quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Holywooda

Holywooda
O passarinho que nasceu na gaiola sonha que voa
Mesmo sem nunca ter voado
E às vezes seu ssonho é tão intenso que com olhos fechados ele decola
E acorda assustado tendo batido nas grades
Mas se o passarinho aprende a abrir a portinha e sair da gaiola
Ele realmente voa, ele está livre
Mas que bom se tivesse um amigo
Que bom se ao invés de ter descoberto sozinho como se abre a gaiola
Ele tivesse sido ensinado por um bom amigo
Conhecedor da liberdade ou pelo menos que soubesse como conseguir alimento
Porque a liberdade sem esse conhecimento é muito difícil
E cheia de perigos surpeendentes que fazem o passarinho viver assustado e faminto
Então ele volta para a gaiola
Assim somos nós também em relação a nossas potências
Assim somos nós em relação ao divino, à liberdade, à iluminação
Mas que bom que no mundo já surgiu um buda, um Cristo, um complentamente liberto
E deixou para nos todas as instruções de como abrir a gaiola e de como viver livres
E daí surgiram muitos amigos que já fizeram o mesmo
Ou que pelo menos já sabem sair da gaiola
O problema das pessoas em geral não é querer abrir a gaiola sozinhos
Mas é acreditar que já são livres ou anida pior, acreditar que a gaiola é tudo
Como eles vão sair daí?
Muitos engaiolados ouvem maus amigos e maus conselhos
Eles acreditam que voar é apenas um sonho
E que não existe vôo nem vida livre
Eles sonham que voam e se deparam com as grades
E isto para eles é a prova concreta de que não existe vôo e que liberdade fora é uma ilusão
Por isso eles não ouvem os bons amigos dos iluminados, eles até riem deles
Eles muitas vezes sequer os vêem
Eles preferem acreditar cegamente que não existe vida fora da gaiola
E chamam essa crença de sensata, ou de ceticismo, ou de comprovação, ou evidência...
E ensinam tal coisa a suas crianças
Mas ainda bem que os bodisatvas, os mensageiros da liberdade, são incansáveis
Existem sempre passarinhos que voam perto da gaiola ou mesmo pousam nela
E com seu canto falam de vôos e de liberdade...

                                          Antonio Gonzaga

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ROSACRUZ HOJE (cont.)

A verdadeira origem da rosacruz

A verdadeira fraternidade rosacruz não é outra comunidade senão a fraternidade da luz, que não pertence a este mundo, e que se manifesta de tempos em tempos em diferentes modos, segundo a necessidade e as possibilidades do gênio humano, dando origem a diferentes ordens, religiões, escolas e mesmo ideias políticas, gerando reformas políticas, econômicas e educacionais necessárias para o bem da humanidade e para contribuir com um impulso ou mais uma possibilidade de desenvolvimento espiritual.
Quando a humanidade, uma cultura, um país ou um povo começa a degenerar, a fraternidade reaparece com uma “boa nova” para impedir que todos caiam na degeneração e corrigir os rumos. Mas nem sempre a luz vence as trevas quanto à maior parte da pulação. Nem todos "abrirão suficientemente os olhos" para enchergar e muitos nem sequer queirerão ver.
A rosacruz verdadeira se manifesta no mundo por meios tais como: da tradição já existente; ou quando uma pessoa, escola, religião ou ordem se enobrece para tal, alcançando o contato ou a inspiração da ordem; ou por herança e ou resgate de outras ordens mais antigas. Pode ocorrer também outros fatores e alguma combinação desses.
A ordem nesse mundo não tem começo histórico como muitos creem ou alegam, seria o mesmo que dizer que a luz abandonou os seres às trevas por um longo período.
Uns atribuem a origem com esse nome a Cristiano Rosacruz ou Ion Valentin Andrae, outros a Frances Bacon, outros a Da Vince, outros a Paracelso. Outros dizem que a rosacruz é bem mais antiga que sua aparição com esse nome e atribuem sua fundacão a Jesus, outros a Hermes, outros a Akhenaton, outros a Buda, outros a Melquisedeque, outros aos atlantes, etc.. Todos estão de certa forma certos e de certa forma errados...
Não há dúvidas que estas personagens têm o perfil da fraternidade da luz e sem dúvida alguma fazem parte dela. Mas a rosacruz não é uma invenção, nem obra de um inaugurador, porém uma ocorrência no universo dentro das leis cósmicas. Precisamos pensar além dos limites condicionados desse universo, na eternidade, e em todos os seres de todos os mundos de todos os universos no tempo e na eternidade. Tal limite condicionado de visão faz parte desse universo, nesse mundo e época específica, é uma das grades de nossa prisão.
Em cada mundo existem seres conscientes com um grau de sabedoria muito maior que os outros e em álbum momento, sem interferir no seu livre arbítrio, mas pelo contrário reforçando sua libedade, tais seres inspiram ou vêm diretamente inaugurar alguma instituição, ideia, procedimento, etc. que trarão uma libertação, uma nova visão, enfim, um catalizador na dissolução das correntes a que nos aferramos. Isto produz não só um aumento da felicidade sabedoria e  bem estar individual, mas também um crescimento espiritual, educacional (de caráter também) e científico de um povo e ou de uma época.
A rosacruz, sendo o mesmo que a fraternidade da luz, sempre existiu de algum forma ou sob algum nome, sempre modificando-se de acordo com as necessidades e aptidões de cada espécie em seu tempo. Pois os seres vendo não enxergam, imersos no teatro da ilusão, de modo que a fraternidade tem que usar artifícios para fazer com que os seres vejam. Assim ela pode trazer vários metodos, vários ensinamentos, novos ou anrifos , puros ou mistos. E assim como cada professor de uma mesma matéria tem diferentes metodologias, ênfases e ordem de apresentação, cada época ou cada ordem rosacruz tem sua didática.
A fraternidade vem ao mundo não para ser apenas mais uma alternativa, mas para corrigir o que já se degenerou, para retirar o que de mal ou inútil se acrescentou e principalmente para acelerar o que já se tornou lento e menos eficaz.
A cada nova manifestação seus mestres ou agentes, dizem aos seus mais altos realizados algo como: “ide levar a luz ao mundo e curar os doentes”. E é isto que a fraternidade faz.

Quem são os rosacruzes

Um rosacruz deve ter pelo menos alguns traços indispensáveis que o definirão como tal. Todo rosacruz intui que há muito mais para conhecer do que o que se mostra aos sentidos, e ele quer conhecer. Rosacruz tem aspiração ao conhecimento, mas principalmente daquele que é o supremo saber, o conhecimento supremo...
O rosacruz pode crer como o religioso, ou duvidar como o cético, a diferença é que ele não se contenta com isso, ele quer provar. Ele não se contenta em professar aquilo que estuda ou que acredita, ele quer falar com conhecimento direto, conhecimento de causa, visto e comprovado por si mesmo, não porque outro disse ou simplesmente porque é logico ou racional. Easa é a principal característica. e ele éum buscador da verdade. Isto está além da busca científica, pois essa se restringe à verdade convencional, a evidência dos sentidos. Rosacruz quer por fim a toda dúvida.
A rosacruz não anseia isso como um projeto egoísta, para satisfação e conforto pessoal apenas, mas par colaborar no avanço de todos. Para reduzir e mesmo por fim ao sofrimento, para a cura de todos os males e das doenças. Nisso seu projeto se iguala ao de um bodhisattva e a um médico. Além disso esta pessoa quer reduzir ou mesmo resolver o problema da carência e da conservação dos recursos e com mais isso se iguala também a um alquimista e um ecologista. E ele quer reduzir ou mesmo acabar com o problema do conhecimento, do acesso a este e da cegueira humana. Com mais isto se iguala a um professor, artista e psicólogo.
Estas são características sempre presentes em todos os verdadeiros rosacruzes, senão deste o início pelo menos a partir do momento que começa a compreender. existem outras, mas essas são muito importantes.
Por último e não menos importante, essa pessoa intui que há algo supremo, chame do que for ou caracterize de que forma que seja. Como tudo que conhece é limitado deve haver algo ilimitado. Como tudo é condicionado deve haver algo incondicionado. Como tudo é composto deve haver algo uno... Pela incompletude de qualquer argumento sobre isso contra ou a favor digamos apenas que toda pessoa que intui uma realidade última além das efêmeras aparências ou que suspeita da insubstancial idade das mesmas e que haja alguma verdade a ser descoberta está apta a se tornar um rosacruz. Nós almejamos a verdade, a completude...

AS CARACTERÍSTICAS DA NOSSA ROSACRUZ

Conosco agora não é diferente. Este impulso, esta “saudade do paraíso”, esta vontade, é uma manifestação divina. E nossa obra é uma manifestação da fraternidade da luz.
Escola não significa uma construção física, se trata de uma escola de pensamento, mais precisamente um modo de ver, e uma metodologia de estudo, e o conjunto dos conhecimentos resultados desses estudos. E aí sim, então, uma escola de pensamento, pois trata-se do tratamento do conhecimento, da interpretação, da exegese. temos assim no início a pergunta, no meio uma epistemologia w uma metodologia e por fim uma resposta...
Nossa escola, como as outras chamadas rosacruz ou ainda mais genericamente scolas de mistérios, tem princípios e observa fenômenos que parecem até mesmo surreais para o comum das percepções humanos, alguns procedimentos e teorias parecem até mesmo loucura, e as leis da natureza oculta que nós descobrimos, muitas vezes é paradoxal.
Mas ao contrário de algumas escolas, nós não tomamos tais fenômenos como uma realidade objetiva, nem como uma realidade última, nem como uma realidade em si mesma. Nem este mundo nós consideramos assim, como realidade, nem como uma realidade última, nem como uma realidade em si mesma. Mas todas as realidades são camadas, fases da ilusão, como uma miragem, como um sonho perigoso de consequências que podem ser boas ou dolorosas, como um delírio, como uma alucinação, da qual ao voltarmos nos deparamos com camadas cada vez menos espessas de ilusão.
O comum dos seres humanos está agora (e todo instante praticamente) alucinando sem saber disso. Um dos últimos estágios do despertar gradual é justamente perceber que isto é assim. O aprendiz, seja ele adepto de qualquer escola, ideologia, religião, filosofia, modo de vida, verá que esteve até este momento sonhando, e naturalmente quererá acordar e acordará.
Nós temos semelhanças e mesmo elementos iguais a muitas outras ordens, talvez mais até do que as diferenças que também são muitas. Mas nós procuramos preservar apenas o mais puro, o mais original vindo desta fonte única da qual fazem parte todos os grandes mestres da humanidade. Por isso hão similaridades e também por isso as diferenças.
Mas nós também não negamos a influência ou mesmo aproveitamento do que encontramos aqui, do que da verdade aqui se manteve preservado, do que aprendemos também aqui, e do que de fontes terrenas resgatamos da mensagem divina antiga ou de qualquer época, como que para recuperar os tesouros e os traços que nos identificam com nossa família.
Nem todo gnosticismo é facilmente classificado como rosacruz, mas todo rosacruz deve ser gnóstico pelo menos no sentido da palavra. A verdadeira igreja gnóstica (igreja no sentido original: comunidade) não está nesse mundo: nós, em todas as escolas, somos apenas imitadores, aprendizes que estamos treinando para chegar lá e usando meios para entrarmos em contato com ela.
Esta igreja se encontra em outra dimensão do universo, outra vibração da matéria e energia, muito mais intensa em sua vibração, portanto, mito mais sutil em sua materialidade, que não pode ser sentida por esta matéria e sentidos ordinários.
Dessa comunidade de mestres fazem parte Buda, Jesus, Lao-Tsé, Siva, Hermes, Krisna, Rama, Apolônio, Melquisedeque, entre outros. Não há diferença, não há concorrência, não há inimizade entre os verdadeiros mensageiros da luz.
Porém o sábio deve compreender que quanto ao divinal, ao supremo, tanto quanto ao resultado da grande obra, todos esses mestres falaram sobre a mesma coisa, se utilizando de diferentes linguagens, visões e abordagens para tal, de modo que alguma esperança e meta fossem vislumbradas.
Nós somos dos poucos (como uma ou outra rosacruz e a maçonaria) que destacamos Buda e Jesus dentre esses mestres como os principais (iluminados) e temos nossas razões pra isso (vaja em artigos específicos sobre o tema) e depois desses, Hermes e Lao-Tsé. Deles deriva nossa metodologia.

A principal tradução do simbolo da nossa rosacruz

No nosso simbolismo podemos mais resumidamente ainda dizer, como já dissemos e alguns já disseram de outras rosacruzes: a rosa representa Buda e a cruz representa Cristo.
Este símbolo assim nos ensina que estas duas palavras se referem à mesma coisa em suas diferentes características. Pois a rosa e a cruz são indissociavelmente uma coisa só. Quem se deu ao trabalho de estudar profundamente os dois ensinamentos sabe que sem budismo não existe nem gnosticismo nem cristianismo, dado que uma boa parte do ensinamento de Jesus é a mesma do anterior, de Buda, e, dizemos, que tem origem um no outro. Disso, e de outros pontos, vem ofato de ser tão diferente e mesmo oposto, em alguns aspectos, do judaísmo. Quem estudou profundamente também descobrirá que sem o adicionado por Jesus o ensinamento do Buda está incompleto para os tempos de hoje, apos os primeiros 500 anos em que o ensinamento de se transmitiu sem alteração. Além disso a capacidade intelectual do ser humano diminuiu sensivelmente junto com a degeneração moral generalizada. A maneira complementar, mais específicamente falando, do budismo apresentado por Jesus fica evidente na forma simples e direta como Jesus apresenta a salvação pela fé depois a iluminação pelo processo degnosis. Embora ambos apresentem esse último na forma simbólica, Buda nos tantras e Jesus nos discursos após a ressurreição, Buda  detalha bem mais a purificação enquanto Jesus enfatiza a salvação que Buda descreve como "para tempos degenerados" quando o ser humano tem dificuldade de atingir os estados elevados de concentração, de manter votos castidade, etc.. Esta salvação ensinada por Jesus Buda ensinou apenas em alguns discursos sobre a terra pura, semelhante ao céu descrito por Jesus. E o processo gnóstico ensinado por Jesus é em resultado o mesmo que Buda ensinou nos três giros da roda do dharma e sem esse entendimento é muito difícil tanto compreender os símbolos do tantra budista quanto da mitologia gnóstica ambos como chave para a gnosis, o despertar. Jesus simplifica tais procedimentos a seus eleitos mais efetivos e autônomos, e a simples operações mentais ao alcance de nossas mentes deficientes.
Porém, mesmo estes ficaram muito tempo escondidos ao longo da historiá. E assim como os tantras que foram achados centenas deanodepiis, o evangelhos apócrifos foram também recentemte encintrDos. durante o período de escuridão a fraternidade da luz não deixou a humanidade desamparadas, surgiu a fraternidade rosacruz que trouxe átona novamente tais processos. A partir de algumas pesquisas e de instrução direta e indireta de iluminados partes i portantes dessa sabedoria foram encontradas e novamente colocada juntas. Já a nossa rosacruz faz parte da renovação ou recuperação mais recente, a partir dos achados especialmente os de Nag Hammadi, juntamente com a divulga.cão publica dos segredos tântricos a exemplo das revelações mais recentes da escola Shingon.
Aplicando este aprendizado aos demais símbolos já explicitados aqui, temos os quatro braços agora, indissociáveis, da cruz com seu florescimento também indissociável na rosa, portanto garantido, inexorável, quando se unem os citados braços (hermetismo, gnosticismo, yoga-tantra-taoísmo e budismo).
A outra representação da cruz rosacruz é a cruz (com braços iguais, mais às vezes com o do pé maior) com o círculo, ou ainda a cruz com raios e círculo que é a que usamos. nesse modelo temos a cruz do Cristo e a roda do dharma ou roda do caminho óctuplo budista. Nesse modelo podemos encontrar ainda mais simbolismos. Poe exemplo, os quatro braços desde acima e seguindo no sentido horário: (1) Deus, o imanifesto ou o Tathagata, o Dharmakaya, á consciência pura e completa; (2) Pistis Sophia, o cículo que envolve tudo, a sabedoria fiel, o espírito santo de Deus; (3) Christo ou o manifesto, o bodhisattva; (4) atman ou o tathagatagarbha ou o buddha-datu; (5) Tao ou o caminho perfeito ou o tantra ou o dharma-datu; (6) a consciência humana ou animal ou aprisionadas na matéria, mas rumo à libertação; (7) Hermes ou o mensageiro, o estado intermediário, o esclarecido que conhece a Deus diretamente e obtem dele a revelação ou o consolador, o espírito santo enviado; (8) anatta, o não-eu, a libertação, a consciência pura em nós; (9) Buddha, o desperto, o iluminado, o que sabe, que voltou ao seio do Uno; e (10) Suniatta, o círculo no centro, o eixo da roda, a vacuidade, a gnosis ou o pleroma.
Nossa rosacruz é basicamente uma ordem iluminística, isto significa que seu principal objetivo é levar ao esclarecimento e à iluminação.

Mestres e caminhos da rosacruz

Não estamos dizendo que um mestre é igual ao outro nem que um é superior aos outros. O que colocamos é a complementariedade dos caminhos. Não resta dúvida que é muito melhor subir a montanha tendo escolhido um único caminho que se tenha escolhido com segurança, não se pode subir por todos os caminhos. Nessa montanha se você for muito rápido pode até subir por dois caminhos ou três, mas e se não chegar ao topo? Se não der tempo? O interessante é chegar ao topo, então será um melhor guia. Mas ter um mapa com muitos caminhos seguros e escolher o caminho que mais se ache preparado para trilhar é bem mais vantajoso. E uma escola rosacruz deve ser isso, uma escola e disponibiliza mapas e guias experientes.
Um budista poderá dizer que Buda é superior, um cristão dirá que é Jesus, mas um taoísta poderia dizer que é Lao Tsé, e as subdivisões desses caminhos poderão ainda se proclamar superiores umas às outras... Quem terá o tempo de testar todas as opções? A verdadeira rosacruz é uma especie de sincretismo, mas é um sincretismo diferente, ela não tenta apresentar uma grande síntese nem tampouco um resumão em seu sincretismo. Ela tenta apresentar e preservar o essencial de cada caminho, aquilo que é o elemento efetivo por trás das variadas ações, ela o depositário e o repositório das grandes escolas e religiões. De tal modo que quando uma doutrina verdadeira está amsacada ela pode se refugiar na rosacruz ou a rosacruz pode guardá-lá e protegê-la da deturpação, proibição ou mesmo da extiçáo .
E é assim que deve se comportar o seu membro, não sendo sectário de nenhuma forma. Que cada um siga o caminho que quiser, a rosacruz está aqui para ajudá-lo a percorrer melhor, mais rápido, com mais resultado, com mais segurança e com riqueza de conhecimento. Acrescentando a ele apenas o que o buscador quiser ou necessetar de nossa ciência. E se alguem não escolheu outro ou outros caminhos e tomou a rosacruz como seu caminho ou ainda está sem caminho, a rosacruz está aqui para ser o seu caminho.
No grau 32 da maçonaria o maçon entrará na câmara dos sábios onde ela conhecerá alguns dos mestres que falaram sobre o mistério da vida e da divindade e aquele grande mestre que há de vir que é esperado por todas as religiões. Não queremos nesse momento discutir se esses sábios são iluminados ou não, ou se concordamos ou não com sua sabedoria ou se ela é completa ou incompleta ou se todos aqueles ou apenas alguns estão no hall de nossos mestres, mas se quando vier aquele que cada religião espera, quem ele será? Como será chamado? Será que virão os de uma religião e não de outra? Será que uma religião interpretará aquele mestre de outra religião como sendo o da sua ou um falso como os judeus do passado que não acreditam que Jesus é o Cristo e ainda hoje o esperam? Ou será que num moemento virá o mestre esperado de uma religião noutro de outra e algum deixará de comparecer? Como será? A rosacruz diz que os mestres são membros da fraternidade da luz e que eles virão, mas serão reconhecidos como tal? O verdadeiro buscador da verdade, não esta buscando uma religião simplesmente, para seu consolo pessoal, para suas necessidades ou capricho, ele não esta buscando uma escola pelo fascínio dos mistérios ou de sua revelação da boca de outro, ele busca a verdade e a verdade o libertará. Ele busca verdade que doa ou que alivie, não importa, ele quer a verdade. Essa é a nossa religião. Um rosacruz deve ser um iluminacionista, aquele que não se contenta com uma verdade parcial, pois meia verdade e uma mentira são quase a mesma coisa. Assim, o rosacruz não busca um mestre ou um caminho porque lhe agrade ou lhe caia bem conforme sua maneira de pensar, mas ele escolhe o caminho que lhe conduza à verdade. Nossa religião não é um conjunto de práticas ou de idéias, nossa religião é um caminho que conduz à verdade porque nossa verdadeira religião de fato, no sentido da palavra, é a verdade.

A fraternidade é formada apenas por aqueles que recebem esse ensinamento e o praticam

A escola é o conjunto de idéias, métodos, práticas, psicologias, ciências e seus propositores. Portanto só podem fazer parte dessa escola iniciados que já são propositores, pois já tem a experiência acerca delas ou de parte considerável, e os estudantes que estão no curso de conhecimento e análise, passando pela prática para adquir a experiência ou pelo menos o conhecimento e a habilidade para atingi-las, e aqueles com graus avançados de experiência.
Assim para fazer parte da escola deve-se ou ser no mínimo apenas estudante ou no mínimo fazer parte da ordem.
A ordem é formada pelos graus de estudo, de iniciação e de experiências e por aqueles que passam por esse processo. Portanto para fazer parte da ordem é preciso no mínimo ser iniciado formalmente ou num grau de experiência. Assim como a simples presença não torna alguem participante da fraternidade, o simples estudo não o torna membro da ordem.
É bom no entanto esclarecer aqui a importância do alicerce, estudo e prática, ambos de mesmo valor e necessidade, e do cume da construção, a experiência fruto desse alicerce.
Existe também o tipo de experiência ou precocidade ou facilidade em obtê-la que deriva do mérito, da graça, da pureza interior, etc.. Toda essa experiência deve ser considerada, porém ela não exime da necessidade de se completarem os graus de prática e de estudo.

A verdadeira igreja rosacruz não é deste mundo

A verdeira vida não é aqui, onde temos uma passagem provisória, um terrível desvio do caminho. Embora as consequências do que fazemos aqui sejam carregadas pela vida futura, esta vida deve ser vista como um instante na eternidade, um sonho do qual queremos acordar, ou melhor, vivê-lo desperto, para então podermos escapar dele definitivamente.
A verdadeira igreja da luz não é deste mundo. Mas ela é para este mundo também: na compaixão dos irmãos invisíveis e dos iluminados. E na infinita compaixão dos grandes mestres ela é para todos os seres de todos os tempos que estão fora da verdadeira vida.
Assim deve ser também nossa fraternidade, ela não é composta apenas de membros iniciados, mas sim de toda humanidade, benfeitores e beneficiados, todos se beneficiam deveriam procurar também bensficiar. Nossas práticas também servem para beneficiar a todos os seres o que obviamente nos inclui. E a confraria ou fraternidade, a parte da ordem formada por aqueles que praticam ou já iniciados formalmente na ordem e com conhecimento e participação direta no intercambio com a fraternidade da luz, mesmo que alguns poucos ainda o façam de forma inconsciente já sentem a energia, a presença e os benefícios da fraternidade da luz, sendo testemunhas do processo de regeneração e desabrochar da visão interior sentem-se por vezes impulsionados a trabalhar de alguma maneira nessa grande obra em prol da humanidade doente.
A igreja é composta também de todos os que “ouvem o chamado” e comparecem e ou estudam presencialmente ou à distância. Mas contêm todos os seres entre seus irmãos beneficiados.
A escola é composta de todos os estudantes que almejam a verdadeira iniciação e o acesso aos mistérios, para verem por si mesmos e não ensinarem sobre o que apenas ouviram dizer ou encontram nos livros, mas sobre aquilo que conhecem cientificamente e diretamente e do qual participam.
Àqueles que ouvem a voz, os iniciados tanto externa como internamente nós consideramos membros ligados diretamente a esta fraternidade. Aqueles que comungam com o pai e conhecem a verdadeira vontade não voltam mais atrás. Estes serão representantes da fraternidade da luz na terra.

No entanto apesar de tudo isso ser belo e suficiente nós queremos mais alem, almejamos descobertas, e, como já foi dito, provas, que todo participante tanto mais cedo quanto possível comprove por si mesmo e seja testemunha a partir de sua própria experiêcia, não de teorias ou palavras de mestres, como fazem outras escolas, não fazendo segredo sua vivência (como fazem outras escolas para que os estudantes não compartilhem entre si que não tem tido experiência direta alguma ou que sua experiência mostra até mesmo o contrário da teoria), mas com testemunho de sua própria vida, experiência e exemplo, para outros que ainda não sabem. Pois aqui, principalmente nesses casos, o segredo é realmente inimigo da verdade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Características da Rosacruz

Como religião somos ecumênicos e aceitamos pessoas de todas as religiões sem que tenham a necessidade de escolher entre uma e outra nem abandonar sua religião ou suas convicções religiosas ou antirreligiosas.
Como escola de ciências aceitamos pessoas de todas as religiões, ordens ou escolas, da mesma maneira como aceitamos da parte das religiões, porém, como uma escola científica que estuda o oculto aos sentidos do mundo, e também os fenômenos típicos da religião, nós temos práticas e procedimentos religiosos, experimentais ou não, que devem ser adotados pelo estudante independente da sua orientação religiosa (pois ele deve experimentá-los para ver por si mesmo e não ser um mero repetidor). Destes, os já comprovados e aceitos por nós nem sempre são compreendidos pelos aprendizes como científicos: pois eles ainda não os comprovaram.
Como tradição ela sempre conserva um elemento característico principal a partir de uma de suas manifestações, o hermetismo ou ciência hermética.
Porem, se identificarmos mais precisamente o elemento principal comum tanto à religiosidade quanto ao modo de investigação científica da rosacruz é o modo de conhecer diretamente a sabedoria, isto é, o modo gnóstico de conhecer é precisamente este elemento. Em resumo este modo de conhecer significa a experiência direta, tornar-se uno com o obejeto do conhecimento, ver por si e em si mesmo, conhecer a verdade. Este modo gnóstico não se restringe apenas à ciência hermética ou à religião gnóstica, ele é comum a algumas religiões como o budismo, o cristiabismo primitivo, o taoísmo, o jainismo, o hinduísmo, o xamanismo original, etc.. Mas na escola rosacruz ele deve novamente recuperar sua maneira de proceder original em cada uma dessas.
Outra característica da rosacruz que é sua base milenar está no sincretismo das civilizações orientais e ocidentais, pois na verdade tal separação não existe. Dentre esses elementos marcantes, temos novamente a ciência, é  o gnosticismo (que alguns insistem em chamar erroneamente de cristianismo primitivo, mas que podemos também recuperar este nesse estudo), o hinduísmo (mais precisamente a ciência yogue e tântrica), o budismo, do theravada ao tântrico (vajrayana), o taoísmo, que é fonte de inspiração religiosa, política (em sua maneira de viver) e como ciência (é também alquímico). Estes são num sentido os quatro braços da cruz em direção ao centro, o florescer da rosa.
Em outro sentido temos a cruz de Cristo (e do Egito alquímico-hermético) e a rosa que é a flor de lótus do budismo e da yoga, do hinduísmo e jainismo.  Num sentido mais sincrético e resumido temos ainda a cruz representando ocidente (cristianismo, gnosticismo, maçonaria, ciência, etc.) e a flor de lótus o oriente (budismo, yoga, taoísmo, tantrismo, etc.). Porém, não se pode dissociar a rosa da cruz como elementos separados, pois na realidade não existe tal divisão do mundo em oriental e ocidental. Devemos admitir, por exemplo, que Jesus viveu no oriente, que Hermes talvez seja chinês, que a filosofia gnóstica é um fenômeno da cultura helênica, e que não importa de onde venha a verdade mas que venha.
Em outro sentido mais profundo temos a união ou a dissolução mútua de atman e anatta das duas vertentes "rivais" da yoga, budismo ou jainismo que negam o eu e do hinduísmo, yoga ou  racionismo que afirmam eu, ou do ocidente que cultua a personalidade (embora Cristo tenha pregado a negação do eu) e do oriente que a desconstrói. Enfim, a superação da visão dual e limitada. A rosa central é o resultado desse processo. O desabrochar da da flor da não dualidade, da unidade de tudo.