terça-feira, 26 de maio de 2015

POEMA CIENTÍFICO II

Projeto de pesquisa apresentado por aspirante Frater D.R.A.A. a Frater A.A. como parte do projeto de doutorado

POEMA CIETÍFICO II
O espaço é curvo, logo,
No infinito os dois extremos de uma reta podem se encontrar
E está dentro de suas possibilidades a fatalidade de retorno ao ponto de partida
Mesmo que um objeto descreva uma espiral:
Toda espiral gira em torno de um eixo em linha reta
E toda reta é uma curva
Mesmo se tal reta seja também uma espiral dentro da espiral
Ela inevitavelmente volta sua circunferência na direção oposta de sua partida
Portanto a expansão total de um ponto explodido em todas as direções é o retorno ao centro
Logo, o universo expande e “contrai”
 A extrema contração acumula energia proporcional ao extremo equidistante da curvatura:
A mesma força da explosão
Levando a uma nova explosão em sentido oposto ao da contração
Alcançando por isso a mesma distância e circunferência
Começando tudo de novo
Como todas as possibilidades do universo são finitas

Fatalmente vários resultados se repetirão com exatidão

segunda-feira, 11 de maio de 2015

é próprio da natureza amar e preservar o corpo
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
é próprio da natureza buscar satisfação e evitar o sofrimento
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
toda consciência é como um espelho e nela cabem infinidades
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
todo ser não preserva eternamente nenhuma parte
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
todos os seres compartilham por vezes muitas coisas
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
tudo e todos são fluxo como a natureza toda
assim todos os seres são o mesmo e ninguém é separado
a natureza é como uma mãe interna que cuida do que cria
por isso a natureza é a mãe e Nirvana é tanto pai como filho
e assim sempre somos eternamente
fecundando e parindo e cuidando
em Nirvana não há distinção
embora aqui pareça haver distinções e erros
é por isso que eu amo a natureza
Nirvana, a natureza e todos os seres
são a mesma coisa
não existe "outro", mas "isto"
"isto" é a libertação da dor, do sofrimento e da insatisfação
um bodisatva deve saber que não há distinções
deve estar decidido a libertar todos os seres
mas deve saber que não há seres a serem libertados
todos os seres já estão na libertação
é por isso que nós cultuamos as mães