem. Então você limpará aos poucos a vista e então verá por si mesmo, e mesmo quando começa a limpar a visão e vir o que não via já pode aprender a ajudar os outros. Deve estudar, meditar, praticar. O humano sente-se mal, mas acostumou-se a isto. Quando ao longo do processo começa a sentir-se realmente bem pensa consigo mesmo “nunca de fato vivi como estou vivo hoje” ou “eu era, um morto-vivo, um cadáver, um doente e sequer sabia”. A ordem também é medicina neste sentido. Além de filantropia médica do corpo, que os médicos, terapeutas e enfermeiros podem fazer, há esta que todos devem mais cedo ou mais tarde se engajar.
Ritos são também um meio de presentear alguns tipos de mentalidade que não se aproximariam se não fosse desse modo. Desse modo os ritos sempre devem ter elementos de ensino, algo a ensinar, além de inspirar, curar, proteger, limpar...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O SISTEMA INICIÁTICO DA ORDEM (parte 3)

PARTE III: RITUALÍSTICAS INICIÁTICAS MÍNIMAS

Os ritos da nossa ordem são variáveis e de caráter experimental para o estudante sendo a iniciação final de cada etapa fixa.
Ritos são artifícios para alcançar ou catalisar melhor um resultado pretendido. A causa real não é o rito em si, mas algum elemento ou mais comumente uma combinação de elementos ali escondidos do consciente do iniciante (ou mesmo do nosso muitas vezes). O objetivo do rito evidentemente não é descobrir estes elementos, mas se utilizar deles para alcançar o resultado pretendido.
Assim, os elementos efetivos muito dificilmente serão percebidos pelos iniciantes, mas os resultados serão facilmente percebidos, estes são o que interessa, o que pretendemos trazer ao consciente. Este mecanismo por outro lado é a causa de quase toda mistificação e engano com relação à efetividade de rituais, o iniciante atribui, sem saber, a alguma causa mágica, mística ou mesmo tem uma interpretação supersticiosa própria para o efeito;  ainda atribui a todo o rito nos mínimos detalhes aquilo que ele experienciou.
Muitas ordens são formadas de dissidentes de graus primários de outras ordens, que não entendendo o que são rituais atribuem causas mágicas sobrenaturais aos resultados (se é que ocorrem). As leis naturais não são quebradas ou suspensas por um capricho místico de alguns. Nós aqui, antes de tudo, esclarecemos esse ponto, afinal somos científicos e não mistificadores. Depois em algum ponto na carreira iniciática a iniciada será informada sobre os elementos efetivos podendo ela mesma até criar seus próprios ritos. Preferimos ritos tradicionais pelas questões da egrégora e ou da tradição que aumenta a efetividade e nos liga mais facilmente a correntes e manifestações anteriores da fraternidade da Luz. Imagine quantas vezes aquelas palavras, invocações, enfim ritos, já foram ditos, já foram feitos, já povoaram a imaginação de quantas pessoas, quantas já a pronunciaram tantas vezes, isto tem alguma ação...
Sinto muito se isto estraga o sentimento de magia de alguns. Se este for caso e você se sente mal com essa perda, simplesmente esqueça os três últimos parágrafos (isto mesmo, simples assim, não se preocupe, esqueça).
Há também ritos nos primeiros graus que não são de caráter experimental para nós, mas já experimentados e confirmados, sendo abertos ao público por serem considerados bons, que devem ser experimentados pelas estudantes, sendo para elas de caráter experimental, obrigatório à formação prática.
Os ritos da graduação são públicos ou secretos ou contêm alguma parte secreta, exceto os do grau I que são todos totalmente públicos. O rito final da graduação, a iniciação, é secreto, pelas razões que já foram explicadas em vários artigos.
Dos três rituais básicos, o primeiro e o segundo podem inclusive serem assistidos por convidados. Do último só os iniciados e o graduando poderá participar. Além desses três básicos há um quarto também básico que é o ritual rosacruz deste grau, deste podem participar convidados numa parte e outra é secreta (destacando mais uma vez que “secreto” neste caso significa apenas “particular”, do qual participam apenas os ordenados e se forem consecutivas, enquanto se dá essa parte particular os convidados podem permanecer em outro ambiente meditando e ou recebendo uma palestra curta, se não querem devem esperar fora ou irem embora).
Além desses quatro essenciais existem outros pontuais: os opcionais, os experimentais a critério da pesquisa do estudante e os anuais que são os dois equinociais, os dois dos solstícios, o Vesak e o Natal. E há também o sétimo, ou rito 11...
Além dos supracitados, públicos em geral, existem os rituais dos sete graus que podem ser assistidos por qualquer graduado (lembrando que graduado se refere a quem completou pelo menos a graduação, isto é, o 1º Grau composto de III graus, aqui nesta via chamado de torre vigilante) e distribuídos em sequência durante o ano ou repetidos em sequência semanalmente como se queiram durante todo o ano (que inicia em abril). E há também os ritos dos trinta e três graus rosacruzes que podem ocorrer paralelamente a partir da graduação do primeiro grau (ritos dos 33 e ou 95 ou 97 graus).
Existem estas e outras graduações ritualísticas opcionais, não é bom citar seus nomes sem necessidade, por isso a maiorias das ordens utiliza-se de abreviações; para evitar confusões com outras ordens preferimos aqui omitir na maioria das vezes também essas abreviações. Algumas dessas iniciações originalmente não têm graus e nós preferimos restaurá-las a isto, mas podemos utilizar graus. Algumas ordens fundiram certas iniciações a outras ou a graduações. Nós usamos tanto fusões sincréticas quanto as originais sem fusões, mas preferimos não fundir as iniciações a graduações de qualquer tipo (embora possamos também fazer isto), isto por vários motivos. Creio ser um dos principais motivos: não atrelar o progresso da pessoa a rituais ou graus ritualísticos, mas sempre enfatizar o progresso na prática, e ou realização, sempre que isto puder ser comprovado cientificamente.
Não damos importância a rituais por rituais, no sentido comum da palavra, nem acreditamos em sua eficácia milagrosa, os rituais são um mecanismo de ensinar e de impressionar ou imprimir no consciente do indivíduo significados arquetípicos que já estão presentes no seu inconsciente (é uma tentativa eficaz apenas de trazê-los à tona, para o consciente), sem usar necessariamente palavras, mas através de símbolos, encenações e outros artifícios.
A diferença em nossa ordem é que a consciência dos símbolos levará a consciência dos símbolos dos símbolos (isto acontece também em algumas ordens tântricas, herméticas e rosacruzes) e em seguida haverá a descoberta de que tudo é símbolo. Isto é para ser vivenciado não apenas entendido, nisto talvez nossa ordem seja a única. Nós descobrimos que não existem coisas, mas apenas símbolos na natureza. É como o dinheiro, ele é apenas um símbolo, não tem valor em si, mas representativo pelos números e símbolos impressos nele o que proporciona todas as trocas. Ele assim é efetivo e seu valor é uma norma, mesmo sabendo que a cédula em si não é o valor, usamos o dinheiro assim como ele é efetivo, como diz o ditado “só os loucos queimam dinheiro”. Assim é o mundo, a natureza, nossos corpos e conhecimentos. Assim também é tudo ao nosso redor e suas consequências. Tudo está ligado e as relações entre símbolos são uma norma imbatível. Porém assim como fora do país nosso dinheiro pode desde ter mais valor até não ter valor algum, nós descobrimos “lugares” onde os símbolos podem ser lidos de outro modo nos levando a uma gradativa independência das leis e relações forçosas e normais entre eles...
            Assim, nossa descoberta de que tudo é símbolo não é nova, mas as explicações de como é isso e os meios e de chegar a isso podem conter várias novidades. Ritos são formas de representar e manipular conscientemente esses símbolos de uma forma controlada. É como reproduzir a natureza em laboratório de forma controlada em tubos de ensaio, provetas e ambientes hermeticamente isolados. Então não é exagero dizer que alguns ritos podem conter chaves para certas compreensões, percepções ou realizações.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O SISTEMA INICIÁTICO DA ORDEM (parte 2.2) A GRADUAÇÃO INICIÁTICA CIENTÍFICA (parte 2)

ETAPAS UNIVERSAIS E CUMULATIVAS, MAS COM ÊNFASES ESPECÍFICAS

Na primeira etapa há então a predominância da gnose, portanto de Nous, no sentido conhecimento direto e do despertar da consciência; os processos de ver por si mesmo e de conhecer são enfatizados. Na segunda a predominância de thelema no sentido da descoberta da verdadeira vontade e direção da vontade ordinária para o reto caminho e para a purificação essencial ao processo da iluminação verdadeira; o conhecimento da vontade verdadeira, o vontadear e sua realização são enfatizados. E na terceira a predominância de ágape, metta no budismo, em seu aspecto tântrico que não só une os dois processos anteriores como trás as chaves da realização do caminho óctuplo e para a aceleração da caminhada e a visão correta da realidade, não apenas a da realidade última no fim do processo, mas da realidade relativa da vida e de todo o processo, como também o caminho para depois da morte; o reconhecimento e a realização da união amorosa é enfatizada. Só assim pode haver a verdadeira fé que é uma confiança prática, fundamentada e amorosa. Neste último estão unidos os três processos (os dois anteriores não são descartados, mas aperfeiçoados, o processo é cumulativo), na unidade da transformação; é predominantemente “mágico” no sentido que transforma tudo no caminho em caminho, é o estagio do tantra, da alquimia e da transmutação, a união das polaridades na unidade, em tudo, o casamento dos aparentes opostos, as núpcias alquímicas, a complementação ou conexão dos paradoxos, a mandala da transformação de tudo o que é experienciado em caminho e em purificação e enfim em Nirvana.
Uma mudança hoje é necessária em muitas ordens e em certos cursos iniciáticos da nossa ordem para excluir dos graus que podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de faculdades e poderes todos aqueles impuros inveterados (aqueles que não querem se transformar), interesseiros, trapaceiros e os fracos: para livrá-los das armadilhas de seus próprios egos, que inebriadas por suas visões equivocadas e contaminadas fatalmente são conduzidos ao erro. Também para evitar que os corretos se desviem ou fiquem fascinados por processos equivocados e luzes atraentes e falsas que não conduzem pelo caminho.
Exemplos de mal uso de poderes desenvolvidos são encontrados ao longo da história. Os mais famosos entre aqueles que usaram a inteligência ou poder desenvolvido de forma errônea em algum momento de suas vidas são Hitler e Napoleão, mas há outros. Hitler era membro de uma ordem fundamentalista cristã e tinha como altos conselheiros membros de uma ordem tibetana de magia negra. Tal ordem tibetana tinha um histórico de que vinha desde centenas de anos usando seus poderes contras os monges e lamas tibetanos. Napoleão era maçom e diz-se que se separou desta com medo de que, por seus métodos poderosos e por sua ideologia liberal, influenciassem a sociedade contra seus planos e sua forma de domínio. Este chegou até mesmo a combater contra a maçonaria. O poder entorpece alguns quando usado, ou rouba energia que seria para o centro da consciência, estamos aqui no corpo, o cérebro influi e limita o comportamento e a inteligência, isto é inegável. Existem outros exemplos, como Milarepa que antes de se tornar um grande mestre, no início de sua carreira esotérica, teve um mestre de uma dessas ordens de magia negra tibetana no intuito de vingar o assassinato de sua família (isto está escrito em sua própria biografia). Fala-se também de Rasputin, do sábio Enoque, alguns faraós e mesmo que Moises teria usado alguns poderes contra seus inimigos e para impressionar e convencer seu povo. Se estes casos mais famosos não deixam dúvida ou se estes outros não passam de boatos não nos cabe garantir, mas sabemos que em todas as ordens mais antigas ou recentes há algum caso de alguém que tenha usado mal o aprendizado da ordem prejudicando a si mesmo, a outros ou mesmo a toada a ordem. Alguns com muito poder preferem não usá-lo.
Sendo o terceiro estágio o mais poderoso é também o mais perigoso e que exige muita responsabilidade e continuidade de propósito, assim certas práticas desses graus da ordem maior que seriam reproduzidos em menor escala nas antecâmaras têm que ser muitas vezes escondidos e deixados para os graus mais superiores onde o candidato já provou o compromisso com o processo do despertar e com o bem do próximo e da humanidade. Àqueles que se interessam ou têm curiosidade sobre tais práticas é simples: perseverem, elas estão no círculo mais esotérico da ordem, a O.I.T.O., disponíveis a todos que são ou se farão dignos de praticá-las.
Mais uma vez ressaltamos que o compromisso com o despertar, como bem do próximo, de si mesmo (os perversos também geralmente são autodestrutivos) e com o bem e o desenvolvimento da humanidade são pré-requisitos indispensáveis para as práticas que resultam em poderes maiores, sejam eles psíquicos ou “físicos”.

SOBRE DIFERENTES NÍVEIS DE TRABALHO E DE ENTENDIMENTO


Em todas as fraternidades de iniciação verdadeiras existem três níveis de trabalho, um nível de ‘perda e ganho’, como já foi explicado, onde se adquirem conhecimentos e habilidades e se perde o grosso da “sujeira”. É a peneira, o nível mundano do trabalho. O próximo nível é o do abandono como explicado, desenvolvimento e esforço supra-humanos, começa-se a se transformar num deva, um deus, um anjo, um “super-homem”, um além-humano, é o caminho supra mundano. O último é o nível do tantra, já se procura agir como se iluminado fora (caso ainda não seja), até a iluminação: transforma-se a si e ao mundo, se está decidido a atingir a libertação.
Existe nesse nível uma outra forma de aceitação, significa aceitar tudo incondicionalmente, aceita ao mundo, ao universo, às pessoas, às leis e a si mesmo, inclusive sua vontade de mudar e sua própria não aceitação, enfim, a tudo tal qual é ou aparenta ser; e transforma essa visão que temos de tudo, que é uma visão impura, em visão de pureza, transformado tudo no próprio Nirvana. Note que nessa aceitação, se aceita também a si mesmo tal qual é, ou seja, com suas buscas, seus objetivos, suas lutas para mudar a si mesmo e ao mundo, seu trabalho, a Grande Obra, as verdades. Esse é o nível hermético (da transformação prescrita por Hermes) estado “pré-búdico” ou búdico (iluminação, despertar, estado de buda).
A essa altura já se deve conhecer a sua vontade e aceitá-la, bem como a sua imposição de cumpri-la. Esse nível é o da realização da mandala: transformar tudo o que é impuro em mandala, em ensinamento; transformar tudo o que é impuro em puro: ver o real poder, a real força (distorcida apenas em nossa visão) que está em todo e qualquer fenômeno. Ver o puro no impuro. Este é o mais difícil, até de explicar. Isto é difícil, pois é preciso ver realmente e o processo para isso pode ser muito complexo e exige muito estudo, experiência e vontade, porém pode ser fácil de realizar para o praticante habilidoso e bem preparado nesse estágio.

A investigação científica do oculto

         O que se chama de oculto é tudo aquilo que escapa da nossa experiência comum e de nossos sentidos ordinários, é também aquilo que escapa de nossa inteligência subdesenvolvida e de nossos hábitos mecânicos cotidianos, portanto tudo que está ou poderá estar presente e escapa, por um motivo ou por outro, de nossa consciência normal.
Nesta ordem estudamos disciplinas, mas não como era no passado, uma por grau. Estudamos como em uma universidade multidisciplinar sistêmica. Toda disciplina tem relação com tudo e com todas as outras, mas o foco em cada uma não só a distingue de outras como determina as habilidades a serem dominadas pelo estudante.
É preciso esclarecer que no processo de graduação existem disciplinas da formação que todos devem cursar, que chamamos de esqueleto básico, e existem muitas especialidades, que chamamos de caminho individual, mas nenhuma delas pode escapar daquilo que condiz com os objetivos elevados da ordem.
As disciplinas por isso tem que passar pelo estudo de nossas aspirações mais elevadas, nas suas várias abordagens, mas de forma científica: a estudante precisa compreender que se trata de fenômenos palpáveis, experimentados e mesmo calculados, não de meras abstrações, hipóteses e teorias ou meras revelações como o assunto é tratado nas religiões e em algumas escolas esotéricas. Não se trata de estudar o misticismo nem o mito (numa acepção de simples conhecimento), mas exatamente de investigar, e mesmo desmistificar e desmitificar o assunto, tratá-lo racional, estatística e experimentalmente. A via científica se encarrega justamente de experimentar, testar e explicar cientificamente os fenômenos. A validade das hipóteses não é tomada pela simples razão, mas através de evidências, de experimentos, de cálculos e provas.
Só que nós somos muito mais criteriosos que qualquer outra ciência porque nós não simplesmente aceitamos a “evidencia dos sentidos” como as outras ciências, nós não acreditamos nos fenômenos porque simplesmente vemos ou calculamos, nós temos que investigar o que nos diz que estamos vendo. Por isso mesmo a investigação, o estudo e a pesquisa da estudante não deixará de passar primeiro de tudo pelo estudo do principal instrumento de investigação, estudo e pesquisa, a saber, a consciência. E ainda há que se educá-la, treiná-la, aguçá-la.
O ser humano pensa que possui uma consciência e até mesmo que esta é o seu “eu”. Mas é curioso chame de seu eu algo que escapa do seu controle e do seu próprio conhecimento. O mais importante manual de instruções não nos é dado nas escolas tradicionais: as instruções sobre nós mesmos, ou melhor, sobre nosso corpo e nossa mente. E nós estudamos justamente isto. E temos atrás de nós inúmeras escolas, e existem muitos estudos anteriores sobre isto.
Quais são as especialidades todas, é um assunto a ser constantemente tratado, revisto e atualizado e depende muito também da especialidade do professor e dos interesses do estudante. Mas o currículo básico do qual nenhum pode fugir é precisamente o que pretendo apresentar.
As disciplinas estudadas poderão ser quase que descritas por seus nomes. Não querendo rotulá-las, mas temos que dar uma noção mais precisa possível nomeando-as de acordo com suas especificidades com termos mais conhecidos externamente.
Os nomes são os grandes e máximos resumos dessas disciplinas, então vejamos exemplos, são tais como: conscienciologia, meditação, yoga, projeciologia, espiritualismo, fenomenismo e fenomenologia, desenvolvimentologia psíquica, psicanalise, ciências cronológicas, cosmologia, astrofísica, metodologia da ciência, epistemologia, eterno retorno, ciências ocultas, eudaemonologia, mentalismo, transpessoalismo, religiões comparadas, cinestesia, tecnologias de comunicação e medições interdimensionais, transcomunicação interestados e interdimensionais, níveis de energia e matéria, platôs de consciência, transformações da matéria, transmutação e transfiguração, alquimia, materialização, fenômenos especiais, telepatia, telecinesia, ufologia, teurgia, alta magia, medicina oculta, fitoterapia, etologia humana, angeologia e estudo dos devas e seus mundos, iluminacionismo, níveis de matéria e energia, energias corporais, vibrações e ondas, ciências naturais, magia natural, tantrismo, alquimia psíquica e sexual, princípios herméticos em nível micro e macro, escatologia pessoal, ontologia das substâncias, natureza e potenciais da mente humana, eletromagnetismo, prana, fótons e corpos de luz, biorritmo, ciências da respiração, medição de energias corporais e mentais, etc.. Estas são apenas exemplos gerais entre mais algumas outras que podem ser estudados em conjuntos específicos ou subdivididos em mais matérias.
Aqui estão algumas que podem ser apresentadas em círculos de curtas apresentações para depois serem aprofundadas em disciplinas extensas. São temas que não podem faltar em nossos estudos: namarupa e suas subdivisões; abordagens sobre a mente; kibalyon, os princípios herméticos; abordagens sobre a morte; a universalidade dos mitos; abordagens sobre a consciência; materialismo e mentalismo como verdades simultâneas; sensacionalismo; patologia; psicopatologia humana; originação interdependente; karma; as tradições orientais através dos livros sagrados, através das tradições e através das escolas; os sete fundamentos do samadi (sata bojjhanga); samatha-vipasana; a destruição das impurezas; paradoxismo e simultaneidade; o tantra e a união com as divindades; diferentes acepções de consciência; experiência do infinito e do nada; experiência de além da nem percepção nem não-percepção, etc..
Nelas não só abordaremos os temas do paragrafo anterior, mas os trataremos de forma prática e experimental; estes e muitos outros temas de extrema importância para nossa vida, posso apenas nomear alguns exemplos para ilustrar: a Lei e as leis; regressão, renascimento e karma; reinos da existência; as leis e os triângulos da originação; sobre todo símbolo (sete significados e “tudo é símbolo”); desdobramento astral e mental; neoantropologia; políticas para a liberdade universal e natural do indivíduo; economia futurística; eco economia; economia da natureza e do corpo humano; agroecologia; arqueologia dos símbolos e livros sagrados; antropologia da ciência; viagens longas através do psicossoma; biologia eletrônica e ecologia eletrônica; etc.. Mas não vou muito adiante, pois estes daqui já podem parecer loucura demais para a maioria e não devemos falar muito sobre aquilo que não podemos demonstrar. Por isso nossas disciplinas são práticas, assim o aprendiz conseguirá realizar experimentos que comprovarão sobre tais temas. Lembremos que num passado não muito distante pareceria loucura falar de telefone, celular, televisão, aviões, viagem ao espaço, à Lua e a outros planetas, e todos os avanços da nossa tecnologia. Do mesmo modo se falássemos para médicos de poucos anos atrás sobre um transplante de cabeça pareceria impossível e loucura, mas por esse ano já foi anunciado um transplante de cabeça bem sucedido. Quem quiser pode imaginar seus próprios exemplos dos que estamos dizendo. Hoje a ciência endossa os benefícios da meditação e comprova as modificações no cérebro como resultados dela. O que propomos não é muito diferente disso. Acontece que não usamos sequer a décima parte do potencial de nosso cérebro. Vamos também aprender isso, mas não só aprender sobre isso, temos técnicas poderosas que vão alterar as estruturas cerebrais também criando novas capacidades. Capacidades estas que se forem comparadas ao nosso normal e comuns pareceriam mais com superpoderes. Além disso, uma inteligência objetiva e superdesenvolvida pode aos poucos ser alcançada apenas com alguns exercícios e meditação. Apenas pelo perigo das consequências disto, se mal utilizados, é que alguns permanecem em segredo. Assim nosso curso é também um compromisso com a humanidade e com esses segredos.
Porém ao contrário de estudar estas matérias como disciplinas isolados desde o princípio ou como cadeias separadas, primeiro vemos tudo num grande todo inter-relacionado, para em seguida estudá-las em profundidade separadamente, mas não sem interconectividade, segundo a vontade e ou aptidão de cada um. Então enfim reunimos tudo novamente com equipes, de agora especialistas, em constante troca de informações, descobertas e invenções, para os objetivos da ordem, para o bem de todos e para o progresso da humanidade.
Como exemplo dessa relação podemos dizer, por exemplo, que estudamos astrofísica, filosofia oriental, projeciologia e os arquétipos no tarot. Aí estão quatro disciplinas que aparentemente não tem a ver uma com a outra. Mas não é verdade: o estudante de projeciologia precisa dominar alguns conceitos de física se quer entender o processo que envolve a matéria, a energia e a mente, ao aparentemente sair do próprio corpo e entrar em contato com outra realidade ou mesmo explorar outros planetas. Ele precisara raciocinar de modo científico e filosófico para isso, ele precisa elaborar experimentos racionalmente e testá-lo e nas escolas orientais ele encontrará uma gama de informações sobre experiências, teorias e explicações de pessoas e escolas que já realizaram isto antes dele. E ele pode ter alguma ajuda na escolha dos procedimentos baseado em raciocínios ou ideias novas surgida na leitura e associações de símbolos arquetípicos de um dado jogo do tarot, relacionados com sua própria psique, aptidões e facilidades. O estudante de física pode fazer o mesmo com todo o resto, e se domina a projeção, pode utilizá-la para penetrar um material denso, visitar um local distante, e ter pelo menos uma ideia de como é aquele material, ou em nível micro como se arrumam seus átomos ou investigar experiências psicofísicas, etc. através da numerologia do tarot ou mesmo de seus símbolos ele pode calcular propriedades de alguma substância ou prever as possibilidades de desenvolvimento de um experimento, embora não com toda exatidão de cálculos completos, mas pelo menos de modo estimado. Mesmo num exemplo rápido e não detalhado como esse podemos imaginar o quando o dialogo entre especialidades diferentes, neste caso, pode ser bem mais produtivo do que um dialogo entre pessoas de uma especialidade isolada.
Este método tríplice, de nossa academia, para educação e especialização, transversal e totalmente inter-relacionada entre seus participantes, é o melhor para os novos tempos e gerações atuais. Ele evita a informação fragmentada e a segregação dos estudantes por especialidades, além de otimizar o processo de aprendizado, de experiências pessoais e conhecimentos adquiridos de todas as áreas sem perder o foco nem o aprofundamento no seu campo de preferência.
        

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O SISTEMA INICIÁTICO DA ORDEM (parte 2)

 A GRADUAÇÃO INICIÁTICA CIENTÍFICA
                Em alguns outros artigos já foram expostos explicita ou implicitamente os tipos de iniciação científica da ordem, seus graus e níveis. Os níveis por vezes são chamados de etapas do caminho ou da escalada. E os graus são suas subdivisões. Mas não é demais recordar resumidamente e organizar esquematicamente, em relação às outras iniciações, alguma descrição desses.
                As iniciações científicas e práticas se confundem, dificilmente poderíamos separá-las. As iniciações práticas discutidas anteriormente constituem parte dos graus de formação. Desse modo, os primeiros graus que constituem a graduação prática, do mesmo modo constituem a graduação acadêmica ou científica, e assim por diante. A diferença é que numa temos uma graduação acadêmica de conhecimentos e experimentos científicos e na outra, paralelamente cursada, temos uma graduação prática individual que vai desde práticas exotéricas até outras mais ocultas.
                Agora explicarei a subdivisão dos graus 1, 2, e 3 nos graus I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X e XI.
De agora em diante na graduação iniciática ritualística os graus 1,2, e 3 são chamados câmaras eles são o que costumamos chamar de etapas. A primeira câmara (1ºgrau) é chamada de torre do xadrez, a segunda de cavaleiro e ou bispo e a terceira de rei ou rainha em exercício (em preparação, estágio, treinamento) e se ela alcança o grau X e ou XI é rei ou rainha consumado. Os outros (I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX ) podem ser chamados subgraus são nominados de acordo com suas características. Nela primeiro a pessoa é iniciada na ciência, alquimia, na segunda etapa ela é introduzida nos mistérios, na religião, e por último no esotérico, na yoga, no tantra ou realização profunda.
Na graduação prática os graus 1, 2 e 3 são chamados de níveis ou simplesmente graus, mas também são chamados pelos nomes da graduação acadêmica, como foi nominado anteriormente: graduação, pós-graduação e doutorado respectivamente. Estes também podem ser chamados pelos nomes das iniciações ritualísticas (1ºgrau, torre do xadrez, 2ºgrau, cavaleiro e ou bispo e 3º grau, rei ou rainha em exercício; e se ela alcança o grau X e ou XI é rei ou rainha consumado). Já a subdivisão destes é chamada de graus práticos ou degraus ou platôs da experiência, quando todas as práticas alcançam realização plena de acordo com o nível. Neste caso os níveis coincidem com platôs de experiência e penetração. A primeira etapa como explicado em outros artigos é cientifica, a segunda é religiosa (ou filosófica como preferem alguns) e a terceira é tântrica, ou seja, religiosa de fato, yóguica de fato. A primeira etapa é de conhecimento, a segunda de contato e a terceira de união, a quarta pode acontecer sendo então nesse caso chamada de etapa de realização.
Na graduação científica ou acadêmica, que é a que vamos abordar agora, não existem os graus, este são chamados de níveis, como foi dito acima: graduação, pós-graduação e doutorado. E neles existem os subgraus de formação: três ou quatro na graduação, três na pós-graduação e três no doutorado que são chamados simplesmente de graus ou séries. Assim temos a graduação com graus I, II, III podendo ter mais um IVº; a pós-graduação com os graus I, II, e III; e do mesmo modo o doutorado. Mas podemos utilizar a ideia de graus já que eles são cursados paralelamente. Então os podemos também chamá-los de graus e subgraus respectivamente. Nela não temos graus de consumação de fato, a consumação é a culminação no grão IX, com a consecução do doutorado. Se houver atingimento dos graus de consumação nas outras vias de graduação ela simplesmente é chamada de rei ou rainha consumado tendo ou não concluído o doutorado. Sendo que o ideal de um bodhisattva é continuar estudando praticando e pesquisando para melhor guiar os seres.
Seguem abaixo alguns trechos de artigos anteriores revisados que aclaram mais um pouco a questão das etapas da escalada em sua relação direta com a formação por um lado, e, por outro com a realização prática.
AS TRÊS ETAPAS DA ESCALADA
A nossa primeira jornada é marcada predominância do adquirir, do obter. Aqui estão os primeiros passos e a base, a parte mais importante, pois sem a base, construções em níveis superiores são muito perigosas e desabam rápido. Aqui vem o conhecimento em grande volume de informações e até uma tempestade às vezes; até que o aluno esteja cheio e perceba que o importante são as relações que constrói entre os conhecimentos, os insights, e o que faz com eles. É o jardim de infância. Onde aproveitamos os impulsos da natureza pelo prazer pelo novo, pelo conhecimento e pela segurança (o familiar, o estar em casa) e dirigimos essas forças em proveito da libertação. O noviço dedicará mais tempo e energia para adquirir principalmente aquilo que não tem, mas acha que tem, a saber: consciência, vontade e amor. Junto com isso técnicas, meios, exercícios, metodologias, para realizar as tarefas que ainda não é capaz ou não sabe, é o começo da sabedoria e do autoconhecimento, rumo à autolibertação.
O estudante não reconheceu de fato o inimigo no ego ainda; mas uma parte dele aprenderá a querer libertar-se de “si mesmo”, do falso ego e de suas projeções e limitações. Vamos adquirir conhecimentos e experiências que mudarão nossa maneira de ver, aproximando-nos cada vez mais de ver as coisas como realmente são. Ainda o sujeito pode não ter percebido a unidade (ainda que já tenha percebido a interconectividade) entre o “mim” e o outro, entre “eu” e o mundo, entre o mundo interior e exterior, nessa fase, mas esses conhecimentos e experiências podem levá-lo ao “pulo do gato”, ver isso, que a realidade brota, flui como uma coisa só e que a separação é arbitrária, enganosa. Pode durar de três meses a um ano graças ao método, por nosso lado, e o esforço, pelo lado do aluno.
A segunda jornada é marcada pela predominância do abandonar. Aqui já o aspirante reconhece o inimigo no ego ou em partes dele pelo menos, já vai abandonar aquilo que causa o sofrimento sem sofrer com isso e logo estar forte para abandonar também os obstáculos que impedem a visão do real. Os conhecimentos são mais e mais aplicados e surgirão os insights que orientarão o melhor caminho e a visão do estudante. Já não deve haver mais divisão entre eu e o mundo, entre o “mim” e o cosmo, no nível da compreensão, portanto, ele abandona não os instintos, mas o exagero dos mesmos, no que se refere à (1) autopreservação (sempre desconfiado, hostil, agressivo ou desnecessariamente violento) e (2) reprodução (sempre buscando relações sexuais e sinais reprodutivos que interpreta como beleza, atração, gostosura, sensualidade, paixão ou mesmo amor, etc.) que sugam seu tempo e sua energia. Abandona também atividades prejudiciais e inúteis que se impulsionam pela busca cega do prazer, e emprega seu tempo mais no caminho, na meditação, na concentração, abandona a distração, dispersão, desperdício de si mesmo. A experiência deve ser cada vez mais profunda e expansiva até a compreensão e quiçá a experiência de que ele, de fato, é uno com todo o universo e com tudo e que seu corpo mortal e sua mente humana limitada são apenas uma parte ínfima e efêmera de um fenômeno muito maior ao qual se conectará e do qual participará mais conscientemente. Pode levar de um a cinco anos (ou mais), mas pelos métodos sempre bem direcionados sendo bem aplicados estimo que em três anos qualquer pessoa de inteligência mediana alcance tal estágio num nível de treinamento e leve ao nível de domínio e maestria na próxima etapa.
A terceira jornada é marcada pela predominância da união. É a Yoga, no sentido da palavra. É a verdadeira religião, onde as distinções falsas e discriminações errôneas foram reconhecidas e a abandonadas. O abandonar e adquirir também caminham juntos de modo equânime. O trabalho com as energias sutis pode ser desenvolvido assim como as percepções sutis, o autoconhecimento é o conhecimento também de todo o universo. Micro e macro cosmos são reconhecidos não apenas como similares, mas como um só. Pouco se pode descreve desse desenvolvimento, mas pode-se usar a imagem da onda que se reconhece como sendo na verdade o oceano. Sendo ‘onda’ uma manifestação passageira e limitada desapega-se do erro e ao dissolver no mar não se esquece de si mais, mas sente-se completa, todos os oceanos e todas as ondas podem ser agora por ela conhecidas e sentidas como sua própria realidade. Nesta fase se dá gradativamente o entendimento e a percepção do fluir simultâneo do presente em relação a toda onda causal atrás de si. Assim começa a perceber a complementaridade de tudo, nos três tempos, e da plenitude do presente; a forma e as sensações como consequências da consciência e das intenções, portanto a inseparabilidade entre conhecedor, conhecimento e conhecido, e quiçá chegar ao controle das faculdades cognitivas direcionando sua mente sem obstáculos livremente para qualquer que seja o objeto de conhecimento. Nesse processo a diferença entre ser iluminado ou ainda não ser é apenas com relação a conseguir penetrar e dirigir a consciência aos objetos corretos que serão também aprendidos nesta etapa.
Estas etapas podem ou não ocorrer paralelamente com o processo iniciático, tudo depende do esforço, do talento e da dedicação de cada um assim como também do bom karma do candidato e do seu instrutor (e da purificação do karma através do trabalho também). As ações meritórias são sempre recomendadas, pois nosso karma negativo de muitas vidas é sempre um grande obstáculo à Grande Obra. E embora hajam instrutores habilidosos em várias tradições e alguns com poderes telepáticos fantásticos, nada disso garante o sucesso do estudante se este não quiser e não se dedicar os suficiente. Além do mais, o universo todo pode ser conhecido antes que o coração do próximo venha a ser conhecido. O mistério mais profundo é o outro. O maior engano do mundo é pensar que conhece bem alguém...
A primeira etapa é a aquisição do conhecimento, a segunda a eliminação do prejudicial e a terceira o equilíbrio e a união. A primeira de estudo, a segunda de purificação e só então poder. Pois poder sem sabedoria e com impurezas é a fonte de todo erro de todas as ordens, escolas e religiões. Quando a religião causa desgraça é por que em algum momento houve poder em mãos despreparadas e impuras e ou de ignorantes.
Por isso em nossa primeira escalada predomina o crescimento da consciência, na segunda e com a continuidade dele surge a vontade que tem a força do domínio e da cura, no terceiro então com o crescimento da consciência incrementado pela eliminação dos obstáculos com a força da vontade essa se volta para a união natural das polaridades, então surge o verdadeiro amor, o amor universal, representado pela união ou como se diz “a volta ao lar” (sendo que na segunda etapa o amor no sentido religioso é a mola de força propulsora da vontade e a vontade na terceira etapa é já o poder que realizará a união, ou seja, a culminação amorosa). Com a consciência e o conhecimento se estará pronto para compreender cientificamente os aspectos éticos que culminarão na compreensão da realidade última, una, onde se vê claramente que toda ação se faz a si mesmo, que tudo são aspectos do todo, diferenciados por uma visão contaminada, parcial, obstruída. Como dar poder a quem nem sequer consegue vislumbrar isso? Seria um desastre para o calouro e para a ordem, esse erro será corrigido nos mínimos detalhes. A primeira jornada é experimental, a segunda é filosófica e a terceira é yogi, é a verdadeira religião, a reunião, só que consciente, iluminada, com a totalidade, a realidade pura e plena.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O SISTEMA INICIÁTICO DA ORDEM

PARTE I: SISTEMA PRÁTICO MÍNIMO

Para obter a graduação total são necessários três tipos de formação simultâneos em cada grau: (1) prática, (2) de conhecimentos e (3) ritualística. Nesta ordem de importância. Assim sendo a prática o mais importante é preciso que o estudante conheça o esqueleto básico de práticas iniciáticas, aquelas que todos terão que realizar para alcançar os objetivos cada vez mais elevados.  

1 = A GRADUAÇÃO
                É a preparação, onde serão aprendidos os pré-requisitos indispensáveis. É a formação. O sistema atualizado que levará qualquer pessoa a estar apto para o caminho iniciático, para o despertar e para a Grade Obra. O sistema não é rígido: pode conter três ou quatro graus conforme a decisão dos encargos, o que não alterará os nomes ou graus seguintes.
Os aprendizados, experiências e conhecimentos envolvidos nesse grau são os relativos ao comportamento, à consciência e à atenção. A iniciada deve comprometer-se com o estudo dos conhecimentos, a atenção vigilante constante e experimentar a mudança comportamental. As práticas e conhecimentos são fixos, isto é, pré-determinados. E os ritos são variáveis e de caráter experimental para o estudante sendo a iniciação final fixa. Há também ritos que não são de caráter experimental para nós, mas já experimentados e confirmados, sendo abertos ao público por serem considerados bons, que devem ser experimentados pelas estudantes, sendo para ela de caráter experimental obrigatório à formação prática. Existem graduações ritualísticas opcionais. Tudo isso é falado na parte sobre ritos e o que são ritos.
Os graus práticos são os abaixo relacionados, mas não os ritos.
Os conhecimentos e ritos serão explicitados em outros artigos.
Cada grau tem três iniciações essenciais e várias opcionais. As iniciações de cada grau, exceto o primeiro, não são sempre necessariamente dadas na mesma ordem, mas de acordo com a análise do professor a cerca da necessidade e ou aptidão do candidato.
Mas as últimas só podem ser mudadas em sua sequência dentro da própria graduação: não podem ser dadas ao graduando, mas apenas ao doutorando ou àquela que esteja no último grau da pós-graduação, a não ser por alguma razão muito bem fundamentada (por exemplo, alguém com muitas faculdades bem despertas ou alguém cuja morte é muito próxima).
Os conhecimentos requeridos a cada grau são vários, não apenas de um tipo. Por exemplo, quando vai aprender meditação sentada aprenderá vários tipos de meditação sentada, seus métodos e tudo o mais requerido em cada uma como preparação, local, posturas corporais e mentais, as etapas, os fundamentos, opções como mantralização, visualização, respiração, etc., e se necessário ou pedido, um histórico, as tradições e ou livros e linhagens de origem, histórico de resultados, etc. e isto é valido para todas as práticas.


1º Grau: exotérico; científico; moral. Enfatiza o conhecimento, o comportamento e a consciência. É adquirir.
Iº Grau
Ela deve aprender a praticar a atenção vigilante momento a momento sem tentar alterar nada, apenas observar e principalmente observar-se. O exercício principal para isto é estar sempre consciente da consciência, de seus conteúdos e das ações mentais, da fala e corporais.

IIº Grau
                Ela deve, além de continuar com a prática do primeiro grau, aprender a meditação formal em suas quatro posturas: sentado, andando, em pé e deitado. Ela deve praticar diariamente também essas práticas, quantas queira e quantas vezes queira por dia.

IIIº Grau
                Ela deve experimentar os primeiros quatro treinamentos comportamentais continuando as práticas do primeiro e segundo graus e observando as consequências dessas alterações do comportamento. A tomada desses treinamentos pode ser feita de uma em uma ou todas de uma vez.
                Os quatros treinamentos são: (1) não matar (nenhum ser sensciente, isto significa praticamente que não deve destruir ou causar sofrimento em qualquer animal, que não deve mais matar a não ser por extrema necessidade nada além de vegetais, ou seja, não deve matar nenhum ser que tenha consciência); (2) não roubar; (3) não ter relações sexuais inapropriadas (isto quer dizer não ter relação sexual, forçada, através de chantagem, através de ameaça ou qualquer outro jogo de poder ou troca, relação com menor sob responsabilidade dos pais, com alguém casado ou comprometido com outro, com animais, com vegetais, com cadáveres, etc.); (4) não mentir.
                Junto com isso deve gradativamente aprender e por em prática o abandono dos obstáculos, das primeiras impurezas e problemas; o “soltar”, o desapego e o não agarrar; a transformação das emoções ruins e das impressões; as três marcas e os quatro esforços.
                Junto com a atenção vigilante de instante a instante nesse estágio ela deve adicionar o questionamento e a observação sobre em que plano está para que essa atenção seja despertada também quando estiver em outros planos, para isso ela receberá métodos de observação, de analisar e de testar para saber com certeza me qual plano se encontra. O caminho do alquimista em seu primeiro significado a ser aprendido: transmutar o chumbo da personalidade egóica no ouro da virtude da consciência pura.
                Ao final do processo ela deve dominar a atenção, os processos meditativos e Rigpa e compreender os benefícios da adoção dos treinamentos (benefícios internos e no ambiente) e relatar sobre as experiências em outros planos.

2 = A PÓS-GRADUAÇÃO

2º Grau: mesotérico; científico; religioso. Enfatiza a vontade, a consciência, o amor e a experiência direta (antes dissemos que esse grau enfatizava mais a vontade, porém trata-se de um dos aspectos da vontade, seu conhecimento, o outro, sua manifestação, serão ensinado no grau seguinte; e o amor já precisa ser aprendido no aspecto  religioso e universal, no grau seguinte seu aspecto supremo de união será ensinado). É abandonar.

IVº  Grau
                A iniciada deve aprender a meditação metta, seus métodos e utilizá-los diariamente. Ela deve também aprender a meditar sobre um tema. Cabe ressaltar que meditar sobre um tema não é pensar sobre ele, como fazer isto será ensinado. Ela deve estudar os temas e escrever também, criar algo sobre eles (podem também ser gráficos, desenhos, representações simbólicas, matemáticas ou geométricas). Aqui a meditação será ainda mais relacionada ao conhecimento. Então acrescentado às práticas do 1º Grau deve meditar sobre os seguintes conhecimentos adquirido, por exemplo: quatro nobres verdades e o nobre caminho óctuplo; namarupa; três princípios; três faces da verdade (consciência, amor e vontade); as três marcas; os cinco treinamentos; paramis; o Uno, a gnosis, o Tao e o despertar; os sete princípios herméticos; os três fatores do despertar da consciência; os sete fatores do despertar; os quatros jhanas; as quatro realizações supra humanas; os quatro e os cinco elementos da natureza; nirvana; os quatro fundamentos da atenção e outros temas práticos do dharma; a verdade exposta e oculta na tabua de esmeralda , no sutra do diamante, na pistis sophia e outros escritos que lhe serão apresentados; o significado do ser e do universo; a unidade da multiplicidade; a morte e o renascimento; a conciliação dos paradoxos; o “vazio” em seus três aspectos (anatta, sunnata e  Nirbbana ); as núpcias alquímicas; o significado dos símbolos que nos rodeiam (da vida). Deve também conhecer a lei do eterno retorno, meditar sobre ela e explicá-la, etc. depois disso deve escolher o tema principal, que constituirá sua tese de pós-graduação (ou seja, não é uma escolha apenas intelectual, ela terá que experimentar algo deles através da meditação e quiçá fundindo-se durante esta ao tema).

Vº Ela deve aprender outras técnicas de desdobramento psíquico (astral e agora também mental). Sabendo isto deverá aprender a dirigir-se a locais sagrados ocultos e conhecer diretamente seres destes locais. Deve elaborar também, baseado no nosso sistema de experimentos, testes comprovatórios dessas experiências seres e realidades(que garanta não se tratar, no sentido normal da palavra, de um sonho, uma fantasia, um delírio ou mentira). Junto ao desdobramento astral e mental deve completar os cinco treinamentos e os cinco treinamentos especiais em retiros, períodos e datas especiais.

VIº Ela aprenderá e ou aprofundará conhecendo os aspectos mais ocultos do seguinte: seis ritos tibetanos; yogas (da clarividência também); divindades e meditação com as; transmutação e sublimação solitária; telepatia, telecinese, a economia da natureza, dos centros, do sexual, muscular, dos sentimentos e dos sentidos. Deve junto a isso aprender os antídotos e sua utilização e também; psicologia e medicina psíquica (introdução, fundamentos e elementos); as relações de saúde e karma; a filantropia; sobre rituais, consagrações, conjurações, exorcismos, invocações e evocações; os mecanismos efetivos das religiões e a real natureza das divindades. Ela deve aprender a tingir os jhanas (dhyanas) e os sete fatores. Deve aprender e decidir pelo abandono dos três primeiros grilhões; aprender a transformação dos venenos a meditação com visualização, o tong lem e outras curas, fitoterapia e medicina oculta (conhecimento). Pode ser introduzida na operação e receber palavras de poder. Deve aprender a transmutações solitárias em movimento (exercícios, posturas, mantras...); experimentos “extrafísicos” com seres e materiais; técnicas de conhecimentos de mundos superiores; as dez perfeiçoes (e praticá-las); o caminho do diamante. Aqui serão revelados: o segundo sentido do caminho alquimista da transformação; o templário e o templo. O que dá o grau (a formatura) é o jhana e a diminuição dos grilhões e a decisão pelo caminho (se tornar monge ou cavaleiro do xadrez).

3 = A DOUTORAÇÃO

3º Grau: esotérico, científico, tântrico. Enfatiza o amor, a vontade e a transformação. É união.

VIIº  Deve aprender o caminho do bodhisattva (conhecimento do terceiro giro da roda do dharma) e as práticas requeridas, tomar então os treinamentos requeridos iniciais de sua preferência. Deve aprender os significados profundos do ser, do universo e de sua missão; descoberta sua vontade verdadeira, agora realizá-la. Avaliar profundamente as práticas anteriores e um aprofundamento das mesmas deve ser feito, detalhamento da meditação e práticas num nível mais profundo e ainda mais particular.

VIIIº  Novas práticas, práticas tântricas completas. União e assunção das divindades. Domínio dos realizações imateriais e do caminho óctuplo. O caminho do bodhisattva completo. A transformação dos venenos e o abandono dos três grilhões. O abandono total e real das três primeiras impurezas e pelo menos o arrefecimento das segundas. Preparações alquímicas, chás porções e outros elementos externos. Zen e vendo não vejo, não vendo vejo. Caminhos da mente única e da não mente (praticando o caminho da mente única).

IXº A unificação dos caminhos: o alquimista, o monge(“abismo”, “deserto” e ou cavaleiro  (chefe de família, professor) e o bodhisattva. A unificação dos caminhos, doutrinas teorias, religiões, escolas, ordens; a união de todos os raios da roda no cubo central e a visão do eixo Transmutação alquímica, solitária e de casal. Tantra hinduísta, budista, hermético e taoísta (suas diferenças e igualdades) e as quatro sabedorias tântricas. As transmutações psíquica, física e sexual. Retirando os véus. Abandono dos cinco obstáculos. Observe que sempre desde o quarto grau até aqui cada grau de experiência está atrelado a graus de virtude e purificação, isto não é vão. Assim também cada estágio meditativo e cada etapa comportamental esta diretamente relacionada com o progresso na realização da experiência direta e da visão. Isto tudo é pré-requisito do que vem a seguir. A arte real. Yoga, lamaseria, seis ritos e seis yogas, sete yogas, yoga superior, cura. A experimentação das mais altas realizações. A grande união, união; a união com o pai, com a mãe; a união com o Uno.
                A consecução desse grau deve ser prática, teórica e de realização. Como as realizaçoes podem ser difíceis para alguns o requerido para a graduação são o total domínio das outras duas partes, isto é das praticas e das teorias. As realizações requeridas são todas as dos graus anteriores (do Iº ao VIº pelo menos) e as fundamentais desses graus do doutorado: VIIº descoberta da vontade; VIIIº abandono dos três grilhões com resultados visíveis na meditação e IXº auto transformação alquímica pessoal. O significado profundo disso, porém, só é entedido pelas iniciadas.

4. GRAUS SUPERIORES DE PURA REALIZAÇÃO

Xº O despertar, a iluminação, a liberação, nos níveis menos elevados de arahant e bodhisattva.

XIº O despertar, a iluminação, a liberação, no nível mais elevado de arahant e bodhisattva.
                Sobre estes pouco pode ser dito e compreendido, mas existem textos sagrados e alguns dos nossos artigos serão sobre isto.



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Tábua de Esmeralda (revisto e corrigido, 2021)




11.       É verdade sem mentira, certamente a maior verdade.
22.       Que aquilo que está embaixo é como aquilo que está acima e aquilo que está em cima é como o que está abaixo para fazer os milagres de uma única coisa.
33.       E como todas as coisas foram surgidas a partir de um pela meditação de um: assim todas as coisas tiveram o seu nascimento a partir desta uma coisa por adaptação.
44.       O Sol é seu pai, a Lua sua mãe,
55.       o vento o carregou em seu ventre, a terra a sua nutriz.
66.       O pai de toda a perfeição no mundo inteiro está aqui.
77.       Sua força ou poder é inteiro se for convertido em terra.
77a.  Separes tu a terra do fogo, o sutil do grosseiro suavemente com grande engenho.
88.       Ascenda-o da terra ao céu novamente descenda-o à terra e recebas a força das coisas superiores [e]  inferiores.
99.       Por este meio tereis a glória do mundo inteiro, assim, toda a obscuridade fugirá de ti.
110.   Sua força está acima de toda a força. Ela vence cada coisa sutil penetra cada coisa sólida.
111a. Assim foi criado o mundo.
112.   A partir deste são vindas adaptações admiráveis ​​pelos quais os meios (ou processo) nisto aqui está.
113.   Daí eu ser chamado Hermes Trismegisto, tendo as três partes da filosofia do mundo inteiro.
114.   Aquilo que eu disse da operação do Sol é completamente realizado.

Tradução de Isaac Newton , 1680 ,  encontrada em seus textos alquímicos. ( "Newton's Commentary on the Emerald Tablet of Hermes Trismegistus" in Merkel, I. and Debus, A. G., Hermeticism and the Renaissance. Folger, Washington 1988 )

O texto acima em inglês pode ser encontrado em vários sites. Este aqui veio do trabalho de António Monteiro Filósofo e escritor português, membro de The Rosicrucian Fellowship. Pode ser acessado completo no site http://www.fraternidaderosacruz.org/am_atde.htm.
Esta tradução de Newton da versão em latim é nossa preferida porque além de Newton ser um cientista e rosacruz colocou nessa tradução alguns poucos elementos que a tornam mais reveladora.
Normalmente a tradução desta para a nossa língua comete o ato impensado de corrigir não só as abreviações de Newton (que aqui também não foi colocado abreviado porque algumas não têm concordância correta), mas também certos aparentes erros de concordância e pontuação, como alguns arcadismos.
Creio que no geral tudo isto não foi uma displicência de Newton, mas feito de propósito, pois sendo ele também um alquimista devia conhecer bem a matéria que estava traduzindo e provavelmente quis revelar algo com esse tipo de “erro” gramatical supostamente presente. Por isso procurei manter o mais fiel possível, mas ainda assim se o leitor quiser entender melhor dever ler o original em inglês, pois lá estão abreviações disconcordantes que também podem significar alguma coisa.
De toda forma vamos primeiro apresentar uma tradução para depois tratarmos das versões em latim, traduzindo-as. Assim ao ler a tradução direta do latim o leitor talvez possa intuir mais significados cujas dicas são apresentadas na tradução de Newton.
Uma observação que sempre deve estar presente em estudos sobre A Tábua de Esmeralda é sobre a palavra Thelesma, ou Thelesme, ou Telesmi, palavra difícil,  que não existe no latim e que aparece traduzida por estudiosos como “coisa completa”, ou seja, perfeita, perfeição, como traduz Newton. É uma palavra desconhecida que também é normalmente traduzida como talismã ou tesouro, porém, telesmi é uma palavra grega, em alguns textos aparece grafada como thelesmi, que vem da palavra thelema (no plural thelemi), vontade.
Na tradução de Fulcanelli aparece escrita theleme. Parece outra dica alquimista. Na versão da tábua de esmeralda de Chiram aparece como vontade (que é thelema em grego). Por tudo isso a palavra muito provavelmente se refere realmente ao grego thelema, vontade. É como acreditamos que seja por motivos para nós óbvios (que serão discutidos em seguida) e é como traduzimos.
Alguns tradutores omitem esse detalhe. Existe até mesmo um trabalho em português que nega que a palavra original correta seja thelema, isto sem dar nenhuma explicação, nem apresentar qualquer argumento convincente. Esse trabalho apenas afirma que a palavra telesmi não tem relação com o grego thelema. Por uma falta de conhecimento ou mesmo má intenção podem haver outros que apontem nessa direção errada. Neste caso é sempre bom o leitor pesquisar várias traduções.
Newton preferiu a palavra perfeição para thelesmi, em vez de vontades, mas pode ser por estar se referindo simbolicamente à mesma coisa, o que é perfeito, ou seja, o todo feito, completo, que em nosso sistema alquímico mais atual é o mesmo que a vontade, bem assim provavelmente é o mesmo no sistema alquímico newtoniano. Aqui há um grande ensinamento portanto. Perfeição é, por outro lado, uma ótima palavra pois no contexto desse trabalho, que é síntese e resumo de toda a obra hermética, há um trabalho a ser feito no mundo (tanto o macro como o micro devem ser restaurados à perfeição, reintegrando os seres à ordem original), "suavemente com grande engenho", ou sutil e com amor, como diz outra versão. Ele diz qual o trabalho e como realizá-lo dessa parte em diante do texto, e também seu propósito, que é presente desde o início. 
Por ser um resumo de muitos pontos e para ser tão pequeno é claro que o texto tem que ser muito simbólico em tudo, nos mínimos detalhes, para sumarizar para aqueles que já conhecem os conceitos e significados de cada termo e expressão simbólica ali, e para revelar, sem dúvidas, àqueles que estiverem prontos e dispostos já para a Grande Obra. Mas existem traduções, versões e traduções de outras versões que podem ajudar a completar tal entendimento. 
Existe, por exemplo, um trabalho em inglês com várias traduções tradicionais e algumas alternativas, inclusive a tradução de uma versão hipotética original chinesa. Trata-se do trabalho intitulado The Emerald Tablet of Hermes
Multiple Translations, encontrado em http://www.hermetics.org/pdf/ontablet.pdf.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O.I.T.O. (Manifesto Parte 3)


            O que mais dizer agora sobre o último estágio, além do que já foi dito anteriormente?
            Primeiro precisamos mais uma vez enfatizar que a verdadeira O.I.T.O. é composta por iluminados e trabalhadores em prol do despertar que não habitam este mundo material.
            A O.I.T.O., podemos dizer, é o mesmo que a Fraternidade da Luz, chamada por vários nomes diferentes em várias culturas, escolas e religiões. Entre esses podemos citar Grande Fraternidade Branca, Loja Suprema, Loja Branca, Comunidade Interior da Luz, Grande Escola Iniciática, Comunidade Interior e Luminosa do Senhor, Colégio dos Eleitos, etc.. A esta nós por vezes chamamos simplesmente de grande ordem, Ordem Superior ou Fraternidade da Luz.
            A ela nós atribuímos a sigla O.I.T.O. como nos foi orientado, isto também para distinguir de outras denominações e principalmente para destacar o objetivo de nossa ordem, ao qual todos devem almejar alcançar.
Mas como isso ainda não está ao alcance da experiência do estudante não vale muito a pena falarmos sobre. Só restaria ao estudante crer ou não no que falamos e isto é o oposto de nossa metodologia. Quando houver desenvolvimento suficiente ele mesmo reconhecerá e tirará suas próprias conclusões, que também evoluirão à medida que a experiência avance.
Falemos então sobre a parte da O.I.T.O. que está agora ao alcance do estudo e da experiência dos iniciantes.
            A grande maioria das ordens tem objetivos modestos, pequenos, tais como os que correspondem apenas ao primeiro grau da Ordem Superior, consequentemente equivalem aos primeiros três graus de nossa O.H.E.O., ou seja, um treino, uma preparação moral e purificação mental, e o melhoramento da humanidade em direção da liberdade. Ora, este objetivo é nobre e muito importante, mas quase todas as religiões exotéricas desse mundo já o comtemplam.
Outras ordens seguindo esse modelo que é função das religiões (e não a principal função das ordens) pretendem garantir uma vida futura melhor e mais consciente neste ou em outros mundos. Ignorando ou escondendo que esta prometida “salvação” não é eterna nem final. E pior ainda que resulta em retorno a este estado (como isto ocorre é delineado em outros artigos).
Objetivam uma espécie de vida paradisíaca ou como anjos, devas, deuses, ou seja lá como chamem. É o “céu” dos cristãos e judeus (que sequer suspeitam ser um estado passageiro e imperfeito por desconhecerem o significado dos símbolos nos seus próprios livros sagrados, em especial no Livro de Melquisedeque, no Evangelho de João e no Apocalipse, e ainda não aceitarem ou desconhecerem os evangelhos gnósticos). É o renascimento melhor ou paraíso dos budistas (exceto as terras puras, das quais realmente não se retorna mais). É a união com Brahma (ou seja qual for outro deus) dos hinduístas, etc..
            Nossa ordem contém esse objetivo nos seus primeiros três graus, os procedimentos para chegar a esse estado constituindo um pré-requisito para os seguintes. Mas nossa ordem, e ainda como outras, almeja algo mais adiante, o despertar. Esse despertar incialmente significa (1) o despertar da consciência cada vez mais e (2) o despertar das faculdades psíquicas.
            A grande maioria das ordens se conforma em ir só até aí, o que leva teoricamente o praticante a melhores renascimentos futuros e até a permanências longas em paraísos depois da morte. Mas isto não é ainda libertação, pois a pessoa retornaria após esgotar os frutos do bom karma, por ter sido apenas um imitador das virtudes, o que não deixa de ser bom, mas para não retornar ela precisaria extinguir as causas sutis de impurezas específicas que a faz retornar a esse mundo, a essa projeção, a este tipo de ilusão da qual não se livra facilmente. Principalmente precisaríamos destruir completamente o apego a tais impurezas bem como às ilusões desse mundo. Assim veríamos não apenas “paraísos astrais” ou mentais nesta e na próxima existência, mas veríamos verdades, fora das ilusões desses mundos, escaparíamos da “matrix”, renasceríamos em uma terra pura, um paraíso sem ilusões que possam atrasar nosso desenvolvimento, em que tudo nos levaria ao despertar mais e mais.
            Tudo isto pode parecer muito além da capacidade de experiência humana, mas como bons cientistas pretendemos provar o contrário, ou seja, não nos conformamos com menos.
            Portanto na primeira fase podemos até nos comprometer e realizar transformações apenas a um nível, digamos, psicológico, físico e comportamental. Mas em seguida temos que provar para nós mesmos a realidade daquilo que merece ser buscado. E dentre essas buscas não nos conformamos com nada menos que a libertação desse estado condicionado de coisas que cotidianamente chamamos “este mundo”. Esse é o objetivo mais baixo da ordem.
            O objetivo mais elevado não poderia ser menos que a libertação última, o despertar completo, a onisciência como dizem alguns (não onisciência como geralmente se traduz impensadamente), a gnosis total, a união com o Uno, a fruição da verdade eterna, Nirvana, o supremo despertar, a suprema felicidade, a suprema bem aventurança, o supremo.
            Esta é uma das grandes diferenças de nossa ordem. Nos três últimos graus a pessoa pretenderá se unir à grande ordem, conhecê-la, conviver com ela, e fazer parte dela. Nos últimos três graus ela o fará ainda indiretamente se não tiver adquirido tal capacidade conscientemente. Então fará também através de encenações (ritos) e símbolos que despertarão no fluxo de sua consciência novos significados e compreensões. Fará então contato com tais forças através de processos cada vez mais diretos quando as poderá inicialmente sentir, depois ouvirá, verá, etc. e ao lado disso poder se transportar para onde possa ver e ouvir.
Mas os dois últimos graus são reais e de realização pura. Não se chega até eles sem isso, nem se pode fingi-los sem ser notado, nem se chega com nenhum estudo, cargo, nomeação, herança, etc.. Só se chega por si só e verdadeiramente. Os dois últimos graus são o real e ultimo objetivo da ordem.
            A saber: o décimo grau é o de se tornar um não retornante, um purificando ao ponto de não retornar mais a este mundo. Ele irá aprender e ou ensinar a partir de e em uma terra pura, um céu de não retorno, um paraíso puro, um campo ou loja da fraternidade da Luz. Ele só volta aqui se quiser, após o despertar completo. Não somos nós que dizemos isso, são os seres que já alcançaram o máximo de despertar. Então os últimos graus podem envolver devoção e confiança nesses seres, mas não é uma confiança cega nem sem base. É uma confiança que deriva da experiência de ter comprovado até agora seus ensinamentos.
             O décimo primeiro grau é o de desperto, iluminado, completamente liberto. Ele pode acontecer nesse mundo ou no próximo, numa terra pura, numa “morada divina”, no “reino de Deus”. Tal reino ou terra não é um tempo que virá, ele é e nunca deixou de ser, ele é um lugar, uma dimensão de realidade. Mas ele é também um estado de consciência, ele está também dentro de nós, nunca deixou de estar... neste grau o iniciado conhece por si mesmo o reino de Deus, o Nirvana.
            Em qualquer dos outros graus ele pode ou não ter esse conhecimento, essa experiência, mas ela ainda será incompleta (a ela gradativamente mais será acrescentado ou nela sempre ainda faltará algo) e ele retornará ao estado anterior que tenha conquistado. Mas atingindo o décimo primeiro grau ela se torna um habitante desse lugar, desse estado.
É muito fácil confundir as primeiras experiências com uma realização última e completa, pois é algo muito diferente e superior ao que estamos acostumados, que parecerá absoluto. Por isso a orientação de um amigo (frater) experiente é sempre necessária em cada grau, alguém que esteja pelo menos um grau acima em realização.
            Alguns interpretam que isto se refere a um estado e é um estado também, mas não só um estado; outros como sendo um lugar outros como sendo um ser... Nirvana não é outra realidade, ele é a única realidade, todas as outras são alucinações. Nos dois últimos graus há a cura.
            As pessoas aqui são como jovens viciados em uma eterna viagem de LSD ou chá de cogumelo: elas veem e fazem coisas, mas as coisas não são como elas veem, nem elas fazem as coisas como pensam que fazem. Assim elas se machucam, sofrem, demoram a aprender e a amadurecer, repetem gestos e erros como se fosse a primeira vez.
            Os graus últimos vão além de entender isso, significam a cura, através da cura do vício, as alucinações vão desaparecendo, vem a lucidez e a experiência do real.
            Nos graus O.I.T.O. se aprendem as práticas mais avançadas dos tantras, da alquimia, e do hermetismo. Quando já se está preparado pode-se receber e se dedicar a estas práticas sem nenhum perigo para si ou para outros.
As práticas mais poderosas devem ser aprendidas e realizadas, além de outras que não devem ser abandonadas. A gnosis se processa gradativamente.
            Para saber mais sobre esses graus e também sobre os outros veja os artigos que explicam os onze graus um por um e os que falam das três etapas que correspondem aos graus iniciais, O.H.E.O., aos intermediários, F.I.T.O. e aos mais avançados, O.I.T.O..
            Por fim é preciso que se saiba que os sete primeiros graus podem ser cronológicos. O primeiro como uma preparação em matéria de conhecimentos gerais; os seguintes como uma graduação universitária e os que vem depois como “mestrado”, pós-graduação e doutorado.
Os graus finais podem ser tanto alcançados subitamente, como levar muitos anos, ou uma vida, ou muitas vidas. O conhecimento que esses graus envolvem não podem ser comparados aos conhecimentos comuns ou mesmo os primeiros conhecimentos iniciáticos. Eles não podem ser ensinados, transmitidos ou controlados de alguma forma. Assim me foi dito: eles são infinitos, ilimitados, eternos.

“Por que vivo? Para que vivo? Qual o sentido de minha vida?”

Essas são as perguntas que o iniciado mais cedo ou mais tarde vai ter que responder a si mesmo. Ninguém aqui dará estas respostas. Só você pode descobri-las e respondê-las. Só você pode dar satisfação a si mesmo, ninguém mais lhe deve satisfação quanto a isso. Você estará livre, terá que descobrir, ou, talvez, criar “um propósito” para sua vida, nós apenas podemos oferecer meios para descobrir.
Existem muitos meios para se descobrir a verdadeira vontade, o seu fito, mas nenhum é tão fácil ou evidente. Todos envolvem um labirinto do qual só você pode tirar a si mesmo.
Por que vivo? Para que vivo? Para me desenvolver, reproduzir, sofrer, envelhecer... e depois simplesmente morrer e desaparecer? Sou apenas mais um animal na multidão da massa “sofrente” para nada?
Habitamos um pequeno planeta, um pontinho de poeira galáctica, de uma pequena galáxia no meio de bilhões de galáxias num dos universos que ocorrem na eternidade; na espiral do tempo nós somos um nano-segundo na duração de um universo, de que vale a nossa vida? Ou será...? Descubra!
A individualidade e todos os demais aspectos da personalidade que chamamos “eu” parecem uma impressão evidente, e mesmo em sua constante mudança e evanescente vir a ser nos parece permanente, mas isto  é obviamente uma ilusão, e justamente essa ilusão é a que  aprisiona a consciência a um tempo e à forma... Existe algo em nós que pode estar além dessas limitações à qual poderíamos ter acesso aqui agora? Existe algo em nós que pode transcender a natureza, o tempo, a forma e a impermanência? Existe algo no indivíduo que o faz precioso diante das multidões do universo e da eternidade? Este é um convite a você para descobrir essas respostas por si mesmo sem deixar dúvidas.
Que outras perguntas você tem? Que outras perguntas você poderá responder? Quais os melhores caminhos e que opções temos? Para onde há que se ir? Existe realmente para onde ir? Venha e veja.
Isto também não pode ser dito, revelado, como fazem as religiões do ocidente com suas respostas prontas às quais se tem que conformar ou não, acreditar ou não, artigo de fé. Este processo não é apenas um meio de entrar numa cadeia de auto-engano e ainda enganando outros por medo de “não garantir seu lugar nu céu”? Estamos realmente sendo bem orientados e conduzidos? Estamos conscientes disso? Ou estamos caindo numa armadilha que mais e mais nos prende a esse mundo e suas demandas? Estamos realmente nos libertando, expandindo nossa liberdade e nossa consciência ou estamos aumentando nossas limitações e conformismo à escravidão, à incerteza e à ilusão?
Pode levar um tempo, mas você algum dia terá de dar essas respostas a si mesmo, e terá que ver por si mesmo tudo isso, então vai ter que saber onde pode querer ir e como chegar lá.
A grande ordem de tempos em tempos atualiza seus meios conforme a necessidade projetada por nossa condição. O que queremos oferecer são meios, recuperando os antigos, atualizando os novos, para chegar às respostas, à verdade e à liberdade.

Ninguém pode abrir os olhos daquele que não quer ver. Nós só podemos ensinar. Não podemos dizer o que é a verdade ou a liberdade. Cabe a você soltar os músculos, os medos, os apegos, as aversões e mover as pálpebras para então ver por si mesmo.