quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AS TRÊS ETAPAS DA ESCALADA

A nossa primeira jornada é marcada predominância do adquirir, do obter. Aqui estão os primeiros passos e a base, a parte mais importante, pois sem a base, construções em níveis superiores são muito perigosas e desabam rápido. Aqui vem o conhecimento em grande volume de informações e até uma tempestade às vezes; até que o aluno esteja cheio e perceba que o importante são as relações que constrói entre os conhecimentos, os insights, e o que faz com eles. É o jardim de infância. Onde aproveitamos os impulsos da natureza pelo prazer pelo novo, pelo conhecimento e pela segurança (o familiar, o estar em casa) e dirigimos essas forças em proveito da libertação. O noviço dedicara mais tempo e energia para adquirir principalmente aquilo que não tem, mas acha que tem, a saber: consciência, vontade e amor. Junto com isso técnicas, meios, exercícios, metodologias, para realizar as tarefas que ainda não é capaz ou não sabe, é o começo da sabedoria e do autoconhecimento, rumo à autolibertação.
O aluno não reconheceu de fato o inimigo no ego ainda; mas uma parte dele aprenderá a querer libertar-se de “si mesmo”, do ego e de suas projeções e limitações. Vamos adquirir conhecimentos e experiências que mudarão nossa maneira de ver, aproximando-nos cada vez mais de ver as coisas como realmente são. Ainda o sujeito pode não ter percebido a unidade entre o “mim” e o outro, entre “eu” e o mundo, entre o mundo interior e exterior, nessa fase, mas esses conhecimentos e experiências podem levá-lo ao “pulo do gato”, ver isso, que a realidade brota, flui como uma coisa só e que a separação é arbitrária, enganosa. Pode durar de três meses a um ano graças ao método, por nosso lado, e o esforço, pelo lado do aluno.
A segunda jornada é marcada pela predominância do abandonar. Aqui já o aspirante reconhece o inimigo no ego ou em partes dele pelo menos, já vai abandonar aquilo que causa o sofrimento sem sofrer com isso e logo estar forte para abandonar também os obstáculos que impedem a visão do real. Os conhecimentos são mais e mais aplicados e surgirão os insights que orientarão o melhor caminho e a visão do estudante. Já não deve haver mais divisão entre eu e o mundo, entre mim e o cosmo, no nível da compreensão, portanto, ele abandona não os instintos, mas o exagero dos mesmos, no que se refere à autopreservação (sempre desconfiado, hostil, agressivo ou desnecessariamente violento) e reprodução (sempre buscando relações sexuais e sinais reprodutivos que interpreta como beleza, gostosura, sensualidade, etc.) que sugam seu tempo e sua energia. Abandona também atividades prejudiciais e inúteis que se impulsionam pela busca cega do prazer, e emprega seu tempo mais no caminho, na meditação, na concentração, abandona a distração, dispersão, desperdício de si mesmo. A experiência deve ser cada vez mais profunda e expansiva até a compreensão e quiçá a experiência de que ele, de fato, é uno com todo o universo e com tudo e que seu corpo mortal e sua mente humana limitada são apenas uma parte ínfima e efêmera de um fenômeno muito maior. Pode levar de um a cinco anos (ou mais), mas pelos métodos sempre bem direcionados sendo bem aplicados estimo que em três anos qualquer pessoa de inteligência mediana alcance tal estágio num nível de treinamento e leve ao nível de domínio e maestria na próxima etapa.
A terceira jornada é marcada pela predominância da união. É a Yoga, no sentido da palavra. É a verdadeira religião, onde as distinções falsas e discriminações errôneas foram reconhecidas e a abandonadas. O abandonar e adquirir também caminham juntos de modo equânime. O trabalho com as energias sutis pode ser desenvolvido assim com as percepções sutis o autoconhecimento é o conhecimento também de todo o universo. Micro e macro cosmos são reconhecidos não apenas como similares, mas como um só. Pouco se pode descreve desse desenvolvimento, mas pode-se usar a imagem da onda que se reconhece como sendo na verdade o oceano. Sendo ‘onda’ uma manifestação passageira e limitada desapega-se do erro e ao dissolver no mar não se esquece de si mais, mas sente-se completa, todos os oceanos e todas as ondas podem ser agora por ela conhecidas e sentidas como sua própria realidade única. Nesta fase se da gradativamente o entendimento e a percepção do fluir simultâneo do presente em relação a toda onda causal atrás de si. Assim começa a perceber a completude de tudo, nos três tempos, e da plenitude do presente; a forma e as sensações como consequências da consciência e das intenções, portanto a inseparatividade entre conhecedor, conhecimento e conhecido, e quiçá chegar ao controle das faculdades cognitivas direcionando sua mente sem obstáculos livremente para qualquer que seja o “objeto”. Nesse processo a diferença entre ser iluminado ou ainda não ser é apenas com relação a conseguir penetrar e dirigir a consciência aos objetos corretos que serão também aprendidos nesta etapa.
Estas etapas podem ou não ocorrer pari passo com o processo iniciático, tudo depende do esforço, do talento e da dedicação de cada um assim como. Também do bom karma do candidato e do seu instrutor. As ações meritórias são sempre recomendadas, pois nosso karma negativo de muitas vidas é sempre um grande obstáculo a grande obra. E embora hajam instrutores habilidosos em várias tradições e alguns com poderes telepáticos fantásticos, nada disso garante o sucesso do estudante se este não quiser e não se dedicar os suficiente. Além do mais, o universo todo pode ser conhecido antes que o coração do próximo venha a ser conhecido. O mistério mais profundo é o outro. O maior engano do mundo é pensar que conhece bem alguém.
A primeira etapa é a aquisição do conhecimento, a segunda a eliminação do prejudicial e a terceira o equilíbrio e a união. A primeira de estudo, a segunda de purificação e só então poder. Pois poder sem sabedoria e com impurezas é a fonte de todo erro de todas as doutrinas e religiões. Quando a religião causa desgraça é por que em algum momento houve poder em mãos despreparadas e impuras e/ou de ignorantes.
Por isso em nossa primeira escalada predomina o crescimento da consciência, na segunda e com a continuidade dele surge a vontade que tem a força do domínio e da cura, no terceiro então com o crescimento da consciência incrementado pela eliminação dos obstáculos com a força da vontade essa se volta para a união natural das polaridades, então surge o verdadeiro amor, o amor universal, representado pela união ou como se diz “a volta ao lar”. Com a consciência e o conhecimento se estará pronto para compreender cientificamente os aspectos éticos que culminarão na compreensão da realidade última, una, onde se vê claramente que toda ação se faz a si mesmo, que tudo são aspectos do todo, diferenciados por uma visão contaminada, parcial, obstruída. Como dar poder a quem nem sequer consegue vislumbrar isso? Seria um desastre para o calouro e para a ordem, esse erro será corrigido nos mínimos detalhes. A primeira jornada é experimental, a segunda é filosófica e a terceira é yogi, é a verdadeira religião, a reunião, só que consciente, iluminada, com a totalidade, a realidade pura e plena.
Na primeira etapa há então a predominância da gnose, no sentido conhecimento direto e do despertar da consciência. Na segunda a predominância de thelema no sentido da descoberta e direção da vontade para o reto caminho e para a purificação essencial ao processo da iluminação verdadeira. E na terceira a predominância do budismo que não só une os dois processos como trás a chave do caminho óctuplo para a aceleração da caminhada e a visão correta da realidade, não apenas a da realidade última no fim do processo, mas da realidade relativa da vida e de todo o processo, como também o caminho para depois da morte. Neste estão unidos os três processos, na unidade da transformação; é predominantemente mágico no sentido que transforma tudo no caminho em caminho, é o estagio do tantra, da alquimia e da transmutação, a união das polaridades na unidade, em tudo, a mandala da transformação de tudo de tudo o que é experienciado em caminho e em purificação e enfim em Nirvana.
Essa mudança em certos cursos iniciáticos da ordem foi necessária para excluir os impuros, interesseiros e trapaceiros e os fracos, dos graus que podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de faculdades e poderes. E para livrá-los das armadilhas de seus próprios egos, que inebriadas por suas visões equivocadas e contaminadas fatalmente os conduz ao erro. Mas o principal objetivo é evitar que os retos se desviem ou fiquem fascinados por processos equivocados e luzes atraentes que não conduzem pelo caminho. Sendo o terceiro estágio o mais poderoso é também o mais perigoso e que exige muita responsabilidade e continuidade de propósito, assim certas práticas desses graus da ordem maior que seriam reproduzidos em menor escala nas antecâmaras, foram retirados ao silêncio. Àqueles que se interessam ou em curiosidade sobre tais práticas é simples: perseverem, elas estão no círculo mais esotérico da ordem, a OITO, disponíveis a todos que são ou se farão dignos de praticá-las. Em breve será divulgado um quadro com o novo cronograma geral de graduação das fraternidades relacionadas à ordem maior.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ALQUIMIA

Quando alguns buscadores foram para o oriente e voltaram criando escolas iniciáticas, alguns trataram da arte da alquimia. Haviam distintas alquimias, de acordo com o que eles encontraram lá. E dessas ainda surgiram muitas derivações no ocidente. Com o passar do tempo surgiram dois tipos radicais de interpretação dos segredos alquímicos, um tipo materialista ou fisiologista que fala de transformações físicas, energias, construção de corpos, etc.; outra que fala de transformações psicológicas, realizações metais, imateriais. Há um meio termo... O sincero buscador que não se contentar com o ouvir dizer e buscar as fontes originais estará mais próximo de uma interpretação real do que os novos praticantes das derivações atuais. Aqui apresentamos a nossa vertente principal, no texto original, como está no cânone pali registrado como os discursos do Buda, o que chamamos de alquimia espiritual e seus resultados.

A ALQUIMIA DE BUDA


      Anguttara Nikkaya III.100
Parisudhovaka Sutta
Purificação
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“Bhikkhus, misturado com as pepitas de ouro há impurezas grosseiras tais como a terra e a areia, cascalho e brita. Então, o ourives ou o seu aprendiz primeiro coloca o ouro numa peneira e o lava, enxagua e limpa completamente. Tendo feito isso ainda permanecem misturadas com o ouro impurezas médias tais como brita fina e areia grossa. Então, o ourives ou o seu aprendiz novamente lava e enxagua o ouro. Tendo feito isso ainda permanecem misturadas com o ouro impurezas minúsculas, tais como areia fina e pó negro. Então, o ourives ou seu aprendiz repete a lavagem e depois apenas restam as pepitas de ouro.
“Ele então coloca o ouro num cadinho, derrete e funde o ouro. Mas ele ainda não derrama o cadinho pois as escórias ainda não foram completamente removidas e devido a isso o ouro nem é maleável, nem manuseável e tampouco luminoso, mas quebradiço e sem as condições apropriadas para ser trabalhado. Mas haverá um momento no qual o ourives ou o seu aprendiz repetindo o derretimento e fundição do ouro remove completamente as escórias. O ouro agora estará maleável, manuseável e luminoso, e com as condições apropriadas para ser trabalhado. Qualquer ornamento que o ourives queira fazer, quer seja uma diadema, brincos, um colar ou uma corrente, o ouro poderá agora ser usado para esse fim.
“De modo semelhante, bhikkhus, ocorre com um bhikkhu dedicado ao treinamento da mente superior: há nele impurezas grosseiras, isto é, conduta imprópria com o corpo, conduta imprópria com a linguagem e conduta imprópria com a mente. Essa conduta é abandonada, dissipada, eliminada e abolida por um bhikkhu que é ardente e capaz.
“Tendo abandonado isso, ainda há impurezas médias apegadas a ele, isto é, pensamentos de sensualidade, pensamentos de má vontade, pensamentos de crueldade. Esses pensamentos são abandonados, dissipados, eliminados e abolidos por um bhikkhu que é ardente e capaz. [1]
“Tendo abandonado isso, ainda há impurezas minúsculas apegadas a ele, isto é, pensamentos sobre a sua família e parentes, a sua terra natal e a sua reputação. Esses pensamentos são abandonados, dissipados, eliminados e abolidos por um bhikkhu que é ardente e capaz.
“Tendo abandonado isso, permanecem os pensamentos sobre o dhamma. [2] A concentração não é ainda pacífica e sublime, a completa tranqüilidade não foi alcançada, nem a completa unificação da mente foi alcançada; a concentração é mantida através da supressão laboriosa das contaminações.
“Mas haverá um momento no qual a mente dele se firma no interior, se estabiliza e se torna concentrada e unificada. Essa concentração é calma e refinada, alcançando a completa tranqüilidade e realizando a unificação mental; essa concentração não é mantida através da supressão laboriosa das contaminações.
Então, ele dirige a sua mente para qualquer estado que possa ser compreendido através do conhecimento direto, ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.[ 3]
Se ele desejar: “Que eu exerça os vários tipos de poderes supra-humanos: tendo sido um, me torne vários; tendo sido vários, me torne um; apareça e desapareça; cruze sem nenhum problema uma parede, um cercado, uma montanha ou através do espaço; mergulhe e saia da terra como se fosse água; caminhe sobre a água sem afundar como se fosse terra; sentado de pernas cruzadas cruze o espaço como se fosse um pássaro; com a minha mão toque e acaricie a lua e o sol tão forte e poderoso; exerça poderes corporais até mesmo nos distantes mundos de Brahma,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.
Se ele desejar: “Com o elemento do ouvido divino, que é purificado e ultrapassa o humano, que eu ouça ambos tipos de sons, os divinos e os humanos, aqueles distantes bem como os próximos,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.
Se ele desejar: “Que eu compreenda as mentes de outros seres, de outras pessoas, abarcando-as com a minha própria mente. Ele compreende uma mente afetada pelo desejo como afetada pelo desejo e uma mente não afetada pelo desejo como não afetada pelo desejo; Ele compreende uma mente afetada pela raiva como afetada pela raiva e uma mente não afetada pela raiva como não afetada pela raiva; Ele compreende uma mente afetada pela delusão como afetada pela delusão e uma mente não afetada pela delusão como não afetada pela delusão; Ele compreende uma mente contraída como contraída e uma mente distraída como distraída; Ele compreende uma mente transcendente como transcendente e uma mente não transcendente como não transcendente; Ele compreende uma mente superável como superável e uma mente não superável como não superável; Ele compreende uma mente concentrada como concentrada e uma mente não concentrada como não concentrada; Ele compreende uma mente libertada como libertada e uma mente não libertada como não libertada,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.
Se ele desejar: “Que eu me recorde das suas muitas vidas passadas, isto é, um nascimento, dois nascimentos, três nascimentos, quatro, cinco, dez, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, cem mil, muitos ciclos cósmicos de contração, muitos ciclos cósmicos de expansão, muitos ciclos cósmicos de contração e expansão, ‘Lá eu tinha tal nome, pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era o meu alimento, assim era a minha experiência de prazer e dor, assim foi o fim da minha vida. Falecendo daquele estado, eu ressurgi ali. Ali eu também tinha tal nome, pertencia a tal clã, tinha tal aparência. Assim era o meu alimento, assim era a minha experiência de prazer e dor, assim foi o fim da minha vida. Falecendo daquele estado, eu ressurgi aqui.’ Assim ele se recorda das suas muitas vidas passadas nos seus modos e detalhes,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.
Se ele desejar: “Que eu, por meio do olho divino, que é purificado e ultrapassa o humano, veja seres falecendo e renascendo, inferiores e superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados. Ele compreende como os seres prosseguem de acordo com as suas ações desta forma: ‘Esses seres – dotados de má conduta com o corpo, linguagem e mente, que insultam os nobres, com o entendimento incorreto e realizando ações sob a influência do entendimento incorreto – com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram no plano de privação, um destino ruim, os planos inferiores, no inferno. Porém estes seres - dotados de boa conduta com o corpo, linguagem e mente, que não insultam os nobres, com o entendimento correto e realizando ações sob a influência do entendimento correto – com a dissolução do corpo, após a morte, renasceram num destino feliz, no paraíso.’ Dessa forma - por meio do olho divino, que é purificado e ultrapassa o humano, ele vê seres falecendo e renascendo, inferiores e superiores, bonitos e feios, afortunados e desafortunados, e ele compreende como os seres prosseguem de acordo com as suas ações,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.
Se ele desejar: “Que eu, realizando por mim mesmo através do conhecimento direto aqui e agora, entre e permaneça na libertação da mente e libertação através da sabedoria que são imaculadas com a destruição de todas as impurezas,” ele obtém a capacidade de compreender esse estado através do conhecimento direto, sempre que as condições necessárias estiverem presentes.



Notas:
[1] Kamavitakka, byapadavitakka, vihimsavitakka. Os três tipos de pensamento prejudicial que podem ser superados através dos dois elementos do nobre caminho óctuplo: pensamento correto e esforço correto. [Retorna]
[2] Dhammavitakka De acordo com AA isto se refere às dez corrupções do insight descritas no Vsm XX, 105-28. É possível no entanto entender dhammavitakka simplesmente como a investigação dos fenômenos. [Retorna]
[3] Ajaan Brahmavamso no seu livro Mindfulness, Bliss, and Beyond diz o seguinte: O estado que imediatamente antecede o primeiro jhana é chamado de concentração de acesso, upacara samadhi. Esse estado é experimentado como a habilidade para permanecer sem esforço durante muito tempo com o belo e tranqüilo sinal da meditação, (nimitta). Nessa situação os cinco obstáculos foram suprimidos. No entanto, o upacara samadhi que antecede os jhanas é notoriamente mais instável do que aquele que ocorre depois da experiência dos jhanas. É uma situação na qual os obstáculos podem com facilidade voltar à tona, porque eles foram suprimidos apenas recentemente e ligeiramente. Se o meditador tentar contemplar o Dhamma nesse momento, o upacara samadhi será perdido e os obstáculos irão retornar. Por isso que o Buda disse neste sutta que contemplar o Dhamma nesse momento é um obstáculo e isso não deve ser feito. A contemplação do Dhamma deve ocorrer após emergir dos jhanas quando upacara samadhi é mais estável e duradouro. Veja também o MN 68. As “condições necessárias” mencionadas no sutta se referem à maestria do quarto jhana. [Retorna]
Veja também o AN III.101.

http://www.acessoaoinsight.net/sutta/ANIII.100.php

sábado, 3 de novembro de 2012