terça-feira, 27 de novembro de 2018

APRESENTAÇÃO DA O.I.T.O. E SEU FUNCIONAMENTO - Parte 3

O que é a manifestação da ordem no mundo?


Nossa ordem no mundo manifesta-se como mentes que busca mo mesmo propósito dessa Grande Obra Alquimista e como fraternidades que trabalham em conjunto devido a essa mesma enfase no segundo dos três processos já descritos, para ajudar pessoas com seus problemas a superarem estes e suprirem suas necessidades nessa caminhada. Dos três processos, salvação, regeneração e retorno, o menos ajudado nesse mundo é o segundo. Para salvação temos várias instituições e denominações, algumas até que trabalham com a regeneração embora não sistematicamente; para o retorno todos temos a morte algumas poucas instituições trabalhando por meios nem sempre corretos ou seguros (até opostos a esse propósito em alguns casos) para que esse retorno se possa ser verificado ainda em vida. Nós também trabalhamos no sentido que esse retorno ao estado original e dimensão original possa se dar ainda bem antes da morte do corpo, mas sabemos da real dificuldade humana em atingir esse nível sem a etapa anterior, isto é, a regeneração, por isso enfatizamos esse processo. nisso consiste a alquimia mental, mais conhecida como alquimia espiritual. Se tata da ênfase no que tem chamado por muitos nomes, purificação, santificação, restauração, regeneração, cura, dissolver, etc.. Imagine uma instituição especializada nesse processo, para atingir o fim maior, são as fraternidades que se manifestam com esses três propósitos, salvar, curar, regenerar, e também para ensinar isso e ensinara a ensinar isso. Assim como existem psicólogo, psicanalista e psiquiatra para tratar com processos que em geral vão levar a mente perturbada por algum processo à sua normalidade, a fraternidade é uma instituição com o propósito de ajudar pessoas a levarem suas mente de uma normalidade limitada a uma regeneração de seu estado original antes da queda.

A ordem inclui em si todas as pessoas, essa uma terceira categoria de "nós" fraternidade. Quando digo "nós" nessa terceira acepção me refiro a todos os seres, que interagem com todos os seres, desde a Ordem, original, até aqueles mais distantes até mesmo da aspiração ou do conhecimento  de uma ordem, aqueles mergulhados no caos. Assim, também somos como que forçados a atuar também no mundo criando condições de liberdade e de conhecimento que permitam os seres verem por si mesmos a limitação da realidade em que estão mergulhados e voltarem a almejar algo mais além, não transitório, não imperfeito, sem sofrimento, sem ignorância, sem esquecimento, sem doenças, dor, degeneração e morte, mesmo que antes sem sequer crer ou ter esperança que tal realidade exista, mas pelo menos que aspirem algo assim, pelo menos reconheçam que estão numa prisão.

Então agora completamos o "nós", quem somos nós? Existem três categorias de "nós" possíveis até agora e isto só tem importância para que uma delas tenha consciência que tem a função obrigatória de atingir a outra para o bem de ambas, pois não existe neutralidade, não existe isolamento, sempre estamos influenciando e sendo influenciados, e nossa negligência ou nada fazer é simplesmente permitir que o sistema oposto, que não para de agir, tome esse lugar e aja. Das três categorias podemos dizer, (1) quando digo "nós", me referindo a todos os seres que são prisioneiros do condicionado, ou seja,  às condições da queda e têm alguma consciência disso; (2) quando digo "nós" me referindo à fraternidade, todos os seres se empenham no mesmo caminho, o que deve incluir também seres de tal realização, mais os seres que nunca decaíram da condição original, e  até o ser supremo e (3) aqueles que estão nesse sistema e se sentem ou se pensam fora da ordem ou que desconhecem a ordem ou que estiveram e saíram antes de entenderem. Pois não existe maneira de não estarem atuando nesse sistema de mundo, então de alguma forma os mergulhados no caos, estão trabalhando hora para a ordem, hora para o caos, ainda que inconscientes disso. Observe que o grupo 1 são todos os que estão no sistema do mundo conscientes, ou não completamente, da ordem; o grupo 2 são os que estão conscientes da ordem, estejam onde estiverem, na ordem ou no caos e que trabalham pela ordem, e nele nos incluímos pelo conhecimento e pela obrigação de esclarecer os outros dois, não só o nosso. Então veja que nossa organização, nisso é bem diferente das outras, porque não temos a obrigação de escolhermos pessoas preparadas e especiais, mas de dar a oportunidade a todas de se prepararem e como elas são chamadas depende de critérios (que não serão falados agora). 

Portanto todos na realidade estão na ordem, para o bem de muitos e de si mesmo ou mesmo que para o bem de apenas um outro, uns com a função de ativar, outros de dar outros de receber, mas todos com pelo menos as duas últimas funções simultâneas, dar e receber, se o que recebe não dá, é sua escolha livre, a consequência é obrigatória. Por outro lado lado isto significa que não há como escapar de ter escolhas, nem das consequências, nem da manifestação da ordem, no final, a equação em aparente desequilibro sempre se fecha em ordem. E as escolhas de uns terão como resultado a restauração e as de outros a perdição. A liberdade inclui poder escolher a escravidão e o dever inclui servir mesmo para o bem do que já está condenado, ou que se coloca como inimigo, não há como escapar da Ordem, há simplesmente múltiplas e contínuas escolhas que terão suas consequências como colheita. Uma semente produz uma árvore que produz muitos frutos com muitas sementes. A colheita sempre é mais abundante do que a semeadura, mas Deus é tão bom que as árvores más podem gerar poucos frutos ou sementes estéreis, enquanto a semente boa, geram muitos frutos, por muito tempo, e dos frutos muitas sementes e das sementes mais árvores boas. Então não há o que reclamar nem da ordem nem do caos, pois ainda a ordem se manifesta no caos, que seria muito pior se tivéssemos aqui tudo que merecemos; mas o caos não toca a Ordem, e as sementes que espontaneamente se tornam más, perversas, egoístas, estas o próprio caos deixa cair no abismo. Com um sopro a Ordem as derrota.

sábado, 24 de novembro de 2018

APRESENTAÇÃO DA O.I.T.O. E SEU FUNCIONAMENTO - Parte 2

Quem somos nós?

Nós somos aqueles que escolhemos o caminho da verdade. Nós somos o que buscamos acima de tudo a verdade, doa como doer, doa a quem doer, não nosso gosto, não nosso conforto, não o que seja parecido com nossas idéias, expectativas, vantagens ou o que acreditamos portanto, mas A Verdade. Nós somos aqueles que já escolheram o caminho da verdade, portanto da renúncia à ilusão, nos afinando com o que há de ordem e desvinculando-nos do que há de caos e suas consequências. Então a ordem no mundo é feita de pessoas, mais especificamente, de mentes que trabalham num sentido oposto ao sistema do mundo, isto é, oposto ao caos, colaborando com a ordem que se manifesta também no mundo para cura, salvação e regeneração da humanidade e dos seres e enfim do cosmo.

Então quando digo "nós", me referindo aos seres em geral, me refiro a todos os seres em todas as condições e dimensões, mas só especificamente os que são prisioneiros do condicionado, ou seja,  às condições da queda; porém  quando digo "nós" me referindo à fraternidade me refiro também a todos os seres se empenham no mesmo caminho, e os que tornaram o surgimento dessa ordem possível, o que deve incluir também seres de tal realização, mais os seres que nunca decaíram da condição original, e  até o ser supremo, assim nós, enquanto ordem, se refere a essa segunda categoria. Mas sobre isso existe mais dois tipos que serão falados mais adiante.

Aqui, a ordem manifesta no mundo através do empenho de pessoas formando uma fraternidade, nós enfatizamos o caminho de realização para o bem da humanidade (no passado chamado caminho da Grande Obra no ocidente e de Caminho do Bodhisattva no oriente, nomes emprestados da alquimia cristã antiga e do anterior budismo bodsattvayana respectivamente, e ainda hoje chamados, mas mais erroneamente, em muitas instituições). E mesmo que seja difícil para muitos chegar a tal realização em sua plenitude, é possível, para todos que vontadeiam (que é diferente de simplesmente querer ou desejar ou aspirar), ensinar por meios hábeis, como um bodhisatva, ou um obreiro da Luz contemporâneo, desde que se preparem com o estudo, a  prática e o comportamento exemplar, para isso. Mas só quando atinja de fato um novo platô de existência nesse caminho. 

Os alquimistas antigos chamavam de Grande Obra o trabalho alquímico em seus quatro estágios, só no coloquial, mas em seu significado real se refere ao último estágio da obra. Esse estágio é marcado por uma realização plena e pelo mais nobre reconhecimento de seu propósito nesse mundo no que concerne em passar adiante esta obra, ensinar. Assim a obra começa mais cedo: quando se está pronto para ensinar e curar. Nós enfatizamos este caminho porque (1) não faz sentido ser feliz sozinho enquanto o mundo arde em chamas, essa felicidade egoísta definitivamente não é felicidade, mas um entorpecimento; (2) o mais nobre e mais justo é o que serve, não o que é servido, a ordem é um todo harmônico, não partes desconexas agindo e influenciando "ao acaso", por seus próprios impulsos e projetos particulares; e (3) é a maneira mais eficaz, mesmo o pensar egoisticamente em servir apenas para avançar no caminho ainda é mais efetivo do que aquele que é empenhado, mas só trabalha pelo próprio benefício. A Ordem é assim, ou seja, é como ela é. Portanto quem se entrega à verdade avança, quem retém decai, ainda que aumente em conhecimento e virtude.

Para chegar a tal ordem desenvolvemos um caminho de disciplina, estudo e prática que possibilita (e relativamente em muitos casos facilita muito) chegar a um nível de desenvolvimento e compressão em que o indivíduo entra em contato gradativamente com esta Ordem e suas práticas e realizações, ou, pelo menos (se não conseguir desenvolver-se por ter uma vontade fraca ou praticar e estudar insuficientemente ou qualquer outro impedimento) aprender conhecimentos, práticas e comportamentos que abrirão mais e mais sua visão e tornará sua vida, e seu relacionamento com este mundo, mais consciente, mais feliz e mais equilibrado, bem como que possa compreender e antever o caminho e as realizações com clareza pela confiança na ordem superior adquirida através da compreensão e dos resultados obtidos por meio desse modo de vida. Então veja que na pior das hipóteses ainda há avanço, desde que não continue egoísta, ou cultivando a si mesmo em vez de cultivar a verdade. 

Para isso a fraternidade tem um plano de preparação, onde o praticante (ou mesmo o apenas estudante), veja até onde vai por suas própria forças, e compreendendo seus limites almeje o segundo nível onde esse contato se torna possível e o reconhecimento da Grande Obra como muito superior à "pequena obra" é levado em consideração. Se a pessoa para e decai, ou se abandona é porque nunca deixou em pensar apenas em si mesma, no seu querer, desejos e vantagens. São três os sintomas mais comuns do desinteresse e do abandono: ou a pessoa não conseguiu superar nem reconhecer a prisão de seu próprio egoísmo e de suas idéias e ideologias; ou a pessoa era apenas curiosa ou estava apenas experimentando, não tendo de fato vontade suficiente nem discernimento consciente (espiritual) das realidades do mundo e da ordem; ou simplesmente era má intencionada, ou estava em busca de vantagens para conseguir algo que seria ruim para si mesma ou para outro ou outros. Então elas não são o "nós" fraternidade. Tais pessoas são como meninos indisciplinados e distraídos que "se queimam", logo que se aproximam do forno da alquimia espiritual e se vão magoadas. É o melhor, antes que algo pior lhes aconteça por sua distração, egoismo e indisciplina. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

APRESENTAÇÃO DA O.I.T.O. E SEU FUNCIONAMENTO - Parte 1

O que é a O.I.T.O.?


O.I.T.O. é o nome que nós damos à ordem em sua parte superior original, o círculo perfeito em ordem, a Ordem. E, em sua parte posterior, abaixo, como manifestação em ordem neste mundo. 

Não quer dizer que se apresente com essa sigla, ou sempre se apresente com esta ou outras siglas, o que importa são os significados exatos, as siglas podem variar muito. A Ordem Iluminacionista do Templo do Onisciente é apenas um dos nomes que podemos dar ao que isso significa. O que significa isto? Significa o que já foi dito na parte intitulada "A Ordem", nas partes seguintes e em especial também na parte intitulada "O que Significa o Nome O.I.T.O.", e é ainda mais que isso.

Enquanto fraternidade de seres nos referimos à ordem "interna", ou seja, superior, que não é desta dimensão, desse mundo, mas dos realizados, despertos, livres e ou libertos, tenha sido libertos ou nunca tendo caído do estado original. 

A palavra ordem podemos também em determinado caso dizer que se refere a seres, mas mais precisamente a leis e realidades, a essa organização, esta ordem superior, verdadeira ordem, que está por fonte da ordem neste mundo, onde quer que ela esteja ou se manifeste; já o nome O.I.T.O. nós damos a essa mesma organização superior e fonte da ordem neste mundo se referindo aos seres que fazem parte dela onde quer que ela se manifeste. Então são variantes acepções a depender do contexto a que se refira ou no qual esteja inserida. 

Por alguns religiosos e ou religiões esta ordem verdadeira tem sido designada como região, como seres ou como ordens de seres chamado de céus, divindades, moradas puras, hierarquias divinas, devas, anjos, bodhisatvas, budas, poderes, potestades, forças, etc.; e pelos ocultistas, esoteristas, filosofias e escolas tem sido chamada, além de alguns dos nomes acima citados, de ordem interna, irmãos invisíveis, fraternidade dos iluminados ou dos ascensionados, ou fraternidade da luz, entre outras nomenclaturas. Por outras ordens e religiões, alguns rosacruzes por exemplo, chamam de a verdadeira rosacruz, ou simplesmente a verdadeira ordem; outras chamam de a verdadeira igreja, ou verdadeira igreja cristã ou gnóstica ou o que seja de acordo com sua denominação. Alguns desses nomes podem ser sinceros e verdadeiros e outros não. Esses nomes no geral confundem em vez de esclarecer.

Tais nomes dificilmente dirão alguma coisa expressiva sobre tal ordem. Além disso alguns desses nomes, e outros, têm gerado enorme confusão e controvérsia. Isto de tal modo que atrapalham, especialmente ao que está no início do caminho, e não se sabe se se referem a supostos espíritos superiores, ou mestres ascensionados, ou anjos, ou budas ou bodhisattvas ou mesmo santos, ou devas, ou deuses, ou orixás, ou "cristos", ou "deuses" de algumas religiões conhecidas e religiões e ordens corrompidas ou seja lá o que for que queiram dizer, se é que de fato queiram esclarecer alguma coisa, pois nem todas têm essa intenção. Essa equivalência é outra principal causa de confusão, desvio, ela nao esclarece e na maior parte das vezes é mentirosa, enganosa. Elas podem até servir para as pessoas dessas religiões ou ordens, mas na medida em que se equipara a religiões e ordens de outras pessoas, além de poder cometer leviandades, é de uma superficialidade danosa, que trás muitos prejuízos e enganos. Além disso podem ser ofensivas essas equiparações para as pessoas dessas religiões. Então se estudamos de forma científica devemos evitar esse tipo de linguagem.

Por isso é preferível não usar nem estes e nem outros nomes para designar tal fraternidade, o qual foi apossado principalmente pelos chamados movimentos nova-era (auto reconhecidos ou não como tal), algo tão desorganizado e impreciso, que ninguém sabe mais do que se está falando. Aqui, o titulo genérico é O.I.T.O. que se refere à "ordem superior" seja em sua dimensão original, seja em sua manifestação em outras dimensões. Tais dimensões não são simplesmente as tradicionais dimensões da física, embora exista alguma relação com elas, são gradações que vão de puramente espiritual, passando por mental, até chegar no material. Mas assim como existem vários estados de matéria, existem vários estados mentais, e vários níveis espirituais, tanto distantes uns de outros quanto se intercomunicando uns com os outros. Isto é discutido em outro tópico, lembrando que nossa abordagem é puramente científica, e não mística, portanto não nos interessa a nomenclatura nem as divisões tradicionais que tem sido apresentadas, mas as realidade referidas.

Porém, é preciso que adiante, na realidade só existe o Supremo, uno, em sua maneira triunitária e o seu projeto original, a natureza original e seres, múltiplos, mas semelhantemente triunitários, distribuídos em uma criação eptadimensional. O resto é ilusão decorrente de nossa visão distorcida e limitada, fala e ações erradas, e de suas consequências, quando nós usamos mal a liberdade original, "criando" um mundo decadente e uma natureza corrompida consequente desse erro. 

Em suma, só existe a ordem, o caos e tudo mais fora da ordem é fruto de nossas mentes, mas, isto está previsto na onisciência pelo uso da liberdade de partes que se isolam, portanto, mesmo no mundo aparentemente caótico, a ordem interpenetra trazendo a possibilidade de cura, claro que fazendo uso da mesma liberdade. Assim se o caos segue e chega até o abismo: este é o sonho escolhido por muitos para viver. Portanto o ditado que diz que onde houver liberdade muitos vão escolher a escravidão não é falso. Traduzindo: se há escolhas é possível que muitos escolham a ilusão imediata, pelo prazer inconsequente, em vez da verdade eterna, pelo medo (ou aversão) da renúncia ao mundo de ilusão e suas promessas...



terça-feira, 20 de novembro de 2018

Rosacruz Hoje - DOS OBJETIVOS


Neste mundo que se acha envolto em trevas e turbidez, ilusão, limitação, ignorância, erros, sofrimentos, doenças, emoções ruins, conflitos, degeneração, envelhecimento e morte a fraternidade vem até nós com objetivo libertador. Ela vem nos libertar dessas coisas. E o que é a libertação? 

É a libertação desse estado de coisas supracitado, portanto, neste mundo é: (1) a salvação, que significa alcançar o oposto disso, ou seja, a luz, o conhecimento correto, sem dúvida, a vida e visão corretas, a felicidade (a libertação de todo sofrimento e suas causas) e a imortalidade (a libertação da transitoriedade e do tempo), e isto pode ser parcialmente ser alcançado já, nessa vida, e o restante após a morte; (2) a transformação pessoal, isto é, a regeneração, a transmutação da mente e da matéria corruptível dessa natureza na mente (e no futuro na matéria) em mente pura, ilimitada, e matéria incorruptível, é o retorno ao estado original, à pureza original, à santidade, a troca gradativa dessa personalidade corrompida pela personalidade original, pura, imaculada (isto pode iniciar nessa vida e o restante após a morte), isto é, o retorno ao estado e dimensão original; e (3) o conhecimento supremo, que é na verdade o conhecimento de Deus, de suas características, de seus planos, propósito e modo de agir, seu infinito amor e sua obra perfeita, tanto num nível universal como num nível pessoal, individual e de sua obra e o propósito dela, tanto no âmbito universal quanto pessoal. 

A rosacruz vem ensinar o meio de alcançar esses três objetivos, em suma, a salvação, a regeneração e a reconciliação. A reconciliação, por exemplo, é chamada de vários nomes, religião, gnosis, iluminação, yoga, retorno...  Eles podem ser ditos ou descritos de outras várias maneiras, como já foram ditos ao longo da história, e receber outros nomes, mas o que importa é o que eles são, em que consiste realmente sua realização, o que significam as palavras que o enunciam, não explicações ou descrições, mas prática, demonstrações. A rosacruz hoje seria o que na prática demonstraria tais objetivos. E na linguagem rosacruz, que se utiliza da linguagem alquimista, isto é descrito em quatro passos, que são os processos alquímicos: (1) dissolução, ou morte;  (2) purificação-(3) transformação, ou regeneração-santificação; e (4) casamento alquímico, ou "religare", retorno ao estado, plano, e dimensão original. O que mais uma vez podemos resumir nos três processos já enunciados: "De Deus nascemos, em Cristo morremos e no Espírito Santo seremos ressuscitados".

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Rosacruz Hoje - O MÉTODO CRISTÃO ROSACRUZ


A fraternidade se utiliza de inúmeros métodos para conhecer o que deve ser conhecido, para desenvolver o que em nós deve ser desenvolvido, e para eliminar o que deve ser eliminando, e para alcançar o que deve ser alcançando, a saber: (a) despertar a consciência completamente, que é único instrumento de conhecimento seguro, para levá-la ao conhecimento correto das verdades e à Verdade; (b)desenvolver um amor incondicional que aliado ao conhecimento leva a uma profunda compaixão por todos os seres e a um serviço fraternal e desinteressado em benefício destes; (c) conhecer uma vontade rica de propósito, verdadeira, original, centro e causa de sua própria existência, a Vontade de Deus, e que o propósito dessa vontade seja totalmente levado a cabo; (d) e alcançar uma plena confiança e certeza no que é certo e merecedor de ser confiado, no que se tem certeza e fortaleza, cura e eternidade.

Conhecimento, liberdade e união são os objetivos supremos da existência. Essa triunidade de Deus, consciência, amor, vontade que é visto como verdade, relação e criação, existe também em nós da mesma forma, como conhecimento e liberdade, mas para isso é preciso não estar mais separado de Deus e sim reunido, tornado à casa do Pai. Consciência, Amor e Vontade, são também, Pai, Filho e Espírito; o Nous e o Logos, isto é, a Consciência divina e a Palavra, a razão, a inteligência aparece também em nós quando recebemos a Palavra, o Filho, e através desta o vaso do alquimista é cheio com o Ruach HaKodesh, o Espírito Santo, o azeite que nunca se esgota, que alimenta a chama que nunca se apaga. Estes também são os objetivos da rosacruz. Esse é um livro revelador dos símbolos velados. Mas que adiantará saber se não realizar?

Através do desenvolvimento das emoções superiores e a superação das inferiores, nasce junto um amor incondicional e do amor nasce a união. Através do gradativo e completo despertar aliado à visão correta e modo de conhecer conhecer correto ela adquire o conhecimento. Através do conhecimento supremo e da libertação de todos os obstáculos, impurezas e emoções inferiores se alcança a mais completa liberdade possível e se pode penetrar na realidade. A transmutação leva à visão e à libertação: e a visão à libertação e a libertação à visão, num crescimento retroalimentativo eficiente, o moto perpétuo da alquimia. Essa transformação nos devolve a natureza original e gradativamente o campo de vida original. É colaborar com a obra de Deus em nós e para este mundo, em suma, é fazer a parte que nos cabe completa e eficientemente como nos é ordenado;

Estes são objetivos gerais, mas a descoberta da verdadeira vontade leva também ao conhecimento e realização dos objetivos particulares de cada pessoa que têm como centro e alvo a realização da vontade original, do propósito de sua existência, da causa de sua realização e felicidade, o projeto original de Deus em cada um e para cada um. Então esta realização também envolve uma triunidade em nós numa direção daquele que é o modelo, o realizador e consumador, Yeshua HaMashiach, guiada por ele mesmo em nós, o Cristo em nós, e pela comunicação ao nosso espírito revivido de Ruach HaKodesh, enfim, através da obediência a Deus guiada pelo Verbo, que é Cristo e sua palavra, pelo Espírito Santo e pelos nossos anjos, mensageiros de Deus (pois os filhos de Deus são servidos e orientados por anjos) realizamos uma tríplice tarefa conhecendo a verdade, sendo libertos e vivendo em amor, isto é, realizando em nós a plenitude de nossa triunidade à semelhança de Deus, consciência-conhecimento, Nous; amor incondicional em ação, Agape e vontade de Deus, Thelema.

A descoberta dessa verdadeira vontade interior é o mesmo que o conhecimento do projeto supremo para sua existência, esta vontade una e única coincide com a vontade suprema para sua vida, é o mesmo que plano Deus para sua vida. Portanto essa verdadeira vontade coincide com a vontade de Deus. Realizar a vontade de Deus e o projeto de Deus para sua vida é o cumprimento da obra de sua existência e a única autêntica felicidade possível nesse mundo, realizar aquilo que está no âmago de seu ser, querer e existir, o que significa uma realização completa em todos os setores da existência. Este projeto, que não é do ego, que é o que Deus colocou em seu coração, que trará a autêntica realização e felicidade, mas ao mesmo tempo libertação.

Qual o objetivo da criação? As bodas do filho do Rei. Deus prepara uma noiva para seu Filho e a noiva é feita à imagem e semelhança de Deus que tem como manifesta plenitude o Filho. Ora, a noiva perfeita é, portanto igual ao filho em todas as suas qualidades, por isso Deus nos chamou para o aperfeiçoamento dos santos, ou seja, levar aqueles separados do mundo, santos, à plenitude, ao per-feito, todo feito, acabado, completo, pleno. Isto são as Bodas Alquímicas à qual Christian Rosenkreutz, o cristão rosacruz, é convidado. Ou seja, em sentido macrocósmico são as bodas do Filho de Deus, a união da cabeça e do corpo, de Cristo e da Ekklesia, igreja, comunidade dos chamados para fora de casa, para fora do mundo, dos separado para a perfeição.

Mas em sentido microcósmico as Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreutz, são suas próprias bodas, o casamento alquímico da alma e do espírito. Aqui novamente temos dois significados desse mesmo significado (a rosacruz se utilizou muito de símbolos de símbolos para ocultar seus significados devido à perseguição e à profanação que eram perigos na época). Primeiro o puro e simples: nossa alma, mente, está mais ligada ao corpo e à matéria do que ao espírito e às coisas espirituais, o método rosacruz vai fazer o casamento da alma com o espírito, inverter esse processo de ligação à matéria, ao perecível e assim salvar a alma. 

Segundo o significado do trabalho de Cristo. Cristo veio salvar as almas perdidas, o trabalho é salvar a alma da condenação em que já está. Assim quando recebemos a Cristo em nós e o Espírito Santo de Deus vem habitar em nós nosso próprio espírito é revivificado e possuímos a mente de Cristo como está nas escrituras e todo cristão hoje sabe (ou deveria saber), mas na época não se acreditava assim, era visto até como heresia. Porque isto é o resumo, a profunda consequência disso era matéria de interpretação e ao povo era proibido interpretar as escrituras. Todos sabemos hoje que recebemos o Espírito e nosso espírito está salvo, mas a alma? Até hoje persistem discordâncias, mas nós sabemos que o processo de salvação da alma é gradual, dela só será salvo o que for cristificado, isto é, o que se tornar igual a Cristo, o restante será perdido, assim o processo de transformação da alma leva toda a vida por isso que mesmo salvo o cristão continua vivendo (e para ser um embaixador de Deus na Terra, para edificação do Corpo de Cristo), Para a edificação da alma, para se completar a transmutação alquímica, isto é, a transformação da alma, a santificação, a purificação do ouro, a transformação do chumbo do coração em outro, que permitirá a total união e obediência à cabeça, que é Cristo. Para isto é que há todo um método rosacruz.

Em resumo é este o segundo significado microcósmico das Bodas Alquímicas. Assim a alma, a mente, completamente transformada e feita à imagem do mestre é completamente aceita, salva, ela se une, casa, com o espírito eterno, puro, refeito, renascido, ressucidado por Deus no momento da conversão. Enfim, a alma santificada une-se ao espírito eterno e agora espera o corpo glorioso na vinda do Senhor. Como diz o lema rosacruz:  “EX DEO NASCIMUR, IN CHRISTO MORIMUR, PER SPIRITUM SANCTUM REVIVISCIMUS", "De Deus nascemos, em Cristo morremos e no Espírito Santo seremos ressuscitados".

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Observações Sobre este Site

Este blog foi coordenado por mim e por Frater        ... Mas continha antes visões diferentes, não só da proposta da escola, mas também visões pessoais minhas e de outros frati, nem sempre de acordo com a filosofia da escola, e nem sempre esses publicações destonantes eram apenas matéria de conhecimento. Isso se deu basicamente por dois motivos, (1) o fato de eu ainda ser novato na escola, nos primeiros três anos e já poder postar minha meus estudos e posição pessoal sobre estudos não só da escola, mas de outros que eu estava envolvido, inclusive de outras escolas; e (2) o fato de ser permitido expor escritos meus mais antigos, e sobre a direção de outros frati, e temas de amplo espectro da curiosidade ou estudos desses, mesmo sob pena de ter que alterar tudo depois, e esse momento chegou desde o ano de 2017, o que temos feito. Assim algumas publicações terão que ser excluídas, outras apresentadas em novas versões corrigidas, mantendo a antiga para que se veja a diferença.

Outra mudança é que por vezes serão permitidos publicar estudos dos textos antigos ou livros sagrados das doutrinas antigas como era feito apenas em particular de professor a aluno, para que não haja confusão sobre nossa visão e como, e porque, estudamos tais textos, bem como tratados da medicina universal e no que evoluiu essa ciência. Falta em nossa ordem atualmente cientistas médicos que tenham estudos dedicados nessa área (o meu sempre foi apesar de tudo a cosmologia, embora nos últimos anos tenha se dirigido mais a especializações nas áreas de história, teologia e psicologia, pela necessidade do trabalho que faço como instrutor e no atendimento dos estudantes). Pessoas com esses interesses (médico, terapêutico, farmacológico, fitoterápico, alquimia operativa, etc.) serão muito bem vindas e devem entrar em contato o mais rápido possível. Carecemos também de um matemático, ou estatístico ou físico.

Algumas publicações erradas permanecerão para servirem de testemunha do contraste e liberdade de pensamento expressão na fraternidade, outras serão retiradas visto que agora estamos totalmente formados na organização definitiva dessa manifestação e toda impureza deve ser excluída, todas as ideias e influências nocivas e que não são de nosso escopo também, estamos numa nova direção. Frater A.A. deve ser considerado o verdadeiro inciador dessa manifestação e nosso professor comum, além de Frater        ... responsável pelo blog e ao qual nomeei para minhas primeiras orientações, conhecido também como Frater Silêncio, que continua de forma honorária sendo o responsável pelo site. Estes não serão revelados a não ser para os altos graduados, mais próximos de seu nível, na ordem. Nem a mim cabe investigar sobre mais sobre eles para os expor a não ser para minha edificação pessoal, portanto, único frater exposto aqui sou eu, frater I.L.I.V., por ser professor, já identificado no blog e em outras postagens, desaparecendo qualquer outro nome, ainda que permaneça nas publicações, para ser responsabilizado por elas. Como sempre ainda toda dúvida e comunicação dirigida a mim para o e-mail frateriliv@gmail.com, que antes era geral dessa fraternidade e agora é pessoal meu, sendo eu o único responsável por todos os conteúdos (incluso de outros autores, desde que indicada a devida autoria). Que fique mais que nunca claro que o nosso método é o científico e o que estudamos é sob esse olhar, além das visões que auxiliam nesse método, a filosófica, a epistemológica, a historicista, a psicológica, a cosmológica, etc..E assim é como estudamos esses assuntos livremente ainda que sendo eles do tipo moral, prático, ou religioso, no sentido do conhecimento mais amplo e completo possível para a cura, o auxilio e conhecimento profundo para o bem da humanidade.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

POR QUE NOSSA ORDEM É SECRETA - EXPLANAÇÃO SOBRE ESSAS RAZÕES 5


5. porque se algumas pessoas souberem do que é sagrado e e mais particular para nós isso os levaria a confusão, interpretações erradas, a falar mal dessas coisas e à zombaria, o que traria a essas pessoas e outras no campo de sua influência péssimas e desastrosas consequências. 

Fariam certamente isso, a ordem sabe, especialmente por seus mais de 400 anos de experiência nessa configuração, com aparições públicas às vezes, o que têm acontecido e qual é a reação das pessoas, especialmente sobre os assuntos que lhe parecem matéria de fé, de "ocultismo" ou "contradições" (elas assim vêm, erradamente, mas é como sua compreensão interpreta; as pessoas despreparadas não entendem, por exemplo, que certos entendimentos são exatamente corretos devido a contradições, paradoxos, nem entendem como isto é possível; enquanto, por exemplo, uma pessoa não entender uma coisa simples, como 1+1 são na verdade exatamente três e podem ser até cinco ou mais e não apenas dois, como na matemática simples, é difícil entender algo bem mais difícil que isso, que é o princípio do paradoxo fundamental e particular, estudo de nossa ordem). Muito de nossa sabedoria pareceria loucura aos que não estudam e praticam, e se eles displicentemente ou por ignorância difamarem, afastarem pessoas que têm que vir a nós, ou que já estão conosco ainda iniciando, ou se nos enfrentarem e perseguirem sofrerão as consequências naturais disso. E isso é grave consequência para elas.

Vamos de uma por uma explicar as razões restantes nesses âmbitos. Muitos deuses tem sido zombados e blasfemados ao longo da história, muitas coisas santas tem sido difamadas. Acontece que tudo isso ou quase tudo é falso, deuses e divindades falsas ou seres inferiores caídos, sem poder ou de baixo poder, mas se for apresentado o verdadeiro Deus, seu nome, os seres celestiais reais, seus nomes, sua santidade e as pessoas zombadoras, descrentes, difamadoras ou discordantes os invocasse para zombaria, blasfêmia, etc.? E se ensinarem esses erros a outros? As consequências para a leviandade de tais pessoas seria desastrosa, sua condenação não é leve. Então até para protegê-las de sua própria ignorância, de sua índole má, de seu caráter deficiente ou de sua razão não refinada, muitas coisas têm que permanecer em segredo, pois tal profanação traria muitas consequências ruins a estes próprios opositores ignorantes e sem experiência nem entendimento correto.

E principalmente porque há uma guerra "invisível" acontecendo. Existem seres poderosos de outras dimensões, com grande inteligência e influência, não só bem intencionados, existem os maléficos também e os decididamente egoístas, vaidosos, egocêntricos, orgulhos, expertos na arte de enganar, ludibriar, hipnotizar, escravizar, programar mentalmente as pessoas, seres muito antigos, com muita experiência nisso. Então de fato existe uma batalha espiritual, embora o campo de batalha não seja material, mas a mente humana, sobre a qual podem ter mais ou menos influências conforme se predispunha cada um.

Há uma guerra entre o bem e o mal, o certo e o errado, enfim, entre a mentira e a verdade, entre a ordem e o caos. E existem ordens, mesmo aqui nesse mundo, nessa matéria, não poucas, que, apesar da maioria se fazerem de santíssimas (existem também algumas declaradamente opositoras), e não serem declaradamente opositoras da verdadeira ordem, fingindo-se imaculadas, são exatamente opostas à verdade, são opostas a nós. E se souberem quem somos e do que tratamos mais internamente entrarão em conflito, entre essas existem pelo menos duas muito poderosas, que detêm poder político, financeiro, científico, esotérico-religioso e de influência a nível mundial. Ordens que não exitarão em perseguir-nos, pois são extremamente antagônicas a nós, em seus objetivos e doutrinas. E nós, que somos uma ordem de pessoas, de indivíduos, não de templos, de prédios, de bancos, de instituições poderosas, de objetos materiais, seriamos de certa forma presa fácil. Como no passado,vários dos nosso movimentos foram sufocados e verdadeiros genocídios realizaram-se, inclusive com apoio do povo enganado e facilmente manipulado por suas mentiras e estratégias.

Temos que nos proteger, proteger nossos membros, proteger a continuidade de nossos ensinamento e trabalho de libertação e esclarecimento, mas também temos que proteger até mesmo esse incautos ignorantes, zombadores, escarnecedores, caluniadores,etc.. Pois eles podem prejudicar muito a si mesmos e também a outros e até a todo o povo. Por isso temos que ter um círculo interno que permanece anônimo, reservado, onde só podem fazer parte altos graduados já devidamente provados e comprometidos com nossa causa. Estes é que receberão as informações que permaneceram escondidas à outra parte, enquanto não está ainda devida e completamente preparada em conhecimento, em experiência e moralmente. Esse grupo mais interno nunca é revelado, apenas os professores são conhecidos pois precisam se expor a seus alunos e os mensageiros porque precisam encontrar pessoas e propagar a existência da ordem (mas esses podem usar estratégias diferentes, nas quais ainda podem ficar ocultos) para que a existência da ordem seja conhecida. São os Bispos e Peões do xadrez respectivamente. Os bispos, tendo passado por um período de Torre vigilante, se prepararam para isso, e têm em sua defesa os Cavaleiros, caso venham ser atacados ou perseguidos.

Há também a fascinação e o desejo de fama (lucro e ou poder), e de enganar (entre outros, como o de ganhar alguma coisa, além de dinheiro, seguidores, ajudantes, cargos, etc.). Quando a ordem aparece, essas pessoas podem se prejudicar também por isso, pois criam desde pequenos grupos até grandes imitações para satisfazer seus desejos, falsificações e outras emulações que trazem muito mal às pessoas enganadas, e a elas mesmas, enganadoras. Tais pantomimas por mais leves que sejam poderão desviar para sempre alguém do caminho (por ser algo incompleto, ou errado, distorcido, entre outras coisas que as traumatizará inclusive) pois cada um tem sua liberdade e pode deixar-se influenciar pelo que bem queira ou tenha afinidade e essas imitações costumam tocar exatamente nesse ponto, elas não levam a verdade, mas meias verdades, só que recheadas não das verdades profundas e sim daquilo que vai agradar as pessoas ou fazê-las se sentir especiais, essa é uma característica presente nessas farsas, por isso mesmo muitas delas arrastam multidões.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

ROSACRUZ HOJE - A FRATERNIDADE ROSACRUZ

Por Frater I.L.I.V.

Rosacruz é uma fraternidade. Rosacruz tem escola e religião. Mas não é uma escola comum nem uma religião como as outras. Ela pode se tornar religião para quem a queira tomar por religião e é escola para todos, mas nem todos querem e nem todos os que querem estão aptos para estudar nessa escola. Porém, paradoxalmente, justamente para o inapto também ela pode servir como uma religião (ou começar como uma). 

De tempos em tempos a escola aparece ao nível humano comum para medicar e ensinar a alcançar um nível mais elevados: em conhecimento, em moral e em serviço amoroso. Não que a fraternidade não esteja sempre atuando neste mesmo fito, mas que nem sempre ela está aparente, não é comum que se mostre. A verdadeira rosacruz não tem uma placa, ela é uma associação discreta e secreta. Porque precisa ser secreta para seu funcionamento. Se ela não for secreta e discreta não é rosacruz porque não funciona. 

Tal nível elevado (de conhecimento, moral e serviço amoroso) é requerido para permanecer na escola, mas não significa que não seja possível a qualquer um tornar-se apto, desde que, passando por uma preparação,  queira e aja adequadamente. E a escola vem ensinar justamente isso. há tempos em que ela só aparece para os já aptos, outras para os capazes, porém ainda não aptos e outras para qualquer que simplesmente queira ou anseie por isso. Nessas épocas últimas tem que haver uma preparação, isto é, uma iniciação nas ciências e nos conhecimentos rosacruzes e um desenvolvimento educacional, ético-moral e filosófico, por isso a escola é também uma escola de preparação. 

As portas da escola no mundo só se abrirão àqueles buscadores sinceros após terem provado suas reais intenções e sua dignidade ao status de estudante. E apenas pessoas honestas e sinceras são admitidas. Por isso mesmo a escola deve ter uma etapa preparatória, exterior (algumas vezes ficando numa esfera mais interna de alguma ordem, escola ou denominação religiosa).

As portas religiosas estarão abertas para todos, mas onde encontrá-las? Estão "escondidas" em inúmeras religiões, filosofias e suas subdivisões espalhadas pelo mundo? Pode acontecer, como já aconteceu no passado, e que só talvez essas se revelem como rosacruz após o candidato ter atingido a depuração requerida, ou um grau de amor e compaixão incomum e demonstrar a sede de conhecimento ou a vontade de despertar para a verdade, necessárias para tornar-se um estudante. Mas geralmente não é assim, não é o estudante que acha a escola, e sim a escola que acha o estudante. 

Nessas instituições os aptos, os aspirantes e os buscadores serão achados e observados por integrantes da escola que os convidarão após serem provados. Algumas vezes as portas se revelam por indicação de um bom amigo ou um observador de dentro da fraternidade (infiltrado na instituição ou sendo esta instituição irmanada) que apresentará ao candidato a porta da preparação requerida ao estudante de acordo com sua necessidade, suas tendências e suas aspirações. Isto é o que a fraternidade faz.

Essa preparação na escola ocorre através de estudos, práticas e realizações (que muitos gostam de chamar de iniciações, o que é errado, porque iniciação é quando se começa e realização já é o fim de um processo ou etapa preparatória para outra). E se ele tem uma inclinação ou carência religiosa essas práticas e iniciações podem incluir cultos, orações, cerimônias, e estudos especiais, para que através disso e também da participação em encenações simbólicas (chamadas por outros de ritos), possa experienciar algo mais elevado e comungar da mesma fé e esperança dos justos (mas a necessidade de ritos, rituais, objetos, locais, etc., é uma característica espiritualmente muito inferior que deve ser logo superada). E quiçá todos estes sejam inspirados a trabalhar pelo bem dos outros seres.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

ROSACRUZ HOJE - A VERDADEIRA ROSACRUZ


Frater I.L.I.V.


Rosacruz significa um processo. Esse processo é chamado alquímico e se refere à transmutação. Rosacruz significa a rosa, a Vida, brotando na cruz, a morte; a morte do ego na cruz para o florescimento da verdadeira vida, o Christus, a rosa do espírito original; significa morrer para viver, perder a vida para ganhá-la, perder a vida mortal para ganhar a imortal; significa tomar a sua cruz, negar-se a si mesmo, morrer em si, negar o eu , o ego, e seguir o Cristo, ser ressuscitado e transformado: se tornando igual ao mestre. 

Não se diz ser rosacruz a não ser por convenção, porque dizer já é uma pretensão, já é não negar o ego, já é se dizer não rosacruz. Porque rosacruz é um processo e uma função, o processo é a transformação em filho de Deus, cópia de Yeshua HaMashiach, o Cristo, tornar-se um cristo, ser como ele, obedecer o que ele diz; a função é uma forma de pensar, de ver e de agir, que em suma é buscar a Cristo e  esse processo descrito, é não apenas crer no mestre, mas obedecer o procedimento deixado pelo mestre.

E esse procedimento inclui o aperfeiçoamento dos santos, a santificação, a cristificação, o vaso estar plenamente cheio do azeite. Então rosacruz é pensar que existem três processos a serem realizados pelo Cristo em nós, salvação, santificação e ressurreição, que esse processo depende de entrega, conhecimento e amor, e dar ênfase a realização desse processo. Traduzindo os símbolos e resumindo é isso. Porque ninguém confia no que não conhece e a salvação é pela fé, e a fé vem pelo conhecer. Ninguém confia no que nao conhece e a confiança vem pelo conhecer. Ninguém ama o que não conhece e o amor vem pelo conhecer e confiar. E ninguém se entrega ao que não ama e a entrega vem pelo amor e o amor vem pelo conhecer e confiar. Rosacruz é o cristão que vê dessa forma e age em conformidade com ela. Rosacruz é então um cristão que enfatiza a santificação e os meios que nos foram ensinados pelo mestre e o conhecimento do mestre como o meio mais importante para isto. Isto é o que o rosacruz simbolizou pelo processo alquímico da transmutação dos metais vis em ouro e a pedra filosofal que dá a vida eterna, sim, a mesma pedra angular que os pedreiros rejeitaram, para o bom entendedor.

sábado, 13 de outubro de 2018

POR QUE NOSSA ORDEM É SECRETA - EXPLANAÇÃO SOBRE ESSAS RAZÕES 4

4. Porque algumas práticas se tornam perigosas se caírem nas mentes de pessoas inescrupulosas, porque se despreparadas, ou mal intencionadas ou que não tenham sido preparadas e provadas moralmente nos critérios elevados da ordem, a probabilidade de cometerem crimes, fraudes e causarem o mal é muito grande.

A decadência moral da humanidade é a prova de que esse mundo nunca saiu do mesmo lugar moralmente, e se observarmos bem vemos mais degeneração, tanto moral quanto em inteligência, são sempre as mesmas oscilações, os mesmos escândalos, crimes, violências, perseguições e usurpação da liberdade individual, e cada vez mais generalizados e banalizados. Sim, porque não existe liberdade coletiva. Como seria isso? Seriam todos livres para fazer tudo que quisessem, inclusive matar, roubar, estuprar? Seria a maioria livre? Seriam todos livres sempre ou alguns poderiam ser presos se cometesse crimes? Seriam todos livres mesmo os que estão presos? Como seria isso? Se houver alguém preso não se pode falar de liberdade nesse caso. Mas na humanidade surgem ações que são contra a liberdade, o que fazer então? O que fazer com relação aos que cometem crimes?

Então observe que o problema básico de toda ordem é a questão da pessoa que quer ser livre, que busca a libertação: primeiro, a pessoa tem querer ser livre, não se pode de nenhuma forma impor a liberdade; segundo que isto ocorre num mundo onde há pessoas e mecanismos impondo impedimentos à liberdade. Não se pode impor a liberdade a outros, nem tampouco garantir que se respeite a nossa completamente. Acontece que o assunto da liberdade é muito caro à ordem, pois se trata da plena e verdadeira libertação. E isto se dá num mundo onde outras pessoas atentam contra a liberdade.

Quando o crime se torna banal e generalizado numa cidade ou num país, o que as pessoas de bem fazem? Entre outras coisas que podem fazer elas fazem o que todos fazem: constroem muros e gradeiam suas casas para se proteger e para não precisar entrar em conflito ou necessidade de agressão por defesa própria. E esse é o estado que chegou o mundo, não é de hoje, mas já por muitos séculos, a liberdade de pensamento e expressão está vigiada e pode ser suprimida a qualquer momento a depender de qual seja esse pensamento, qual seja essa expressão ou quais sejam seus resultados. Então para garantir a nossa segurança, porque sempre existem pessoas que atentam contra a nossa liberdade de pensamento e expressão, é que precisamos "construir muros" para que essa liberdade de pensamento e a nossa liberdade de investigação seja preservada, é preciso que ela seja particular, privada, secreta. Mas principalmente não porque vão nos proibir de pensar ou professar algo, embora isso possa acontecer, como acontece em vários países no mundo, mas sim, acima de tudo, porque muitas das nossas afirmações, descobertas, métodos, investigações, podem, estando acessíveis a estas pessoas, serem usados para o mal. E ainda em vez de ser usadas para ajudar e libertar outras pessoas seja usado justamente para obstacularizar (como é feito em todo mundo hoje) e até para escravizar as pessoas.

Veja que o pensamento e a expressão do pensamento até fazem parecer que é livre, e não é, mas o resultado da forma de pensar, da expressão dele, este é sempre o perseguido, porque o resultado é a verdadeira libertação, ainda que gradual. E a pessoa que se torna livre é vista como inútil nesse mundo, ou mesmo como um parasita, ela sempre sofrerá acusações, perseguições e agressões, exatamente como os cristãos do primeiro século eram perseguidos, como os taoístas na China confuncionista, como os conservadores ou liberais nos países comunistas, como os anabatistas na época do domínio católico e protestante, como os cristãos e judeus hoje no mundo islâmico. Ou seja, o diferente, por mais puro, pacífico ou bem-fazejo que seja, quando se agrupa, quando forma uma comunidade, uma fraternidade, é sempre mal visto e perseguido ao longo de toda a história da humanidade. Então por segurança, mesmo em tempos de aparente plena liberdade de pensamento e expressão é necessário que fiquemos ainda em secreto, pois logo isto pode mudar e a liberdade ser novamente tomada, e pior ainda se as pessoas sabem dos nossos conhecimentos.

Imagine por exemplo quantos conflitos criaríamos com alguns seguimentos religiosos ou da ciência acadêmica se soubessem que investigamos cientificamente seus procedimentos e aqui entre nós já os comprovamos falsos. Quando isso acontece tudo que podemos fazer é atuar anonimamente como ordem através de nossos membros trabalhando nesses setores ou setores que têm influência nestes para derrubar a falsidade constatada. Mas se como ordem nos apresentássemos mostrando o que fazemos isso geraria conflitos, calúnias, e outros no futuro saberiam quem são nossos membros e como desmascaram farsas e se preparariam para nos evitar, enganar, perseguir e até matar, como aconteceu em muitos momentos da história. Isto é só um pequeno exemplo, pois nossa fraternidade não foi criada com esse objetivo, isso é apenas um efeito colateral de descobrir verdades: você descobre também o que é mentira.

Então obviamente que existem conhecimentos, maneiras de conhecer e até certas maneiras de pensar que não podem ser públicas, pois existe gente que pode usá-las contra a liberdade, nossa e de outras pessoas ou para prejudicar a nós ou a outras pessoas. Esse é um ponto muito importante. Se um anestesista fala publicamente sobre todas as substâncias que podem ser utilizadas para anestesiar, fazer cair em sono profundo, coma induzindo e todas as formas de aplicá-las ele não estaria por isso mesmo cometendo um crime? Sim, porque essa informação em poder de pessoas mal intencionadas poderia e seria utilizada para o mal, portanto, só depois de fazer todo o curso de medicina e tendo optado pela especialização em anestesia é que o estudante pode receber essas informações, ainda em muitos casos sob a promessa de que jamais as revelará levianamente. A anestesia não é má em si, mas existem pessoas que as usariam para prejudicar outras.

A questão da liberdade nunca é uma questão coletiva porque não é possível obrigar nem que todos sejam livres, nem que todos respeitem a liberdade do outro. Isto é uma questão de aprendizado, de educação, de conhecimento. Portanto não pode ser uma questão pública visto que é uma questão de escolha de fórum íntimo, pessoal. Você já viu alguém conhecer por outro, ou se educar no lugar de outro, ou aprender no lugar de outro? Cada um só pode escolher conhecer, aprender e ser educado por si mesmo (nem pode também ser educado como em nossa humanidade que obriga certa educação e certo conteúdo de conhecimento em detrimento de muitos outros). Sejamos mais claros ainda: a pessoa não vê pelos olhos de outro, não pensa pela mente de outros, não pode escolher por outro o que pensar e aprender. É preciso que lhe sejam apresentadas as escolhas, e o que as pessoas precisam aprender primeiro é escolher, pois o universo do conhecimento e da ação é muito vasto para o pequeno número de anos de uma vida humana, e nem tudo que dizem que é bom e bem o é realmente.

O ideal seria que todos aprendessem apenas o que é bom e o que faz bem, mas a realidade é bem diferente e nos obriga a aprender o bem e o mal, existem muitos enganos, desconhecimentos e até más intenções nos que alegam estar trazendo um bom conhecimento. Então o conhecimento do bem e do bom é primeiramente uma questão da família, da transmissão dos valores familiares aos filhos, e só em segundo plano uma questão da educação institucionalizada, escolas, religiões, ordens, filosofias. Pois naturalmente quem presa mais pelo bem dos filhos se não os pais? Sim, e ainda estamos pondo em questão valores em si mesmos, não relativos, pois as filosofias, religiões, ideologias têm valores relativos, embora existam os absolutos. Por existirem os relativos não quer dizer que não existam os que são em si mesmo. Existem valores relativos, neutros (ou inócuos, ou inúteis...) e valores não relativos. As pessoas gostam de se fixar nos dois primeiros e ficam confusas quanto aos do último tipo. 

A ordem tem como objetivo desfazer essa confusão de um ponto de vista consciente e objetivo, não apenas prático e empírico, mas também lógico e matemático. E isto incomoda muito porque no fim das contas quase todas as instituições estarão demonstradamente abaixo dos nosso padrões éticos e morais, por isso temos que ser não só secretos, mas também discretos, até para não ferir os outros nem nos exaltarmos com orgulho dos nossos valores, o que destruiria todo nosso trabalho de superação e negação do ego, do egoismo, do egocentrismo e da egolatria. Então mesmo tal método de esclarecimento pode ser danoso se seu conhecimento chegar a alguém que solitariamente o aplique a si mesmo, pois chegará o momento em que verá toda a beleza, riqueza, saber e tecnologia do mundo não mais do que um caudaloso lodaçal transbordante e a si mesmo como não mais que um verme, por isso ele tem que praticar isso em fraternidade, para que sendo instruído individualmente possa ser conduzido a enxergar paralelamente a isso os reais valores imutáveis no mundo, na humanidade e em si mesmo, que se escondem aos olhos do profano. Portanto até isso é perigoso, pois o perigo psicológico não é menor que o material, podendo ser até bem pior.

E tudo isso é questão pessoal, de fórum íntimo. Ou seja, é particular, não pode ser coletivo. Nem todos querem realmente. Nem todos concordam. E há até aqueles que são contra (que não são poucos). Que fará o poder político se, por exemplo, descobrir que aqui entre nós demonstramos que seus valores, seus métodos, suas propostas, seu embasamento e seus feitos são eminentemente maus, enganadores, escravizadores e danosos?

Então podemos classificar todos de várias maneiras, ou até mesmo em duas: os que são contra o que liberta e os que são a favor do que liberta. É fato que existe então um antagonismo, a ordem versus o caos. E o coletivismo quer impor padrões para todos (sejam eles subjetivistas, utilitaristas ou totalmente relativistas...), em detrimento dos padrões de valores reais (éticos, morais e eficientes). Então qualquer um que estuda o que estudamos se depara em certo ponto de sua jornada, já avançando, com a questão da verdade e das mentiras do mundo e do sistema do mundo. Alguns já devem ter se deparado com o conceito mais comum e talvez o mais acertado do seja "magia negra": que é aquela que interfere na vontade do outro, é aquela que viola a liberdade de escolha, é aquela que viola a liberdade. Se isto for levado a sério vemos que vivemos num mundo onde impera a "magia negra", onde há imposição de algum setor, mormente o político, sobre outros. Nesse âmbito mesmo a endeusada democracia seria um indecência, pois é uma imposição de uma maioria sobre outra parte discordante. E qual a solução? Justamente para discutirmos, propagarmos e chegarmos a essas soluções com liberdade é que precisamos ser um grupo particular, privado, secreto e discreto. Ainda mais quando em nossas discussões são demonstrados meios de educação, conhecimento, investigação, força e persuasão os quais poderiam ser usados tanto para o bem quanto para o mal por aqueles que não têm os mesmos elevados padrões morais e nem cultivam os valores superiores que tanto presamos.

Não existem leis que prendam ou proíbam usar esse conhecimento para o mal (ainda mais num mundo que muitas vezes, em muitos casos, bem e mal são vistos como valores variantes, relativos), tudo que podemos fazer é construir muros, para que os maus não cheguem a ele, para que os maus não tenham acesso a esses conhecimentos. Por outro lado as pessoas que querem impor padrões gerais, globais, universais que todos deveriam adortar, mesmo porque  ache que sejam os certos e os justos, essa é a pessoa que primeiramente deve ser afastada desses estudos, caso não mude e entenda o grande erro desse pensamento. Pois ainda que fosse o correto não se pode impor que outro o adote contra sua própria vontade e ou consciência.

Em segundo lugar todos aqueles que concentram seus objetivos em coisas muito pessoais por outro lado, ao ponto de impor a outro sua conveniência, são os que fatalmente, se não mudarem de direção serão os tais bruxos, feiticeiros, magos negros, ou seja, pessoas dispondo de um conhecimento científico incompreensível a outros tanto que não existem leis contra seu uso, fazendo uso dessa ciência em prejuízo de outrem.

Em terceiro lugar temos aquelas pessoas egoístas, egocêntricas e que desprezam os valores morais e éticos ou que se sentem superiores a eles, acima do bem e do mal, ou também as que têm complexo de inferioridade, e enfim todos os que visam os três males básicos ou ambições: fama, poder e dinheiro. Todos esses não passam pelo mundo sem causar dano, pior ainda quanto mais poderes e liberdade tiverem de fazer isso. E por incrível que pareça todo o restante de pessoas aqui não citado, ainda incorreriam no mesmo perigo e correm perigo e representarão perigo para a humanidade caso tenham acesso a esse tipo de conhecimento.

Não há como não dizer que alquimia, por exemplo, não tem perigos, como também não se pode dizer de outros conhecimentos de outras instituições. Por exemplo, não se pode dizer que cabala não tem nenhum perigo, que yoga são apenas exercícios físicos, que magia sexual é algo natural e correto, que invocação de anjos (ou mesmo demônios) é algo simples e controlável, ou pior ainda como dizem, que todos são médiuns, que voodoo e bruxaria não existem, que Satanás é apenas um símbolo, que não existem demônios nem espíritos, que tarot e ouija são apenas jogos e truques, etc. etc.. Tudo isso são mentiras que pessoas maliciosas, ou ignorantes ou mal intencionadas querem que você acredite. Acontece que muitas ordens trabalham com algumas dessas coisas e que sabemos alguns segredos sobre o funcionamento dessas coisas mesmo de muitas que não praticamos, por exemplo, a grande maioria das acima citadas. E é bom ao estudante saber que essas coisas existem, mas também que deve se afastar delas. Esse é o primeiro ponto sobre segredos e perigos, pois que essas coisas exstem e se mau usadas por pessoas de mal caráter a consequência é muito ruim. Quase todas essas são ruins em si mesmas, independente do bom uso que se faça. Também muitas delas são perigosas para o praticante que não está preparado ou bem orientado, podendo causar danos, doenças, loucura, mortes,  e muitos outros males.

Mas existem também as práticas que são boas e necessárias, como a alquimia espiritual, mas também muito perigosas para o que não se preparou, para o emocionalmente desequilibrado, para o ganancioso, para o moralmente fraco. E existem práticas que são extremamente destrutivas não só ao próprio praticante quando ele é mal intencionado e mal feitor. Por isso as três classes de pessoas (despreparados, desequilibrados e ou fracos moralmente, mal intencionados) acima citadas têm que ser afastados veementemente, incluindo também muitas vezes os curiosos. Muitos hoje estão enganados por falsas religiões e religiosos, falsos pastores, falsos profetas, falsos cristos, falsos demônios, falsos satãs, falsos magos, enfim uma quase infinidade de falsários que não só utilizam truques (como de mágicos e ilusionistas) e falsas doutrinas para enganar seus seguidores, eles usam também de segredo de ordens, seja por terem participado delas e agido de má fé ou seja por estes segredos terem sido expostos em algum lugar, em algum livro, por alguém, numa palestra, etc.. Neste ponto nossa ordem tem sido realmente altamente secreta porque, como já foi testado em todos os neófitos, até certo grau de maturidade  revelam segredos. Por isso lhe são entregues segredos que não são segredos e outros que não tem importância se revelados ou que já foram revelados por outras ordens, para provar a eles mesmos que eles não são de confiança ainda.

Por isso a linguagem de segredos é do início ao fim, assim o candidato jamais saberá quais são os segredos que realmente importam, apenas nos últimos graus de aprendizado. Pois os segredos entregues nesses graus não são apenas perigosos, são muito perigosos. Para ilustrar seria o mesmo que físicos, se fosse fácil montar um artefato nuclear com produtos caseiros, explicassem na universidade a todo e qualquer aluno como fazer bombas caseiras. A realidade desse símile é a seguinte, alguns desses segredos podem transformar a vida das pessoas e cura-las se bem usados, mas com mal intensão alguns podem usar o mesmo conhecimento ara causar destruição em massa. Se os falsos cristos e gurus e salvadores da humanidade e avatares como alguns se dizem, que na verdade querem destruir parte da humanidade para solucionar seus próprios problemas e implantar sua ideologias, tivessem acesso a tais segredos seus planos já estariam completos. Por isso alguns segredos não são sequer falados ou escritos, mas transmitidos mente a mente por uma espécie de artifício especial.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Dos Sinais e Gestos (instrução interna tornada pública)


Temos sinais, cumprimentos, gestos, confirmações, palavras secretas e posições corporais que indicam nossos graus. Alguns destes são comuns com outras ordens e linguagens corporais. Não utilizamos a maioria desses em reunião com pessoas nem de dentro nem de fora da ordem, nem em cerimonias ou qualquer reunião da ordem, mas apenas solitariamente conforme seus objetivos. Usa-los é desnecessário e apenas um a fonte de alimento para o ego.

Estão abolidos os sinais a não ser o que se refere ao primeiro grau rosacruciano (que estará no nosso terceiro ou quarto graus a depender do candidato), comum a várias ordens rosacruzes diferentes. Isto por um motivo que todo aquele que chega ao tal grau saberá (e este já é bastante óbvio).

Cada um é livre e pode se identificar se assim desejar a outros, mas é completamente inadequado informar sua graduação prática e de realização (a de estudos não entra nessa restrição pois se trata de graus de estudo. pode-se revelar), e mais inadequado ainda identificar outra pessoa quanto aos seus graus (a não ser de estudo).

Da mesma forma é considerado uma falta revelar o seu próprio grau dentro da ordem a alguém que conheceu há pouco tempo, isto é desnecessário. Os nossos graus (os de prática e realização) não são sempre uma escada, nem se trata de “poderes mágicos”, mas sim de conhecimentos especiais, portanto, a cada um o que lhe cabe. Alguns podem chegar a um grau superior com menos graus que outros e outros podem ter muitos graus e estar num nível abaixo de outro com menos graus. Só um exemplo, para esclarecer.

O anonimato dos membros é de fundamental importância para o bom resultado e para o modo de funcionamento e organização do trabalho da fraternidade. Em quase toda ordem é proibido dizer o nome das mulheres e aqui não pode ser diferente, ao se referir a uma mulher ou se dirigir a ela, quando se sabe seu nome no mundo, é terminantemente inadequado que se fale seu nome em reuniões, só se fala o nome soror, e ao se referir a ela no mundo se usa o nome de soror para que outros não saibam e quem se trata, nem outros membros saibam seu nome (em público se não se souber nomes, simplesmente não se fala nem se chama pelo nome, nem o próprio e nem de soror, é claro). Mesmo não sendo uma iniciada a mulher deve escolher uma epígrafe, ou mote, provisório, pois sabemos a fama e os rótulos ignorantes e preconceituosos que os mal intencionados colocam nas mulheres que fazem parte de ordens secretas...

Ao ‘tirarmos o robe’ esquecemos até nossos nomes de frater e continuamos a olhar para dentro. A humanidade, o mundo, não entende de modo algum nosso trabalho, nem se quisesse, e nem se quisesse e se esforçasse; eles experienciam suas próprias ocupações e nosso trabalho só pode ser experimentado por aqueles que efetivamente o realizam. Não há como demonstrar a outro. Mesmo o nosso conhecimento é muito denso e muito árduo, por isso há tantos movimentos de sucesso e o nosso tem pouquíssimos adeptos; eles vendem um esoterismo de feira, brando, fácil, cheio de mitos e superstições bobas, sem profundidade, mas rico em fantasias e experiências que mais parecem delírios à base de drogas. Mas a sede do ser humano pelo prazer ilude como o açúcar ilude as formigas (formigas não digerem açúcar e se comerem muito morrem) e os falsos buscadores da verdade sempre se contentam com água com açúcar, com as meias-verdades convenientes.

O verdadeiro buscador não quer uma religião, uma doutrina, uma filosofia ou uma teoria que ele goste ou que seja fácil de se adaptar e se conformar a ela, ele quer a verdade,  doa a quem doer. Assim nosso trabalho se caracteriza por ser constante, interno, e silencioso. Um de nossos símbolos “fala” disso, o poder do olhar profundo e silencioso, não tem a ver com aparências (embora essas possam mudar como consequência), nem com estereótipos de espécie alguma, cada um é cada um, cada um é como uma estrela em sua própria rota. O trabalho é individual, assim também as correspondências, o estudo e o desenvolvimento de cada um na senda.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

QUAL A RAZÃO DE EXISTÊNCIA DESSA ORDEM - PARTE 1


PODE SER QUESTIONADO: 


1. Já existem tantas ordens filosóficas, ou ocultistas, ou rosacruzes, ou gnósticas ou iluminísticas, ou esotéricas, ou religiosas, ou científicas, etc., por que então criar mais uma denominação?

A resposta é simples: não se está criando algo novo, mais um, senão no arranjo, mas resgatando algo original, que está ausente neste momento em qualquer das ordens existentes. E ao mesmo tempo também trazemos algo novo que só o nossa ordem tem (criar e trazer são coisas bem diferentes). Uma ordem autêntica que surge para restaurar e uma nova escola de pensamento, filosófica e científica, essa é nossa ordem.

Isto pode levar a supor que estaríamos dizendo que todas as outras ordens são derivações, degenerações, falsificações ou distorções. Muitas são, mas nem todas, e mesmo as falsas cumprem um papel na equação do cosmo (totalidade dos tempos e espaço). 

Elas servem (1) de achado para quem as procura, pois muitos consciente ou inconscientemente estão procurando exatamente aquilo, mesmo uma mentira, muitos procuram mentiras; (2) de retribuição a ações do passado, muitos merecem tal "castigo" ou engano, pois são enganadores ou se auto-enganam, mas o que "castiga", o enganador intencional, também será castigado, nelas ou em outras; e (3) servem de redirecionamento para os perdidos, pois muitos não aceitam a verdade logo, a maioria, têm que passar por gradações de verdade entre enganos que lhes mais são aceitáveis que a própria verdade, antes de sair à procura da real verdade, tais ordens servem de transição desse estado de engano, e, infelizmente para muitos, de degrau, pois terão que passar por muitos outros enganos até poderem aceitar os meios corretos e a verdade verdadeira, já que procuram "verdades" completamente falsas.

As ordens no mundo estão de acordo com o mérito, merecimento, e a necessidade das pessoas. Às vezes a pessoa necessita passar por certas experiências e estas podem ser encontradas numa ordem falsa, sem dúvida. 

Outras vezes um buscador sincero por outro lado é alguém desonesto, mentiroso, ou tem qualquer outra falta em seu caráter, ele pode não encontrar a Ordem, por lhe faltar virtude. Ainda outras vezes a pessoa é magnífica, boa, inteligente, dedicada em tudo que faz, mas ela não procura a Ordem, ela simplesmente não quer, ou pior ainda, se acredita auto-suficiente. Mas finalmente existem aqueles que tem todos esses problemas, e nenhuma virtude, são o contrário disso tudo e a Ordem chega até eles, por que? Para que ninguém se orgulhe ou se vanglorie, para mostrar o poder de transformação da Ordem, para humilhar os arrogantes e mostrar a misericórdia.

Nós não dizemos que as outras ordens são falsas. Dizemos que todas as ordens são necessárias. Muitas estão corretas e são diferentes umas das outras, pela metodologia, objetivos, fundamentos. Além disso as outras consideram seus caminhos, métodos e ou  livros sagrados como verdades e às vezes como verdades eternas e nós consideramos tudo num contexto de um mundo de ilusão, como um jogo de xadrez, e todas as suas tensões até a derrota ou vitória, com o retorno à vida real no caso de vitória. Fazem parte desse jogo de forças muitas ilusões e algumas verdades, entretanto realmente dentro desse contexto há caos e ordem de forma equilibrada, portanto também existem referenciais verdadeiros, livros sagrados verdadeiros, métodos verdadeiros, e é pelo uso desses referenciais de verdade que nos caracterizamos. 

Existem muitos referenciais de verdade, as pessoas normalmente usam uma mistura entre verdadeiros e falsos. São exemplos de referenciais os sentidos, a mente e sua razão e ou lógica, livros sagrados, informações, a experiência ou o hábito ou a repetição, a meditação, etc., todos esses falhos, passíveis de erro e de "relativização" de pontos de vistas, subjetivos.

Mas dentro desses mesmos inclusive, existem os verdadeiros referenciais, os sentidos verdadeiros (que geralmente não temos acesso fácil), a mente e sua razão e lógica verdadeira (que também não estão acessível facilmente ou à vontade), livros sagrados verdadeiros (que normalmente não se tem como ter certeza que são, nem quais são, nem suas verdadeiras interpretações) informações verdadeiras (que com dificuldade podemos confirmar), a experiência ou o hábito ou a repetição de eventos reais (o mais difícil de todos porque sempre enxergamos tudo a partir de nossa própria ótica condicionada, de nosso próprio ponto de vista muito limitado e julgamos ou interpretamos essa experiência dentro de nossa subjetividade, de fato não temos experiência objetiva normalmente) e meditação verdadeira (que no geral por não chegarmos imediatamente a seu objetivo último, não sabemos qual é).

Aqui alguns exemplos apenas, os mais evidentes talvez, para alguns, de referenciais de verdade e como mesmo eles podem ser duais ou múltiplos, não podemos confiar totalmente neles nem em sua somatória, imagine nos menos evidentes, nos mais sutis, como estamos mais sujeitos ao engano. Então nossa ordem procura fundamentar o estudante apenas em referenciais de verdade completa. 

Além desses podemos citar alguns importantes como uma leitura simbólica da realidade a partir de arquétipos simbólicos universais, o cálculo matemático, estatístico e geométrico, a confirmação das intuições (algo muito complexo para ser falado aqui nesse espaço, pois só o conceito de intuição já envolveria um texto maior que esse, mas rapidamente classificando o conhecimento direto se dá em graus, intuição direta, a mais imediata e fugaz, percepção, impressão, distinção, reconhecimento e conexão ou gnosia, conhecimento unificado, íntimo, onde só o primeiro e o último dão um testemunho e ainda parcial da realidade, enquanto os outros são realidades convencionais, psicológicas, condicionadas, aprendidas), a linguagem "universal", ou "linguagem natural", ou "linguagem de Deus", enfim, a linguagem pela qual os fenômenos se expressão a nós e seus significados, a realidade dos números (que são abstratos, claro) e sua relação com os fonemas, as notas musicais, harmonia e seu funcionamento como veículo e por último e mais complexo a análise, o método dos verdadeiros filósofos, que não é analisar no sentido corriqueiro, mas se apossar dos conceitos, natureza, objeto e significado como se fosse seu próprio autor e seu próprio ser.

Através desses exemplos mostramos ainda que muito rápida e superficialmente como o ser humano comumente está enganado, o que vê como objetivo e concreto é o mais subjetivo na verdade, e o que vê como subjetivo (nem tudo, só alguns como os dos exemplos acima), são realidades de fato, incondicionadas e eternas.

Assim, uma metodologia é algo fundamental para que a pessoa atinja seus objetivos, visto que normalmente estaria sempre enredada numa teia de ilusões ou aparências e verdades dificilmente evidentes. Uma das formas é através da graduação de estudo nos níveis superior, pós-graduação e doutorado que é chamado caminho do estudante ou caminho filosófico; outra é através da graduação de estudos e práticas em também três níveis que é chamada caminho científico; e outra que pode ser derivado dessas ou não, sendo também independente, que é o da graduação em vivências, experiência direta, que é chamada de caminho ou via religiosa (não uma religião, que fique claro isso). Nossa ordem usa todos três, a pessoas escolhe um ou dois ou os três meios simultaneamente que é o melhor e é chamado o caminho completo...

Por tudo isso nossa ordem deve existir aparte das outras. Em resumo, são o para que e como que justificam o aparecimento da ordem. Para (1) restaurar o que foi modificado, escondido, corrompido, perdido; (2) trazer o que é necessário e possível para este momento, para atender as novas necessidades da época; e (3) mostrar e que é verdadeiro e denunciar o falso. Como ela faz isso é um modo que nenhuma outra tem, portanto ela traz (a) um método que outras não têm embora passam haver similaridades em alguns aspectos com outras; (b) traz uma nova visão e um modo de ver, uma nova escola de pensamento ainda que baseada na metodologia científica, portanto, uma nova escola filosóficas, com novas e recentes descobertas, teorias e conclusões, uma nova visão e (c) recupera a efetividade do fundamento das escolas escolas antigas revelando o significado de seus registros e de como entendê-los, recuperando através de uma exegese e hermenêutica originais a compreensão dos seus significados em seus vários níveis de interpretação (que nesses casos varia de três a sete níveis de significado)...

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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

UMA NOVA VERSÃO DA TEORIA DO MELHOR DOS MUNDOS POSSÍVEL


Por Fra. I.L.I.V., 
(trabalho apresentado como critério parcial para o doutoramento)

Deus, eterno, onipresente em todos os instantes do tempo simultaneamente, onisciente, onipotente, conhece todas as possibilidades e combinações de mundos possíveis. O mundo que quer criar é um tipo de mundo onde ele dá poderes a seres para serem semelhantes a ele, em aspectos bem claros para nós, que são consciência, mente e vontade próprias, o que significa consequentemente e em primeiro lugar liberdade. 

Então Deus conhece todas as ações e caminhos possíveis dos seres e suas consequências inevitáveis. Deus é também ordem e é lei, ou seja, sua natureza é assim, dela faz parte lei e ordem. E causa-e-consequência é uma dessas leis, mesmo com sua intervenção possível (aqui cabe um grande parêntese, pois as pessoas confundem onipotência com poder tudo, e, nessa versão ignorante, Deus poderia deveria poder fazer coisas ilógicas, como por exemplo criar uma pedra que ele mesmo não possa levantar, quebrar suas próprias leis ou sua própria natureza, perverter regras da matemática; imorais, como mentir, enganar seus seres, sentir prazer em criar para fazer sofrer; e tolas, como o mesmo exemplo da pedra, ou não saber imediatamente qualquer consequência de qualquer dos seus atos por simplesmente escolher isso, ou seja, ser negligente ou displicente de propósito; mas todas essas idéias não merecem nossa atenção pois são extremamente impensadas, irracionais, realmente visivelmente tolas).

Então sabendo de todas as consequências possíveis inclusive da liberdade dada, dos lipos de liberdade, e de todas as ações dos seus seres, e, além disso amando o que já conhece em sua mente, a criação e os seres que serão seus filhos, ele cria o melhor mundo possível, isto é, um mundo onde, digamos por exemplo, menos sofrerão, o sofrimento será o menor e por menos tempo possível, e o número de perdidos será o menor possível. Não é difícil imaginar. Isto é a explicação possível para o por que Deus teria criado esse mundo e como este seria o melhor mundo possível. Era isso ou nunca ter existido, o que você preferia? Que você, tudo e todos jamais tivessem existido? Deus, dentro dessa explicação escolheu a criação, e sua existência inclusive, se algum evento da história no passado fosse alterado, mesmo que o pior de todos, isso já teria consequência no agora e seria bem possível que você não existisse; assim Deus, perfeito, escolheu esta opção, então essa é com certeza a melhor escolha e seu fim, o fechar dessa equação, é o melhor possível eterno também.

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

O QUE SIGNIFICA O NOME O.I.T.O.


ORDEM significa ordem, ordenação, sentido, organização, paz, verdade, plenitude, liberdade, onisciência, amorosidade... Enfim, o estado, condição e fonte original. Neste sentido coincide com (a) Deus e (b) seu plano original e (c) sua plena realização. Em outro nível de significado mais abaixo representa céu (Heaven) e seres celestiais. Num nível de significado mais terreno quer dizer uma manifestação dessa ordem maior, interior, superior, neste mundo. E mais terrenalmente falando ainda é a fraternidade dos irmãos que estabeleceram comunicação nos dois sentidos com a ordem superior e seu trabalho de acordo com esta. 

ILUMINACIONISTAS são seres que se dedicam à iluminação com o fim de ensinar outros a alcançar o mesmo. A palavra iluminação aqui tem dois sentidos, esclarecimento progressivo e despertar gradual. As ordens iluminacionistas são as que se dedicam a estes dois fins, tanto quanto a ensinar e ensinar a ensinar. Esclarecimento é conhecimento que tem compreensão, compreensão é entendimento que se relaciona e se apropria como se fosse seu autor (devido à compreensão mesma), é receber a luz; e despertar é ver por si mesmo, saber porque testemunha, não porque alguém disse ou está escrito, é um saber e ou conhecimento com certeza. O despertar tem dois sentidos também, despertar gradual da visão real dos fenômenos como eles são e despertar último, que é ver com clareza e conhecer toda a realidade, dimensões e mundos também chamado de onisciência, mas apenas no sentido de consciência livre e desperta que pode buscar e alcançar completamente todos os conhecimentos possíveis à nossa consciência. O primeiro sentido está enfatizando o fator conhecimento e o segundo lucidez e liberdade. Nos dois sentidos ela só é de fato totalmente alcançada quando há purificação da mente, isto é alquimia psíquica, a restauração do estado original do ser. E seu resultado necessariamente implica também em libertação.

TEMPLO DO ONISCIENTE é o que deve ser nosso triplo ser formado de consciência, mente e corpo, que deve voltar ao estado original triuno (consciência, mente e vontade originais) em nosso plano original na plenitude, ou seja, é ser o templo do espírito verdadeiro e harmônico com este espírito original. No estado em que nos encontramos a mente está voltada mais para o corpo e as coisas materiais, experimentando vivências mundanas. E no processo que ensinamos e a que nos dedicamos a mente se religa novamente ao espírito e desfruta de corpos (ou formas e meios) e experiências espirituais. Este é o processo chamado de santificação ou purificação pelos antigos é modernamente chamado de alquimia espiritual. Resumidamente: o corpo e demais recipientes estão mais cheios de materialidade, impulsos e emoções inferiores e aflitivas e ignorância (visões distorcidas e erradas, além de desconhecimento) que arrastam a consciência para dentro de suas distorções, limitações e obscuridades, e também o corpo em ações inadequadas; através do processo de despertar e purificar eliminamos os obstáculos que nos impedem de desfrutar de um campo mental e até espiritual, puros, onde não existem emoções inferiores e aflitivas, nem ignorância, nem visões distorcidas e erradas, e por fim nem o corpo material constituirá um obstáculo ou limite aos nossos sentidos e capacidades de conhecer plenamente a verdade (gnosis, tomar ciência através da cognição, gnoscosin, ter cosnciência, gnoscosis). Mesmo antes, no decorrer desse processo, nosso triplo ser corrompido se transforma (trasmutaçao) e já se torna, cada vez mais claramente para nós, o templo do onisciente, que é a fonte triuna original, consciência (nous), amor (agape) e vontade (thelema), chamada Deus, Espírito triuno (Pai, Filho e Espírito) vindo habitar cada vez mais nítida e intensamente dentro de nós. Até que novamente nos tornemos semelhantes, como realmente somos, e não mais separados dele. E quando cumprirmos totalmente nossa missão aqui (que também é conhecida ao longo do processo) sermos plenos novamente lá de volta onde é nosso verdadeiro lugar do qual todos sentimos falta. Então nossa triunidade é restaurada à sua condição original, consciência (espírito), mente (alma) e corpo (vontade), puros, plenos em suas capacidades e eternos. Assim, depois dessa vida, ao retornar ao estado original de plenitude (pleroma), totalmente iluminados e livres de toda condição decadente, desfrutamos infinitamente o convívio e conhecimento íntimo (gnoscosin) de Deus segundo seu plano original e um espírito de paz e lucidez infinita, uma alma pura e plena de conhecimento e sabedoria infinitos e um corpo glorioso de maleabilidade à vontade, incorruptível e imortal.

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terça-feira, 17 de julho de 2018

COMO É O TRABALHO NA ORDEM - Completo e refeito


O trabalho da ordem pode ser compreendido como a colaboração de três ações: (1) conhecimento-estudo-entendimento; (2) prática-comportamento-ação; e (3) realização-desenvolvimento-consecução. É muito simples e direto o trabalho de nossa ordem. A ordem trabalha no mundo através das fraternidades e nas fraternidades seus integrantes mais graduados podem fundar instituições (ordens, fraternidades, igrejas, escolas, movimentos, etc.), ou trabalhar na mesma instituição que o acolheu, e ou influenciar outras instituições interiormente, se tornando membros influentes das mesmas.

O ensinamento é passado de professor a estudante,          gradativamente e na medida de seu progresso e interesse, dentro duma estrutura de graus e platôs. Graus podem ser vistos como a subdivisão dos platôs em gruas de instrução como universidade, pós-graduação e doutorado. Platôs podem ser vistos como níveis de desenvolvimento real. Os platôs são os três níveis de realização  que o estudante pode galgar pelos graus da escola, eles se diferenciam em graus de purificação e conhecimento direto, ou, em resumo, em graus de realização. 

Os graus são onze séries que se distribuem nos níveis, sendo graus de conhecimentos formais que deve estudar, de práticas que deve saber executar e de experiências pelas quais precisa passar. O conhecimento é passado de professor a estudante e as práticas e experiências são testadas e avaliadas pelo professor. Há como avaliar em que medida (mesmo sem que o  estudante saiba que está sendo avaliado) a realização de um platô foi ou não atingida.
Existe uma formação básica que é dada ao longo de toda a graduação, e uma parte que deve ser escolhida pelo estudante, ainda outras que ele pode dispensar se quiser. Nem tudo é necessário realizar ou estudar e nem toda estrutura é conhecida pelo estudante, mas apenas na medida da necessidade e interesse do estudante: o que pedir será dado, assim como, obrigatoriamente, o necessário. Mas se ele quer também ensinar como professor (pois ensinar como amigo a outros sempre deve) e fundador de instituições, nesse caso deve estudar tudo, mesmo os caminhos dos outros que não tem a ver com o seu nem com sua religião nem com suas pesquisas. 

Há também um que, didaticamente falando, poderia ser chamado o quarto platô, constituído de dois graus, ou diferenças de realização final. Nos platôs o ápice espiritual pode ser atingido a qualquer momento, ou seja, a realização plena pode também ocorrer por fatores cumulativos anteriores ou fatores ainda desconhecidos, e há como medir e avaliar se isto realmente ocorreu, então independente do grau ou nível que a pessoa estava se diz que a estudante atingiu o último platô.

O ensinamento da ordem é o principal a saber e é o que a diferencia de outras, ele tem (1) uma estrutura central que se encontra em todos os livros sagrados das religiões estudadas, de uma forma oculta ou explícita em cada livro ou parte, com exatidão em uns ou  alterações em outros, desde a completamente sistematizada até a menos definida e mais intuitiva e (2) um estudo específico da ordem, científico e atualizado sobre cosmologia (que envolve também cosmogonia, atropogonia, neurociência e psicologia). 

O ensinamento dos livros sagrados, em seu núcleo, é mantido pela ordem mesma inalterado ao longo da história, numa hierarquia onde o mais completo e correto é também o mais inalterado, resulta disso que o mais sagrado é completamente inalterado podendo no máximo haverem erros de tradução e pequenas diferenças textuais sem perda de significado, enquanto os demais foram sofrendo alterações, correções, interpolações, adições de explicações e comentários como parte do próprio texto retiradas de partes e adições de outras. Isto pode ser comprovado cientificamente por meio da arqueologia e comparação de textos antigos e pelo estudo minucioso e histórico da tradição. O que eles ensinam também tem uma hierarquia de preservação, são doutrinas ou verdades transcritas (seja qual for a forma, simbólica, literal, ou qualquer outra forma), revelações (históricas, proféticas ou qual seja) e métodos (meios, práticas, ou o que seja), todos eles perpassados por uma ética-moral universal, que é igualmente (1) sempre verdadeira, (2) sempre reveladora e (3) sempre eficaz. Todas essas partes estão sujeitas a interpretação, aos três níveis de entendimento humano e aos sete níveis de significado contidos neles. 

Na graduação dos conhecimentos tudo isso é feito com olhar e por meios científicos (apenas pelo lado pessoal, na parte prática e de realização pessoal, a pessoa tem a liberdade de tomar um caminho desses para si, não é nossa função indicar isso nem impedir). Assim as doutrinas e verdades são analisadas racional e filosoficamente, as revelações são verificadas e interpretadas empírica e historicamente e os métodos são testados sistemática e cientificamente. Só a culminação e completude desses processos é que pode ser chamada espiritual, afinal, espírito é consciência, é aquilo que em nós sabe, que toma ciência de, o que é diferente do saber intelectual que é mental, portanto da alma, constituído de informações, conceitos e relações. O primeiro desses descritos é chamado sabedoria, o segundo, conhecimento.

E a pesquisa científica é contínua e atualizada como qualquer ciência. Seu centro é a cosmologia-cosmogonia, o que inclui a antropogonia, a psicologia e muitas outras disciplinas como a epistemologia, a conscienciologia, a física, a matemática, a estatística, a genética, etc..

Na parte da literatura, filosofia e história, muitas ciências e disciplinas também são requeridas, como por exemplo a arquelogia, a paleontologia, a geografia, a historiografia, a teologia, a linguística, idiomas, etc.. Os livros sagrados tratam basicamente de três assuntos, salvação, purificação e conhecimento da verdade. Eles têm seus métodos, conservados em forma simbólica e ou explícita em algumas partes e alguns livros. Este ensino tem o objetivo de conhecimento profundo e  libertação. Já livros científicos, além de investigar os métodos e resultados da religião e da ciência do oculto (não confunda com o significado comum de ocultismo), auxiliam no entendimento dos métodos científicos, dos experimentos, das experiências e sua interpretação correta.  

Existe também um terceiro grupo de ensianamentos, de acordo com a época e os interesses, que podem auxiliar na jornada e de acordo com os interesses pessoais. Isto também é uma das razões por que os ensinamentos só podem ser transmitidos de um para um. Mas estes últimos não constituem necessariamente ensinamentos da ordem, embora muitas vezes sejam confundidos com estes pelos que estão fora ou que estão no primeiro nível; estes outros são apenas estudos úteis, ou inúteis, ao trabalho geral da ordem (dados por alguma razão, ou porque alguém precise esgotar alguma dúvida ou esclarecer ou mesmo apenas para o atrair aos estudos que lhe são realmente necessários). 

O material com que trabalha a ordem são em primeiro lugar as escrituras sagradas das religiões estudadas na ordem e nenhum outro novo livro dito sagrado. Então veja que básica e essencialmente não existe uma doutrina ou um estudo sagrado na ordem além do que está já escrito, a diferença é o método de levar a cabo os fins propostos, para sua consecução completa e atual e a interpretação profunda dos seus símbolos em todos os seus níveis de significado. Existem, como dito, sete níveis de significado, que podem ser rapidamente descritos como sendo: (1) um para a perdição, (2) um para a vida no mundo, (3) um para a vida segundo o plano original, (4 e 5) dois para a vida mental e (6 e 7) dois para a vida espiritual. É preciso saber todos esses, saber evitar a realização do primeiro e realizar os outros. 

E existem os livros, manifestos, artigos, pesquisas e outros escritos  da ordem nesse mundo. Podem haver muitos outros escritos próprios da ordem (desde os científicos até poesia), porém não são chamados sagrados (os livros são chamados sagrados pelos religiosos e outros que os adotam como tal, mas não fazemos isso com nossos livros), ou até podem haver outros escritos de outros autores segundo a necessidade e utlidade. São artigos, pesquisas, monografias, ensaios, e até, às vezes, livros de professores e estudantes, quando aprovados e necessários para a compreensão daquilo que investitigamos, ou que ensinamos, ou que está ali nos livros sagrados; dos seus significados, do nosso trabalho e do funcionamento da ordem, mas apenas isso, como auxiliares. Este artigo é um exemplo desta categoria de escritos.


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domingo, 10 de junho de 2018

AS VIAS, PORTAS E PLATÔS DA ORDEM


A ordem em todo sempre, se manifesta por vias. A porta superior lança duas vias para duas partes de participantes, os membros e os estudantes. São três vias características por três vias, e cada via dessas pode ser do tipo de membresia ou estudo: (a) religião (geralmente para os membros mais intuitivos e sensitivos), (b) ciência (para os mais intelectivos e razoabilizadores) e (c) filosofia (para os estudantes, os que decidem apenas estudar tudo, os mais analíticos e gnosiológicos).

Estas vias se distribuem em três níveis. Estes níveis são três platôs de ensinamento para quem dá e de realização para quem recebe. No primeiro nível estão os realizados e os que nunca se desviaram, no ponto mais alto este platô não é via, é chegada ou partida, este ponto é a porta superior, no seu ponto mais baixo desse platô  temos duas portas que são pontos de duas vias, a da religião e a da ciência. Uma terceira via também sai da porta superior, ela é filosofia para quem ensina e religião para quem recebe (embora não veja assim), mas a porta de entrada dela está no nível mais baixo, na parte inferior do platô mais baixo. 

No segundo nível como via, seguem as duas vias como caminho da ordem para os que auxiliam e possui chegada e partida para os que vêm dos outros níveis inferiores existem dois pontos, um mais predominantemente religioso, outro mais predominantemente científico, mas num nível mais humano ou material. Por ele continua passando, mas novamente sem porta, o caminho que desce como filosofia e sobe como religião. Neste segundo nível da mesma maneira, mas ambos os caminhos e suas portas têm forte elemento filosófico, especialmente o religioso, para dar ensinamento da parte da ordem para os do mundo e para acesso destes à verdadeira religião e ciência. 

No nível mais abaixo, sua parte superior é o platô mais inferior e sua parte inferior o abismo, está aí o nível puramente religioso, mais simplificado, para dar ensinamento àqueles que estão na beira do abismo mais abaixo e no abismo já, para estes assim alcançarem os outros níveis, das vias acima ou a vantagem desse nível mesmo: ser uma via direta, a porta para a via que leva diretamente à porta superior. É a via dos que "perderam tudo" e dos que deixaram tudo para trás, apesar de ser a única via que é direta, é a mais perigosa, pois os risco de se perderem é muito grande. A partir de qualquer porta desse trajeto se pode seguir em qualquer direção à vontade, para baixo, para cima ou horizontalmente (que é permanecer algum tempo num nível de uma porta e transitar de uma porta a outra, para qualquer objetivo dentro da liberdade. Estas vias e pontos podem ser visualizadas no esquema tridimensional desenhado abaixo.

Para entender o que foi dito acima é só seguir as linhas em todas as direções possíveis, considerando a figura tridimensionalmente como um prisma inclinado. Mas toda sua realidade, maneiras, e complexidade só pode ser explicada pessoalmente de professor a estudante e não cabe aqui.


Assim são três vias características, cada uma com dois modos de aproximação, que descem por três níveis em cada platô, e se intercruzam e interconectam formando muitas portas. As portas são as formas de manifestação resultante dessas vias ou de suas combinações em diferentes gradientes de partes umas das outras. Tudo que existe no mundo de verdadeiro se enquadra em algum ponto desse esquema. A via que desce como religião volta como ciência e vice versa, e a via que desce filosofia sobe religião também. Assim existem quatro caminhos, dois curtos mas tortuosos, um muito curto e direto, mas muito perigoso e um tranquilo mas muito longo e trabalhoso.