terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Os Objetivos Gerais e Específicos


O objetivo geral de toda ordem que leva o nome de rosacruz é a cura, a redenção e o despertar da humanidade. É em resumo o retorno à condição original.
Observe que no fundo é um só objetivo, a libertação, a iluminação. Mas como esta realização tem vários níveis, ou platôs de realização, falamos de três grandes realizações. O diferencial da cura também se estende a vários campos.
A cura também se opera em vários níveis e vai até o fim do processo. Mas se refere à recuperação da saúde física e mental em primeiro lugar, pois sem elas a Grande Obra em nós é bem mais difícil.
Recuperar as energias vitais é um nível mais elevado disso, mas é uma necessidade de quase todos os adultos humanos.
E recuperar as capacidades naturais e poder da visão espiritual é uma cura num nível ainda mais acima.
E então podemos dizer que no nível mais elevado poderemos cuidar do pleno desenvolvimento de nosso potencial. Mas ainda mais acima e muito mais elevado é podermos ainda, além de tudo isso, cuidar de outros...
Cuidar de outros implica em termos condições físicas, mentais e espirituais para isso, só que isso não é suficiente, muito menos um requisito principal. Cuidar dos outros exige muito mais vontade suficiente, amor, compaixão, dedicação, tempo, esforço, estudo, prática, experiência.
Esses níveis de cura não se operam necessariamente em uma ordem específica como foi aqui apresentado.
Redenção é também um processo que se executa em vários níveis ou platôs. No primeiro nível temos o querer. Novamente a vontade é o primordial, pois a pessoa pode querer a salvação, a fé, o conhecimento verdadeiro, o despertar, mas pode ser que ela não consiga sozinha, por si mesma. Assim uma pessoa sofre por natureza as consequências de seus atos, mas não deve ser considerada por seu comportamento ou ações, mas pela sua intenção, e é assim que a natureza age. Essa é a lei de Deus, que não é como o pensamento, compreensão e leis humanas.
Uma pessoa é de fato o que é sua vontade, nada mais que isso, o demais é igual para todos e o que não é igual é fruto da história, não há mérito ou demérito nisso a não ser nas escolhas, que dependem da vontade.
Então a pessoa deve querer despertar para melhor beneficiar a outras e a si mesma (mesmo que não compreenda ainda que a outra é ela mesma), ou pelo menos temer a condenação, e querer salvar-se.
Num segundo nível ela deve confiar que há algum meio de salvar-se, e buscá-lo, se tornar uma buscadora da verdade, que seja bem visto isso, buscadora da verdade.
Depois ela deve tentar comprovar a realidade do caminho entre os dois extremos que devem ser evitados: o da crença cega e o do ceticismo pirrônico. Tendo comprovado a realidade de um caminho ou caminhos ela deve confiar nele e segui-lo.
Resumi uma sequência de atos que culminarão no primeiro processo de redenção que é o fim da dúvida ou a aquisição da fé. Fé é tanto o fim das dúvidas sobre o caminho e ou sobre o mestre, quanto a aquisição de um poder, que começa pequeno quase invisível e vai crescendo. Nesse processo a pessoa atingiu a salvação.
No cristianismo ela perdeu a dúvida com relação ao Cristo e a salvação que ele oferece. Ela conquistou a salvação, ela confia no Cristo, no seu caminho e na salvação através dele. A isso se chama tecnicamente na linguagem do evangelho salvação pela fé.
No budismo ela perdeu a dúvida sobre os ensinamentos do Buda, perdeu a crença na eficácia de rituais, preceitos e superstições.  Ela confia nos ensinamentos do Buda, e no seu caminho e no despertar do Buda, possível a ela através dos seus ensinamentos. A esse estágio chama-se salvação pela fé, na linguagem dos suttas  (poucos falam sobre  isso assim, mas está lá, nos suttas e sutras) e se diz que ele entrou na correnteza do ensinamento tendo como certa a iluminação, nesta vida ou na futura, neste mundo ou em outro, seja como for ele a atingirá.
Aqui, seja qual for o caso (e é desnecessário outros exemplos além desses dois ou de outras doutrinas, pois mudam apenas a linguagem) ele salvou-se, é certo, mas não ocorreu uma profunda transformação com ele, nem abriu-se muito sua visão espiritual, e continua praticamente o mesmo de antes.
Ela vai ainda transformar-se, é uma recém-nascida e vai desenvolver-se, crescer. Esse platô e todos os estágios que o constituem são o segundo grupo de processos. É o início da libertação. Que culminará na plena e completa iluminação, o absoluto despertar.
Porém, esses dois processos, libertação ou purificação e despertar ocorrem lado a lado, juntos, mas não necessariamente juntos ou pareados. Às vezes um avança e outro desacelera ou o inverso... O completo despertar verdadeiro só pode ser completamente obtido mediante a completa purificação.
A diferença de nossa ordem é que sabemos que só pode ser chamado de completo despertar aquele a que se chega através do caminho do bodhisattva, ou seja, daquele que faz o voto de atingir a iluminação para o bem de todos os seres.
Numa linguagem gnóstico-cristã para quem não está rfamiliarizado com os termos dos sutras budistas isto é claro quando Jesus descreve os três processos "negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e sega-me". São a morte do ego (negar o si mesmo), a auto entrega completa à direção do Espírito ("não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim") e a imitação de Cristo, para fazer o que ele faz, ensinar o caminho, curar e salvar as pessoas. Ou seja, é isto que a rosacruz propõe.
O verdadeiro rosacruz é um amante do conhecimento e da sabedoria, mas ele não a busca somente para si, ele busca para todos os seres e é nesse sentido principalmente que todo rosacruz é um budista do caminho bodhisattvayana, mais conhecido como mahayana, pois ele busca a iluminação, mas não somente para si, mas para todos os seres.
Esse caminho é de natureza gnóstica, não apenas por inclusão de ensinamentos gnósticos antigos e se basear também em estudos de evangelhos gnósticos, mas por ser da natureza do conhecimento verdadeiro, que é por experiência própria em si mesmo, união, integração com o objeto de conhecimento, principalmente em se tratando do conhecimento supremo, a gnosis completa, o conhecimento de Deus.
Não se trata de um sincretismo das vertentes gnósticas antigas, mas de um método que continua atual, permeia todos os livros sagrados (não apenas os gnósticos nem apenas os cristãos) e teve seu ápice entre Buda e em Jesus.
Nesse sentido o fruto do conhecimento almejado começa com a salvação, passando pela transformação alquímica e culminado na iluminação. Assim observamos uma equação matemática que começa com a salvação que é a garantia de estar depois num céu sem retorno ou terra pura de Buda, ou seja, num caminho sem retorno em direção à iluminação; passando por um processo de transformação e purificação, que é a ação do Espírito Santo em nós.
Nessa equação há o lado inicial da função, a igualdade e o resultado. Não é uma coisa ao acaso, uma mera adequação utilitarista ou dogmática, não é uma abstração. E uma transmutação alquímica. Num lado temos nós como chegamos e temos que nos adequar para obtermos o resultado; a igualdade pode-se dizer que é tornar-se igual ao modelo, Cristo, ou o reconhecimento tântrico da realidade iluminada e divina já presente aqui agora; o resultado é inevitável, tornar-se um igual ao modelo, um iluminado, um dos que vê. Este não está mais submerso na realidade recaída, mas voltou à ordem, ao estado original, onde em seu caminhar a iluminação plena é certa. Ele primeiro confia que dentro dele há um buda, que o Cristo habita seu templo (mente-corpo-espírito) e que despertará a qualquer momento, a qualquer momento ocorre a plena realização disso; depois então ele sabe, ele vê por si mesmo que isto é uma realidade.
Enfim, os rosacruzes objetivam a realização de todos os processos propostos por todas as religiões verdadeiras e que estão completamente presentes, os três, em sua forma mais completa, no ensinamento de Buda e Jesus. São eles: salvação, transformação e iluminação.
Todos os precursores autênticos desses dois mestres e todos os seguidores realizados posteriores têm ensinamentos úteis a cada tipo humano, a cada ser humano e as chaves do entendimento e conhecimento através de inúmeros meios. E todos estes ensinamentos estão sintetizados nas palavras desses dois maiores mestres e resumidos no símbolo da rosa de Buda e da cruz de Jesus, o resumo de toda sabedoria que existe. O desabrochar da rosa na cruz, o desabrochar do lótus acima a lama, o despertar da semente do buda que sempre esteve presente em nós que sempre fomos budas e não sabíamos, o cristo que já temos dentro, “pois o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21). Que a rosa desabroche em sua cruz!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

DOIS CAMINHOS?

Existem duas tendência gerais dos seres humanos que aqui agora chamaremos de dois caminhos para a libertação. Um caminho é o da mente, outro do coração, alguns dizem. No ocidente há essa separação teórica, mas no oriente se fala de mente-coração. Mente e coração na verdade são a mesma coisa. O correto não é dizer que existem dois caminhos, o do intelecto e o da emoção. Isto significaria no máximo dizer um mais intelectual e um mais emocional. Alguns dirão emocional superior e intelectual superior, mas o fato é que este “superior” é algo bem distante de nossa capacidade normal, portanto temos que nos esforçar muito ou ter veículos ou meios hábeis de atingi-los. Porém não vem ao caso dividir agora didaticamente em inferior ou superior, somente a questão do atingir algo bem superior.
Para atingir este estado superior a emoção ou o intelecto devem ser usados. No passado houve uma rigidez no sentido de ter que escolher um ou outro para se dedicar inteiramente. Pois antes se raciocinava que o ser humano só pode ser uma coisa ou outra, não consideravam que o ser humano é paradoxal, não sabiam que a realidade mesma é paradoxal (coisa que só nós até agora decidimos assumir e explicar em detalhe). Isto gerou caminhos aparentemente inconciliáveis e as dicotomias a que ainda estamos acostumados como “fé e razão”, “religião e ciência”, “exoterismo e esoterismo”, etc.. Não vem ao caso se estender também sobre toda essa bobagem superada para os bem esclarecidos, mas deve-se avisar que para a grande maioria das pessoas isto continua sendo algo inconciliável, seja por desconhecer a ciência hermética e sua evolução, seja por falta de experiência. Entretanto hoje podemos perguntar: e por que não usar os dois caminhos?
Hoje temos mais tempo para nós mesmos, embora se pense o contrário. Se formos inteligentes ou organizados podemos obter bem mais benefícios trilhando os dois caminhos.
Agora sim, vamos abordá-los didaticamente em separado após esses avisos. No caminho do intelecto estão as ciências, a filosofia, o ocultismo, o esoterismo, o hermetismo, a matemática, etc.. Portanto é o caminho da razão, da análise, da intelecção, da meditação, do controle mental. No caminho da emoção estão a religião, as artes, o misticismo, o exoterismo, a magia comum, o “acaso” (a probabilidade), etc.. Portanto é o caminho do irracional ou passional, do instinto, do emotivo, da emotividade,  da oração, da devoção. Por que não unir os dois?
Devemos ser serpentes e pombas ao mesmo tempo se almejamos eficácia, a superação, a liberdade; unir sabiamente as duas práticas, os dois caminhos, os meios de vida e de atingimento. Aprender a meditar desde já e se já suspeitamos sobre a superioridade bem acima de nós como não poderíamos almejá-la? Como não poderíamos nos enamorar por ela? Como poderíamos não amá-la? O amante se apaixona pelas formas perfeitas de sua amada sem conhecê-la, sem ver suas imperfeições, a amante venera a personalidade do amado como se o conhecesse, vê em seus gestos e gentilezas os sinais da perfeição que apenas imagina. Como não nos enamorarmos da perfeição do que é muito superior a nós mesmos em razão, beleza, pureza e amor?
Meditar é conhecer a mente pura, perfeita, é unir-se à verdade, ao conhecimento. E como não querer e amar a verdade? Ora, estando submerso na ilusão e na mentira! Venerar o que é superior, ter o verdadeiro sentimento de devoção a quem e ao que merece ser adorado é do mesmo modo veículo de união. Como usar os dois e como uni-los, é o que queremos fazer, é o que estamos tratando agora. Também por isso é que usamos expressões como “tempo novo”. Yoga significa união, religião significa reunião, tantra significa tear, religar a rede, ciência significa saber, ter ciência, estar ciente, consciente. Todas essas ideias juntas remetem à ideia de unidade, de despertar, estar ciente do todo que é. Não isolado no nó, não limitado à uma trama, mas livre, significa: na rede toda... É isso que estamos fazendo. Síntese significa teses juntas, sincretismo, teses afins e complementares. Ao vê-las funcionando temos uma síntese sendo construída em nós. Só quando as vivenciamos é que percebemos se tratar de coisas similares ou iguais, quando não vivenciamos fazemos uma análise superficial e nos perdemos nas aparências. Mas que ironia: para vivenciarmos é preciso nos envolver...
PRÁTICA
Ao sentar, deitar, andar, etc. em meditação estar "apaixonado" (in love with - em amor com). Sentar com reverência, declamar com reverência, orar com amor; como a amante quer se unir ao amado e ser um com ele, ser um todo com ele, entregar-se a ele, dissolver-se nele, até desaparecer, num êxtase divino. Adorar o divino, absoluto, a verdadeira realidade em nós, que nos vivifica, que vê através de nossos olhos e de nosso mente-coração, aquele que é...
Permanecer aí, ficar assim, contemplando a consciência disso. Se não consegue sentir isso começar declarando, pedindo e declarando esse amor, sensação e certeza, a presença, vivificado, vendo através de seus olhos. Esta presença por si só se demonstra.

sábado, 5 de novembro de 2016

ROSACRUZ, MAIS ALGUNS CAPÍTULOS...

Mais alguns capítulos importantes:
ROSACRUZ E CRISTIANISMO
Alguns dizem que os rosacruzes não são cristãos, outros se irritam porque dizem que os rosacruzes são cristãos, outros dizem que os rosacruzes são cristãos, mas não cristãos de verdade.
Tais pensamentos às vezes vêm de rosacruzes ou até mesmo de pessoas que conhecem a verdadeira história da rosacruz, mas que de fato não a entendem.
E eu não vou contar. Tais pessoas deveriam ler e reler o que está escrito no Fama Fraternitas.
O fato é que a rosacruz é cristã, em muitos aspectos. Mas não no sentido histórico nem sentido mundano. A rosacruz é cristã no sentido da palavra. A rosacruz também é cristã no sentido religioso.
Os primeiros cristãos, se é que podemos assim chamá-los, no começo, não se chamavam de cristãos, nem se utilizavam da cruz como símbolo principal. A palavra cristão é xriston no grego, que significa imitador de Cristo. Era usada como escárnio aos seguidores de Jesus, ironia. Mas é claro que isso não os ofendia, pelo contrário, eles sentiam-se até elogiados por serem chamados de imitadores de Cristo. Tanto que depois absorveram o rótulo.
O peixe era o símbolo mais usado, inclusive numa referência a era zodiacal de peixes que foi aberta com nascimento de Jesus, o dia em que Jesus nasceu (uma "pequena coincidência"?). Mas que depois foi retirado, talvez por terem os dirigentes da igreja da época regeitado esses conceitos. A cruz e a rosa não deve realmente ser interpretado como simbolo cristão simplesmente, mas um símbolo sincrético.
A cruz é um símbolo bem mais antigo e foi adotado pelos cristãos e gnósticos realmente, mas como vimos ele tem muitos significados, muitos mais além daqueles aqui expostos. A rigor não é por cruz que se identifica um cristão.
Como a rosacruz é cristã é o ponto. A rosacruz é cristã e é gnóstica, mas ela é cristã e gnóstica no sentido exato dessas palavras, não no sentido histórico e ou cultural que se formou com os séculos.
Gnóstico também é um termo mais novo e com significado cultural atribuído ao longo da história. Na verdade gnóstico vem do grego gnosis, que significa conhecimento, mas não no sentido da nossa palavra conhecimento, nem sabedoria e sim conhecimento direto, isto é, testemunhando por si mesmo aquilo que é o objeto do conhecimento. A religião gnóstica é toda aquela que dá prova ou o caminho de comprovar aquilo que afirma. Neste caso o apce do conhecido deve ser Deus, conhecer diretamente a Deus (o novo testamento está chrio de exaltações a esse conhecimento.
O problema é que rosacruz não é apenas cristã e gnóstica. Ela é uma religião da sabedoria, da cura e da busca da verdade. Assim não nos importamos de onde vem a verdade, importa que seja verdade. Importa que a religião seja verdadeira, ou seja, que leve à reunião com Deus, seja qual for o nome que o dêem. Será que Deus deixou desamparados e sem sequer infomação a outros povos durante milênios? Não.
E nossa rosacruz tem um entendimento de Deus, e expressão desse entendimento, que não existe em nenhuma outra instituição, e esse entendimento existe em todas as religiões verdadeiras, mas não expressado dessa forma, nós vamos mais além.
Jesus expôs isto. Jesus foi um dos que fez uma síntese e traduziu, adaptou à uma linguagem universal. Jesus trouxe em suas diversas falas todas as doutrinas corretas e úteis para nós, tanto das que já existiam quanto as inéditas.
Ele também ensinou através do exemplo e a principal não é simplesmente que ele ressuscitou como se costuma dizer, mas é que ele encenou com sua vida nos três anos antes da crucificação todos os mitos iniciáticos verdadeiros, inclusive ele morreu e ressuscitou. Ele representou em corpo o processo que todos devemos realizar em espírito. E ainda seguiu uma tradição simbólica e oracular milenar, na qual tudo tem um significado esotérico, todos os seus atos, os acontecimentos em torno de sua vida e a descrição de tais acontecimentos. Só um iluminado, isto é um buda, ou um grande bodhisattva, ou o filho primogênito e unigênito de Deus, como de fato ele é, poderia fazer isso.
Moisés, um grande profeta, e outros ainda também, fizeram algo parecido, mas hoje sabemos que alguns daqueles acontecimentos podem ter sido apenas escritos para revelar tais simbologias, não exatamente como descrição concreta de fatos; outros escritos para impressionar o povo judeu e seus inimigos; outros por questões de segurança e saúde daquele povo, que até mesmo com grandes sinais e ordens expressas de Deus através de seus profetas, tinham dificuldades em aceitar ou obedecer, mesmo quando era extrema e evidentemente necessário.
Parece até que algumas passagens são exata e especificamente para mostrar a graça de Deus e sua misericórdia, pois que, para começar, poderia ter escolhido um povo mais pacato, menos teimoso ou mais bondoso e obediente para ser seu porta voz, mas deu outras graças a outros povos enquanto para o judeu deu plenos sinais de sua manifestação e vontade.
Mas no caso de Jesus são atos e fatos que manifestam diretamente essa simbologia e mitologias. Ele de fato encarnou tais ensinamtos antigos, não é uma cópia, uma fraude, uma história mitológica como querem dizer os ateístas e agnósticos ou fazer parecer, quando comparam as similitudes de tais mitos e a história de Jesus, pelo contrário, Jesus conhecia os mitos e seu significado, tanto que os representa. Quando faz isso Jesus endossa o significado esotérico de tais mitos de vários povos.
Ele os corrige, os resume, os põe no campo prático e os corrobora levando-os à plena realização, no terreno dos fatos demonstrando não apenas seu significado, mas também os resultados, que culminam na iluminação plena da reunião a Deus, da completa pureza chamada santidade e na imortalidade, o total poder sobre a vida e a morte, sobre o corpo, a mente e toda matéria, e sobre tudo que é vivente, inclusive animais e espíritos (demônios).
Além disso demonstra, encarna, o amor de Deus à humanidade caída, não só através de parábolas, mas pelo respeito ao livre arbítrio de cada um aos longo de todas as escrituras, pois com seus plenos poderes poderia mudar nossas mentes à vontade, mas ao contrário, sempre espera que a decisão parta de nós.
Poderíamos parar aqui e ficar numa posição mais confortável com os que se dizem verdadeiros cristãos e a sociedade que se diz cristã, mas na verdade é quase que completamente pagã, mundana, voltada quase que exclusivamente a esse mundo (a vida nesse mundo e as coisas esse mundo), sendo ainda mais claro, à matéria decadente. Mas a outra face da nossa moeda precisa ser exposta aqui.
Nós não apenas insistimos veementemente na existência do significado esotérico e oracular destes escritos e atos de Jesus, como também não adotamos a interpretação oficial via igreja, padres, pastores ou escola teológica nem o extremo oposto da livre interpretação. E o que acatamos?
Ora, cada um é livre para fazer sua interpretação e não deveria impô-lá a outrem. Mas não acreditamos que tais interpretações possam ser verdadeiras.
Nós dizemos que a bíblia e demais escritos apócrifos e achados redigidos pelos primeiros apóstolos, são livros oraculares. O que é isso? São livros em que tudo, mesmo a simples descrição de algo que acontece, tem significados simbólicos, é o que chamamos de significado esotérico.
Esotérico é aquele que está velado para o ímpio, para o malicioso, para o mal intencionado e que só pode ser visto neste caso através da inspiração pelo Espírito Santo em quem o espírito queira revelar e ou que foi iniciado, neste caso, batizado verdadeiramente pelo Espírito Santo. É o mesmo que muitas igrejas hoje dizem e fazem, apenas que elas não usam essas palavras (esotérico, oculto, iniciado, etc.) que pertencem à nossa tradição mais propriamente. Varia a linguagem.
Mas várias igrejas, em especial as pentecostais, pensam exatamente como nós com relação ao batismo com o espírito Santo, os dons espirituais e até vão mais além comungando conosco a segunda etapa do objetivo, a transformação do ser humano como um todo, através da auto-rendição e do entrega ao trabalho reformador do Espírito Santo (só que diferimos na terminologia e na metodologia, nós usamos terminologia alquímica e a da própria ordem e detalhamos o passo a passo do processo em diferentes fases).
Muitos cristãos, por exemplo, usam a bíblia exatamente como oráculo: orando, fazendo uma pergunta, abrindo-a "aleatoriamente", correndo o dedo até certo ponto, lendo o versículo ou versículos, orando novamente pedindo a inspiração do Espírito Santo para um interpretação correta e obtendo assim uma resposta.
Os céticos acreditam que os símbolos, os mitos, os números e até os milagres na vida de Jesus são coincidência ou cópia ou imitação, chamam de plágio, não crêem que são fatos e não vêem os sinificados esotéricos.
Os crentes, muitos deles, vêem os significados esotéricos, mas no geral eles desconhecem todos esses mitos, cálculos, números e "coincidências". Alguns poucos que os conhecem têm opiniões diversas, mas no geral omitem. Costumam, por vezes dizer sobre os mitos que se tratam ao contrário de falsificações posteriores e não verdadeiramente mitos anteriores. E às vezes até insistem numa suposta coincidência. Mas é claro que nenhuma dessas conclusões se sustenta diante da ciência e dos achados arqueológicos.
Nós somos cientistas e como cientistas somos céticos, mas também somos religiosos e de nosso jeito somos também crentes.
Nós identificamos no ensinamento de Jesus certos elementos em comum com outros, certas fontes anteriores, elementos sincréticos, elementos iniciáticos, as reformas, as retomadas e restaurações, as inovações, sua justificativa e seu momento característico.
O que temos diferente do crente comum são estas informações e a aceitação e compreensão que são a mesma sabedoria, os objetivos últimos e que nós não esperamos nem exigimos a conversão de ninguém, eles vêm como estão e se transformarão conforme sua vontade e a atuação do Espírito Santo. Explico.
Nós não forçamos ninguém a escolher entre nós e sua religião, nenhum de nossos membros é induzido a se tornar cristão nem a qualquer outra religião, nem esperamos que adira a umas das nossas religiões ou das que estudamos. Não perguntamos às pessoas se já aceitaram Jesus, isso é com elas e elas é que nos dirão por sua própria iniciativa sua religião, nós a ajudaremos a vivê-lá de verdade. Não nos perguntamos se depois de muitos anos na ordem uma pessoa ainda não aceitou isso nem "o que ela está fazendo aqui?". Ela tem que cumprir seu compromisso é com ela mesma, se nós contamos isso dela é porque de antemão ela nos autorizou a deixá-la esmaecer.
Nós somos religiosos e somos uma escola de sabedoria. Como já foi explicado, a escola é aberta a todas as religiões. A pessoa pode vir com uma religião e mudar para outra ou continuar na mesma ou aderir a mais outras, isso não importa, pois todas essas religiões ao final levarão à iluminação, isto é, à salvação, à purificação e à união suprema (união com Deus, Nirvana, gnosis...). Muda apenas a linguagem. Isto nos leva a uma profunda compreensão.
Por exemplo, Cristo diz que ninguém vem ao pai senão por ele. E assim é, ninguém chega ao pai sem passar pelo filho, pelo Cristo, que é o nirmanakaya no budismo, o Tathagatagarbha, no taoísmo o próprio Tao, no hermetismo é o mesmo nous, no gnosticismo é Chrestus. E assim se dá com muitos aspectos. Então aqui todos aprenderão a venerar todos estes, entendendo como a mesma coisa. Isso pode chocar alguns cristãos, mas apenas se eles não tiverem entendido ainda, através do espírito, que Deus nunca deixou ninguém sozinho, pelo contrário, ele amou cada um de um modo especial e o inspirou sempre de acordo com sua necessidade, nós é que não tínhamos dado ouvido a Ele ainda.
A outra diferença que falta explicar também de forma muito sucinta e incompleta como foi feito acima é que nós temos um objetivo que vai além.
O crente geralmente busca apenas a salvação e a transformação (pessoal, da vida, das situações, etc.). É incrível que existem aqueles que buscam apenas a salvação, sem querer sequer modificar seus caminhos e atitudes. Nós, além destes dois objetivos, almejamos também a iluminação, como acima descrito. Nos buscamos a gnosis que é o beber da fonte, comunhão completa com Deus. Isto será mais falado em outro capítulo que envolve cristianismo e gnosticismo.
O mais importante é saber como o rosacruz deve ser cristão e como não deve. Ele não deve ser como o cristão no sentido comum que se preocupa apenas com a salvação e vive para o mundo, na busca da satisfação do seu ego.
E ele não deve ser um cristão apenas no sentido pentecostal, salvo e ungido, morto para o mundo e vivendo pela graça do Espírito, buscando a bênção dos dons, pois ele deve ter isso e deve ir um pouco mais além disso.
O rosacruz ama o conhecimento, ele quer o mesmo que o pentecostal, essa experiência é o início de sua carreira, só que ele deve viver os dons, manifestá-los e ter a experiência direta do reino do céus através deles, ele deve querer conhecer até o conhecimento supremo sim, para que seu testemunho seja perfeito, não apenas usado por Deus ou guiado pelo Espírito, mas com intimidade com Deus, uno com o Pai como Cristo ensinou e foi modelo, realizando o que ele realizou e ainda mais como ele disse que faríamos.
Como ensinar aquilo que não vivemos? A missão rosacruz é curar, esclarecer e ensinar o caminho, neste sentido somos os mais cristãos de todos os cristãos.



O NOME ROSACRUZ
Hoje existem poucas ordens denominadas rosacruz. Umas até usam outros nomes. O nome rosacruz nesta década está quase amaldiçoado. Por que isso?
Poucos se atrevem a usar este nome. Este nome representa muitas religiões e ordens, mas tais religiões e ordens geralmente não gostariam de ser reapresentadas e valorizadas pelos rosacruzes. Por que isso?
A maior preocupação hoje quando os pais de alguem ouvem que seu filho foi convidado à rosacruz é "o que é rosacruz? É uma religião? São feiticeiros ou bruxos ou fazem magia negra? São adoradores do diabo?... Mas a mais válida de todas as perguntas que fazem é: são idólatras? Ou ainda são idólatras que fazem pactos e mantem segredos? Ou ainda é uma maçonaria?
Isso tem razão de ser, pois a maioria das rosacruzes hoje tem uma ou mais dessas características: não são rosacruzes de fato, são idólatras, fazem pacto de segredo e têm muita coisa em comum com a maçonaria que não faz parte da rosacruz autêntica.
Rosacruz de verdade não é nada disso. As rosacruzes que cultuam deus antigos, deuses escravistas ou o demiurgo, por mais que sejam vistas como benéficas são extremamente maléficas, são os matadores de alma de que falam os evangelhos, usam o nome rosacruz apenas para enganar e atrair os que já tem feito algun trabalho. Eles são retrógrados, que retornam às velhas adorações derrotadas, ao politeísmo e panteísmo simplório, às superstições e idolatrias do passado, à fantasmagoria e invocação de demônios como se fossem mestres, ao vampirismo dos ignorantes, ao paganismo declarado ou inrustido, o culto de demônios, proposital ou por ignorância, enfim, estas e todas as misturas comuns a essas ordens relacionadas a "nova era" podem ser também encontradas e uma ou duas ordens bem conhecidas que usam o nome rosacruz indevidamente.
Mas o que caracteriza uma ordem suficientemente a ponto de merecer esse nome? Existem muitas teorias. Por exemplo, o mais autêntico seria ser herdeira da primeira ordem rosacruz ou fundada por uma linhagem autêntica ou alguém de uma linhagem ou ordem dessa linhagem, mas falando sinceramente existe alguma ordem que comprovadamente se encaixe em algum desses casos?
Existem características. Para mim o mais importante é que realize ou se proponha a realizar o projeto rosacruz pelos meios propostos pelá ordem rosacruz.
O projeto é o já citado que mais um vez podemos resumir em: curar, esclarecer e ensinar o caminho. Nos livros rosacruzes esse objetivo é vida visto por vezes ainda mais resumido como o desenvolvimento do ser humano ounda humanidade, ou a salvação ou a iluminação do ser humanos, etc..
Nós preferimos como uma duas ordens costumam resumir: o retorno à pátria original. O retorno ao estado de pureza e consciência do qual nunca deveriamos ter saido e no qual podemos realizar a vontade de Deus, o projeto original de Deus para nós, a felicidade e a plenitude, muitas vezes chamado simplesmente de iluminação.
Essa linguagem, falar dessa maneira sem dúvida é uma característica rosacruz, mas não é uma condição indispensável. Os rosacruzes muitas vezes devem adequar sua linguagem à cultura e religião local. Então qual seria essa outra  característica que revela uma ordem como sendo rosacruz? Uma é o projeto rosacruz como foi dito e a outra é o método de execução do projeto, então o que caracteriza esse método? É o método alquímico, descrito no livro As Núpcias Alquímicas de Cristian Rosacruz. Está é a principal característica qe define o sistema rosacruz.
Entretanto podemos encontrar até mesmo ordens que se dizem rosacruzes e sequer falam ou explicam algo sobre essa obra. O que pensar delas?
Muitos dirão "mas esse processo alquímico é descrito nos evangelhos!". Sim, no novo testamento, na bíblia, nos apócrifos, nos sutras de Buda, nos tantras budistas, na alquimia taoísta, no Corpus Hermeticum... Mas quem o sabe decifrar? Ou ainda quem consegue ao menos enxergar que isto está ali, nestes livros? Imagine que é preciso (1) saber que estão ali, (2) detectar que estão ali e onde estão, (3) desvendar e entender seus símbolos e significados, (4) querer e se empenhar em realizá-los e (5) esperar e obter os resultados corretos propostos. Então não é tão simples.
Ademais, será que alguma dessas religiões que usam esses livros como os seus próprios livros sagrados aceitará ser chamada de rosacruz? E será que elas de fato percebem assim esse processo descrito em suas escrituras?
Por isso nós usamos esses livros sagrados e desempenhamos na prática o que essas religiões propõem em comum, mas nem por isso nos denominamos com seus nomes, por isso nós nos chamamos rosacruzes. Nós temos uma visão peculiar, eclética e pragmática, focada em procedimentos e resultados, mas que exige estudo exaustivo. Nós temos um modo de ver, uma visão rosacruz.


QUEM SÃO OS FALSOS?
Os falsos não são as religiões que simplificam a salvação. São justamente as ordens que acusam as religiões de estarem escondendo algo ou escondendo o verdadeiro caminho e ao mesmo tempo estas mesmas estão complexificando e dificultando a salvação.
São estes que colocam muitas condições, são os que dizem que "é preciso muito mais", são estes que dizem que a salvação é um processo mais avançado, mais para adiante, que são os falsos, os assassinos espirituais.
Irmãos, a salvação é para agora, é primordial. É uma das primeiras preocupações, pois não sabemos se estaremos vivos amanhã. Não é algo prorrogável.
Por isso ela está à disposição até às vezes em instituições menos confiáveis, mas que guardam alguma verdade. Tais instituições às vezes podem ensinar muitas coisas erradas, mas não conseguiram fechar nem macular a porta da salvação. Isto é uma prova do poder e da compaixão de Deus.
É também uma prová desse amor que mesmo alguns entre os falsários e até em algumas instituições que são quase que declaradamente màs ainda se possa encontrar salvação, que eles, por força divina ou por ingenuidade, oferecem sem saber. Porque Deus fará de acordo com sua vontade, com o seu pedido, mesmo que você esteja por engano clamando a salvação dentro de uma loja satânica. Por isso peça sempre o esclarecimento, provas, não explicações, pois a arte do maligno é a enganação e ele terá as melhores explicações possíveis e até mesmos provas falsas, por isso peça em sua mente onde eles não podem entrar, eles podem até fazer com que você pense algo, mas não podem ouvir o que você pensa, nem suas intenções.
Os mesmos falsários que dão sem querer a salvação muitas vezes a roubam depois, pois eles são peritos em desviar, enganar, e fazer dar meia volta sem que a pessoa perceba que já anda de volta em direção ao abismo. Por isso peça sempre a verdade a Deus. Ele ouve e sabe o que você precisa, mas não vai fazer algo contra a sua vontade, "qual pai dá uma pedra ao filho que pede pão?", quem dá a pedra em lugar do pão é o maligno. Deus quer o seu bem, mas é preciso que você o escolha, que você peça...
Os falsários são especialistas em criar dificuldades, caminhos longos e sublimes.
Nós agora devemos oferecer primeiro a salvação, a não ser que a pessoa não esteja pronta para aceitá-la. Então neste caso devemos prepará-la rapidamente. E antes mesmo que perceba dizer que a salvação depende da decisão pessoal, que é só isso, decidir o que quer para o seu futuro, uma vida eterna e feliz ou girar em voltas e voltas sem sentido numa condenação infernal que significa tentar (mesmo sem querer) viver fora da presença de Deus.
Nós rosacruzes de hoje devemos levar a pessoa a aceitar o plano de Deus primeiro, a salvação gratuita e fácil que nos ofereceu. Isto deve estar na primeira etapa a do conhecimento, mesmo como um conhecimento teórico, pois não podemos esperar que a pessoa se conveça por si mesma quando ela e nós estamos competindo com a argumentação do demiurgo que tem sido bem eficiente por milênios. E os falsários estão do lado dele para manter as pessoas aqui. Dizendo que são necessárias vidas e vidas (e isto não é permanecer neste mundo, viver neste inferno aparentemente afastados de Deus?), que devemos nos conformar com uma vida boa e pacífica e plantar boas sementes para um futuro distante.
Não, amados! A salvação é para agora. Um bodhisattva não se contenta com isso, com evolução, com caminho lento, com essas migalhas, ele busca anuttara samyak sambodhi, a plena e completa iluminação, uma vida desperta, uma vida plena. Nós buscamos o pleroma, a plenitude, não queremos voltar a esse mundo (a não ser que já saibamos com plena certeza que temos uma missão de ensinar aqui). Nós buscamos ensinar no mundo dos salvos, para que eles também alcancem a plenitude que é o plano original de Deus para nós, a felicidade plena. E para isso é preciso que sejamos salvos, que hajam salvos, não condenados a ficar retornando a esse mundo, isto mesmo que é a roda do samsara, é o inferno, é a vida alienada, "afastada de Deus".
A vida do salvo é a vida na presença de Deus. Os falsários não ensinam isso, eles não batizam com o Espírito Santo, nem ensinam esse batismo ou até ensinam formas erradas, falsas, desse batismo, que não são esse batismo, que não levarão a pessoa a um convívio com Deus, à intimidade com Deus, porque eles querem que a pessoa seja dependente deles e não que sejam salvas e independentes, não que sejam ungidos, que tenham o Espírito Sangro dentro delas, falando com elas, mas que tenham outros espíritos, entidades vampirescas constantemente dando concelhos que distraem e mantêm as pessoas longe da verdade, ou mesmo vulneráveis à constante sugestão do demiurgo, do enganador, que já nunca nos deixa enquanto não voltarmos à vida verdaceita.
Os falsários não ensinam nem estimulam a oração, a meditação e a comunhão, mas eles imitam isso, eles criam rituais vazios, sem sentimento ou sentido, sem entrega e sem resultado sensível, pois o resultado verdadeiro é maléfico. Eles não ensinam a distinção entre o maligno, o humano e o divino e ensinam que são divinas certas manifestações que são humanas ou malignas.
Caro leitor, a nossa mente e nosso corpo são mundanos e fora de nós as manifestações são geralmente do maligno. Dentro de nós já temos a semente do Buda, o Cristo, a consciência pura em nós, é a mesma consciência de Jesus, de Buda, minha, sua e de Deus. O que não temos de Deus é a mente. Por isso precisamos receber a mente do Cristo, para viver em Cristo...
Precisamos transmutar nosso corpo e mente mundanos em divinos e quem faz isso não somos nós, não é nosso ego, não é nossa personalidade, é Deus, através do Espírito. O que temos que fazer é convencer nosso ego a aceitar isso, a querer isso e a permitir que isso aconteça, pois nossa personalidade é da parte do demiurgo, vai resistir e nos arrastar com ela. Por isso que é preciso força de vontade.
Mas nossa força é incoparavelmente pequena em relação àquela que precisamos e que temos já à nossa disposição pela promessa de Jesus enunciada nos evangelhos e pela lei e previsão do Buda enunciada no Sutra doLotus. Precisamos dessa força e dessa certeza. A certeza é dada pela fé e pela confiança nestas promessa, lei e previsões. A força temos na rocha segura que nos é dada pelo plano de salvação oferecido pelo nosso Senhor Jesus.
A salvação é isso, é querer ser salvo e confiar no salvador, Deus. Deus é o único que salva na atualidade, para nós já é impossível, desde o tempo de Jesus. Estamos salvos pelo amor de Deus no corpo de Cristo vivendo pela vida e manifestação do Espírito Santo em nós.

OS PASSOS PARA ESCAPAR DA ARMADILHA
O primeiro passo rosacruz é o conhecimento e com ele deve vir já também o caminho, a salvação através da força maior. Deus é todo poderoso, nos ama e quer o nosso bem e felicidade, ele dá conforme sua necessidade, sua salvação e o que você pede. Por que ter uma limitação a mais, por que não garantir a salvação? E por que não pedir? Se Deus pode dar um banquete, por que você vai pedir migalhas?
E querer salvar-se não seria melhor? Buscai primeiro o reino de Deus "e o resto será dado por acréscimo". Não é difícil.
O segundo passo é a transmutação da personalidade: corpo e mente mundanos se transformarão em corpo e mente purificados e divinizados. Isto coincide com a descoberta da vonatade, em nossa ordem. Você precisa de vontade para fazer isso, porque a personalidade chamada de natural vai tentar driblar esse processo de todas as maneiras. E uma força extra de vontade é conhecida quando a verdadeira vontade é conhecida.
É preciso fazer a vontade do Pai, a nossa verdadeira vontade é a razão da nossa existência, e ela é digna do amor de Deus, pois ela coincide com a vontade dele. Você só vive o inferno se quiser, pois se escolher esse mundo Deus respeitará a sua escolha. Mas se você entende que está alienado da Verdade e você a busca, portas se abrirão. A verdadeira vontade sua é a própria vontade de Deus, é o projeto de Deus para sua vida. É nela que se encontra a liberdade, pois Deus planejou sua liberdade e a concede, mas ele planejou sua liberdade plena, não essa limitada, então porque se contentar com as alegrias desse mundo alienado e de morte com suas limitações, quando Deus planejou sua liberdade e felicidade plenas?
Por isso na segunda etapa que se concentra em transformação você precisa descobri-la (a  vontade de Deus para você, sua missão, seu propósito). Quem faz essa transformação é o Espírito Santo, desde que não viva mais segundo a vontade do seu ego, ou de sua mente corrompida, mas entregue sua vida para que Senhor a viva. Então o templo de Deus será reformado: derrubado e reconstruído. Pois nós somos na verdade o templo de Deus, mente e corpo, casa e templo da consciência absoluta. A sua felicidade na sua glória será conhecida.
O terceiro passo é a união com Deus, é tornar-se um com o Pai, é o conhemento e intimidade com Deus. É o conhecimento de sua realidade, de seus mundos, sua glória, sua sabedoria sua luz, sua plenitude... Isto é o completo despertar, o budado, mas não apenas o budado, e sim o pleno e complego despertar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A SABEDORIA

Podemos falar de dois tipos de sabedoria rosacruz e mais uma intermediária e até mais uma mais elevada.
Num nivel comum ela é a sabedoria da ciência rosacruz feita da experiência de seus praticantes e tradições ao longo da história, mais a sabedoria de todos os grandes mestres, dos sábios de todas a vertentes da sabedoria humana.
Num nível mais elevado é tanto a sabedoria revelada, pelo Espírito Santo, ou pelo Anjo Guardião, ou pelas partes mais elevadas do próprio ser ou através da iluminação pessoal, como também a sabedoria revelada dos grandes mestres especialmente em se tratando da linguagem da verdade última, absoluta.
Num nível intermediário são as inspirações aqui citadas nesse parágrafo anterior, mas sem que tenha ainda alcançado nem a experiência nem a compreensão da verdade última, muito menos da iluminação.
E num nível que quero dizer o mais avançado, não muito citado em outras escolas será o nível de uttara samiak sambodhi, ou seja, plena e completa iluminação que só é alcançado através do caminho do bodhisattva segundo o próprio Buda no sutra do Lotus.
Nos evangelhos gnósticos fala-se do retorno ao Pleroma e da união com o pai, tornar-se um com o Pai é possível através do caminho do bodhisattva como fez Jesus para nos mostrar. Em alguns sutras mahayanas também é descrito em detalhe pelo Buda.
A sabedoria rosacruz é sintética e sincrética, reconhecendo a igualdade e a validade dos ensimentos, mas também sabendo distinguir os meios hábeis para cada público, cada época, cada pessoa, e cada estágio do discípulo.

Como foi dito acima, alguns  enfatizam mais um mestre ou outro, uma filosofia ou outra, e nós também temos nossas ênfases e nossas razões. Mas é preciso entender a rosacruz como ciência que tanto evloui como preserva as palavras e as tradições dos mestres, isto sempre embasado na ciência e na iluminação própria de cada um, cada um deve provar para si mesmo, cada um será seu guia, cada um é seu próprio mestre. Pois havendo por qualquer motivo desvios do curso, a razão, a experiência e ciência e a iluminação autêntica, principalmente, são o que salvará o praticante dos enganos e em última analise restaurá a ciência à sua verdadeira rota.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

COMO RECONHECER OS FARSANTES


É fácil reconhecer algumas por suas características, outros são difíceis e tem caraterísticas mais complexas. As cinco primeiras a seguir são mais simples de serem notadas, e as outras mais complexas devido a relações com religiões similares ou a terem um conjunto de caracteres mais complexo para definir no final uma só característica ou mais oculto, sendo revelado apenas em altos grau. Deixei de fora as mais óbvias que não merecem sequer mensão de serem relacionadas a rosacruz de tão ridículas que são (por exemplo: adoração ao diabo ou Satan, idolatria ou adoração a deuses de barro, como se diz, embora algumas excentridades desse tipo auto proclamem rosacruzes, provas arriscadas nos graus, venda de almas, etc.) e deixei ainda assim outras que, ainda que ridículas, ou tem sido atribuídas aos rosacruzes novos ou algumas instituições falsas, que se autodenominam rosacrucianas ou não, têm adotado. Vamos a elas:
(1) cultivam o ego, a personalidade, a riqueza e a prosperidade material (essas três juntas formam uma característica, não quer dizem que os bens materiais e a riqueza sejam condenáveis, mas a cobiça ou a busca prioritária através de religião ou misticismo sim, pois prende a consciência a esse mundo e os enganadores intentam justamente isso);
(2) prometem ou planejam ou dizem que o paraíso é ou será aqui mesmo nesse mundo ou na terra, na matária tal como percebemos (é claro que isso depende da visão e do nivel espiritual do observador, o problema é querer estabelecer o paraíso na matéria);
(3) são extremos em relação ao sexo, ao ato sexual: ou rechaçam completamente como o maior pecado e abominação ou o extremo oposto, pregam a interira libertinagem e o culto da luxuria e até o abuso sexual (é certo que o desejo sexual mantem a consciência presa a esse mundo e que a castidade é o melhor caminho, mas não quando esta contribui para o aumento do desejo, nem tampouco significa que o ato sexual em si seja pecaminoso, existem meios termo, caminhos);
(4) declaram guerra ou luta ou “guerra santa” contra os chamados por eles de ifiéis ou algo do tipo, são contra a liberdade individual em vários sentidos, principalmente contra a liberdade  religiosa, são sectários e impõem sua religião como única ou o ateísmo sistemático ou o materialismo (essa constitui uma das principais características senão a principal, seja todo o conjunto ou apenas um dos elementos);
(5) defedem a violência (inclusive contra os prórios filhos (no sentido da surra, espancamento, estoicismo sistematizado, humilhacão, seja psicológica ou utilizando a força física e o privilegio da maior força ou tamanho, etc. e ou contra o sexo feminino, geralmente, mas pode ocorrer o contrário), a pena de morte (não estou falando de defender a pena de morte simplesmente, mas de defendê-la enquanto posição religiosa ou sistemática de religião ou escola ou ordem ou por razões supostamente religiosas ou esotérica), o aborto, o estupro e ou a sodomia (veja que não estou falando neste último caso de homossexualismo, mas sodomia como prática religiosa ou coercitiva por alguma razão supostamente religiosa ou esotérica).
A seguir as características mais complexas, que os falsários (enganadores e enganados) conseguem dissimular, esconder, misturar com verdades, justificar, explicar distorcidamente, etc. de modo que fica mais difícil caracterizar, diagnosticar, apontar ou até mesmo comprovar seus garandes erros, crimes, enganações, etc.:
(6) promovem cultos fanáticos, de crença cega e extremamente emocional, onde predominam as ameaças com o inferno e outras punições, créticas e auto críticas que colocam as pessoas para baixo, fazendo sentirem-se vermes, incapazes, pecadores, sempre em dívida; a figura do inimigo desempenha o papel principal no seu discurso, como presença no mundo (e em destaque com senhor desse mundo) e nas vidas das pessoas criando uma dependência entre a pessoa e a figura sacerdotal e ou da instituição, que envolve o medo.
Esta é uma característica bem mais complexa e difícil de ser apontada do que pode parecer, mas vamos detalhar dois pontos cruciais: (a) no caso do culto, o exagero, a exacerbação das energias e da emoção são um estado nervoso cultivado através de muitas censuras e restrições (da ideia de pecado atribuída a instintos naturais, como o de comer, defecar, algumas vezes visto como um castigo de Deus, a dor como sinal de castigo e reprovação divina, e principalmente o sexo como uma tentação infernal, etc., enfatiza Deus como castigador e antropomofiza as leis naturais, fala de juizes do karma, anjos vingadores, órgãos espirituais que nos tornam ruins ou bons, etc.) ou cultivado através de sugestão coletiva, não é um processo natural momentâneo nem algo que a pessoa faria sozinha, mas tem as mesmas características de uma histeria coletiva, muito diferente da simples alegria, êxtase, ou exaltação natural (mas mesmo com esse descrição sozinha é difícil diferenciar); (b) o sujeito é praticamente privado do contato direto com a divindade individualmente, ou seja, aos poucos ele se torna, para essa suposta interligação, totalmente viciado, dependente ou da instituição ou do grupo de pessoas que comungam da mesma paranóia ou do sacerdote ou mesmo de tudo isso junto.
Essas duas características juntas são o que define um dominador psicológico ou instituição que se utiliza disso para enganar as pessoas para alguns de seus objetivos que geralmente é dinheiro ou alimentar alguma entidade vapiresca (no geral também a egrégora da comunidade, para o sucesso da qual muitas vezes é necessário que o próprio sacerdote seja também inconsciente do processo). Não se envergonhaam de aprender conhecimentos de psicologia, hipnose e fisiologia no intuito de dominar suas platéias, bem como agregar elementos populares de outras religiões, além de elementos populescos políticos e de superstições seja para atrair ou induzir o medo.
(7) têm características sobre a obtenção de dinheiro que envolvem espoliação, estelionato e apropriação (ou o incentivo a essas práticas ou outras, chamadas arbitrariamente de revolução, justiça social, redistribuição de riqueza ou similares ou então de dízimo superior ou perfeito ou melhor sacrifício ou similares) e não são nunca muito claros sobre como esse dinheiro é obtido e em que é aplicado. Sendo mais claro, utilizam qualquer espécie de estelionato religioso, embuste, teatralização, pantomima, para enganar  e sensibilizar no sentido de obter maiores doações; cobrança de tributo ou incentivo a dar toda renda e ou propriedades, todo o dinheiro ou recursos (ou dízimo que não é de dez por cento, mais mais, chegando geralmente a cem por cento ou pelo menos cinquenta, o o velho "dê tudo que puder" acrescido do "e você pode dar tudo"); ou pragam o “comunismo” ou socialismo ou outro coletivismo, como reformas ideais pelo menos entre os membros, usam sinônimos das palavras desapropriação, apropriação, redistribuição, etc. (dificilmente estes mesmos termos), ou então cultuam o materialismo (histórico, dialético, teológico ou esotérico) geralmente jogando os pobres contra os ricos ou as vezes mesmo o contrário, ou negros contra brancos ou vice versa, a mulher contra o homem, os fiéis contra os ateus ou infiéis, ou mesmo os ateus contra os religiosos, enfim, conceituam distinções e dividem as pessoas em grupos antagônicos e estimulam a luta, seja de classes ou religiões, ou qualquer outra (mesmo uma só dessas característica já denuncia uma obra maléfica), proclamando diferenciações que dividem as pessoas em grupos, classes, raças, etinias, etc. antagônicos, culpando algum grupo ou entidade pelo seu atual estado financeiro ou material; ou pregando ideais de pobreza exaltação dela e equiparação ao conceito de humildade (se for bem observado, eles só recebem e os seguidores só dão tudo); ou pelo contrário, prometem a prosperidade e promovem o empreendedorismo, mas sempre ficando apenas nisso como um sinal da bênção divina e apenas para seu próprio crescimento e riqueza pessoal.
Neste caso último não é tão simples diagnosticar, portanto é sempre bom observar a combinação com as características do começo deste quesito. Não é a simples aceitação de qualquer doação ou a mensalidade ou o dízimo, afinal toda organização que ocupa um espaço tem custos, despesas e dá trabalho, observe os elementos acima, exagero, teatralização, exacerbação emocional, argumentos políticos fundados em justificativas como injustiça social, ideal de comunismo, luta de grupos ou apologia da pobreza, ou apologia da riqueza exarcebada, etc.. Por isso tudo um diagnóstico complexo.
(8) sacrifícios e oferendas, de corpos, da vida de seres sencientes, desde pequenos animais até humanos. Sem dúvida existem religiões que ainda hoje usam tais práticas, porém jamais a rosacruz, não faz sentido ligar esse tipo de prática a uma ordem rosacruz, não tem o menor sentido uma ordem dedicada à cura e salvação de vidas sacrificar vidas (nem ordens esotéricas que tem o objetivo mais elevado, não se sacrifica uma consciência em benefício de outra). Nem faz parte da rosacruz se utilizar de coisa desse tipo nem de outros primitivismos que envolvam trocas materiais (ou energéticas) ou de favores, com entidades ou divindades. Não se subornam verdadeiras divindades, não se compram divindades, com matéria ou energia ou o que seja. As forças das divindades são quase infinitamente superiores às nossas de modo que elas nos poderiam dar à vontade sem necessidade de receber coisa alguma. Quaisquer oferendas mentais ou matérias ou energéticas (ou de ambos tais como alimento, aromas, flores, pedras, etc.) não devem utilizar corpos, carne, sangue nem partes de corpos; nem devem ser feitos no sentido de obter retorno, o que já arruinaria a oferda, mas sim, podem ser feitos como exercício e expressão da generosidade, da devoção, do desapego e da gratidão. Nem tampouco essas energias vão alimentar necessidade alguma de uma divindade. E principalmente: não envolve a perda da vida ou a doação de energia de um ser senciente. Sacrifício de ser senciente não é bem visto hoje por nenhum ser espiritualmente elevado nem pelos mestres ascensionados (este é um tema complexo que não se explicará aqui e precisaria um livro inteiro sem mesmo assim se esgotar). Todo aquele que nececessita os veículos fluidicos condutores materiais sensíveis para alguma manifestação é inferior. Toda retirada de vida que é feita intencionalmente, gera terrível mal karma e aprisionamento a esse mundo, é assassinato. Este último parágrafo é mais que suficiente para o bom entendedor. O segundo nível de entendimento rosacruz já deve contemplar o retorno ao estado original, portanto, nem sequer deveriam comer carne a não ser por uma eventual necessidade. Não é objetivo desse livro explicar todas as razões disso que já se encontra em outros livros rosacruzes.
(9) ingestão ou manipulação de sangue ou esperma de outro, estes são os veículos fluidicos condutores materiais mais sensíveis. Alquimia sexual (ou yoga sexual ou magia sexual ou tantra sexual) não pode ser confundida com esses mal usos.  Alquimia sexual é trabalhar com seu material e sua energia dentro do seu laboratório, não se trabalha no laboratório de outro, nem com material de outro (apesar que podem existir outros tipos, mas normalmente se restringe ao uso do casal e opção pessoal, e nós não ensinarmos estas coisas). O alquimista tem que ter seu próprio material e laboratório, o que o alquimista utiliza da outra é o fogo para aceder sua fornalha (e para muitos nem isto é necessário vir de fora) e nem é preciso ser mais claro que isso. Mas quero ser específico num desses exemplos que é o uso de esperma e ou sangue e ou sangue menstrual ou qualquer mistura desses elementos acrescentados em qualquer que seja a quantidade em pãezinhos, óstias eucarísticas, vinhos ou qualquer bebida ou qualquer comida distribuída ao público ou para um grupo seleto, como ocorre em algumas ordens inclusive uma ou outra que às vezes se arroga usar o nome de rosacruz, isto não é prática rosacruz, é aberração. Também é importante ressaltar o mesmo com relação a matérias de animais e vou ser mais enfático em certo caso: beber sangue de bodes, de galinhas ou de qualquer animal (mesmo humano) é o mesmo que admitir que quer animalizar-se, na visão rosacruz que busca reestabelecer o estado natural humano (que é o estado paradisíaco, vegetariano), é uma confissão e demonstração explícita de inferioridade.
Por mais que tudo seja um na realidade, o praticante deve entender que não tem acesso ainda à realidade, tudo é metalinguágem, o significado da ação conta às vezes até mais que a ação, ademais se fosse só assim, pensando que tudo dá no mesmo, bastaria comer fezes ou qualquer outra coisa ou se jogar de um penhasco quando quisesse se curar de alguma doença. Há também o exemplo do extremo inverso. Alguns defendem que a eucaristia de Jesus tinha verdadeiramente seu seu sangue e pedacinhos de carne e que assim deveria ser a nossa e que a iniciação é um pacto de sangue. Ora, então este não entende sequer o significado exotérico (em consequência, nem o esotérico) das palavras sangue e carne de Jesus, como pode estar ensinando algo sobre isso a outro? Mas o mundo oculto contém armadilhas. Pessoas escravizadas por entidades, podem se tornar líderes populares e fazer essas coisas e outras como acima mencionado e ainda serem defendidos por suas vítimas, há desde água "benta" com alguma quantidade de esperma ou sangue até sacrifícios onde bebem o sangue das vítimas. As pessoas que não conseguem ver nisso um mal ou já foram possuídas, ou são do mesmo tipo maléfico, ou já se acostumaram, se é que isso é possível, através de uma auto violação ou corrupção gradativa. Por isso, muito cuidado onde se ponham os pés.
(10) tortura, mutilação ou flagelacão. Ter uma dessas características é absolutamente abominável, e impossível de ser relacionada a rosacruz, mas por incrível que pareça alguns, incluindo falsos rosacruzes têm escrito artigos onde concordam com "pequenas" mutilações, do tipo judaico (retirada por motivo religioso do prepúcio) e muçulmano (retirada do clitóris) ou elogiosos ao pagamento de promessas com flagelos ou mesmo o auto chicotear-se ou usar flagelos cortantes, como os illuinati da ficção, ou têm descrito práticas de auto punição usando até mesmo o castigar-se sistematicamente cortando-se com lâminas. Eles geralmente são neutros diante disso numa ordem ou apóiam, como se fosse bom 'para reduzir o mal karma' ou a 'força dos pecados'. Afirmar tal coisa seria na verdade fazer o papel do advogado do diabo, que espera justamente isso.
Muito melhor seria se impor a meditar diariamente em posição de lotus, quem já tentou passar meia hora ou uma nessa posição sem ser acostumado sabe como pode ser doloroso, só que nesse caso estaríamos cultivando a meditação, acendendo a luz interior e não se castigando ou sofrendo em vão.
Tem sido citado o elogio à circuncisão judaica e a retirada do clitóris como fazem os muçulmanos como um ato de fidelidade religiosa. A pessoa que entra na rosacruz está buscando a libertação e se de fato ela aceita Jesus, Buda, Lao Tse ou Hermes como mestre, ela está livre, ela não está mais sob o julgo da lei, mas na liberdade original que dispensa qualquer preceito impositivo, o que retorna, elogia ou peopaga tais práticas anti naturais não deve ser chamado de rosacruz nem isso poderia ser defendido por alguém que se diga rosacruz. Tais pessoas certamente estão plantando a semente do inferno dentro si e não qualquer coisa santa. Elogio à mutilação por mínima que seja é sinal de insanidade, é sadismo, masoquismo...
(11) usam sustâncias ou artifícios que mudam ou prometem mudar a vida e ou a mente e ou a consciência ou a personalidade do adepto para sempre. Algumas substâncias realmente podem fazer algumas dessas mudanças, mas o que causam é sempre ruim, é sempre para pior e muitas vezes irreversível. Citarei só alguns exemplos entre as mais conhecidas para não dar ferramentas ao inimigo. O caso mais fomoso é das religiões brasileiras que utilizam o daime ou similares. É uma droga que em si é negativa, pois é uma combinação de venenos muito intoxicantes e espiritualmente danosa levando a experiências em regiões mentais inferiores. Por isso a necessidade de todo o culto, cântico e orações, para não permitir cair ou viajar também em estados ruins e para forçar uma aparência de espiritualidade cristã ou xamânica e comunhão, mas de fato a pessoa fica mais isoloda nas ilusões do seu ego. Pode algumas vezes em algumas pessoa produzir um estado aparentemente positivo, mas alucinatório que reverterá quanto mais o uso se repetir, o uso prolongado e repetido leva a pessoas a ficar mais e mais isolada nas alucinações egoicas às quais ela sente que são revelações espirituais, chegando à esquizofrenia mesmo sem o uso e a paranóia ou pelo menos neurose, mesmo sendo usada poucas vezes. A LSD tem as mesmas características, mas é menos perigosa em relação à transformação da personalidade e mais imprevisível quanto ao estado auterado e mais perigosa em se tratando de entrar definitivamente nos delírios, sem volta. Também é espiritualmente negativa, porém aparentemente bem menos que a primeira, pois seu potencial de alienadora é reduzido a instantes após o uso, enquanto a outra tem um estado mais confuso e mais permanente de confusão mental (que o adepto jura que é clareza, mas testem-se suas capacidades em comparação com o estado anterior e fatalmente será mostrada a deficiência). Nesse grupo alucinógeno há várias, mas vou citar apenas mais uma, a zabumba, a mais negativa de todas, física, mental e espiritualmente falando. Não se pode ainda ter certeza se é mais ou menos perigosa e definitiva que a LSD, mas seu uso isolado tem sido também relacionado a agressividade, possessão, tentativas de assassinato ou suicídio, loucura e muitas vezes até viagem sem volta.
A outra que é usada conscientemente em graus mais elevados de algumas ordens é a cocaína. O mais impressionante é que mesmo com o uso controlado nas ordens as pessoas desenvolvem os mesmos delírios de grandeza, de grande inspiração e intuição, de clarevidência ou de leitura de auras ou energias ou olhos ou personalidade ou o que seja, mas teste-se e se verifica jusatmente o contrário. Os supostos intuitivos ou inteligentes, mesmo falando de generalidades que poderiam encaixar na vida de qualquer um, eles mais erram que acertam. Se tornam derrepente sábios e grandes conselheiros em seu delírio de grandeza. É também chamada a droga do ego, pois o alimenta, o cresce, o exibe mais e se torna mais egoísta e impaciente, com o tempo a pessoa se torna mais nervosa e intolerante e intolerável, e o pior, arrogante e se achando mais inteligente, mais eficite, mais rápido, mais espiritualizado, mesmo sem o uso. Logo vem a dependência e gradativamente a personalidade se transforma e o corpo perde a força e a vitalidade, que só torna a "normalizar" sob o efeito da droga. A coca,  folhas, se bem usada é positiva tanto para mente quanto para o corpo, inclusive pata cura, do mesmo modo que o café, chá verde, chimarrão e outros estimulantes naturais, mas a cocaína manipulada ou produzida é negativa. Mesmo assim ela na preparação da forma xamânica pode algumas vezes ser bem usada espiritialmte, produzir estados positivos, mas a razão disso é totalmente incerta e casual, fora do controle, o que é pior é isso, ela pode chegar a isso raramente, o que faz com que a pessoa use mais e mais e repetidas vezes na tentativa, e chegando rápido ao vício e muitas vezes a overdose, infarto ou derrame. Todo usuário tem a mesma ilusão, "comigo vai ser diferente, eu controlo, eu tenho força, fulano é fraco". E mais cedo ou mais tarde ele não consegue mais viver sem a droga. É um estado prazeroso seja bom ou ruim, seja positivo ou negativo, dura pouco, entre segundos até no máximo quinze minutos. No restante predomina o negativo, mesmo e até mais ainda se a pessoa logo usar outra dose. Com o tempo ela destrói os neurônios, mas cedo destrói e reconstrói sinapses para seus padrões de dependência, modificando a pessoa, o prazer que causa (que faz aos poucos esquecer os demais prazeres da vida, inclusive o sexual) será sempre mais procurado e urgente e a mesma quantidade nunca é novamente suficiente, sempre vai necessitando mais.Uma das coisas que a coca produz é a abeura de certos canais, o funcionamento mais rápido dos chacras e do metabolismo. Como resultado se a pessoa não estiver ligado a forças fortemente  positivas, as negativas não perderão a oportinunidade de sugá-la e influenciá-la. Espero que com isso já tenha dito o suticiente. Muito do que se pensa ou sente como positivo é, na verdade, negativo.
O mais conhecido exemplo é a maconha, é um droga negativa, que diminui a percepção e a consciência, e com o tempo a inteligência e a memória, no entanto o usuário sente justamente o contrário, mas novamente façam-se testes e comprovam-se perdas. Por isso quase toda as religiões e ordens não incluem a canabis sativa como algo espiritual, mas nocivo, os videntes equilibrados (cujos chacras se alinham e giram nos sentidos e nas velocidades corretas, o que é bem difícil) testemunham auras e chacras totalmente afetados por esse uso e seu efeito nocivo dura entre cinco a sete dias mesmo sem o uso. Há controvérisia sobre o uso da canabis indica, bem mais rara e difícil de conseguir até mesmo no oriente, muita gente compra gato por lebre. Por mais empolgação ou euforia que essas inovações vem a produzir como meio de sedução ao inexperiente, nem droga desse tipo pode por si só causar ou auxiliar a elevação espiritual, mas muito pelo contrário. Por tais motivos não se as utiliza. Até onde eu sei nenhum!a das ordens rosacruzés conhecidas as utiliza.
Nas tradições geralmente quando há tais usos ou uso medicinal são usadas drogas naturais, e no uso específico para alterar a mente ou a consciência apenas temporariamente se usam auxiliares e não provocadores, nada substitui a tricional cânfora e menta, chás, banhos; a alimentação correta e vegetariana; os exercícios respiratórios, de yoga e meditação. O melhor é a segurança dos métodos já comprovados. Não se utilizam entorpecentes para espiritualidade elevada, esta é uma característica definida. Mas há escolas e religiões que utilizam o alcool em pequena quantidade. O uso de alucinógenos cientificamente falando é bem complicado, e seus resultados podem ser inexistentes ou negativos, afinal são ilusões, ao contrário do que dizem (que é uma "abertura mental" ou expansão da consciência, eu me pergunto como se pode expandir o que já é infinito e absoluto, é apenas sair de uma prisão para outra, pois se continua ainda no pequeno e ilusório eu), nós jamais utilizamos, pois nosso intuito não é de iludir ninguém. Os calmantes não devem ser usados de forma generalizada, apenas quando a pessoa tem algum problema e um especialista ordenado indica algo específico. Os estimulantes são bastante usados em quantidade adequada, os exemplos mais comuns são o chá verde e a cânfora, nestes casos algum relaxante ou calmante natural pode ser combinado, nós usamos de preferência o mate cru (chimarrão) em combinação com outros, mas antagônicos, pois ele aumenta a eficiência mental, mas também pode deixar a mente agitada, a cânfora tanto estimula quanto acalma. Mas não são eles os responsáveis pelos resultados, apenas mais detalhe, um dos coadjuvantes.Parece que pesa muito a questão das proporções entre os elementos dos diferentes estimulantes viciantes em comparação à cânfora, ainda tem a questão do nitrogênio, que não existe na cânfora que apenas por sentiramos seu cheiro por um pouco de pasta perto das narinas já ajuda na meditação, calma mental, e não  agitação da mente como fazem os outros estimulantes. A semelhança química substituindo os estimulantes que já existem naturalmente no cérebro está relacionada a facilidade da dependência.  Existem outros como soníferos, hipnóticos, etc. nossa recomendação é nunca serem usados como elemento oficial das práticas, mas apenas na medicina individual conforme as necessidades.
(12) são sectários. Essa característica é difícil de ser detectada de fato, hoje a maioria a dilui bastante ou adia ao máximo a hora que forçará a pessoa à escolha, e apontará tudo mais como erro, condenação. Mas não é simplesmente assim, essa característica costuma estar associada a outras perniciosas. Vou apontar algumas: (a) as pessoas são levadas a crer que nunca devem falar sobre suas experiências espirituais, nem deve esperar ou perguntar aos outros sobre as deles, assim os mestres podem esconder que não são tão mestres ou terão que mentir e como a mentira é mais facilmente notada no meio ocultista, seja por alguns sinais, ou por um aviso interior nos mais desenvolvidos, eles preferem o silêncio aos testemunhos, mas são praticamente forçadas a relatar onde andam, o que lêem, etc., vigiados em sua vida congregacional particular e de estudos pessoais; (b) mete medos, geralmente ameaçam com o inferno, a perdição, a total involução, a segunda morte, etc. se não seguirem seu caminho, ou se se separarem deles ou do seu caminho, ou se os desobedecerem ou não seguir suas recomendações, falam que todos são degenerados e apresentam caminhos muito complicados e difíceis dizendo que se não for por eles não há salvação (se a salvação fosse tão difícil como dizem realmente Deus ou Buda não seria bondoso e compossivo e o sacrifício de Jesus seria em vão e todos os 84 mil ensinamentos do Buda seriam insuficientes ou ineficazes; a completa iluminação é difícil e rara, mas a salvação ensinada tanto por Jesus quanto por Buda é fácil e para todo que queira e confie); os mete medos podem também se expressar diretamente em proibições como de não ler livros ou sites de outras ordens, não frequentar certos lugares, não se relacionar com certas pessoas, entre outras restrições (regra geral: quanto mais restrições mais suspeito); (c) desprezo total a tradição, dizer que a sabedoria antiga não serve mais (ou mesmo alguns que dizem que só ela serve), se intularem como revolucionários, ou os únicos salvos, ou mestres que não erram, gênios, semideuses, ou que a humanidade precisa ser dirigida por grandes gênios ou mestres ou pessoas excepcionais de alguma forma, ou falarem de uma nova ordem que deve suplantar a velha, ou uma nova era ou uma nova ordem ou em uma grande síntese de todas as religiões e de todos os ensinamentos ou uma religião única superior e universal que no futuro suplantará todas as outras (e coincidentemente eles já a descobeiram e a praticam, esses seres excepcionais) ou que só eles entenderam corretamente as escrituras ou que só eles têm as chaves, às vezes têm seus próprios escritos que 'substituem' os sagrados mais antigos, constitui-se este ítem c na principal evidência de charlatanismo ou grande engano (há casos em que simplesmente se forma uma nova seita ou ordem a partir da visão de um esquizofrênico ou doente mental qualquer).
Esta característica mostra não apenas farsantes mal intencionados mas de serviçais do próprio maligno (enganadores ou enganados, sendo possível também encontrar débeis ou dementes ou seguidores facinados). Basta verificar nos evangelhos e apocalipses e nas previsões Buda, que se encontrará descritos tais, serviçais de Mara, serviçais do anticristo.
Existem outros características, mas para um livro que não pretende se alongar em nenhuma questão essa já foi bem longe. No geral a restrição da liberdade individual, uniformização de pensamento e grande numero de regras e obrigações constitui a principal característica do engano daqueles que inexperiente mente buscam a liberdade. Basta lembrar o exemplo de certas ideologias politicas ou religiosas que tem como principal bandeira a liberdade, mas que aos pouquinhos a vai retirando até se configurarem no que são, seu principal objetivo, um total domínio da religião ou do estado (como principais exemplos exagerados disso temos o confucionismo, o islã, o estado islâmico, o comunismo, a social democracia e o facismo, mas tudo é sempre misturado a verdades e boas idéias para irem devorando aos poucos como um câncer).

sábado, 3 de setembro de 2016

A Falsa Ordem

Existem três origens principais para todas as ordens, escolas e religiões: ou elas são fruto de revelações (comunicações com seres de outra natureza ou mundos); ou são herdeiras de outras tradições (sejam estas também ordens, religiões ou escolas) ou se constroem através dos que nós chamamos mestres, seres tais como Buda, Jesus, Hermes, Lao-Tsé, Padmasambhava, Dogen, Milarepa, Siva, Krisna, Patanjjali, Melquisedeque, Abraão, Moisés, Ozires, Rá, Zoroastro, Chiran, Apolônio de Tiana, Valentin Andrae e outros.
Como dito, não há diferença, concorrência, maledicência e nem inimizade entre verdadeiros mensageiros da luz. A suposta negação e o sectarismo não partem dos mestres, mas dos mal intencionados que não querem que os outros vejam a verdade, assim como também pode vir dos enganados por estes, dos quais devemos ter compaixão e aprendermos a ter paciência no trato com eles.
Vejam os livros sagrados e prestem bastante atenção ao que dizem os mestres quando se referem ao falso, eles apontam para tipos de indivíduos e de doutrinas e só dificilmente para alguma doutrina específica ou suposto mestre ou alguém especificamente.
O sectarismo, a maledicência e a intolerância entre religiões, escolas e ordens ditas descendentes desses mestres é obra dos despreparados, dos enganadores ou dos que são enganados por estes e que lutam para manter o ser humano cativo à matéria, a este mundo, a esta ilusão, a este estado de coisas.
Porém, assim como existem erros e enganos, existem também enganadores e falsas religiões, e nós devemos desmascará-las, através dessa tipologia. São elas as que se disfarçam de luz, mas são trevas; outras mesmo se declaram abertamente como trevas; e outras ainda misturaram as duas para agradar a gregos e troianos e atrair mais desavisados, mas as suas características luminosas são apenas propaganda enganosa, pois esse “produto” elas não cultivam e não têm.
O discurso difere muito dos fatos e dos resultados nestes casos, pois a mentira e a meia verdade são praticamente a mesma coisa e quase iguais em seus resultados.
Possui maior dolo aquele que recheia a mentira com verdades atraentes que confundem do que aquele que apenas mente e assim se torna mais evidente quando mente.
E é fácil reconhecer os falsários, os charlatões e os maléficos e suas obras, em sua maioria, já outros não, porém a maioria das pessoas não sabe como reconhecê-los e são na maior parte das vezes enganados. Esta falta de conhecimento é que faz com que abundem dia após dia os enganadores e os enganos. Este conhecimento é um dos mais combatidos neste mundo.
Esta falta desse conhecimento claramente permite que as obras das trevas terminam toleradas, frequentados e até mesmo glorificadas como obras das luz.

RESUMO DA TESE DA ESCOLA SOBRE O SEGREDO DO SER E DO UNIVERSO

Por Frater D.K.A.A.
Na iluminação não há dualidade. Tudo é um. O universo, em certo sentido que podemos testemunhar, é a consciência do universo. O fluxo de consciência (erradamente tido como pessoa ou alma ou eu ou espírito, etc.), que atinge a iluminação tem acesso, segundo sua vontade, ao todo e todas as consciências, atingindo assim o grau máximo de despertar, ou seja, de iluminação; isto que é chamado a Grande União. Este fluxo não pode regredir, nem se perde nem deixa de existir nem continua uma existência; seriam categorizações erradas pensar assim. Ele contém todo o universo e todas as consciências, ou seja, todos os fluxos, inclusive o "seu" próprio passado, não perdendo assim sua individualidade nem podendo ser considerado mais uma individualidade de forma alguma.
Mas o universo, em seu eterno retorno, um dia repetirá tal ser passado que terá naturalmente uma falsa percepção de um eu e um fluxo de consciência tal qual o deste que se tornou iluminado (porém sem sabê-lo ainda). Esse é o ser dito emanado, renascido ou reencarnado, e o fluxo já iluminado é o que se chama Anjo Guardião ou Pai Interno ou Buddha-dhatu ou natureza de Buda ou Tathāgatagarbha ou Christo interno é a testemunha consciente proviniente do Adi-buddha (Buda primordial, Deus, Uno, Dharmakaya...) dentro do ser, a porta de acesso a realidade última ou nirvânica ao Dhammakaya, ao incondicionado ou o Uno ou o Tal.
O vajrayana trás a ideia de que além do buda histórico e do buda interno há o buda primordial, aquele que sempre existiu, que é o que mais se assemelha a ideia de um deus absoluto ou não nascido ou como Rá, autogerado dos egípcios, ou o Uno dos gnósticos, ou Brahman dos hinduístas. Mas isto sem a ideia de criação, porém imanência. Tal ser supremo não é o criador, porém sim, a fonte de tudo. Se juntarmos a ideia de eterno retorno de Nietzsche e a de que “todos já somos budas apenas que somos inconscientes disso” do zen e do vajrayana e a ideia de um buda primordial eterno temos que: já que na eternidade todas as possibilidades já se realizaram na eternidade (como demonstra Nietzche), devemos ter nos tornado budas, pois todos temos o pertencial de nos tornaramos budas e todos já o somos (como afirma Buda), então temos todos um buda pessoal interno que obviamente comunga com todos e com o primordial; estaríamos aqui simplesmente pela repetição eterna dessa possibilidade até toda vez reencontrarmos o buda em nós, ou seja, vermos por nós mesmos a realidade do ponto de vista do buda, desperto.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Holywooda

Holywooda
O passarinho que nasceu na gaiola sonha que voa
Mesmo sem nunca ter voado
E às vezes seu ssonho é tão intenso que com olhos fechados ele decola
E acorda assustado tendo batido nas grades
Mas se o passarinho aprende a abrir a portinha e sair da gaiola
Ele realmente voa, ele está livre
Mas que bom se tivesse um amigo
Que bom se ao invés de ter descoberto sozinho como se abre a gaiola
Ele tivesse sido ensinado por um bom amigo
Conhecedor da liberdade ou pelo menos que soubesse como conseguir alimento
Porque a liberdade sem esse conhecimento é muito difícil
E cheia de perigos surpeendentes que fazem o passarinho viver assustado e faminto
Então ele volta para a gaiola
Assim somos nós também em relação a nossas potências
Assim somos nós em relação ao divino, à liberdade, à iluminação
Mas que bom que no mundo já surgiu um buda, um Cristo, um complentamente liberto
E deixou para nos todas as instruções de como abrir a gaiola e de como viver livres
E daí surgiram muitos amigos que já fizeram o mesmo
Ou que pelo menos já sabem sair da gaiola
O problema das pessoas em geral não é querer abrir a gaiola sozinhos
Mas é acreditar que já são livres ou anida pior, acreditar que a gaiola é tudo
Como eles vão sair daí?
Muitos engaiolados ouvem maus amigos e maus conselhos
Eles acreditam que voar é apenas um sonho
E que não existe vôo nem vida livre
Eles sonham que voam e se deparam com as grades
E isto para eles é a prova concreta de que não existe vôo e que liberdade fora é uma ilusão
Por isso eles não ouvem os bons amigos dos iluminados, eles até riem deles
Eles muitas vezes sequer os vêem
Eles preferem acreditar cegamente que não existe vida fora da gaiola
E chamam essa crença de sensata, ou de ceticismo, ou de comprovação, ou evidência...
E ensinam tal coisa a suas crianças
Mas ainda bem que os bodisatvas, os mensageiros da liberdade, são incansáveis
Existem sempre passarinhos que voam perto da gaiola ou mesmo pousam nela
E com seu canto falam de vôos e de liberdade...

                                          Antonio Gonzaga

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

ROSACRUZ HOJE (cont.)

A verdadeira origem da rosacruz

A verdadeira fraternidade rosacruz não é outra comunidade senão a fraternidade da luz, que não pertence a este mundo, e que se manifesta de tempos em tempos em diferentes modos, segundo a necessidade e as possibilidades do gênio humano, dando origem a diferentes ordens, religiões, escolas e mesmo ideias políticas, gerando reformas políticas, econômicas e educacionais necessárias para o bem da humanidade e para contribuir com um impulso ou mais uma possibilidade de desenvolvimento espiritual.
Quando a humanidade, uma cultura, um país ou um povo começa a degenerar, a fraternidade reaparece com uma “boa nova” para impedir que todos caiam na degeneração e corrigir os rumos. Mas nem sempre a luz vence as trevas quanto à maior parte da pulação. Nem todos "abrirão suficientemente os olhos" para enchergar e muitos nem sequer queirerão ver.
A rosacruz verdadeira se manifesta no mundo por meios tais como: da tradição já existente; ou quando uma pessoa, escola, religião ou ordem se enobrece para tal, alcançando o contato ou a inspiração da ordem; ou por herança e ou resgate de outras ordens mais antigas. Pode ocorrer também outros fatores e alguma combinação desses.
A ordem nesse mundo não tem começo histórico como muitos creem ou alegam, seria o mesmo que dizer que a luz abandonou os seres às trevas por um longo período.
Uns atribuem a origem com esse nome a Cristiano Rosacruz ou Ion Valentin Andrae, outros a Frances Bacon, outros a Da Vince, outros a Paracelso. Outros dizem que a rosacruz é bem mais antiga que sua aparição com esse nome e atribuem sua fundacão a Jesus, outros a Hermes, outros a Akhenaton, outros a Buda, outros a Melquisedeque, outros aos atlantes, etc.. Todos estão de certa forma certos e de certa forma errados...
Não há dúvidas que estas personagens têm o perfil da fraternidade da luz e sem dúvida alguma fazem parte dela. Mas a rosacruz não é uma invenção, nem obra de um inaugurador, porém uma ocorrência no universo dentro das leis cósmicas. Precisamos pensar além dos limites condicionados desse universo, na eternidade, e em todos os seres de todos os mundos de todos os universos no tempo e na eternidade. Tal limite condicionado de visão faz parte desse universo, nesse mundo e época específica, é uma das grades de nossa prisão.
Em cada mundo existem seres conscientes com um grau de sabedoria muito maior que os outros e em álbum momento, sem interferir no seu livre arbítrio, mas pelo contrário reforçando sua libedade, tais seres inspiram ou vêm diretamente inaugurar alguma instituição, ideia, procedimento, etc. que trarão uma libertação, uma nova visão, enfim, um catalizador na dissolução das correntes a que nos aferramos. Isto produz não só um aumento da felicidade sabedoria e  bem estar individual, mas também um crescimento espiritual, educacional (de caráter também) e científico de um povo e ou de uma época.
A rosacruz, sendo o mesmo que a fraternidade da luz, sempre existiu de algum forma ou sob algum nome, sempre modificando-se de acordo com as necessidades e aptidões de cada espécie em seu tempo. Pois os seres vendo não enxergam, imersos no teatro da ilusão, de modo que a fraternidade tem que usar artifícios para fazer com que os seres vejam. Assim ela pode trazer vários metodos, vários ensinamentos, novos ou anrifos , puros ou mistos. E assim como cada professor de uma mesma matéria tem diferentes metodologias, ênfases e ordem de apresentação, cada época ou cada ordem rosacruz tem sua didática.
A fraternidade vem ao mundo não para ser apenas mais uma alternativa, mas para corrigir o que já se degenerou, para retirar o que de mal ou inútil se acrescentou e principalmente para acelerar o que já se tornou lento e menos eficaz.
A cada nova manifestação seus mestres ou agentes, dizem aos seus mais altos realizados algo como: “ide levar a luz ao mundo e curar os doentes”. E é isto que a fraternidade faz.

Quem são os rosacruzes

Um rosacruz deve ter pelo menos alguns traços indispensáveis que o definirão como tal. Todo rosacruz intui que há muito mais para conhecer do que o que se mostra aos sentidos, e ele quer conhecer. Rosacruz tem aspiração ao conhecimento, mas principalmente daquele que é o supremo saber, o conhecimento supremo...
O rosacruz pode crer como o religioso, ou duvidar como o cético, a diferença é que ele não se contenta com isso, ele quer provar. Ele não se contenta em professar aquilo que estuda ou que acredita, ele quer falar com conhecimento direto, conhecimento de causa, visto e comprovado por si mesmo, não porque outro disse ou simplesmente porque é logico ou racional. Easa é a principal característica. e ele éum buscador da verdade. Isto está além da busca científica, pois essa se restringe à verdade convencional, a evidência dos sentidos. Rosacruz quer por fim a toda dúvida.
A rosacruz não anseia isso como um projeto egoísta, para satisfação e conforto pessoal apenas, mas par colaborar no avanço de todos. Para reduzir e mesmo por fim ao sofrimento, para a cura de todos os males e das doenças. Nisso seu projeto se iguala ao de um bodhisattva e a um médico. Além disso esta pessoa quer reduzir ou mesmo resolver o problema da carência e da conservação dos recursos e com mais isso se iguala também a um alquimista e um ecologista. E ele quer reduzir ou mesmo acabar com o problema do conhecimento, do acesso a este e da cegueira humana. Com mais isto se iguala a um professor, artista e psicólogo.
Estas são características sempre presentes em todos os verdadeiros rosacruzes, senão deste o início pelo menos a partir do momento que começa a compreender. existem outras, mas essas são muito importantes.
Por último e não menos importante, essa pessoa intui que há algo supremo, chame do que for ou caracterize de que forma que seja. Como tudo que conhece é limitado deve haver algo ilimitado. Como tudo é condicionado deve haver algo incondicionado. Como tudo é composto deve haver algo uno... Pela incompletude de qualquer argumento sobre isso contra ou a favor digamos apenas que toda pessoa que intui uma realidade última além das efêmeras aparências ou que suspeita da insubstancial idade das mesmas e que haja alguma verdade a ser descoberta está apta a se tornar um rosacruz. Nós almejamos a verdade, a completude...

AS CARACTERÍSTICAS DA NOSSA ROSACRUZ

Conosco agora não é diferente. Este impulso, esta “saudade do paraíso”, esta vontade, é uma manifestação divina. E nossa obra é uma manifestação da fraternidade da luz.
Escola não significa uma construção física, se trata de uma escola de pensamento, mais precisamente um modo de ver, e uma metodologia de estudo, e o conjunto dos conhecimentos resultados desses estudos. E aí sim, então, uma escola de pensamento, pois trata-se do tratamento do conhecimento, da interpretação, da exegese. temos assim no início a pergunta, no meio uma epistemologia w uma metodologia e por fim uma resposta...
Nossa escola, como as outras chamadas rosacruz ou ainda mais genericamente scolas de mistérios, tem princípios e observa fenômenos que parecem até mesmo surreais para o comum das percepções humanos, alguns procedimentos e teorias parecem até mesmo loucura, e as leis da natureza oculta que nós descobrimos, muitas vezes é paradoxal.
Mas ao contrário de algumas escolas, nós não tomamos tais fenômenos como uma realidade objetiva, nem como uma realidade última, nem como uma realidade em si mesma. Nem este mundo nós consideramos assim, como realidade, nem como uma realidade última, nem como uma realidade em si mesma. Mas todas as realidades são camadas, fases da ilusão, como uma miragem, como um sonho perigoso de consequências que podem ser boas ou dolorosas, como um delírio, como uma alucinação, da qual ao voltarmos nos deparamos com camadas cada vez menos espessas de ilusão.
O comum dos seres humanos está agora (e todo instante praticamente) alucinando sem saber disso. Um dos últimos estágios do despertar gradual é justamente perceber que isto é assim. O aprendiz, seja ele adepto de qualquer escola, ideologia, religião, filosofia, modo de vida, verá que esteve até este momento sonhando, e naturalmente quererá acordar e acordará.
Nós temos semelhanças e mesmo elementos iguais a muitas outras ordens, talvez mais até do que as diferenças que também são muitas. Mas nós procuramos preservar apenas o mais puro, o mais original vindo desta fonte única da qual fazem parte todos os grandes mestres da humanidade. Por isso hão similaridades e também por isso as diferenças.
Mas nós também não negamos a influência ou mesmo aproveitamento do que encontramos aqui, do que da verdade aqui se manteve preservado, do que aprendemos também aqui, e do que de fontes terrenas resgatamos da mensagem divina antiga ou de qualquer época, como que para recuperar os tesouros e os traços que nos identificam com nossa família.
Nem todo gnosticismo é facilmente classificado como rosacruz, mas todo rosacruz deve ser gnóstico pelo menos no sentido da palavra. A verdadeira igreja gnóstica (igreja no sentido original: comunidade) não está nesse mundo: nós, em todas as escolas, somos apenas imitadores, aprendizes que estamos treinando para chegar lá e usando meios para entrarmos em contato com ela.
Esta igreja se encontra em outra dimensão do universo, outra vibração da matéria e energia, muito mais intensa em sua vibração, portanto, mito mais sutil em sua materialidade, que não pode ser sentida por esta matéria e sentidos ordinários.
Dessa comunidade de mestres fazem parte Buda, Jesus, Lao-Tsé, Siva, Hermes, Krisna, Rama, Apolônio, Melquisedeque, entre outros. Não há diferença, não há concorrência, não há inimizade entre os verdadeiros mensageiros da luz.
Porém o sábio deve compreender que quanto ao divinal, ao supremo, tanto quanto ao resultado da grande obra, todos esses mestres falaram sobre a mesma coisa, se utilizando de diferentes linguagens, visões e abordagens para tal, de modo que alguma esperança e meta fossem vislumbradas.
Nós somos dos poucos (como uma ou outra rosacruz e a maçonaria) que destacamos Buda e Jesus dentre esses mestres como os principais (iluminados) e temos nossas razões pra isso (vaja em artigos específicos sobre o tema) e depois desses, Hermes e Lao-Tsé. Deles deriva nossa metodologia.

A principal tradução do simbolo da nossa rosacruz

No nosso simbolismo podemos mais resumidamente ainda dizer, como já dissemos e alguns já disseram de outras rosacruzes: a rosa representa Buda e a cruz representa Cristo.
Este símbolo assim nos ensina que estas duas palavras se referem à mesma coisa em suas diferentes características. Pois a rosa e a cruz são indissociavelmente uma coisa só. Quem se deu ao trabalho de estudar profundamente os dois ensinamentos sabe que sem budismo não existe nem gnosticismo nem cristianismo, dado que uma boa parte do ensinamento de Jesus é a mesma do anterior, de Buda, e, dizemos, que tem origem um no outro. Disso, e de outros pontos, vem ofato de ser tão diferente e mesmo oposto, em alguns aspectos, do judaísmo. Quem estudou profundamente também descobrirá que sem o adicionado por Jesus o ensinamento do Buda está incompleto para os tempos de hoje, apos os primeiros 500 anos em que o ensinamento de se transmitiu sem alteração. Além disso a capacidade intelectual do ser humano diminuiu sensivelmente junto com a degeneração moral generalizada. A maneira complementar, mais específicamente falando, do budismo apresentado por Jesus fica evidente na forma simples e direta como Jesus apresenta a salvação pela fé depois a iluminação pelo processo degnosis. Embora ambos apresentem esse último na forma simbólica, Buda nos tantras e Jesus nos discursos após a ressurreição, Buda  detalha bem mais a purificação enquanto Jesus enfatiza a salvação que Buda descreve como "para tempos degenerados" quando o ser humano tem dificuldade de atingir os estados elevados de concentração, de manter votos castidade, etc.. Esta salvação ensinada por Jesus Buda ensinou apenas em alguns discursos sobre a terra pura, semelhante ao céu descrito por Jesus. E o processo gnóstico ensinado por Jesus é em resultado o mesmo que Buda ensinou nos três giros da roda do dharma e sem esse entendimento é muito difícil tanto compreender os símbolos do tantra budista quanto da mitologia gnóstica ambos como chave para a gnosis, o despertar. Jesus simplifica tais procedimentos a seus eleitos mais efetivos e autônomos, e a simples operações mentais ao alcance de nossas mentes deficientes.
Porém, mesmo estes ficaram muito tempo escondidos ao longo da historiá. E assim como os tantras que foram achados centenas deanodepiis, o evangelhos apócrifos foram também recentemte encintrDos. durante o período de escuridão a fraternidade da luz não deixou a humanidade desamparadas, surgiu a fraternidade rosacruz que trouxe átona novamente tais processos. A partir de algumas pesquisas e de instrução direta e indireta de iluminados partes i portantes dessa sabedoria foram encontradas e novamente colocada juntas. Já a nossa rosacruz faz parte da renovação ou recuperação mais recente, a partir dos achados especialmente os de Nag Hammadi, juntamente com a divulga.cão publica dos segredos tântricos a exemplo das revelações mais recentes da escola Shingon.
Aplicando este aprendizado aos demais símbolos já explicitados aqui, temos os quatro braços agora, indissociáveis, da cruz com seu florescimento também indissociável na rosa, portanto garantido, inexorável, quando se unem os citados braços (hermetismo, gnosticismo, yoga-tantra-taoísmo e budismo).
A outra representação da cruz rosacruz é a cruz (com braços iguais, mais às vezes com o do pé maior) com o círculo, ou ainda a cruz com raios e círculo que é a que usamos. nesse modelo temos a cruz do Cristo e a roda do dharma ou roda do caminho óctuplo budista. Nesse modelo podemos encontrar ainda mais simbolismos. Poe exemplo, os quatro braços desde acima e seguindo no sentido horário: (1) Deus, o imanifesto ou o Tathagata, o Dharmakaya, á consciência pura e completa; (2) Pistis Sophia, o cículo que envolve tudo, a sabedoria fiel, o espírito santo de Deus; (3) Christo ou o manifesto, o bodhisattva; (4) atman ou o tathagatagarbha ou o buddha-datu; (5) Tao ou o caminho perfeito ou o tantra ou o dharma-datu; (6) a consciência humana ou animal ou aprisionadas na matéria, mas rumo à libertação; (7) Hermes ou o mensageiro, o estado intermediário, o esclarecido que conhece a Deus diretamente e obtem dele a revelação ou o consolador, o espírito santo enviado; (8) anatta, o não-eu, a libertação, a consciência pura em nós; (9) Buddha, o desperto, o iluminado, o que sabe, que voltou ao seio do Uno; e (10) Suniatta, o círculo no centro, o eixo da roda, a vacuidade, a gnosis ou o pleroma.
Nossa rosacruz é basicamente uma ordem iluminística, isto significa que seu principal objetivo é levar ao esclarecimento e à iluminação.

Mestres e caminhos da rosacruz

Não estamos dizendo que um mestre é igual ao outro nem que um é superior aos outros. O que colocamos é a complementariedade dos caminhos. Não resta dúvida que é muito melhor subir a montanha tendo escolhido um único caminho que se tenha escolhido com segurança, não se pode subir por todos os caminhos. Nessa montanha se você for muito rápido pode até subir por dois caminhos ou três, mas e se não chegar ao topo? Se não der tempo? O interessante é chegar ao topo, então será um melhor guia. Mas ter um mapa com muitos caminhos seguros e escolher o caminho que mais se ache preparado para trilhar é bem mais vantajoso. E uma escola rosacruz deve ser isso, uma escola e disponibiliza mapas e guias experientes.
Um budista poderá dizer que Buda é superior, um cristão dirá que é Jesus, mas um taoísta poderia dizer que é Lao Tsé, e as subdivisões desses caminhos poderão ainda se proclamar superiores umas às outras... Quem terá o tempo de testar todas as opções? A verdadeira rosacruz é uma especie de sincretismo, mas é um sincretismo diferente, ela não tenta apresentar uma grande síntese nem tampouco um resumão em seu sincretismo. Ela tenta apresentar e preservar o essencial de cada caminho, aquilo que é o elemento efetivo por trás das variadas ações, ela o depositário e o repositório das grandes escolas e religiões. De tal modo que quando uma doutrina verdadeira está amsacada ela pode se refugiar na rosacruz ou a rosacruz pode guardá-lá e protegê-la da deturpação, proibição ou mesmo da extiçáo .
E é assim que deve se comportar o seu membro, não sendo sectário de nenhuma forma. Que cada um siga o caminho que quiser, a rosacruz está aqui para ajudá-lo a percorrer melhor, mais rápido, com mais resultado, com mais segurança e com riqueza de conhecimento. Acrescentando a ele apenas o que o buscador quiser ou necessetar de nossa ciência. E se alguem não escolheu outro ou outros caminhos e tomou a rosacruz como seu caminho ou ainda está sem caminho, a rosacruz está aqui para ser o seu caminho.
No grau 32 da maçonaria o maçon entrará na câmara dos sábios onde ela conhecerá alguns dos mestres que falaram sobre o mistério da vida e da divindade e aquele grande mestre que há de vir que é esperado por todas as religiões. Não queremos nesse momento discutir se esses sábios são iluminados ou não, ou se concordamos ou não com sua sabedoria ou se ela é completa ou incompleta ou se todos aqueles ou apenas alguns estão no hall de nossos mestres, mas se quando vier aquele que cada religião espera, quem ele será? Como será chamado? Será que virão os de uma religião e não de outra? Será que uma religião interpretará aquele mestre de outra religião como sendo o da sua ou um falso como os judeus do passado que não acreditam que Jesus é o Cristo e ainda hoje o esperam? Ou será que num moemento virá o mestre esperado de uma religião noutro de outra e algum deixará de comparecer? Como será? A rosacruz diz que os mestres são membros da fraternidade da luz e que eles virão, mas serão reconhecidos como tal? O verdadeiro buscador da verdade, não esta buscando uma religião simplesmente, para seu consolo pessoal, para suas necessidades ou capricho, ele não esta buscando uma escola pelo fascínio dos mistérios ou de sua revelação da boca de outro, ele busca a verdade e a verdade o libertará. Ele busca verdade que doa ou que alivie, não importa, ele quer a verdade. Essa é a nossa religião. Um rosacruz deve ser um iluminacionista, aquele que não se contenta com uma verdade parcial, pois meia verdade e uma mentira são quase a mesma coisa. Assim, o rosacruz não busca um mestre ou um caminho porque lhe agrade ou lhe caia bem conforme sua maneira de pensar, mas ele escolhe o caminho que lhe conduza à verdade. Nossa religião não é um conjunto de práticas ou de idéias, nossa religião é um caminho que conduz à verdade porque nossa verdadeira religião de fato, no sentido da palavra, é a verdade.

A fraternidade é formada apenas por aqueles que recebem esse ensinamento e o praticam

A escola é o conjunto de idéias, métodos, práticas, psicologias, ciências e seus propositores. Portanto só podem fazer parte dessa escola iniciados que já são propositores, pois já tem a experiência acerca delas ou de parte considerável, e os estudantes que estão no curso de conhecimento e análise, passando pela prática para adquir a experiência ou pelo menos o conhecimento e a habilidade para atingi-las, e aqueles com graus avançados de experiência.
Assim para fazer parte da escola deve-se ou ser no mínimo apenas estudante ou no mínimo fazer parte da ordem.
A ordem é formada pelos graus de estudo, de iniciação e de experiências e por aqueles que passam por esse processo. Portanto para fazer parte da ordem é preciso no mínimo ser iniciado formalmente ou num grau de experiência. Assim como a simples presença não torna alguem participante da fraternidade, o simples estudo não o torna membro da ordem.
É bom no entanto esclarecer aqui a importância do alicerce, estudo e prática, ambos de mesmo valor e necessidade, e do cume da construção, a experiência fruto desse alicerce.
Existe também o tipo de experiência ou precocidade ou facilidade em obtê-la que deriva do mérito, da graça, da pureza interior, etc.. Toda essa experiência deve ser considerada, porém ela não exime da necessidade de se completarem os graus de prática e de estudo.

A verdadeira igreja rosacruz não é deste mundo

A verdeira vida não é aqui, onde temos uma passagem provisória, um terrível desvio do caminho. Embora as consequências do que fazemos aqui sejam carregadas pela vida futura, esta vida deve ser vista como um instante na eternidade, um sonho do qual queremos acordar, ou melhor, vivê-lo desperto, para então podermos escapar dele definitivamente.
A verdadeira igreja da luz não é deste mundo. Mas ela é para este mundo também: na compaixão dos irmãos invisíveis e dos iluminados. E na infinita compaixão dos grandes mestres ela é para todos os seres de todos os tempos que estão fora da verdadeira vida.
Assim deve ser também nossa fraternidade, ela não é composta apenas de membros iniciados, mas sim de toda humanidade, benfeitores e beneficiados, todos se beneficiam deveriam procurar também bensficiar. Nossas práticas também servem para beneficiar a todos os seres o que obviamente nos inclui. E a confraria ou fraternidade, a parte da ordem formada por aqueles que praticam ou já iniciados formalmente na ordem e com conhecimento e participação direta no intercambio com a fraternidade da luz, mesmo que alguns poucos ainda o façam de forma inconsciente já sentem a energia, a presença e os benefícios da fraternidade da luz, sendo testemunhas do processo de regeneração e desabrochar da visão interior sentem-se por vezes impulsionados a trabalhar de alguma maneira nessa grande obra em prol da humanidade doente.
A igreja é composta também de todos os que “ouvem o chamado” e comparecem e ou estudam presencialmente ou à distância. Mas contêm todos os seres entre seus irmãos beneficiados.
A escola é composta de todos os estudantes que almejam a verdadeira iniciação e o acesso aos mistérios, para verem por si mesmos e não ensinarem sobre o que apenas ouviram dizer ou encontram nos livros, mas sobre aquilo que conhecem cientificamente e diretamente e do qual participam.
Àqueles que ouvem a voz, os iniciados tanto externa como internamente nós consideramos membros ligados diretamente a esta fraternidade. Aqueles que comungam com o pai e conhecem a verdadeira vontade não voltam mais atrás. Estes serão representantes da fraternidade da luz na terra.

No entanto apesar de tudo isso ser belo e suficiente nós queremos mais alem, almejamos descobertas, e, como já foi dito, provas, que todo participante tanto mais cedo quanto possível comprove por si mesmo e seja testemunha a partir de sua própria experiêcia, não de teorias ou palavras de mestres, como fazem outras escolas, não fazendo segredo sua vivência (como fazem outras escolas para que os estudantes não compartilhem entre si que não tem tido experiência direta alguma ou que sua experiência mostra até mesmo o contrário da teoria), mas com testemunho de sua própria vida, experiência e exemplo, para outros que ainda não sabem. Pois aqui, principalmente nesses casos, o segredo é realmente inimigo da verdade.