segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Quem Somos Espiritualmente

 Quem somos, no sentido correto, espiritual: somos duas classes de pessoas, os buscadores da verdade e aqueles que já a encontraram.

Porém, há uma terceira série de pessoas, aquelas que encontraram a verdade e a seguiram até o fim, alcançando tudo o que deste lado é possível e penetrando o quanto é possível no outro lado. É isto que que os buscadores da verdade e alguns dos que já a encontraram buscam. dois tipos buscam. Pois aqui só vemos em parte, e mesmo de lá também só trazemos parte, só lembramos parte, só compreendemos parte, visto que esse mundo é parcial e tudo aqui é parcial, só lá podemos ser plenos. Lá só há Ordem, original, perfeição; aqui há ordem e desordem, degradação, degeneração. Aquele que se diz completo, é um mentiroso. Só um pode ser completo, e só um é completo, o que veio do Um e a Ele retornou, o que veio da Ordem e está na Ordem. Por isso existimos como grupos e ou como ensinadores, pois há algo mais além de conhecer a verdade e ser livre, há que se segui-la até o fim, também há que conhecer e prosseguir em conhecer, pois Ele quer ser conhecido e este trabalho é maior e mais nobre que qualquer outro, do qualquer sacrifício, qualquer obediência, qualquer purificação, qualquer fé; não que estas sejam dispensáveis, não, elas são indispensáveis e não mais que obrigação, mas conhecer é para os livres, e não pode ser livre quem não cumpriu suas obrigações e não perseverou em liberdade. É preciso perseverar. E prosseguir firme em tudo isso é difícil, por isso precisamos de ajuda, por isso existimos, para dar essa ajuda uns aos outros até o fim e conhecer e prosseguir em conhecer. Quem tem ouvidos ouça.

Então sabeis que espiritualmente somos aqui os que buscam e os que ensinam são os que estão ligados a esse Um e isto é a Ordem original das coisas. Os demais estão buscando essa religação.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

QUEM SOMOS?


Agora abordaremos essa pergunda não no sentido espiritual, mas como grupo ou "instituição", na verdade, como corpo de pessoas, conhecimentos e práticas. É constante essa pergunta a cada um que se aproxima, é claro, para saber do que estas se aproximando.

Primeiramente temos que lembrar o aspecto espiritual, que resumidamente dizemos que somos templos do Onisciente, corpos onde se manifesta algo de natureza totalmente imaterial, aliás, algo espiritual, a consciência, fragmento da onisciência que dá suporte a existência de tudo que há. Logo, somos a ordem de Deus que se manifesta constantemente na criação, e também logicamente na forma de conhecimento, compreensão-inteligência e sabedoria, ciência da verdade, o que só é possível na consciência. Por isso o veículo para essa manifestação no mundo só pode ser através de pessoas, seres de consciência, afeto e vontade, como o proprio Deus é, e quando através da manifestação direta de Deus.

Assim enquanto grupo somos facilitadores empenhados em levar cada um a essa percepção, a essa consciência e a essa sabedoria, por si mesmo, não só porque alguém disse, ou ouviu dizer, ou leu num livro ou site. Não! Mas sim por chegar a testemunhar isso por si mesmo. É uma forma de organizar e ensinar um caminho para chegar exatamente a esse conhecimento, essa compreensão e essa sabedoria, não por que lhe será ensinado, mas porque alguns poucos que atingiram esse conhecimento, e sabem como e porque atingiram, sabem o caminho para isso e sabem ensinar outros a trilharem esse mesmo caminho.

Não vou falar aqui dos objetivos secundários, mas apenas do principal. Este acima citado. O conhecimento direto do que somos, de onde viemos, para onde vamos, por que estamos aqui, que se dá em relação direta com o conhecimento dessa consciência que é como um raio de luz sigelo da luz maior, da consciência maior, absoluta, Deus, do qual nosso espírito, nossa consciência, é um sopro. O conhecimenro direro, pessoal, real, dessa Onisciência, ou seja, de Deus, é o principal objetivo; todos os demais objetivos derivam, e são atingidos, nesta caminhada. Mas o fato de sermos uma fraternidade de terapeutas já sugere os demais benefícios e objetivos aos quais nos empenhamos como médicos da humanidade.

Como grupo de pessoas e organização de ensianamentos e práticas somos uma fraternidade de pessoas unidas em torno desse objetivo. Externamente somos cientistas, terapeutas, psicólogos, alquimistas, filósofos, metafísicos, ajuadadores uns dos outros e de todos os seres, envolvidos, cada um, em seu campo de atuação. Então temos entre nós pessoas de diversas linhas de pensamento, filosofias, religiões e ciências, que as ensinam, que conservam esses conhecimentos das fontes originais, das tradições originais, com o objetivo de levar a conhecer a verdade sobre eles também, não para as pessoas seguirem, mas para conhecerem a verdade sobre isso e tirar dali lições, aprendizados e significados muito além da superfície das palavras, da aparência e do que os outros de fora dizem, aproveitar o que possa ser utlil na sua caminhada, o que colabore com seus objetivos e com nosso alvo.

Assim, por vezes temos entre nós pessoas desses diferentes ramos dos conhecimentos, ciências, artes, fiolosofias, religiões, psicologias, medicinas, tradições, etc., em sua variedade própria, ensinando em suas proprias áreas, em suas especialidades, de forma livre e sem interferências exteriores. Não alguém de fora, sem vivência, que aprendeu sentado numa cadeira apenas ouvindo o que outros dizem e explicam como queiram; nem alguém que recebeu título pesquisador, mestre, guru, iluminado, extraterreno, evoluído ou doutor, etc., a que atribuem uma impossível imparcialidade e ou uma improvável sabedoria. Somos nessa parte pessoas normais, compartilhando esses conhecimentos, não para convencer ninguém, mas por querer que outros os conhecam, simplesmente; direto das fontes originais, não do que os outos dizem que ensinam ou o que se acha no Google. Aqui há pessoas reais se relacionando de forma conscinte, voluntária e amorosa, transmitindo de labios a ouvidos (ainda que também por muitos livros), mostrando na prática o que entendem que é bom para os outros e para a humanidade, ninguém tem que seguir ou concordar com isso, podendo apreciar respeitosamente e aproveitar desde tudo até absolutamente nada, conforme sua livre escolha.

Mas internamente guardamos ensinamentos de tradições antigas, esquecidas, somando as descobertas mais recentes destas e de outras ciências, para alcançar nossos objetivos pessoais, do grupo e o objetivo principal, o conhecimento da Verdade, do Eterno, de Deus. 

Esses conhecimentos, métodos, práticas têm que ser muito eficazes tanto para alcançar o objetivo geral com os outros todos. Eles foram escondidas da humanidade, difamadas ou mesmo até apossadas por fraudadores, estelionatários da "espiritualidade", que usam os nomes e ou esses conhecimentos mesmo, para inculcar nas pessoas suas propria idéias, ideologias e até mesmo para se apossar do dinheiro, destruir os valores, e controlar a liberdade de suas crédulas vitmas. Por isso tais conhecimentos, valores e ciências tem sido guardadas com zelo, até por vezes excessivo, em alguns determinados grupos, que por isso mesmo, além de outras razões, têm sido tão atacados e tão caluniados.


cruz ortodoxa


Internamente somos a fraternidade dos irmãos terapeutas ortopráxicos, somos cristãos mais ortodoxos no sentido mais primitivo possível, terapêutas no sentido antigo da palavra, somos metafísicos, somos martinistas, somos boehmistas, rosacruzes no sentido real da palavra, templários no sentido real da palavra, teósofos no sentido real da palavra, somos irmãos livres, unidos nestes propósitos e ajudando uns aos outros desinteressadamente. E embora haja ainda entre nós no grupo mais externo pessoas de diversas religiões e filosofias, principalmente cristãos, gnósticos, budistas, yogues, taoistas, herméticos, platonistas, aristotélicos, pitagóricos, kabalistas, etc., todos compreendem já ou logo no início a lógica e a necessidade de um princípio, um supremo Ser, um arquiteto consciente e possuidor de vontade e propósitos (ou designer inteligente como dizem outros), um não originado, Eterno, Onisciente. E todos buscam com todas as suas forças conhecê-lo e agir conforme esse conhecimento e o que ele nos proporciona...

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Heranças e Tipos de Templários - III

 
Ordenación de nuevos caballeros templarios, en la noche de este jueves en el Castillo de Ponferrada. | C. SÁNCHEZ (ICAL)


Os Templários atuais

Hoje temos muitos tipos de Templários, autênticos, como muitas variações, desde qual seja sua origem, até quais partes dessa herança enfatizam, conservam, descartam ou ignoram. Ainda temos as heranças, como já foi mostrado, diretas, que surgiram a partir de grupos, famílias, ordens, etc., fundadas por um templário, um grupo de templários ou família iniciada ou mesmo uma ordem ou fraternidade templária remanescente; e temos as de origem indireta, que vem de amigos, familiares não iniciados, ordens hospedeiras de templário, simpatizantes, estudiosos, etc., destes, que remontam aos princípios templários, como um renascimento. 

As primeiras destas são, ao que se sabe poucas, e são chamadas ordens cavalheirescas ou de cavalaria, de templários, do templo, templárias, etc.; e as segundas, que são muitas, apesar de serem mais discretas no geral, são chamadas acertadamente de "ordens de inspiração templária", ordem de cavalaria, outros nomes, etc., ou de neo-templários, ou mesmo, ainda que não corretamente, como as primeiras. 

Em resumo, temos ordens de descendência direta, templárias, embora quase todos os historiadores neguem, e temos ordens de descendência indireta, as de inspiração templária. Nessas todas, lembrando, estamos nos referindo só às autênticas, isto é, que preservam, no mínimo, os princípios e objetivos. 

É claro que ainda existem muitas outras, seja de herança direta ou indireta, ou sejam criadas ou falsas, que se dão o nome de templarias, ou se dizem de oriegem templária ou de inspiração templárias, mas têm objetivos e princípios muito diferentes. Algumas são desvios gradativos de herança autêntica (como uma certa ordem que adotou tantos princípios novos que se tornou exatamente o oposto da original, e com objetivos opostos, o que contribui muito para que os caluniadores dos verdadeiros templários sejam ainda cridos); algumas são o outro extremo, invencionice pura, se aproveitando apenas da fama do nome. E entre esses dois extremos temos realmente também muitas organizações sem qualquer autenticidade.

O que nos faz insistir muito no principal ponto segundo considero como muitos outros estudiosos e templários, devemos investigar logo os fundamentos, ou seja, princípios e objetivos, e em seguida os métodos, ou seja, as regras, práticas e ritos. A maneira de ver e de viver, e o meio de atingir esta, são elementos muito importantes. o principal lema da ordem já trás implícito também uma definição que serve de filtro: tudo para a glória de Deus e não deles mesmos...


quarta-feira, 8 de setembro de 2021

INTRODUÇÃO À ROSACRUZ - Lição primeira

Os propositores da sociedade rosacruz inicial provavelmente nunca tiveram a idéia de criar uma ordem secreta no estilo da maçonaria, nem qualquer outro tipo de esoterismo ou com graus e iniciações... Eles estudavam o que hoje se vê nas univesidades como matérias ou diciplinas, talvez uma por vez como faziam já, antes desses, os templários. A medicina, a matemática e a teologia (e provavelmente a música) eram nessa epoca vistas como ciências elevadas. A alquimia era muito popular e os charlatães numerosos, a verdadeira alquimia difícil de encontrar e dicernir. E o estudo da Bíblia, a pregação e o ensino eram restritos aos sacerdotes, fossem católicos, luteranos ou calvinistas; a cura pela oração e os demais dons do Espírito Santo eram vistos com suspeita e sugeitos a investigação arbitrária, visto como ação de demônios, brucaria, encantos, etc..  

Foi nesse cenário que os rosacruzes iniciais tiveram que se esconder, realizar suas reuniões e atividades em segredo e disfarçar suas doutrinas, teologia e procedimentos psíquicos e espirituais. Expressar tudo isso e registrar em uma linguagem que não pudesse ser reconhecida, a matemática (junto com a simbologia, a geometria e a cosmologia), a medicina, e acima de tudo a alquimia, foram descobertas como o disfarse perfeito, as alegorias mais significativas e a linguagem sob a qual se camuflaria todo o conhecimento rosacruz...

Como muito se perdeu ou foi deformado

As pessoas que, em gerações posteriores, não amadureciam na ordem, talvez não chegavam a ver esses estudos, por isso fundaram outras ordens incompletas, só com o que a rosacruz tinha em seu início, ou mesmo tornaram as iscas mais importantes que as redes, tomando temas exteriores, que serviam de atrativo, como se fossem temas fundamentais; e até tomando as coisas mais elevadas, a exemplo dos segredos de sua doutrina teológica e da relação do ser humano com o Espírito Santo, como se fossem coisas sem importância ou derivada apenas da religiosidade dos seus membros na época. Muito enganosas essas impressões, no entanto, muito influenciaram o movimento rosacruz que deriva da exposição e interesse públicos de alguns escritos e símbolos.

Essas imagens, apenas imaginados, por esses neofitos que saiam e fundavam ordens com "segredos" que sua imaginação fantasiava, como comunicação com anjos, deuses e demonios, poderes mágicos, transformações holyoodianas reais, etc., muito prejudicou na imagem que o movimento rosacruz passaria aos demais não verdadeiramente iniciados, e, como consequência, ao os novatos passariam a procurar nas novas ordens que surgiam levando esse nome apesar de todas as diferenças. Nessas ordens que se diziam sucessoras da rosacruz original encontramos mais esses enganos e insanidades do que referências reais à rosacruz verdadeira.

Por muitos desses estudos serem proibidos pelos poderes (estado e igreja) temporais ou restritos é que a sociedade rosacruz verdadeira se manteve em segredo. E por ter sido descoberta ainda assim, perseguida e proibida, foi que houve a relação com a maçonaria que presava pela liberdade de pensamento, de consciência, de religião: a maçonaria não foi proibida, na mesma época, então os rosacruzes entraram nela, se tornaram maçons, para continuarem seu estudos discretamente, sem serem investigados e presos ou mortos. 

Histórias falsas

Outra versão diz que eles entraram na maçonaria e tentaram assumir cargos e controlar e tomar a maçonaria para eles e transformá-la num instrumento de poder e transformar o mundo... Não se encontram registros sobre isso, nem qualquer relato sério e embasado. Pelo contrário, essa mesma história é real, só que quem fez isso não foram os rosacruzes, foram os illuminati, eles tentaram exatamente isso e há registros documentais disso. Portanto, quem diz tal coisa está sustentando uma calúnia, pegam uma história que aconteceu com os illuminati, uma plano que estes tentaram executar, e atribuem à rosacruz. História falsa, infelizmente comum, na internet e até em muitos livros, senão estas, outras.

Outra história, parcialmente falsa, diz que em alguns graus a maçonaria preservou os rituais e tradições da rosacruz inicial ou clássica. Apesar do nome ser utilizado pouca ou nehuma influência da rosacruz clássica há na maçonaria ou em qualquer grau. O que se sabe é que maçons organizaram uma ordem paramaçônica pegando algumas influências da rosacruz clássica, mas totalmente de estilo maçônico, a rosacruz de ouro, que durou poucos anos. Mas provavelmente os ritos dessa ordem é que foram absorvidos pela  maçonaria. Essa rosacruz de ouro não tem a ver com a rosacruz clássica (além da influência de rosacruzes que estavam ou tinham passado pela maçonaria). 

Mas ainda existe outra versão mais dificil de ser comprovada ou mesmo aceita: diz que a rosa cruz de ouro é mais antiga do que a rosacruz clássica e que o próprio Christian Rosenkreutz teria aprendido tudo nela e esta seria da que se fala nas Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreutz como sendo o palácio do rei e da rainha. Até aí até parece provável. Mas ainda diz que este, por ser um cristão não aceitou certos conteúdos da rosa cruz de ouro e fundou a sua própria (e por isso era algo tão oculto?). As falhas nessa história são que: ainda diz que Christian era um monge luterano, o que sabemos pelos dois manifestos não ser o caso, mas um jovem criado num mosteiro (não se diz de que denominação) e sim o autor das Núpcias, Valentin Andrae, este era pastor luterano; a outra falha é que todo registro sobre essa outra rosacruz é posterior à clássica e mesmo a maçonaria é posterior mais de cem anos à rosacruz, então, como poderia um maçon ter criado uma rosacruz que foi frequentada por alguém que viveu mais de cem anos antes da própria fundação da maçonaria?

Anacronismos à parte, sabemos de muitas outras histórias erradas, as mais famosas e as menos conhecidas. Mas dados seus graus de absurdo não considero dignas de menção aqui, seria apenas cansar o leitor que merece gastar mais tempo com a verdade do que com as justificativas infundadas inventadas por alguma ordens modernas...

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Heranças e Tipos de Templários - II


Tipos de herança e de herdeiros

Houve um tempo em que os Templários só podiam ser monges ou padres, para serem treinados também como soldados. Mas isso não durou muito. Logo a ordem passou a aceitar pessoas casadas, principalmente pela necessidade dos médicos e de mais soldados. Depois também aceitou mulheres, além disso, com o tempo, pessoas cada vez mais jovens puderam se juntar à ordem na forma mais religiosa, e com o envelhecimento dos mais antigos também sempre se aceitou outros idosos. Assim a ordem foi perdendo gradativamente a característica militar, como um treinamento necessário, e de uma ordem de cavaleiros, e passando cada vez mais a ser uma ordem religiosa, de conhecimento, virtude e santidade, de cavalheiros. 

Por muitos outros detalhes que não cabem aqui a ordem passou por mudanças enormes, de uma ordem de monges-soldados, os cavaleiros passaram a ser uma ordem de médicos, pesquisadores, alquimistas, eruditos, teólogos, filósofos, religiosos, metafísicos, enfim, tornou-se uma academia de sábios, com graus de instrução também desses tipos de conhecimento, organizados em matérias e graduações de forma semelhante às universidades de hoje. Aliás, vem daí a idéia de universidade. 

Jacques de Molay, último grão-mestre dos cavaleiros templários, foi queimado na fogueira em 1314

1. Os Templários do oriente

Mas tudo isso fizeram os templários fez sem perder seu caráter eminentemente prático, cristão, de serviço e caridade e nem jamais se separando dos princípios e objetivos da ordem. A separação que houve no início foi da igreja romana (por várias razões que também não cabem aqui, e por isso muitas calúnias foram levantadas contra os templários por parte dos romanistas). E, a princípio, podemos deduzir pelas relações que se deram, houve alguma ligação íntima com a chamada na época Igreja de Jerusalém, ou seja, com a ortodoxia católica oriental, de onde certamente recuperou muitos elementos já perdidos no ocidente, do cristianismo primitivo, e não exatamente de manuscritos perdidos enterrados como se costuma dizer, apesar que realmente podem ter havido esses achados (de tais provavelmente nada que a ortodoxia não já conhecesse, só além desses talvez somente alguns ritos esquecidos).  Destes templários orientais, se originaram alguns grupos certamente, que se perdem na história...

Mais tarde pesquisadores da espiritualidade começam a viajar para oriente com o objetivo justamente de recuperar esses tesouros perdidos, ou seja, esta sabedoria. Alguns encontram. E daí temos novas escolas, grupos, fraternidades e mesmo ordens baseados nos mesmos ideais templários, talvez até nas regras. Talvez outros realmente mintam, como dizem uns, pois não tendo encontrado o que procuravam ou insatisfeitos com o que encontraram apresentam nada mais que suas próprias idéias como se fossem esses achados, ou ainda muita coisa do oriente pagão que os fascinou mais do que aquilo que foram procurar. Mais tarde voltaremos a tais pesquisadores...

Falsos templários e imitações 

Já outras organizações, que herdaram (ou imitaram) diferentes características da ordem, por maior que seja a quantidade dessas características, mas têm outros princípios e objetivos (por melhor que possam ser), não podem ser chamadas de templárias. E ainda que tivessem a mesma origem e até mesmo uma autêntica e comprovada linhagem sucessória, seriam apenas traidores vestidos na imagem dos templários verdadeiros, sepulcros caiados, que se utilizam do nome para se promoverem. Se não seguissem os mesmos princípios e objetivos não podem ser considerados verdadeiros, portanto são falsos.

As ordens templárias se mantêm pelos princípios e objetivos, e existem também as regras, os ritos e as tradições. Assim as descendentes que se dizem de sucessão, direta ou indireta, bem como as apenas de inspiração templária, são sim, todas legítimas, autênticas e efetivamente ordens templárias, desde que sempre mantenham isto. Primeiramente princípios e objetivos, depois a tradição, os ritos e conhecimentos desta, depois as regras, e só depois disso as características exteriores disto tudo, sendo porém este último item tão menos importante que chega a ser completamente dispensável.


06-11-2012 
Luzia


Continua...




Introdução ao livro das vias eficazes


  

Que sou? Por que estou aqui? De onde vim? Para onde vou? São as quatro perguntas básicas que todo buscador faz. Mas se quiser mesmo achar as respostas deve fazer mais uma: Como posso alcançar estas respostas de forma certa, segura e confiável? 

Se costuma chamar o buscador espiritual de “buscador da verdade”, muito acertadamente, pois aquele que busca a coisa completa, o uno e o verso, o aquém e o além, as causas e os princípios, o espírito, ou seja, tudo o que está por trás do aparente, a completude, a plenitude... realmente está numa busca pela verdade. Se todos tomassem consciência de seu verdadeiro e mais importante objeto, a verdade, não perderia tanto tempo com distrações, enganos e caminhos errados, pois se despertasse dessa maneira, veria que qualquer coisa buscada está sujeita a ilusão, engano, erros, mentira, falsificação, menos a verdade. A verdade é verdade, o falso e o erro apenas parecem verdade, a mentira e o engano nem sequer se parecem com a verdade. Mas como o buscador ainda não viu a verdade se confundir e pensar que estes são ela ou ainda que não, pode achar que é parecido ou bem próximo... 

E existem também uns, que se dizem buscadores, que dizem que não buscam a verdade, pois esta não existe. Ainda outros dizem que existem várias verdades, que cada um tem a sua, que a verdade é relativa. A estes sugiro outros estudos, mais iniciais, filosofia, lógica, retórica. E se não dos nossos estudos, que busquem mais sobre o assunto específica e imediatamente. 

Sim leitor, se você é um deste largue esse texto depressa, ele não é para você, não vou perder linhas para demonstrar como esse pensamento é infantil, sem sentido e sem lógica. Vá aprender um pouco mais a pensar direito primeiro, ou vá viver, ter experiências e observá-las bem, pois, com tal imaturidade especialmente é impossível tomar proveito do que segue aqui.  


Imagem: EiClick

Mas se você leitor, ao contrário, já percebeu que existe verdade e ilusão e entendeu isso logicamente e tem sede de conhecer a verdade, doa a quem doer, se for o caso... Se você preferiria a mais amarga verdade do que a mais doce e feliz ilusão, ou ainda se você ama o conhecimento e sabe que é um amor que vale a pena, porque existem conhecimentos verdadeiros, pois existe verdade e que o saber por si só é gratificante o suficiente... Esse livro é para você, porque queremos lhe apresentar sucintamente, mas em profundidade, os meios e os caminhos seguros pelos quais se pode chegar ao conhecimento, à consciência das verdades e à verdade mesma...



Continua...

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Heranças e Tipos de Templários - I



As ordens, fraternidades, confrarias e demais grupos que se dizem herdeiros dos Templários ou de inspiração templária podem ser verdadeiramente considerados dessa maneira?

Verdadeiros Templários

Esta pergunta e outras similares, muito comuns, são fáceis de responder, mas apenas se pudermos investigar algumas coisas. Antes de tudo a principal questão é, primeiro, saber como distinguir o que é uma ordem templária autêntica de uma falsa ou fundanda sobre o engano. E se a pessoa dedicou algum tempo de estudo e pesquisa para se deixar conquistar pelas características templárias, deve dedicar mais um pouco disso para entender o que é ser templário. E para isso teremos que definir critérios objetivos e uma definição do que é ser templário, para só então podermos descartar as que não são realmente templárias (mesmo quando se originam das mesmas!).

De agora em diante fique subentendido que estou usando a palavra templário em sentido geral, ou seja, as ordens e cavalarias que usam denominação de Templários ou outras, mas que têm uma origem comum nos primeiros que foram chamados Templários, ou derivações e prosseguimentos destas, ou de mesmo tipo, como as ordens dos Hospilários, dos Cavaleiros de Malta, dos Teotônicos, etc..

O primeiro ponto é que um verdadeiro Templário não é simplesmente o que tem ou veste trages de época e supostamente guarda segredos que podem abalar o mundo se descobertos. Apesar que alguns realmente podem guardar com muito cuidado certos conhecimentos, e ainda que algumas ordens realmente mantêm trages tradicionais antigos (e cerimônias também), isso não é o principal nem pode ser generalizado, podendo ser mesmo dispensado. 

O que faz um templário são os princípios que abraça e os objetivos que almeja. Todos os Templários se pautam ainda também por algum manual de regras tradicionais (embora esse possa diferir em cada ordem). O mais importante é que todos seguem os princípios templários, e tem em sua vida aqueles objetivos tradicionais como sendo os seus próprios objetivos gerais (chamados de missão, e que se distinguem dos objetivos individuais de cada um, que é entendido como missão individual, tarefa, propósito individual, etc., e que difere ainda da missão temporal ou pontual que lhe possa ser dada).

Poderíamos colocar ainda como um critério o entendimento correto e individual das principais figuras da tradição templária. A exemplo das mais importantes: a de que a defesa da Terra Santa de Jerusalém é sempre também a defesa da Jerusalém Celestial, isto é, do reino de Jesus Cristo, da Lei e da Ordem deixada por Ele e da proclamação desse reino entre todos os povos e nações; a de que a defesa dos peregrinos e da estrada para Jerusalém é a defesa de todo cristão, de todo que confessa e professa Cristo como Senhor e Salvador, de toda comunidade cristã, e de toda obra e de todo caminho que levar a Cristo e ao seu reino; e a de que ser um templário é reconhecer-se como Templo Santo e reservado para habitação de Deus, de que o templo significa todo nosso ser, que deve ser limpo, purificado de todo pecado e adornado, com virtudes e boas obras para a habitação do Espírito Santo de Deus, como vasos de barros, preparados para receber os verdadeiros tesousos dos Templários, Cristo vivo e o Espírito Santo dentro de nós mesmos. Mas, considerando assim tão rigorosamente, poderíamos cair num erro de excluir até mesmo alguns dos primeiros templários, pois ao entrar na ordem não tinham essa noção. Mas podemos examinar, enquanto ordem, se há entre seus dirigentes este entendimento e ele é ensinado pela ordem em algum momento.

Poderíamos ainda colocar também o critério que algumas ordens ainda presam muito, a obediência a uma regra tradicional e ou algum rito. Mas isto também colocaria de outros templários igualmente concordes nos critérios mais impotantes, dos princípios e objetivos, já que nem todas as ordens seguiam as mesmas regras, nem sequer o mesno livro de regras e deveres dos caveleiros militares era o mesmo para todos e desde sempre. Então esse critério deve ser descartado, embora respeitemos quem pensa diferente ou quem tenha recebido a regra como sendo o principal em sua tradição.

Então sabido o que faz alguém, algum agrupamento ou ordem poder ser chamado Templário, sim, as ordens, fraternidades, confrarias e demais grupos que se dizem herdeiros dos Templários ou de inspiração templária podem ser verdadeiramente considerados dessa maneira, sempre que respeitem pelo menos os dois primeiros critérios apontados aqui. Não é necessário se comprovar nenhuma linhagem de filiação ininterrupta (por documentos, cartas, assinaturas, etc.) de alguma ordem ou cavaleiro. Embora para muitas ordens atuais isso pareça de suma importância, isto mesmo é bem controverso hoje, já que não era assim que se dava a transmissão nem a ordenação cavaleitesca, mas simplesmente reconhecimentos eclesiásticos e estatais. 

A verdadeira tradição e os ensinamentos eram transmitidos e oficializadas apenas de lábios a ouvidos e o instrumento material usado para isso era no máximo uma espada e algumas vezes umas vestes. Outras formas de transmissão antiga são apenas os livros e cartas. Medalhas, insígnias, documentos, etc., foram sendo incorporados ao longo do tempo devido a militarização e estatização da ordem, não por ser parte a tradição ou organização. Voltar a isso seria o mesmo que admitir que para a ordem existir novamente precusaria do aval da Igreja Católica e do estado. 

Poutro lado a maioria dos autores e historiadores insistem que não houve transmissão ininterrupta. Mas além de não ter como comprovar tal afirmação, completamente ignorante, fingem ignorar a comunicação com outras ordens, a transmissão da ordenação a pessoas de outras ordens, incluindo até reis e pessoas do clero da época, ou de outras denominações. Ignoram também a transmissão pessoal de um a um, a transmissão a partir de templários que se refugiaram em outras ordens e igrejas a membros destas, ou solitários escondidos em algum lugar. Ignoram ainda os livros com instruções, manuiais, princípios que também foram transmitidos a pessoas leigas e familiares, além da ordenação secreta dessas mesmas pessoas até na categoria de ordenação completa. 

Negar essa ordenação é o mesmo que invalidar a verdadeira transmissão do conhecimento em detrimento da simples cerimônia vazia da ordenação clerical, é dizer que o que faz um templário não são valores, princípios e objetivos, mas a autorização dada, e pela mesma organização que os perseguiu. Não tem lógica isso. 

Espero com isso ter deixado claro o respeito e a validade de todas as verdadeiras heranças e herdeiras, diretas, indiretas ou inspiradas, mesmo aquela apenas auto-identificadas que o fazem apenas com base no ensino e prática desses livros, regras e manuais. Agora podemos ir aos tipo de herança e de argumentos que temos hoje.


Continua...

Contato (e pix para apio financeiro e doações):

frateriliv@gmail.com





 



segunda-feira, 12 de julho de 2021

Objetivos da Ordem Templária

 

 Ordem do Templo Brasil - GPTB - Cavaleiros Templários Brasil


Objetivos

 

Os objetivos da Ordem devem ser seguidos imediatamente após os princípios, tendo o mesmo cuidado e devem ser lidos a cada capítulo, sendo eles:

 

a) O principal objetivo da Ordem é a Glória de Deus.
b) O crescimento Espiritual dos Irmãos.
c) Colaborar com o crescimento espiritual da Humanidade.
d) Ser a Espada simbólica de Justiça.
e) Reconhecer a função do homem como guardião do resto da criação.
f) Ajudar a humanidade em sua passagem pela Terra.
g) Ter sentimento fraternal, promovendo a união entre os irmãos da Ordem e entre outras Ordens de Cavalaria, que também se sentem Guardiões Simbólicos da Terra Santa.
h) União das Igrejas Monoteístas.
i) Contribuir para criar uma mente, um coração e um espírito puro e aberto para receber o que Deus queira nos enviar, através de suas manifestações.


ww.ordemdotemplobrasil.com

sábado, 19 de junho de 2021

PRINCÍPIOS TEMPLÁRIOS

 Ordem do Templo Brasil - GPTB - Cavaleiros Templários Brasil

Os Princípios da Ordem lidos em cada reunião. 

Eles  devem ser  sentidos nas profundezas do coração, 

como um guia para a vida. 


a) Crer, respeitar e amar com lealdade O único Deus,

Todo Poderoso, Misericordioso, 

Criador de todas as coisas temporárias, espirituais e eternas.

b) Afirmar a base espiritual da existência humana.

c) Defender a justiça.

d) Proteger fracos, indefesos e necessitados.

e) Lutar para vencer o materialismo, 

a impiedade e tirania no mundo moderno.

f) Defender a santidade do indivíduo.

g) Considerar os Cavaleiros e Damas da Ordem 

como irmãos em Cristo.

h) Assumir com responsabilidade a autoridade, 

assim como dar obediência e aceitar com nobreza, 

desde que não seja contrários aos princípios Cristãos, 

das Escrituras e da Ordem.

i) Ser fiel à verdade e honrar a sua palavra; 

evitar rumores, calúnias e difamações.

j) Amar a pátria onde nasceu ou fora adotado.





Exposto similar no site 

https://www.ordemdotemplobrasil.com

terça-feira, 18 de maio de 2021

A menor partícula

 "Todo o universo continua sendo a menor partícula que existe." 

                          Antonio Fernando Gonzaga

Esclarecimento sobre a F.I.T.O. - parte 3

 

Saber os significados já é uma prática libertadora 

Agora vamos nos deter, e nos concentrar, no significado efetivo de cada uma dessas palavras, porque saber isso somente já é alguma libertação, pois são uma verdade. 

Muitas de nossas "práticas" são leituras e meditações lendo. O método de meditar lendo é muito importante, um detalhe a mais ou a menos nele faz muita diferença. E um dos detalhes da meditação lendo é compreender os significados em três ou sete níveis que vão do literal ao espiritual. A cada releitura se avança, cumulativamente, num nível mais acima. 

Vejamos aqui três níveis apenas em cada palavra, pois o efeito que uma compreensão pode causar em nossa mente é muito mais potente e amplo do que se imagina. O que ninguém costuma saber é que existe uma forma de compreender que amplia e muda a maneira de ver e que essa nova maneira de ver, além de mostrar a realidade que não se via antes pode alterar também esta, na verdade. Isto permenece apenas falado, muito pouco e de maneira discreta, por seu maior perigo: não altera apenas a percepção da pessoa, a sua realidade e a própria pessoa, não existe tal restrição, o alcance dessa "alteração" pode atingir outras pessoas, uma cidade, um país e até mesmo o universo. Pessoas desonestas manipulam outras pelo mal uso disso, e claro , têm que fazer todos acreiditarem que isso é impossível. 

Fraternidade 

Muitos artigos e monografias anteriores já mostraram o que significa essa palavra. Um breve resumo nos seus três níveis é suficiente. 

É uma associação de pessoas irmanadas por algo em comum, nesse caso, um caminho e um objetivo que torna a todos serem parte do caminho e do objetivo que se resume na escalada de uma montanha. 

É um sentimento e uma sensação de não estar só que é confirmada por uma real presença, auxílio, companheirismo, mas significa que a caminhada em boa conmpanhia e ao lado de outros escaladores bem mais experientes é mais segura, eficaz e agradável. E também que o objetivo é facilmente atingido só quando há ajuda mútua e dificilmente seria atingido por alguém sozinho. 

Mas num último nível, eterno e absoluto, significa que somos um, que sempre fomos, que tudo tinha que ser assim para cumprir os propósitos aos quais vamos chegar, sermos muitos diferntes, nos encontrarmos e nos tornarmos um só corpo de múltiplos escaladores. 

Significa que apesar de preservadas as individualidades dos caminhantes, somos como irmãos gêmeos ou  pessoas diferentes de uma mesma consciência afinal, nos multiplicando e reunindo por amor e para um propósito muito elevado. Significa que as coisas são devido a um propósito amoroso da consciência (o que envolve as três forças básicas do ser, consciência, afeto e vontade).

No nível espiritual a palavra Fraternidade, para nós, visa mostrar a parte da mensagem menos exprimível, que não há como por em palavras (a não ser por símiles e em nosso caso pela teoria do paradoxo). Logo, significa também o fato da indivisibilidade, inseparatividade de todos. Em espírito todos somos sopro de Deus, ou seja, do mesmo "fôlego", quer dizer que a consciência em cada um de nós é do mesmo Onisciente. 

Portanto, embora em alma e corpo não sejamos sequer irmãos, em espírito somos de fato todos um, e todos um com Deus. A diferença é: onde você liga sua consciência. "Onde estiver o seu tesouro (o que você ama e com o que se identifica) estará o seu coração (a consciência)". Isto é, com o que você se identificar como sendo seu eu sua consciência se ligará. 

Depois da morte é diferente de agora, o corpo e as parte inferiores da mente (que não provêm do espírito) se disolverão, o que vai acontecer se a consciência estiver ligada a ela e não à verdadeira consciência, o espírito? 

O espírito sempre volta à sua fonte, assim como a mente humanda se dissolve na dimensão da mentalidade e o corpo material volta ao pó, se disolve na materialidade. A diferença é se volta consciente ou inconsciente. Se a consciência se liga à mente ou a matéria se disolve com ela, se se liga ao espírito vai para onde este vai.

Então fraternidade é também um objetivo, voltar à unidade original. A "salvação da alma" é o processo alquímico: a consciência ("coração") liga a alma purificada (parte original da mente com todo seu aprendizado, memórias, etc.) ao espírito renovado pelo fogo (o Cristo em nós). Então a consciência é completa tanto nessas e destas "partes" quanto das consciências e da unidade com a Onisciência, com Deus. Quanto mais da alma (psique, mente) for purificada pelo fogo mais dela retornará à eternidade.

Está assim explicado em resumo todo o processo prático da fraternidade que se resume na palavra Fraternidade. Isto é o "segredo": toda vez que ler a palavra fraternidade em nossa sigla deve saber e lembrar que significa tudo isso na prática. E isto também é uma prática!
 


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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Esclarecendo sobre a F.I.T.O. - parte 2

 A nossa F.I.T.O. não tem nome (por isso é comum se confundir a sigla descritiva na qual é classificada com um nome próprio), mas se aprensenta por vezes na categoria de outras siglas. Porque ter um nome seria institucionalizar a fraternidade isolando-a das demais e aderir a outra obediência que não a única e verdadeira do alto, da Ordem de Deus direta. 

Isto em termos práticos seria uma forma de distinguir esse grupo ou grupos de outros, mas por outro lado seria uma divisão, separando-se de outras fraternidades irmãs (como por exemplo, a maioria das ordens denominacionais de hoje que estão sempre sob alguma obediência, por exemplo, algumas a uma doutrina ou igreja denominacional, outras a maçonarias ou rosacruzes específicas, outras a determinadas escolas filósoficas, etc.).  E assim também pode não estar em contato direto com o Onisciente e a dimensão do Eterno, mas permanecendo apenas nesta materialidade, a tradições humanas, ritos vazios, crenças, mundanismo ou ligada diretamente à esfera refletora da ilusão (que geralmente chamam de astral), o que é pior.

Nós não ensinamos divisões. Por este motivo o modelo popular, denominacional, não nos serve também. O modelo tradicional tem sido sempre preservado e ressurgido apesar do desconhecimento quase absoluto da população e a falsa impressão dada por algumas "sociedades secretas" ou ordens secretas, e mesmo diante das calúnias dos difamadores (que, por um lado, estão mais divulgando gratuitamente do que atrapalhando).

O tipo de metodologia

Se nos basearmos no que abordamos no capítulo anterior diremos que somos do tipo quase quase que totalmente espiritual, mais voltado à inteligência e ao intelecto e práticas bastante específicas, em pouca quantidade para que haja o foco, o treinamento intensivo em cada uma delas e o tempo para realizar todas as condições necessárias. Isto significa que temos um método próprio escolhido por sua eficiência (não por ser atrativo nem diversificado) e pela sua colaboração, não somente em atingir os objetivos específicos, mas também o geral e principal.

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

A Chave em João - segunda parte

 

Os Seguidores do apóstolo


Para perceber a chave inicíatica no evangelho de João vamos primeiramente entender a tradição chamada gnóstica e suas ramificações, que a princípio não tinham esse nome, mas eram simplesmente vias interpretativas cristãs, especialmente derivadas da teologia de Paulo e da mística de João, por parte de discípulos desses apóstolos. Estas podem até ter sido enfatizadas por discípulos subseqüentes, mas não continham heresias nem ainda divisões como se diz normalmente. 


As seitas e heresias chamadas só posteriormente de gnósticas eram bem diferentes dessas outras correntes que apareceram depois, embora tivessem em comum certas idéias e padrões. Já as que aparecem logo no início, além de não serem chamadas de gnósticas, com outras características bem diferente, geralmente, ou melhor, quase todas, provêm de outras linhagens doutrinárias, pois vêm de outras origens. Outras, como só aparecem bem depois, embora realmente derivadas do ensino  cristão, eram mais como continuações ou variantes sincréticas que misturavam muitas idéias de outras doutrinas, inclusive muitas inconciliáveis. Portanto não podemos anacronicamente chamar todas da maneira e classificá-las como gnósticas como se faz descuidadamente desde o século IV pelo menos.


Haviam, ao contrário disso, muitas doutrinas que se entendiam como cristãs ou originadas no Cristo, e algumas divergiam mais e outras menos. Mas também haviam outras, hoje chamadas gnósticas, que nem se originaram a partir de discípulos dos apóstolos. Por exemplo: os gnósticos joanitas (não confunda com joanistas) que acreditavam que o Messias era João Batista e não Jesus; gnósticos setianos, que se acreditavam descendentes de uma linhagem de sabedoria que vinha desde Seth, terceiro filho Adão; gnósticos ofitas que veneravam a serpente que falou com Eva no Eden; cainitas, os que veneravam Caim e diziam que o caminho para a salvação era o pecado, pois o corpo era mau e tinha que ser depreciado; os maniqueus, eram os seguidores de Mani, extremamente dualistas, acreditavam em dois deuses eternos, um mau e outro bom; etc.. Mas será que podemos realmente chamar tais seitas desse tipo e de gnósticas? Haviam também seitas chamadas de gnósticas que tinham seus nomes derivados da região de origem, por exemplo o gnosticismo persa, o egípcio e o sírio.


E assim da mesma forma que estes foram chamados alguns dos discípulos de João. As distâncias e o tempo de separação fizeram alguns grupos estranharem o ensino e livros de outro grupo, mesmo quando igualmente autenticos, isto me parece claro. O Apocalipse de João foi um dos livros mais controversos do início do cristianismo e um dos últimos a ser aceito como canônico. Assim também a sua segunda e terceira carta (alguns estudiosos até hoje insistem que não seriam do mesmo autor). Assim também alguns discípulos do apostolo João também foram chamados de joanistas e até classificados como gnósticos (sabemos que os escritos de João são os mais profundo, místicos e simbólicos, imagine para outros irmãos que não estavam acostumeados a esse estilo).


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quarta-feira, 14 de abril de 2021

Esclarecimentos sobre a F.I,T.O. - parte 1

 

F..I.T.O. tem significados diferentes, em diferentes níveis de significado e de internalidade própria. Não é um nome, é uma sigla, que indica uma categoria de organização, portanto designa um tipo de organização o qual engloba todas as que se organizam assim e têm o mesmo objetivo, saibam ou não da existência umas das outras tenham ou tenham ou não a mesma metodologia. Portanto se aplica a várias organizações, desde que estejam sob a mesma ordem interior, a única e verdadeira ordem espiritual do Onisciente, ou seja, vinda do Eterno, criada pelo Criador, o único e verdadeiro Deus.

E esta F.I.T.O. aqui é organização, em primeiro lugar nesse caso, em forma de fraterinidade, ou seja, irmandade, família, não simples associação ou escola, é preciso que haja certa comunhão entre as pessoas. Por isso os critérios paras entrar nela precisam ser gradual e rigorosamente preenchidos. Assim temos alguns campos de atuação anteriores, ou seja, preparatórios, de onde as pessoas aptas e sinceras são convidadas a prosseguirem. Existem grupos de estudos, escolas, ordens, igrejas, sociedades, de onde os mais interessados em realmente conhecer a verdade, que não são maliciosos nem arrogantes podem ir, dentro de um nível mais elavado, por uma via específica, chamada fraternidade.

Existem no mundo várias extensões preparatórias como estas, conforme suas tradições, filososfias e metodologias, para atender os diferentes tipos humanos, suas aptidões e capacidades. Desde as mais espirituais até as mais centradas nesse mundo, desde as mais abrangentes em métodos até as mais específicas, desde as mais intelectualizadas ou centradas na inteligência e realização espiritual até as mais pragmáticas ou centradas em práticas corporais e mentais.

A nossa é exatamente do tipo mais espiritual, de método mais específico e focado no objetivo, e do tipo mais focado no intelecto e realizações espirituais. Embora nesse último quesito realmente existam algumas mais abertas e em forma de escola, mais focadas em práticas psíquicas (que erroneamente uns chamam de espirituais) e até mesmo capacidade e poderes, isto é apenas uma das formas de preparação, o que torna essas escolas mais acessíveis e atraentes a pessoas mais centradas na alma em vez do espírito. E há ainda aquelas que mais parecem escolas médicas ou de yoga, pois querem também atrair e ajudar as pessoas mais centradas na matéria. Nossa escola não deixa isto fora, mas ensina como ramos, vias, como cadeias de diciplinas num curso universitário, de forma que todos conheçam tudo e retenham o que é bom para o seu desenvolvimento.



terça-feira, 13 de abril de 2021

DE HERMES A TAT: DISCURSO UNIVERSAL Diálogo perdido IIB Título perdido - comentado - parte 3 (última)

 15 A amplitude do Bem é tão grande quanto a realidade de todos os seres e dos corpos, bem como dos incorpóreos, dos sensíveis e dos inteligíveis. Eis o que é o Bem, eis o que é Deus. Não chame nenhuma outra coisa de boa pois isto é impiedade, ou dê a Deus qualquer outro nome que esse único nome de Bem, pois isto também é uma impiedade. 

[Bem, em hermética, não é de forma alguma algo relativo, nem tampouco subjetivo, mas como está escrito, uma realidade de amplitude muito grande (talvez tão grande que esteja fora de nossa possibilidade de compreensão, a não ser parcial. Bem não é uma ação, fenômeno ou objeto que possa ser julgado ou medido por simples padrão de valor comparativo; é algo real em si mesmo (há exemplo de felicidade, que infantilmente os filósofos do oriente e do ocidente em sua maioria crêem um bem em si mesma, sendo que nesse caso bem é mesmo "bem em si mesmo"). Mas por ser de tal modo indizível o autor passa logo ao que pode ser dito e entendido facilmente, o que é o Bem: é Deus, e Deus é o bem, e nenhuma outra coisa, ou ser, ou fenômeno... Não poderíamos deixar de lembrar, com essa afirmação de Hermes, a resposta de Jesus ao homem que o chamou de bom mestre, "Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus." E ainda o dito por Paulo "Não há um justo, nem um sequer. Nisso se referindo aos salmos que dizem "Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um." O princípio é o mesmo. Em relação a Deus mesmo o "bem" que julgamos fazer não é bem, e pode até ser mal, pois provém normalmente da falsa persona, do chamado ego animal ou alma animal, ou ainda alma humana, contaminada, no máximo, difernte da alma divina. O único verdadeiro bem é Deus. Desviar-se de Deus é, portanto, desviar-se do bem, e dizer que outra coisa, para a qual desviamos, é boa, é a essência da impiedade. Dar a Deus nomes (diferentes de Bem e daquele por ele revelado) é impiedade. Com certeza isso é um duro golpe na religião egípcia da época e na idolatria faraônica (pois além de serem cultuados e cultuarem vários deuses, os faraós ainda vez por outra davam um nome ao Deus dos deuses igual aos de seus ídolos, para dizer que seu deus preferido naquele panteão seria o próprio Deus dos deuses), motivo pelo qual o hermetismo teve que se manter escondido da corte faraônica e da população em geral. Isso até que um faraó finalmente adotaria o monoteísmo de forma explícita (Akenaton). Mas também que logo foi reprimido e duramente suprimido por seus sucessores e assim apagados e perdidos quase todos os registros herméticos. Ficou assim apenas a cargo da verdadeira tradição e alguns manuscritos em língua grega a preservação dessa sabedoria, que infelizmente muitos hoje confundem e até impiamente misturam com a idolatria egípcia.] 

16 Certamente, todos pronunciam a palavra Bem, mas não percebem o que ela pode ser. Eis porque não percebem também o que é Deus, mas, por ignorância, chamam bons os deuses e certos homens, ainda que não o possam ser e nem se tornar: pois o Bem é o que menos se pode retirar de Deus, é inseparável de Deus, porque é o próprio Deus. 

[Nenhum ser, nem humano, nem deus algum pode ser considerado bom na hermética, nem sequer ser chamado de bom, se referindo a suposto bem relativo. Por isso muitos, ao conhecer o verdadeiro hermetismo e achando-o duro demais, voltam ao falso, cheio de superstições, idolatria e elementos da cultura egípcia que os herméticos daqueles tempo abominavam. Há até os que se curvamdiante de estatuetas da tumba de Ramsés ou de seu busto e se consideram herméticos! Ignoram que Ramsés foi um dos maiores perseguidores, senão o maior, do monoteísmo e também do hermetismo? No hermetismo, ao contrário da maioria das religiões, o bem de Deus é um atributo incomunicável, assim como sua eternidade, onisciência, onipotência, etc.. Apesar disso, como nas religiões monoteístas outros atributos, o amor, a compaixão, a sabedoria de Deus, etc., são comunicáveis, isto é, partilhados tanto com humanos, quanto com outros seres, inclusive os demais deuses criados primeiro, como veremos a seguir.]

Todos os outros deuses imortais são honrados com o nome de Deus.

[Ou seja, recebem dos atributos comunicáveis de Deus. "Com o nome", na liguagem antiga, especialmente na hebraica (um indicativo da origem da tradição), significa, com a pessoa, com seus traços, com seus atributos.]

Mas, Deus é o Bem, não por uma denominação honorífica mas pela sua natureza. Pois a natureza de Deus é apenas uma coisa, o Bem, e os dois juntamente formam uma única e mesma espécie, da qual saem todas as outras espécies. Pois o ser bom é aquele que tudo dá e nada recebe. Ora, Deus tudo dá e nada recebe. Deus é portanto o Bem e o Bem é Deus. 

[A natureza de Deus é o próprio Bem. Assim como para o grego o bom e o belo são uma única e mesma essência, e para o cristão o amor e o bem têm uma mesma essência em comum, Deus, para o hermético, o bem e Deus são uma única e mesma coisa. Assim como se costuma definir hoje que Deus é amor, se define em hermética que Deus é o Bem e o Bem é Deus. E todos os demais atributos desse emanam. Assim como na doutrina cristã Deus cria por amor aos seres queridos, a hermética ressalta o fato de que Deus cria porque criar é o bem para os seres queridos. E portanto, tudo que temos, que vemos, que sabemos, que somos, que podemos imaginar ser um bem, não vem de nós, nem de nenhuma outra fonte, senão de Deus. Além disso não há como alguém dar algo a Deus, mas Deus é eterno dador. Em nossa liberdade nós podemos fazer escolhas em harmonia com Deus ou em desarmonia, de Deus podemos obter o bem ou em oposição podemos nos abster do que é dado, o Bem. E podemos até produzir de nós mesmos o mal.]

17 A outra denominação de Deus é a de Pai, devido à virtude que possui de criar todas as coisas: pois é ao Pai que cabe o criar.

[As duas denominações de Deus então são Bem e Pai, pois que Deus não é nome. Mas nesse sentido temos Deus, Bem e Pai, diferente de pai, ou pais. Assim como o significado da palavra Deus é muito diferente do significado da palavra deus. Temos que Pai é criador (o verbo correto seria "crear", diferente de "criar", como aponta o filósofo Humberto Hohden), diferente do pai terreno, progenitor, que reproduz, e do criador de galinhas, por exemplo, que cria em outro sentido. Ele criou no sentido de inverntar e de dar existência a. Assim o Pai não é simplesmente um reprodutor, tampouco somente um construtor, ele é o único de fato criador, o "creador". Ainda dentro dessa perspectiva, Bem e Pai são substantivos próprios e intransferíveis, enquanto Deus e substantivo e adjetivo. Essa peculiaridade linguística do pensamento hermético não apenas mostra sua sofisticação, mas também sua intenção de demonstrar uma especificidade. Pois enquanto pai, bem e deus são palavras de grande amplitude em significados e muito gerais, Pai, Bem e Deus são muito específicas, não existe outro ser assim e se existir um ser tão grandioso, mas que lhe falte alguma dessas três, apenas digamos, facetas, não se trata do mesmo, não é Deus e portanto também não é Bem nem pode ser Pai, portanto é falso (o que mostra que o dito hermetismo, diferente do tradicional, moderno, todo inclusivo e medroso de desagradar, que diz que qualquer entendimento sobre o Ser Supremo trata do mesmo Deus, também é falso). 

Também a procriação das crianças é tida pelas pessoas sábias como a função mais importante da vida e a mais santa, e se vê o fato de um ser humano deixar a vida sem procriar como o maior infortúnio e o maior pecado, e um tal ser humano é punido depois da morte pelos daimons. Eis a pena a que é submetido: a alma do ser humano que morre sem filho é condenada a entrar em um corpo que não possui a natureza de homem, nem de mulher, o que é objeto de execração por parte do sol. Por esta razão, Aselépios, deves guardar-te de felicitar o ser humano que não possui filhos: contrariamente, apieda-te de sua infelicidade, sabendo qual o castigo que o espera. Mas isto basta, Asclépios, como conhecimento preliminar da natureza de todas as coisas.

[Note que a procriação de crianças é tida como a função mais importante da vida biológica e a mais santa, entendendo aqui ainda também dentro dos aspectos corporais (pois claro que as da vida espiritual são mais importantes, nem por isso esta, menos importante, seria dispensável, jamais!), e também a grande maioria das tradições vê o fato de um ser humano deixar a vida sem procriar como pecado, no Corpus Hermeticum diz que um tal ser assim é punido depois da morte pelos daimons; entre as milhares de religiões hindus se diz que é a maior desonra e que o homem só deve se tornar um samana, ou asceta, ou monge ou hermita depois de gerar e criar seus filhos; na cristã primitiva e na gnosis verdadeira a vida celibatária é um dom de Deus dado a muito poucos e só se deve tornar-se assim por este dom, ou viuvez, ou já tendo gerado família para seguir e se dedicar somente a Cristo; na kabalah os jovens se dão cedo em compromisso, cedo se casam e cedo tem seus filhos, os que se retiram da sociedade para a vida contemplativa levam suas famílias ou pelo menos um filho; no budismo autêntico só se pode tornar monge o filho que tenha permissão dos pais de interromper a cadeia familiar tendo mesmo assim deixado outro irmão já com filho ou pelo menos casado. Creio que com esses exemplos esclarecido fica esse ponto sobre o qual há tantas argumentações sem sentido hoje. O caso à parte dos templários e rosacruzes é ainda para ser pensado, mas os primeiros já eram monges antes de se tornar templários, tanto que o voto de castidade dos casados se refere apenas à sua fidelidade quando saia às batalhas ou longas viagens e serviços, e no caso dos segundos, muito provavelmente só aderiam a essa exigência os que já tinham o dom ou que já foram encontrados solteiros e castos e foram então longamente preparados para assumir uma vida celibatária definitiva. Note também que os que nascem sem definição são execrados pelo sol, ou seja, suas relações se dão às escondidas, pois não são aprováveis. Mas não é por isso que não se nota homossexuais no hermetismo verdadeiro, assim como na igreja, os homoafetivos são aceitos, mas sua prática de relacionamento afetivo e sexual não. Além disso o homoafetivo é ensinado a abrir mão da aparência do sexo oposto, portanto, ele não apenas se torna celibatário devido a seu nascimento (podendo por outro lado casar com seu sexo oposto e gerar filhos), mas também aprende a comportar-se conforme seu gênero genético. E com as práticas herméticas psíquicas isto é muito facil, diante outras transmutações psíquicas que todos devemos realizar, sendo das menores questões. Mas observe que isso não é um aspecto pequeno do ensinamento hermetico, um livro é concluído com esse esclarecimento. Aqui está um dos princípios herméticos: tudo tem gênero. Consequentemente, todos têm genero. O mais incrível é que chegamos num tempo onde é preciso explicar isso, pois não parece mais óbvio e natural, muitos não entendem, embotada que foi sua capacidade de percepção e raciocínio por conceitos e ideologias, de tal forma que tais entendimentos lhe convencem mais do que as próprias consciência, natureza e ciência verdadeira. Já para os demais a existência de tais assim nascidos não são de forma alguma motivo de escândalo, escárnio nem uma ofensa, pelo contrário, só mais um dos inúmeros fenômenos das manifestações humanas através do qual é chamado à piedade e à compreensão profunda. E sim, se a pessoa não quer mudar o castigo à espera, é isto mesmo que está escrito e pode ser visto pelo sobe às alturas além da esfera refletora (astral, região dos mortos, mundo dos sonhos, ou como se queira chamar).]