sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

ILUMINACIONISMOE

Por Frater I.L.I.V.
Iluminacionismo
Realmente a expressão "esclarecimento libertário" é uma dos significados da palavra iluminacinismo. Iluminação significa claramente duas coisas, despertar, e todo despertar é um esclarecimento, e se libertar. É conhecer a verdade, e isto liberta. então esclarecimento libertário é o mesmo que iluminação.
Iluminação tem duas acepções e elas são interdependentes: esclarecer-se e despertar. Para despertar é preciso certo esclarecimento. Para que o esclarecimento realmente surta efeito, seja esclarecedor é preciso pelo menos algum grau de estar desperto. No oriente se fala de despertamento, mas quando é feita a tradução a grande esmagadoras maioria dos tradutores usa a a palavra iluminação.
E iluminacionismo são os métodos, sistemas, descrições, que vão desde procedimentos, entendimentos até compreensões plenas e plenas realizações desse despertar e dessa liberdade.
O importante é o significado correto disso.  A pessoa atinge a iluminação completa quando ele se torna totalmente desperta, atingindo certo conhecimento que é um tipo de onisciência. Assim, ela é esclarecida de tudo, digamos. Esta é a parte metafísica do conceito, a qual têm sido problemática, pois se apenas poucos aceitam, bem menos são os que entendem (e esse entendimento só pode ser progressivo e em níveis do próprio processo do despertar, não apenas intelectual).
Mas iluminação também é quando se liberta totalmente de tudo, de todas as condições, de todas as limitações do conhecimento verdadeiro, uma libertação plena. Essa libertação significa por outro lado poderes e saberes. Essa é a parte não metafísica do conceito, embora para muitos nem estão claros os limites humanos e da mente humana, nem estão claros os significados da palavra liberdade (e essa liberdade é justamente dentro do máximo das possibilidades, ela não inclui o impossível nem a destruição da lógica, menos ainda da ética e da moralidade, pelo contrário, tem base nestas).
Entretanto, se for apenas um lado desses dois não é a verdadeira e completa iluminação. A verdadeira iluminação implica necessariamente em despertar e libertação. Despertar implica necessariamente em lucidez e saber, conhecimento consciente. E libertação implica necessariamente em purificação, eliminação das obstruções da liberdade e do conhecimento e implica também em poder realizar a vontade e seu propósito.
Observe que essa abordagem coloca um sistema de visão e pensamento completamente diferente do habitual. O habitual, parte do mundo, das coisas, das aparências para o pensamento, a vontade, ações e conhecimento. Este não, este parte da consciência, da vontade, do conhecimento anterior às coisas e fenômenos para o que julgamos conhecer e o que podemos conhecer de fato, o universo dos fenômenos. Em suma, se formos pegar os pontos mais radicais, diríamos que um sistema parte do supostamente conhecido para o desconhecido, e outro, este que quero apresentar, parte do anterior ao conhecimento, do desconhecido para o que se julga conhecido. É uma virada de 180 graus.
Esclarecimento e Despertar Gradual
Mas existem níveis de iluminação. Que podemos didaticamente dividir em dois, a completa e a parcial, quando ainda resta algo a ser feito; a parcial pode ser subdividida ainda em três níveis. No nível parcial podemos chamar esses graus de iluminação de esclarecimento e no nível completo podemos chamar de despertar ou plena e completa iluminação. Ambas as formas de esclarecimento nessa direção são libertadoras. São esclarecimentos libertários. Mas não é apenas um conhecimento teórico ou de ouvir dizer. Têm que ser compressão e uma experiência profundas.
Todo esclarecimento libertário pode contribuir com a iluminação. Iluminacionismo é o sistema que estuda a iluminaciologia, a ciência de como trazer à luz o que está escondido e o que está nas trevas. Então veja que são dois sentidos novamente, de esclarecer, ver o que não se está vendo, ver o que está oculto e ainda outro sentido, de trazer luz, por luz na escuridão, clarear o que está em trevas. Então não só é a visão do que está escindido, mas da própria obscuridade e suas causas, isto é, eliminar os obstáculos à luz, retirar o que está impedindo que a luz chegue, clarear os pontos que estão nas trevas, pois uma luz destrói trevas de milênios, as trevas não prevalecem quando há luz, isto é iluminar. O sistema de estuda, cataloga, classifica, examina, testa, relaciona, explica e enfim esclarece os processos e os sistemas de iluminação, é o iluminacionismo e esse estudo é chamado iluminaciologia, o estudo da iluminação no sentido de despertar e ser liberto.
Em outros artigos e neste mais adiante estudamos e estudaremos o que é e quais os níveis, como ocorre, quais os processos da iluminação. E vamos também discutir o que é a liberdade e a libertação. Pois não se pode ignorar que o conceito de liberdade não é unânime, muitos creem que não há qualquer liberdade nesse mundo, outros que temos absoluta liberdade, mas se descartarmos esses extremos que são absurdos podemos ver com mais clareza a liberdade possível, compararmos com a liberdade mais limitada que temos agora e analisar até que ponto esta pode se estender. Assim podemos compreender o princípio, e porque ele é um princípio supremo.
O entendimento do esclarecimento e da libertação
O entendimento por si só não ilumina, não esclarece, menos ainda a informação, um conhecimento só ilumina quando ele nos altera significativamente; é preciso uma ação mental ou processamento pela mente que recebe essa informação. Assim se a informação for bem entendida e guardada ela gera um conhecimento, mas esse conhecimento só pode ser chamado de uma compreensão quando a pessoa se apossa dele como se ele fosse sua própria descoberta, há essa sensação, que se chama de insight, que pode ser traduzido como compreensão ou uma compreensão mais profunda, que é quando o novo conhecimento se relaciona com outros conhecimentos que existem em nossa mente e até forma um novo conhecimento diferente do primeiro, que veio mais recentemente. Este que é mais amplo e com várias relações e níveis de conhecimento e significado que podem gradativamente serem revelados ou conhecidos pela mente. Só então podemos falar de um esclarecimento de fato.
Isto só acontece quando a pessoa se apossa do conhecimento não como tem livros e informações, mas como se fosse o seu próprio autor. Tal assimilação pode exigir certas experiências e um amadurecimento, que pode se dar pelas relações interiores, isto é, reflexão, pela observação exterior, ou por experiências que podem ser traumáticas ou prazerosas. Assim o sábio lê os símbolos e os avisos dos sinais e os traduz em suas relações interiores, o néscio ou o medíocre precisa ver para entender, às vezes muitas vezes antes que isso aconteça, e o tolo precisa sofrer experiências marcantes (então bem vê-se que a maioria das ordens ocultistas não são para seletos como se diz, mas para os tolos que têm essa necessidade). Talvez possamos dizer que o filósofo é que aproveita todas as três formas da mesma maneira que a primeira e a sistematiza, descobre suas leis e princípios, e às vezes até prevê muitos resultados.
Também não é todo esclarecimento que ilumina, nem tampouco ilumina completamente. Só alguns tipos de esclarecimentos podem ser considerados alguma iluminação ou algum tipo de iluminação da forma como foi escrita acima. E é preciso que se diga com precisão que tipo de esclarecimentos são estes. São os que nos moldes acima descritos produzem libertação e são verdadeiros. Só a verdade pode ser esclarecedora e só a verdade pode libertar. Então esclarecimento libertário é o que revela a verdade e a verdade que liberta, não "uma verdade", não uma "verdade" que aprisiona, mas A Verdade, e não só A Verdade, mas A Verdade que liberta. Então não é qualquer esclarecimento que interessa, nem é qualquer verdade, mas a que liberta, e no mais apenas as que levam a esta,que se relacionam com esta.
Só que existem muitos níveis de conhecimento da verdade que são aprofundamentos de significado ou níveis cada vez mais elevados de significação melhor dizendo e existem muitos níveis de expansão do alcance das verdades e da verdade mesma. Por isso o simples ler, lembrar e saber não pode ser dito sequer um nível de conhecimento, pois para que seja conhecimento pelo menos o nível mais rudimentar de processamento tem que ser realizado, que é a decodificação dos símbolos. As palavras, números, frases, nos seus significados, formando um produto mental completamente diferentes dos símbolos, isto é das letras ou fonemas, que se traduzem em imagens também completamente diferentes dessas, de fenômenos, de fatos, de relações, etc. e desde isto até os reais entendimentos e a compreensão chamada de profunda, quando aqueles significados em relação com outros mais fazem agora parte da mente do conhecedor.
Esclarecimento libertário, portanto, não é a simples informação que se lê ou se declara em algum lugar mas o processo de tomada para si própria, como foi dito acima e em níveis cada vez mais elevados e amplos conforme esta trabalhe, nesses processamentos por parte da mente que se apropria e compreende, tendo muito mais a ver com o que recebe a informação do com o que ou quem a transmite. Isto desde o nível mais simples de entendimento até o mais elevado de esclarecimento ou iluminação ou sabedoria.
Libertário é o que realmente liberta
Liberdade é um princípio supremo, que tem a ver com a vontade mesma, isto é, existente em si e por si mesma, não é simplesmente um conceito ou uma lei, mas um princípio e este princípio determina as possibilidades, não só está contido em possibilidades. É preciso entender que existem leis e princípios inalteráveis, por haverem possibilidades (e limitadas) dentre esses princípios não quer dizer que tudo seja relativo, muito pelo contrário, significa que as possibilidades existem, mas são limitadas. Não é difícil de entender isso. Por exemplo se tivermos dois dados e lançá-los, sempre teremos, se considerarmos a soma dos números que caem virados para cima, um número entre dois e doze. Podemos ter 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ou 12, não podemos ter 0, nem 1, nem 13, nem 15, nem 1253, nem qualquer outra soma que não um número inteiro entre dois e doze. Assim podemos entender que entendimento é que liberta, se soubermos também o que é liberdade, quais suas possibilidades e seus limites.
A libertação não é só conhecer as possibilidades e poder escolher como costumam dizer. É aumentar as possibilidades ou conhecer outras possibilidades. Seguindo com o símile acima, é o mesmo que ser informado que você tem outros dois dados, onde eles estão, como chegar até lá, etc. e mais que isso conhecer as chances mais prováveis no lançamento de quatro dados. Você terá mais possibilidades. Mas libertação não é só isso. É poder driblar e até eliminar os obstáculos do conhecimento, os obstáculos que causam as dificuldades, os obstáculos que restringem as possibilidades de realizar a vontade, o propósito de sua vida. Fazendo uma comparação seria como descobrir que os condicionamentos de sua mente, do seu corpo e das suas mãos é que determinam os números entre 2 e 24 que você poderá obter como resultado, e ainda saber como livrar-se desses condicionamentos e poder controlara os resultados dos dados à vontade.
Mas também a verdadeira libertação também não é só isso. São essas duas coisas também, sem dúvida, mas principalmente é a descoberta de que se está num estado alterado de consciência, que limita não só seu conhecimento, mas seu agir, seu falar, suas emoções, sua lucidez, suas lembranças, sua criatividade, suas habilidades e enfim sua satisfação e felicidade. Essa descoberta por si só já é libertadora, mas não muito, liberdade mesmo é livrar-se desse estado, dessa embriaguez, dessas limitações, dessa prisão, desse mundo de fenômenos distorcidos que pensamos ser A realidade. Então liberdade, em sentido último é primeiro voltar ao estado original. É voltar à natureza original, à consciência original, e ao conhecimento original. Isto por si é um supremo esclarecimento, e uma verdadeira liberdade.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A   T E O R I A   D O   E T E R N O   R E T O R N O   I N F E R N A L

 P o r   F r a t e r   I . L . I . V .
 S e g u n d o   u m a   e x p l i c a ç ã o   m u i t o   o c u l t a ,   q u e   v o u   r e v e l a r   e m   p a r t e ,   d e s d e   c e r t a   é p o c a   j á   f o m o s   j u l g a d o s   e   c o n d e n a d o s   e   d e   f a t o   e s t a m o s   n o   l a g o   d e   f o g o .   M a s   c o m o   J e s u s   d e s c e u   a o   i n f e r n o   ( e   o   q u e   f e z   l á ,   o u   m e l h o r ,   a q u i ? )   e   d e i x o u   u m a   p r e g a ç ã o   p a r a   o s   h a b i t a n t e s   d a q u e l e   l u g a r   t e m o s   u m a   s a í d a .   Q u e   p r e g a ç ã o   f o i   e s t a ?   É   a   q u e   c o n h e c e m o s ,   é   o   q u e   e s t á   e s c r i t o   n o   n o v o   t e s t a m e n t o ,   e s s e   é   o   n o v o   t e s t a m e n t o ,   é   a   h e r a n ç a   q u e   d e i x o u   d e s d e   e n t ã o   p a r a   n ó s .   N a   v e r d a d e   d e p o i s   q u e   J e s u s   v e i o   n a   t e r r a   e   q u a n d o   r e t o r n o u   ( s e g u n d o   e s s a   t e o r i a   e l e   j á   r e t o r n o u   e   j á   j u l g o u )   j á   n o s   c o n d e n o u .   M a s   c o m o   s u a   m i s e r i c ó r d i a   é   i n f i n i t a   v i v e m o s   n e s s e   s o n h o   i n f e r n a l ,   d e s t e   m u n d o   p a r a l e l o   e   s u a   h i s t ó r i a ,   e m b o r a   s e m   s e n t i r   a s   p e n a s   d o   l a g o   d e   f o g o   c o m p l e t a m e n t e ,   a p a r e n t e m e n t e   v i v e n d o   e   m o r r e n d o   m u i t a s   v e z e s   a o   l o n g o   d e s s e s   m i l ê n i o s ,   p o i s   s u a   p a l a v r a   n ã o   v o l t a   a t r á s ,   a   c a d a   u m   é   d a d o   v i v e r   u m a   v e z   e   d e p o i s   o   j u l g a m e n t o ,   c o m o   e s t á   e s c r i t o   e m   H e b r e u s .  
 E n t ã o   q u a n d o   n a s c e m o s   d e   n o v o   n a   v e r d a d e   n ã o   n a s c e m o s ,   n a   v e r d a d e   m e s m o   n e m   m o r r e m o s ,   a p e n a s   a p a g a m o s ,   e s q u e c e m o s   t u d o   e   v o l t a m o s   c o m o   s e   f o s s e m o s   o u t r a   p e s s o a ,   u m   n o v o   f e t o ,   m a s   é   a   m e s m a   v i d a   e   a   m e s m a   p e s s o a .   J e s u s   e s t á   n o s   d a n d o   c h a n c e s   i n f i n i t a s   d e   o u v i r m o s   s u a s   p a l a v r a s .   M a s   e n q u a n t o   n ã o   o u v i m o s   e s t a m o s   r e a l m e n t e   c o n d e n a d o s   i n d e f i n i d a m e n t e ,   a l g u n s   p o d e m ,   s e   a s s i m   q u i s e r e m ,   r e s i s t i r   p o r   t o d a s   a s   v i d a s ,   e n t ã o   e s t á   c o n d e n a d o   a   e s s e   e t e r n o   r e t o r n o ,   e s q u e c e r   d e   t u d o   e   c o m e ç a r   d e   n o v o ,   c o m o   u m a   d o e n ç a ,   u m a   a m n é s i a   i n c u r á v e l ,   m a s   e m   c o m p e n s a ç ã o   p e r d e   a q u e l e   d u r e z a   d e   c o r a ç ã o   e   o r g u l h o   q u e   c o n s t r u i u   d u r a n t e   u m   d e s s e s   i n t e r v a l o s   e   r e a l m e n t e   t e m   u m a   n o v a   c h a n c e .   G o s t o   d e s s a   t e o r i a .   E s t o u   s e n d o   b e m   r e s u m i d o   s o b r e   e l a ,   m a s   c r e i o   q u e   e s s a   e x p l i c a ç ã o   é   s u f i c i e n t e   p a r a   v o c ê   p e r c e b e r   q u e ,   s e j a   o u   n ã o   v e r d a d e ,   n ã o   a d i a n t a   n a d a   v i v e r   v á r i a s   v e z e s ,   v o c ê   e s q u e c e   t o d o   o   a p r e n d i d o ,   p e r d e   t u d o   e   t o d o s   o s   q u e   a m a   e   n ã o   a d i a n t a   d i z e r   q u e   o s   r e e n c o n t r a ,   p o i s   n ã o   s a b e   d i s s o ,   n ã o   e s t á   c o n s c i e n t e   d i s s o .
 D e   q u e   a d i a n t a   v i v e r   m u i t a s   v e z e s   s e   n ã o   l e m b r a   d e   n a d a ?   A   p e s s o a   m a i s   a m a d a   n u m a   v i d a   e s t a r i a   s u j e i t a   a   s e r   a   m a i o r   i n i m i g a   e m   o u t r a   e   a   m a i s   o d i a d a   s e r   s e u   c ô n j u g e ,   p a i   o u   f i l h a .   Q u e   m o r a l   é   e s s a ?   Q u e   a p r e n d i z a d o   s e   p o d e r i a   o b t e r   d i s s o ,   a l g o   t o t a l m e n t e   i n c o n s c i e n t e   e   q u e   s e   e s q u e c e   e   p e r d e   p e r i o d i c a m e n t e ?   É   c o m o   s e   o   p r o f e s s o r   d e p o i s   d o   i n s u c e s s o   d o   a l u n o   r e p r o v a d o   d i s s e s s e   v o c ê   v a i   t e r   q u e   r e p e t i r   a   s é r i e   t o d a ,   m a s   a n t e s   d i s s o   d e i x e   e u   a p a g a r   s u a   m e m ó r i a   p a r a   q u e   v o c ê   n ã o   p o s s a   a p r o v e i t a r   c o n s c i e n t e m e n t e   n e n h u m a   d e s s a s   e x p e r i ê n c i a s   e   i n f o r m a ç õ e s .   E s s a   e x p l i c a ç ã o   s e r v e   p a r a   m o s t r a r   q u e   c r e r   n u m a   e v o l u ç ã o   m e c â n i c a   e   o b r i g a t ó r i a ,   s e j a   p e l a   p r ó p r i a   n a t u r e z a   d o   p r o c e s s o   o u   p e l a   v o n t a d e   d e   D e u s   s ó   p o d e   s e r   e n g a n o   o u   e s t u p i d e z ,   p o i s   é   o   m e s m o   q u e   d i z e r   q u e   D e u s   n ã o   d e u   l i b e r d a d e   e   q u e   f o r ç o s a m e n t e   d e   u m   j e i t o   o u   d e   o u t r o   v o c ê   u m a   d i a   v a i   e v o l u i r .   D e u s   d e u   o p ç õ e s ,   i n c l u s i v e   d e   s e   s e p a r a r   d e l e .   E   i n f e r n o   é   j u s t a m e n t e   i s s o ,   s i g n i f i c a   e x a t a m e n t e   i s s o ,   a   s e p a r a ç ã o   d e   D e u s .   V o c ê   e s t á   c o m   D e u s   a g o r a   o u   e s t á   n o   i n f e r n o ?   R e f l e t i n d o   d e s s a   m a n e i r a   e s s a   t e o r i a   f a z   m u i t o   s e n t i d o   e   t e m   p e l o   m e n o s   o   e f e i t o   d i d á t i c o   d e   m o s t r a r   a   i l u s ã o   i n f e r n a l   q u e   é   a   s e d u ç ã o   d e s s e   m u n d o   e   d e   c e r t a s   c r e n ç a s   i r r a c i o n a i s   q u e   n o s   c o n d e n a m   a   e s t a g n a ç ã o .

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

UNIVERSALIDADE DOS PRINCÍPIOS

Todas as religiões e religiosos estão incompletas ou enfraquecidas quanto ao equilíbrio dos três princípios. Deus é triuno  e assim também somos. E assim também deveria ser o ensino verdadeiro. Deus é pai, filho e Espírito Santo, e nós  somos espírito, mente e corpo. O Uno é consciência, amor e vontade e nós também somos. O budismo e o taoísmo visam só  consciência e amor, o cristianismo e o thelemismo amor e vontade, o hermetismo a a yoga consciência e vontade, o gnosticismo visa só consciência e... Então vem essas religiões mais incompletas ainda, e as falsas, e as inferiores de quais nem devemos falar.
Nós precisamos descobrir, conhecer e desenvolver esses três aspectos em nós mesmos em toda a nossa vida. Não se trata de ser bem sucedido, ou rico ou feliz ou religioso ou espiritualizado etc.. Nada disso vale qualquer coisa se simplesmente morremos depois, mesmo que fôssemos voltar para cá de novo. Se trata de descobrir e ser quem nós somos realmente, plenamente conscientes disso e de realizar o que viemos fazer aqui.
É isso que fazemos. Isso é a única coisa que realmente pode satisfazer completamente. Trata-se de saber e realizar, se tornar sábio e então poder partir em paz sabendo para onde vai, e não voltar mais, como dizem, esquecidos de tudo. Ir para o seu lugar. É disso que tratamos...
O PRICÍPIO DO PRINCÍPIO - A TRIUNIDADE
Eu poderia ficar enumerando equivalências e explicando cada uma delas em seu contexto histórico e seu contexto universal, mas não é isso que interessa. O que importa é que entedamos esses três pricípios e suas leis no que se refere a nós e nosso caminho.
A triunidade se aplica ao Uno, aos mundos e a nós (e ao nosso caminho, mas isso é falado em outro artigo). No mundo a triunidade é diferente da triunidade suprema, consciência-mente-vontade, no mundo é consciência-mente-forma. Deus é consciência (espírito), mente (atributos e características) e vontade (logos, palavra, verbo, ação). Estes são chamados Pai, Filho e Espírito Santo ou dharmakaya, Sambogakaya e nirmanacaya, "corpo" da verdade, corpo do deleite (ou desfrute ou sabedoria...) e corpo de manifestação.
Esses dois conceitos, sínteses dos modernos conceitos ocidental e oriental respectivamente significam o que nós estudamos como nous (consciência)-agape (amor incondicional ou afeição...)-thelema (vontade, intenção).
Deus pai é a consciência original, Deus filho é a vontade de Deus sempre manifesta de alguma maneira, e Deus espírito é a mente divina.
Só podem existir mundos se houver uma consciência suporte, pois tudo que existe só pode existir na consciência (lei de existência), a consciência é passiva, testemunha, assiste, contém. sendo a consciência passiva ela não pode produzir algo a não ser que haja uma intenção, a intenção  é ativa, é dinâmica, é movimento e resistência, é a vontade. Mas para que a manifestação da vontade não seja uniforme e unidireçional é preciso que haja uma preferências, atração e repulsão, é preciso que haja afeição por um certo tipo de existência.
E é isso que vemos, um universo múltiplo, complexo e que teve um começo. Então temos aí uma nova big-bang teory completa.
Tudo que existe é devido a isso. Tudo que existe só pode existir porque áa uma inteligência, consciência que projeta um universo segundo sua vontade porque gosta disso, ama um universo e seres assim, como os fez, e ama incondicionalmente, se não fosse assim não teria criado como acima fica um pouco demonstrado, seria impossível. É claro que toda essa nossa "cabala futurista" está aqui extremamente resumida e não contém todos os elementos necessários a essa explicação e compreensão, mas temos agora o suficiente em conceitos para entender o que precisamos.
Nós temos essa semlhança de Deus (que pode ser percebido por nós na sua triunidade), pois somos seres triunos. Mas o mundo também é triuno em todas as suas dimensões, consciência (pois é existente), mente (natureza, leis, representação, atração) e vontade (forma, matéria-energia, resistência, repulsão). E cada partícula do cosmo contém as mesmas, é um microcosmo. Vejamos por exemplo o átomo, possui massa positiva, prótons; possui carga negativa, elétrons; e possui carga neutra, nêutrons. E mesmo que não tenha nêutrons possui cargas de atração e repulsão. Entre os prótons e elétrons não existe vazio, é cheio de energia, não existe vazio em lugar nenhum.
NO mundo há triunidade de três sensações sempre: consciência que testemunha como um fluxo de instantes (fluxo no tempo), mente que sente, percebe e registra (o sentido que capta dos outros sentidos), e objetos mentais (os percebidos e registrados que vão desde os mais abstratos aos mais concretos). Sendo que a consciência no mundo é de objetos e mente, a mente contém os objetos e fenômenos e estes são as formas que são a perspectiva da vontade no mundo.
Consciência e mente não têm forma. No mundo a forma é sentida como material, em qualquer mundo, pois se refere a forma, por mais sutil, energética ou etérea que seja em relação a outro ela é sentida como resistência, mais ou menso sutil, mais ou menos maleável; variando como vemos não só de mundo para mundo mas num mesmo mundo também constituindo enorme variedade.
Nós enquanto seres somos semelhantes ao mundo, consciência-mente-corpo. Mas enquanto verdade última ou individualidade "interior" ou verdadeira somos semelhantes a Deus, consciência (espírito)-mente (alma)-vontade (forma). Só que em nós ocorre algo, digamos, inapropriado, que veremos depois, que é o desvio e multi-diferenciação da vontade a partir da livre vontade numa direção imitadora e aprisionadora. Então temos uma forma semelhante ao mundo que faz parte desse e de seus processos de transformação e isto é tão marcante enquanto experiência que muitos se identificam com essa manifestação, ainda que muitos outros se identifiquem mais com a mente, e ainda relativamente poucos com a consciência.
Qualquer dessas identificações está errada porque temos uma interferência na consciência-mente-forma original devido a esse processo consciência-mente forma desviada. De modo que temos uma forma original e uma forma material biológica, temos uma mente original e uma persona construída no mundo, e temos um consciência original espiritual e uma consciência biológica limitada, aprisionada e iludida, isto é, vendo uma mistura de verdade e projeções, como uma miragem ou alucinação num cenário perigoso.
Então é difícil conhecer algo além desse mundo e dessa dimensão visto que estamos sempre enredados por essas condições que sequer sabemos distinguir bem. Estamos em resumo verdadeiramente condicionados a essa dimensão.
Então o que interessa nisso tudo é como libertar-se desse condicionamento se quisermos ver alguma coisa além ou se quisermos ir mais longe ainda e descobri o que realmente somos e o que estamos fazendo aqui, e para onde vamos e se existe algum proposito para nossa existência. O que importa é saber o que temos que fazer para isso, o resto acessório para deleite intelectual ou simplesmente atrativos diverso para trazer as pessoas ao que realmente interessa, sua liberdade e que conheçam a verdade por si mesma, não porque alguém disse.
UM MÉTODO CIENTÍFICO DE RELIGIÃO?
Observe que não precisaríamos ir muito mais além (embora hajam muitos outros aspectos e detalhes) para perceber que isso também é um dos significados do que dizemos quando afirmamos que vivemos um mundo de ilusão. Vivemos nos identificamos com cópias baratas, ou melhor, perecíveis, suscetíveis a inúmeras limitações e enganos, do que realmente somos.
Vamos ver o que podemos fazer. Vamos descobrir o que somos nós primeiro, para então podermos fazer alguma coisas. Ainda temos certa "quantidade" de vontade livre, não condicionada por esses enganos, que é o que realmente somos. Essa parte é a vontade original, pura, é a única coisa que realmente somos de maneira diferenciada dos outros. Ela é também a única parte ativa em nós e realmente independente, mas precisamos distingui-la da vontade aparente, os múltiplos quereres condicionados, desejos e impulsos, naturais ou aprendidos, que são também, como o restante, dependentes e incondicionados. Existem poucas pessoas neste caminho de despertar porque também é o mais perigoso. Despertar pela vontade em vez de pela consciência e ou devoção (amor)? Sim também, mas não quer dizer que não devamos trabalhar os outros dois do mesmo modo, e sim que enfatizamos o da vontade (thelema) igualmente ao despertar da consciência pura (nous) e do amor (agape).
 Todo o resto que pensamos ser nós mesmos de fato não é nem nosso, nem está sob nosso inteiro controle, ou é algo dependente e condicionado (mente e objetos mentais) ou é neutro e igual ao de qualquer outra pessoa (consciência pura). Tudo se enquadra nas seguintes categorias: objetos da consciência, mente e objetos mentais (incluindo o que pensamos, o mundo, a matéria, as pessoas, nossas características pessoais e nossos corpos, etc.) que são condicionados e dependentes; e (2) consciência pura, verdadeira, limpa como um espelho perfeito limpo e polido, que é neutra e igual a qualquer outra de qualquer outro ser. Porque a consciência é essencial e primordial, mas ela é igual a de qualquer outro ser, vazia como um espelho que apenas reflete imagens, vistas como seus conteúdos, condicionados.
Só que nisso também há uma vantagem, ela é como a de Deus, ela é igual, ela é a parte dele em nós, é o sopro vital de Deus em nós, o nosso espírito, vindo de Deus, a partícula de Deus em nós, que se conserva igual desde o princípio, original, intacta, intocável. Ela é vista separadamente apenas de maneira didática, pois na verdade ela também constitui uma triunidade, com a vontade original e a afeição original, esta afeição é o amor puro, incondicional, principalmente pelo que é objetivo de sua vontade, por isso o busca incansavelmente e não estará jamais feliz e satisfeita enquanto não o estiver cumprindo.
Contudo a consciência de Deus não tem limites e obstruções (além de ter acesso a todos os instantes simultaneamente) e a nossa embora seja infinita como a dele está cheia de obstruções que impedem de ter consciência de muitas coisas. Precisamos apenas conhecê-la como ela realmente é, pura luminosa e desobstinada, reconhecê-la. Mas para isso precisamos eliminar os obstáculos, os condicionantes que a limitam, nem que seja por alguns momentos quando vamos investigar a verdade (e temos métodos para isso). Esses condicionantes são como sujeiras no espelho, a saber, as emoções negativas, ódio, aversão, os desejos e tendências insalubres e egoístas, cobiça, arrogância, inveja, etc.. De que adiantaria olhar a verdade por um espelho sujo que faz ver imagens que não estão de fato lá? Precisamos limpá-lo.
Não adianta dizer que não há espelho nem onde a sujeira se sustente quando justamente esse espelho é o que vê, a testemunha, a consciência, e nós sabemos que há um que vê, e nós sabemos que há visões (independentemente de onde, ou do que sejam essas visões ou se elas são reais ou não, o fato é que há e sempre haverá visão de algo), e nós vamos um pouco mais além, baseados em nossa experiência e de vários outros, e dizemos que as visões estão distorcidas e nos iludindo justamente porque há uma sujeira no espelho. E nós estamos vendo essa sujeira também (por isso dizemos que o caminho chamado da não-mente é infrutífero e o da mente-única produz fruto). Embora essas visões dos obstáculos estejam também vistas de forma distorcida (mas quando removemos alguma delas já enxergamos algo que elas escondiam) nós sabemos que existe uma visão clara exatamente quando as removemos mesmo que por alguns instantes quando nos sentamos fazendo alguma prática voltada a isso. Não adianta complicar o que é simples, nem simplificar em excesso, mutilando, o que é complexo. Esta ideia é simples e facilmente verificável por qualquer pessoa. Um caminho em que você se dedica toda uma vida para talvez lá num futuro distante ter um vislumbre de realidade ou uma promessa de libertação realmente não vale a pena, pode ser um engano ou enganação.
Nós também não somos a mente porque, além de ser condicionada, dependente e não estar totalmente sob nosso controle, esta muda, se transforma e é construída e desconstruída várias vezes durante na vida. O que ela tem de original? Todas as diferenças entre as mentes são apenas devido a condicionante biológicos e da experiência, ela não é o que somos, tudo que está nela veio "de fora". Se acreditamos que somos mente é como se fossemos vítimas do ambiente, pois mesmo nossas escolhas estão condicionadas a ele. E nem sequer conhecemos nossa mente, pouco dela aparece na consciência, uma parte muito pequena de toda sua atividade. Ela pensa e sente por si mesma, em grande parte independente de nossa vontade. Mas também nisso está uma ferramenta: ela trabalha automaticamente e pode ser reprogramada e comandada em parte pela vontade para fazer o que for necessário para nosso desenvolvimento e vai trabalhar automaticamente para nós. Precisamos de meios de colocá-la a nosso serviço, mas antes precisamos conhecê-la de fato e não apenas a parte que aparece em nossa continência, mas também o que está nos chamados as vezes de subconsciente e inconsciente.
A única coisa que realmente somos nós até aqui é a livre vontade, a vontade pura. Precisamos do mesmo modo que as outras duas descobri-la na sua originalidade, separado das demais e dos condicionamentos e desvios da verdadeira vontade.
Então em suma nosso método primeiro envolve conhecer, por si mesmo, de forma empírica, testemunhar. E observando de forma criteriosa e científica conhecer primeiro o que nós mesmos realmente somos, a triunidade original, consciência pura original (nous), afeição original (agape) e vontade pura original (thelema). Nesse caminho inevitavelmente vamos também conhecer ou pelo menso descobrir muito sobre a parte condicionada, atuais e temporais objetos da consciência: mente (dito nosso mundo subjetivo) e objetos mentais (nosso mundo do subjetivo ao objetivo) e o que costuma se chamar de nosso mundo que também é uma triunidade: (1) aparente consciência de si, ou seja, consciência de uma consciência própria que testemunha; (2) consciência de mente e objetos mentais aparentemente interiores que são as sensações mentais; e (3) consciência de objetos mentais aparentemente exteriores que as sensações materiais fenomênicas e de sentidos. Se essas três são apenas impressões ou se são aspectos da mesma coisa, ou mesmo se as três bases disso são também apenas uma única coisa é outro assunto para mais adiante e que precisa também ser descoberto pelo estudante praticante.
O MÉTODO NA PRÁTICA
O método tem sido chamado de religioso, mais por identificação dele com diferentes práticas de diferentes religiões do que pelo que ele é em si, um método, científico, de realizar algo próprio da religião, a religação com Deus, a purificação espiritual e o retorno à natureza original.
Nós propomos na verdade um método que tem que ser primeiro científico, embora utilize técnicas já consagradas em algumas religiões, que complementa, auxilia, potencializa, investiga e dá provas e garantias da eficácia de certos procedimentos, da realização plena dos resultados esperados e da realidade do descrito e ou prometido. Assim podemos dizer que se trata de um método científico que tem objetivo religioso, isto é, não só de conhecer a nós mesmos e a realidade tal qual é e suas leis, mas também de retornar a um estado original, de religação. Isto em primeiro lugar. E tanto secundariamente quanto como um efeito colateral terminamos descobrindo algumas coisas sobre os métodos das religiões; sobre as naturezas e os mundos; e sobre os seres e nós mesmos. Podemos ainda dizer que se trata de investigar cientificamente os métodos e conclusões das religiões; ou ainda da investigação sobre a realidade dos seus objetivos últimos e também dos secundários. Mas por que nos identificam tanto com as religiões e até nos acusam de sermos uma religião eclética ou um sincretismo (o que não somos)? Vejamos.
Usamos o método da atenção vigilante e da meditação zen budista (que vem das disciplinas ou psicologias que restaram do budismo e taoísmo primordiais) para conhecer a consciência só, isolada, pura, original. E nesse processo também conheceremos a mente automática porque ela não vai parar só porque decidimos parar, ela vai levar muito tempo para concordar conosco em parar ou em não atrapalhar e colaborar; ela vai continuar sua atividade de várias maneiras, como já sabem todas as pessoas que meditam ou praticam zazen ou mindfulness, então vamos simplesmente observá-la também, boa parte do tempo, aí teremos a completa certeza que ela não pode ser chamada de um eu ou minha mente, pois veremos que ela age sozinha como bem lhe apraz. Mas também por vezes teremos intervalos de controle e outros sem nenhuma interferência dela nem do que se chamam impurezas, então veremos a consciência pura, clara e lúcida tal qual ela realmente é.
Também usamos o que evolui como ciência desde as ciências antigas, da yoga, do hermetismo, da alquimia e da gnosis, para conhecer nossa verdadeira vontade, única e ultimal, que é a razão de tudo, que é a razão da nossa própria existência, que é o plano original de Deus para nós. Aqui a alma (mente) é convidada a desapegar-se cada vez mais da matéria de baixo (corpo material, mundo material e suas demandas) e voltar-se para cima, para sua verdadeira natureza imutável e imortal, o espírito (consciência-afeição-vontade original). Nisto se resume todo o processo chamado alquimia espiritual ou simplesmente alquimia, bem descrito e sintetizado na tábula esmeraldina. E do mesmo modo, no trabalhar e conhecer dessas hoje, na prática desses experimentos e exercícios, no processo de obter esse conhecimento, adquiriremos uma série de outros tantos conhecimentos sobre as naturezas e os mundos e sobre os seres e nós mesmos.
Usamos o que foi preservado do cristianismo primevo, o cristianismo primitivo, original, cristianismo no sentido da palavra, não o cristianismo religioso ou cultural, isto fazemos para realizar a única religião verdadeira, no sentido da palavra, que independe de qualquer religiosidade, isto é, reunião, religação verdadeira e possível: a da nossa triunidade primordial e verdadeira à triunidade de Deus em seu plano original, religação esta que é feita através do filho em nós e de nós como filhos... E do mesmo modo como nas anteriores no realizar disso, na prática desses e uso desses princípios universais, adquiriremos uma série de outros tantos conhecimentos, transformações sobre nós mesmos; e ao final do processo a realização plena do objetivo original e do acesso ao nosso ser plenamente restaurado à natureza original e ao plano original.
E usamos todos esses métodos e outros para descobrir a verdade das coisas, de tudo e do todo. Esse método chama-se de gnosis. Gnosis no sentido da palavra, não como diz-se que os gnósticos antigos acreditavam nem como os gnósticos de hoje tentam confundir, mas uma forma de conhecer plenamente. É um tipo de ciência, uma ciência do conhecimento, do modo de conhecer e daquilo que conhece; uma ciência do que toma ciência, a testemunha, a consciência. Não estamos falando das doutrinas diferentes das várias escolas que foram chamadas de gnósticas no início deste milênio, nem estamos nos referindo a esse "gnosticismo" misturado ou da "nova era" (neognosticismo) que têm sido apresentado desviando os buscadores, nem tampouco o gnosticismo que ao contrário se dividia em inúmeras seitas sectárias em sua maior parte desde o início e ao longo de toda a história. Estamos falando de um método, um modo de conhecer seguro onde a divisão entre conhecedor, conhecido e processo de conhecer desaparece, sobrando a realidade do conhecimento puro e inteiro, completo, ou o conhecimento real.
Então se por um lado temos um papel científico como foi resumido acima sobre nosso estudo, pesquisa e métodos, por outro temos um papel no resgate histórico e moral através da pesquisa das fontes originais eficazes das práticas religiosas, dos seus princípios, de suas sabedorias e de seus resultados.
COMO REALIZAMOS ISSO?
O que pôde ser descrito aqui é apenas o processo inicial básico e resumido. Mas existem várias práticas e detalhes que levam muito tempo e estudo, o que é o trabalho da ordem. Existe portanto um conhecimento, uma disciplina e práticas, e um contato direto com as realidades além da matéria desse mundo. O que resulta numa específica sabedoria.
Fazemos isso através do ensino dirigido e individual a cada estudante praticante. Por técnicas que são ensinadas e pelo estudo principalmente dos livros sagrados que são a fonte inalterável desses saberes, assim como, secundariamente, através das conclusões destes estudantes ao longo da história e nossas das nossa próprias experiências individuais e testes, e ainda em terceiro lugar através das tradições e seus resultados obtidos ao longo da história.
Mas principalmente, em determinado momento, o estudante tem que se tornar independente e conseguir por si mesmo o conhecimento direto. Isto acontece através de três processos fundamentais. Através (1) do conhecimento da verdade em si mesmo, por certos de métodos, através (2) da comunicação direta com as dimensões muito mais sutis e o recebimento direto do conhecimento necessário, e através finalmente (3) da reunião definitiva com o plano original.
Cada integrante da ordem deve também deixar a fraternidade quando estiver pronto em seu aprendizado e ensino e fazer o mesmo, preparar outras pessoas, tendo apenas sobre si a interferência da ordem interna. Esse ideal, entretanto, raramente é conseguido, pois: de dezenas ou até mesmo centenas de estudantes aparece um que queira, de todos os que querem poucos são os que estudam e praticam o suficiente, e de todos os que estudam e praticam poucos conseguem finalizar completamente todos os objetivos. Então o que cada um deve fazer é superar essas etapas e de fato querer, estudar e praticar por isso sem dificuldades alcançar os objetivos e ensinar outros a fazer o mesmo. Cada professor da ordem assume que deve preparar pelo menos um sucessor dessa forma. E todos, se estudarem e se dedicarem, em relativamente pouco tempo estarão prontos para isso antes mesmo da realização final, isto é, no transcorrer do segundo processo descrito no parágrafo anterior. Então se um professor tem doze estudantes, um ou dois que atinjam isto está muito muito bom, mas se tem mais em condições ou condições de ter mais estudantes se dedicando somente a isto é muito melhor para a humanidade. Lembrando que não é um trabalho egoísta, não trabalha para si mesmo, nem em última análise para seus estudantes mas para a verdadeira ordem na humanidade.
Então uma vez tendo conseguido a  comunicação indubitável com a ordem por um meio suficiente e eficaz todo estudantes pode ser convidado a intensificar seu estudo e ensinar a outros antes mesmo das últimas consecuções. Isto explica porque a ordem é diferente e funciona dessa forma. Suas consecuções são fáceis e atingíveis a todas as pessoas desde que queiram, pratiquem e estudem, pois o processo é seguro e eficaz. É muito fácil.
Nós vamos direto ao que interessa e mantemos o foco. Ao contrário de outras ordens que dão milhares de práticas de diversos tipos e estudam toda espécie de ocultismo e esoterismo inútil apenas no intuito de atrair mais gente (gente que com tantas práticas jamais praticarão as fundamentais por tempo suficiente, nem sequer saberão escolher quais são, é como querer ferver uma comida dividindo o tempo da fervura em vários fogões em lugares diferentes e a panela novamente esfriando). Mas aquele que não tem provas não deve ensinar. Então é preciso ter provado a si mesmo o que aprendeu para ensinar.
E as últimas consecuções são raras e difíceis, não são como todas as primeiras. Só com uma orientação superior, precisa, individual e particular pode ser transmitido o que supera essa passagem do fácil ao intermediário. E só a fraternidade interna agora pode transmitir o necessário para passar do nível intermediário ao de consecução difícil.
Saímos do alto explicando a aplicação universal dos princípios até as pequenas e múltiplas coisas e processo. Os níveis em que se distribuem os graus também formam uma triunidade compatível com o mundo que vivemos, com nosso ser e com o Supremo funcionando como elo entre este mundo decadente e nossa aparente realidade e o mundo real original. O que fazemos é instruir individual e adequadamente em como fazer e o que fazer para realizar isto.



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MOVIMENTO DOS ILUMINACONISTAS DO TEMPLO DO ONISCIENTE

O.I.T.O.
M.I.T.O. 

O.H.E.O. F.I.T.O. 

M.L.R.M. 
I.A.U. I.A.O.S.
A.A.A. M.M.M. S.S.S.



  
edição 1




UMA PUBLICAÇÃO DO
MOVIMENTO DOS ILUMINACONISTAS DO TEMPLO DO ONISCIENTE
Coordenação geral por Frater        ...  
Editado por Frater I.L.I.V.  






O que é o MOVIMENTO DOS ILUMINACONISTAS DO TEMPLO DO ONISCIENTE?
MOVIMENTO é um conjunto de ações de pessoas e ou grupos voltados a um mesmo fim, um instituto livre e aberto do qual fazem parte várias instituições, que, como a palvra diz está em movimento, não é estático e finalizado a não ser em sua meta e qualidade dos meios ou caminhos. Em nosso caso o movimento formado pelas pelas pessoas, ideias e instituições (como as representadas nas siglas de nossa capa entre outras) que podem se organizar em escolas, ordens, comunidades, grupos, etc.. Dentro do movimento formado por muitas outras siglas e instituições nós representamos e ou fazemos parte das que estão em nossa capa. O movimento está ligado e pode ser considerado uma manifestação da ordem maior e interior, O.I.T.O.. e eu, Frater I.L.I.V. estou ligado a tal ordem e tal movimento, no qual recebi a incubência de fundar e organizar uma fraternidade e uma ordem iniciática para pessoas do exterior após ter criado uma escola e me graduado nas I.A.U. e I.A.O.S..
ILUMINACIONISTAS são seres que se dedicam a própria iluminação com o fim de ensinar outros a alcançar o mesmo. Iluminação tem dois sentidos, esclarecimento progressivo e despertar gradual. As ordens iluminacionistas são as que se dedicam a estes dois fins, tanto quanto a ensinar quanto e a ensinar a ensinar. Esclarecimento é conhecimento que tem compreensão, comprensão é entendimento que se relaciona e se apropria como se fosse seu autor (devido à compreensão mesma); e despertar é ver por si mesmo, saber porque testemunha, não porque alguém disse ou está escrito. O despertar tem dois sentidos também, despertar gradual da visão real dos fenômenos como eles são e despertar último que é conhecer toda a realidade, dimensões e mundos também chamado de onisciência, mas apenas no sentido de consciecia livre e desperta que pode buscar e alcançar completamente todos os conhecimentos possíveis à nossa consciência. Nos dois sentidos ela só é de fato alcançada quando há puificação da mente, isto é alquimia espiritual, restauração do estado original do ser.
TEMPLO DO ONISCIENTE é o que deve ser nosso triplo ser formado de consciência, mente e corpo, que deve voltar ao estado original triuno (consciência, mente e vontade originais) em nosso plano original na plenitude, ou seja, ser o templo do espírito verdadeiro e harmônico. No estado em que nos encontramos a mente está voltada mais para o corpo e as coisas materiais e no processo a que nos dedicamos ela se religa novamente ao espírito e desfruta de corpos ou formas e experiências espirituais. Este é o processo chamado alquimia espiritual. O corpo e demais recipientes estão mais cheios de materialidade, emoções inferiores e aflitivas e ignorância (visões distorcidas e erradas), através do processo de despertar e purificar eliminamos os obstáculos que nos impedem de desfrutar de um corpo material, mental e até espiritual, puros, onde não existirão mais emoções inferiores e aflitivas nem ignorância nem visões distorcidas e erradas e nem o corpo material constituirá um obstáculo ou limite aos nossos sentidos e capacidades de conhecer a verdade (gnosis). Mesmo antes, no decorrer desse processo, nosso triplo ser corrompido já se torna, e cada vez mais claramente para nós, o templo do onisciente, que é a fonte triuna original, consciência (nous), amor (agape) e vontade (thelema), chamada Deus (Pai, Filho e Espírito). Até que novamente nos tornemos semelhantes a ele, como realmente somos e nunca deveriamos ter escolhido deixar de ser ou ser separados. Então nossa triunidade é restaurada à sua condição original, consciência (espírito), mente (alma) e corpo (vontade), puros. E depois dessa vida, ao retornar ao estado original de plenitude (pleroma), totalmente iluminados e livres de toda condição decadente, desfrutamos infinitamente o convívio com Deus segundo seu plano original e uma espírito de paz e lucidês infinita, uma alma pura e plena de conhecimento e sabedoria infinitos e um corpo glorioso de maleabilidade à vontade, incorruptível e imortal .