quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Como participar - continuação

Na postagem anterior vimos o que as vias são. Muitas vezes estas vias são equiparadas às diferentes escolas ou linhas de trabalho soteriológico antigo, outros fazem equiparação como fizemos a linhas religiosas, e outros. Isto só tem importância de mostrar como as pessoas encaram as vias ou com que impressão chegam à nossa escola ou como o mundo nos vê. Apesar de não exata essa correspondência marcou também nossa fraternidade, mas nos cabe agora esclarecer a real origem e significado de cada via para que todos os que estão envolvidos com elas e os que vêm por elas ou tendem para elas saibam sua realidade por trás das identificações, o que é importante na compreensão do processo como um todo, revelando a verdeira ordem universal.

A indetificada como a via descendente, é mais equiparada à chamada via cristã; das quatro ascendentes a A, que parte da forma à da yoga; a B que parte das emoções é também conhecida como caminho da religião, mas nessa equiparação artificialmente é equiparada predominantemente à budista (pela psicologia, a iluminação pelo controle das emoções e dos desejos); a C que parte do intelecto é evidentemente equivalente à via hermética; e a D à taoísta. Mas nessa forma de equivalência fica claro que quem se utilza racionalmente das outras vias é a via hermética é que parte exclusivamente da razão, portanto devemos corrigir trocando a equivalência C e D.

Outras formas já foram propostas por outras escolas. Mas precisamos agora saber como entender isso com base na corrente original da ordem para poder entender o movimento das vias e nos posicionarmos com relação às vias em nossa participação na ordem. As vias são como caminhos que levam ao pico de uma montanha. A via central coincide com a via do pico (para o bom entendedor...) mas as vias propriamente elas se abrem através de portas. As portas podem coincidir com as vias e algumas delas realmente coincidem, o problema é que a pessoa no mundo confunde porta com via. Uma porta se atravessa, não se fica estacionado na porta achando que chegará ao topo da montanha, é  preciso andar pelas vias. Por isso nossa ordem esclarece isso, que elas existem e se manifestam em várias portas, que podem estar numa igreja, numa ordem, numa escola, numa pessoa, num grupo ou numa outra instituição, mas esta é a porta, nossa ordem, por exemplo, é uma dessas portas, a diferença é que nós ensinamos também a andar nas vias, somos uma ordem completa, com porta, vias e objetivo, a ordem.

Por isso é melhor participar do caminho iniciático. O estudante e o prático dificilmente poderiam desfrutar da caminhada até o objetivo. E eu posso dizer que são raríssimas as excessões, poderia até citá-las, que realizam todo um caminho até o final. O que é  de fato um caminho iniciático? É o caminho que leva a pessoa a uma experiência ou algumas experiências onde ele de fato compreende o que é aquilo, seu profundo significado. É  exatamente como um curso de iniciação científica, a pessoa estuda o método, estuda o assunto, realiza experimentos e observa por si mesmo os resultados chegando à conclusão daquilo por seu próprio experimento e observação. Outra forma de comparação precisa mostra o outro aspecto que a iniciação tem. É como entrar para um grande clube privado, a pessoa que não é sócio não conhece de fato o que ha dentro das instalações, só pelo que ouve dizer, a iniciação é como ser convidado e se tornar associado, a pessoa tem disposição para conhecer gradativamente todas as instalações. Suponha que as inúmeras áreas e instalações do clube são como os conhecimentos, entendimentos e diversas dimensões às quais a pessoa gradualmente vai acessando em sua caminhada, então a iniciação é apenas o acesso ao clube,  a porta.

Na continuação vamos falar um pouco sobre como se entra nesse "clube" e como é que os estudos e práticas são recebidas e como são realizados...

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