sexta-feira, 19 de junho de 2020

Por que eu deixei todas as ordens que participava e permaneci nesta? - parte 2

Continuando as razões pelas quais eu não deixei a ordem depois de tudo que me aconteceu e todas as profundas mudanças pessoais... Bem, para começar o fato de estar nessa ordem é um dos causadores dessas mudanças.

As pessoas estranham que essa ordem aceite ateus convictos, mas isto é o melhor tipo de convicção que a ordem pode receber, pois no máximo ao fim da primeira graduação esta pessoa não só estará convicta da completa falta de lógica do ateísmo, como terá a plena certeza da existência de Deus, ou pelo menos de um Ser Supremo, um design inteligente, um arquiteto do universo ou um princípio eterno, consciente. Ressalto mais uma vez o "pelo menos", para o caso dos mais céticos, pois foi o meu caso. Pois uma certeza apoiada por várias evidências, e digo inclusive provas, a pessoa terá ao final da primeira graduação.

A pessoa aqui saberá que a causa de um universo organizado, contendo seres vivos e conscientes, não pode ser a matéria inconsciente e caótica que é regida pela lei da entropia, ou seja, caminha naturalmente para um estado de maior desorganização; mas pelo contrário, se apesar disso ela se organiza tem que haver um organizador, se apesar disso há seres conscientes tem que haver uma consciência por trás. A inconisciência não pode gerar a consciência (disso temos muitas evidências), o caos e o acaso (acaso que realmente não existe) não pode gerar ordem.

Consciência e matéria são de naturezas completamente diferentes, elas só se comunicam porque existe um intermediário entre elas, a mente. Nós observamos isso na ordem, nós  comprovamos isso. Assim como o nada não pode gerar matéria (o nada não pode gerar coisa alguma), a "nenhuma-consciência" não pode gerar consciência, a matéria-energia inconsciente não pode gerar consciência (e consciência, Deus, pensamento... não são energias, esqueça essa crença sem lógica).

A ordem nos prova essas coisas. Por isso permanecer nela, trabalhar nelas é empolgante. Eu era budista, mas de uma escola de budismo ateísta (quase todas são, caso não saiba, embora não gostem do termo "ateu" todas negam a existência de um deus criador, seja ele qual for) e eu sempre fui cético (a minha mentalidade é cética, nunca consegui ser diferente por mais que tentasse e treinasse). E as convicções budistas apenas reforçavam meu ateísmo sistemático, pois eu tinha até decoradas algumas palavras atribuídas a Buda, e neste sentido, crer num ser criador era considerado uma heresia no budismo (os que permanecem budistas na ordem são ligados, ou terminam se ligando, a outras tradições, foi meu caso no início, que acreditam num Ser Supremo, a saber, o Adibudha, buda primordial ou buda eterno, em umas, ou a consciência-apenas, ou mente-única em outras, e que são relativamente poucas escolas, mas há professores dessas tradições na ordem). Mas uma vez convencido por evidências e provas ou você admite a verdade ou segue com uma idéia fixa, uma loucura. E eu procurava no budismo a mesma coisa que procurava na ordem, a verdade, eu não procurava uma doutrina. Claro que ao ver por mim mesmo que naquela escola que eu seguia e estudava profundamente não estava a verdade que eu havia visto, mas uma doutrina inverificável só me restava ficar ao lado da verdade...

Então para mim a ordem é um instrumento poderoso de levar esta verdade às pessoas. Eu gosto de ensinar isso, eu sou muito grato por isso e vejo o quanto é gratificante esse trabalho quando isso acontece, e como as pessoas se sentem gratas por isso, libertas, livres de um pensamento errado, curadas de uma obsessão ou uma terrível negligência das evidências que levam por caminhos e consequências diametralmente opostas...

Esta é uma razão muito importante para mim, por isso também estou aqui.




frateriliv@gmail.com





quarta-feira, 17 de junho de 2020

Por que eu deixei todas as ordens que participava e permaneci nesta?

Uma pergunta como essa exigiria muitas postagens e longos textos. Não é uma questão simples, principalmente se quem quer saber é uma pessoa de fora das ordens ou de uma ordem (porque existem ordens falsas, sim, muitas).


A primeira coisa é porque essa ordem é verdadeira. E aqui as pessoas buscam a verdade seja ela qual for, não buscam sua verdade. E isto através de várias métodos. E um não critica o método do outro por questões de fidelidade a um tal fulano chamado mestre. Pelo contrário cafa um se considera em aprendizado constante e livre para seguir o método que escolheu. O método, ou mesmo o caminho que o outro escolhe, só pode ser rejeitado se estiver clara e evidentemente errado ou se for um método que não seja próprio da ordem (pois aí está praticando outra coisa), ou que algo que seja contra princípios da moral, da ética e da tolerância. Esses princípios fazem parte dos fundamentos da ordem e não se pode estar fora dos fundamentos. Então o que a ordem não abre mão são seus fundamentos, sua base, é o que a diferencia e é sobre o que é constituída; e também não pode abrir mão de seus princípios (quem quiser saber quais são esses fundamentos e princípios, que nunca mudam nem podem mudar, procure os textos específicos sobre o assunto, pois é muito longo e aqui não é o assunto). Os métodos apesar de serem vários e sempre os mesmos, se desenvolvem com o tempo e se ampliam, mas sempre dentro dos mesmos que recebemos e transmitimos.

Segundo  porque as vias possibilitam diferentes abordagens metodológicas e você pode seguir a que melhor leva ao objetivo segundo sua própria afinidade, aptidão e desenvolvimento. Mas você pode estudar todas e aplicar todas (se é que isso é possível que alguém consiga) sem restrições.

E dentro das vias estão os caminhos da religião também, então eu posso seguir o caminho da minha religião de uma forma muito mais profunda e completa. Detro de cada via predomina uma grande religião. Eu posso até me dedicar a isso, ou até, por exemplo, me dedicar a uma via, mas ser da religião que é enfatizada em outra via . Eu posso ter uma religião e segui-la à vontade, onde for, ser plenamente fiel ao que acredito, sem ter problemas com as outras vias onde predominam outras religiões, aliás eu posso estudar todas elas também se quiser e até participar (ainda que nem todas ao mesmo tempo, é claro). O problema da religião não está no centro do trabalho da ordem, mas sim o da verdade (por isso são poucas as religiões estudadas, porque elas tem que ser verdadeiras em suas propostas e resultados e se algum ponto não é seguro este ponto não é usado, ele é testado, só os pontos verdadeiros das religiões são usados, os demais são considerados apenas informações culturais e tradições). Se eu citar exemplo vou me estender, então...

Então me sinto em casa porque eu sempre busquei a verdade, nunca uma doutrina ou respostas que não posso entender, evidenciar nem comprovar. Passei por mudanças drásticas na minha psique, no que pude evidenciar e na religião, neste tempo que estou na ordem, e a forma como ela trata as religiões é perfeita para mim. Neste caso, tanto desta quanto da religião que eu estava antes, respeita em tudo minha religião e minhas escolhas e nem fere princípios de minha religião a nem minha religião fere os proncipios da ordem.

As pessoas prescisam entender que esse estudo é como estudar uma faculdafe de filosfia ou ciências. Se temos a prática dessas religiões é para que as pessoas se aprofrunfem juntas nesse estudo, nessa vivência e compartilhem experiência, não sendo um sujeito isolado, interpretando sozinho por si mesmo as experiências ou interpretando segundo o que outro diz para ele que são. É um laboratório, uma oficina e a prática profunda da religião, além disso um pode conhecer a do outro se quiser, e os de uma mesma região podem conhecer completamente sua história, fundamentos, livros, ensinamentos, teologias ou teogonias ou doutrinas. É como se estudasse para ser um doutor nesta religião...


Terceiro, pelo método que a ordem se estruturou, que tem uma estrutura de universidade que a pessoa pode percorrer como uma graduação normal, como apenas prático, ou de ambos que é o melhor, claro, e só estes últimos podem ensinar ou estar habilitado a fundar um outro grupo (claro que ao longo da história muitos não vão ao objetivo e fundam novas ordens sem aprofundamento, ou com apenas um começo ou uma parte ou um aspecto que escolheu e apresenta aquilo como se fosse um todo, não se pode responsabilizar ninguém, além dessas mesmas pessoas, por esse tipo de comportamento). Isto se dá em todas as instituições realmente ligadas à ordem original, ou pelo menos o estudo completo e o estudo externo, isto é, apenas acesso ao material escrito e aulas, palestras, etc.. Eu a herdei em parte de outra ordem também, e em parte de meu professor nessa ordem. Mas em parte ainda em uma outra ordem, e aí através disso penetrei na ordem verdadeira, interna, que meu professor anterior fazia parte, não precisando mais de ordem ou de professor externos, mas já estando em contadto com essa ordem interna. 

Quando dizem aqui que você entrou contato com seu anjo guardião, ou com seu nous, ou com as partes superiores de seu ser, ou que desabrochou a rosa em sua cruz, ou a rosa do coração (no timo, na verdade) ou o lotus do seu coração ou que recebeu o Espírito Santo de Deus e ou que já está ouvido, ou, como dizemos, já alcançou a comunicação... Estamos mais ou menos falando da mesma coisa em diferentes linguagens. É claro que cada um pode ver de uma maneira, ou interpretar isso de uma maneira, mas a ciência da ordem só está falando de duas coisas, dois fatos, que podem ocorrer juntos ou um depois do outro: ou você acessou as partes superiores de sua mente e consciência (nous, isto seria longuíssimo de explicar aqui) e ou você entrou em contato com o mensageiro (anngelos ou mal'akh) encarregado de sua proteção e educação espiritual (na tradição chamado anjo guardião ou protetor, não cabe aqui também explicar). No mínimo isto é exigido para que você possa coordenar desde um grupo até uma fraternidade.

Você tem a opção de permanecer na mesma instituição e contribuir com ela, isto é trabalhar na mesma instituição e muitas vezes até mesmo local, ou criar outra (grupo de estudo ou pesquisa, fraternidade, confraria, denominação, ordem, etc.). Um de nossos mais conhecidos organizadores no passado fez assim, a segunda opção, e mudou o nome e características da instituição. Por um lado foi ótimo porque depurou, retirando aquilo que havia sido acrescentado e deturpado, mas por outro foi acrescentando elementos e características novas e de outras ordens que participava, criando como uma fusão. Isso com o tempo deturpou novamente a ordem (não sei se da parte dele ou dos sucessores) e mecheu com os fundamentos. Este é que é o grande problema desse tipo de funcionamento, então tem que novamente surgir sempre novos fundadores que restaurem a tradição ao que era, volte aos princípios e conserve os avanços da ciência. Mas isto também é uma grande vantagem, pois a ordem sempre se reorganiza sem depender de pessoas nem de instituições, mas apenas quando se reunem os mesmos princípios  os mesmos fundamentos e a mesma metodologia. Ou seja, ela sempre reaparece pura novamente basta que alguém ou algum grupo se reconecte à ordem original. E ela sempre realparece de tempos em tempos, em sua pureza original. Tive que contar isto para explicar esse terceiro elemento, pelo qual eu não deixo essa ordem. Eu também fiz essa mesma escolha. Ela está aqui em minhas mãos, é minha responsabilidade (que eu saiba não existe nenhum outro herdeiro nesse país a não ser de partes ou fragmentos do original).

A primeira ordem que participei, por exemplo, treinavamos aulas e davamos aulas, rigidamente controladas, uma vez, duas vezes por semana, por anos. Mas se alguém quisesse ensinar teria que ainda fazer um curso especial e uma formação fora do país e tudo isso ainda para só repetir o que alguém dizia sem apresentar provas ou evidencia (muitos de nós aliás, não tinha qualquer vivência ou prova do que estava falando e todos não sabiam realmente tudo que ensinvam). Isto é muito ruim. É assim que se criam seitas de fanáticos.

Nós não devemos apresentar doutrina nenhuma, descrição nenhuma que não esteja ao alcance do estudandte. As unicas vezes que falamos sobre isso é quando estamos estudando alguma religião, doutrina, filosofia ou tradição, então obviamente temos que dizer o que elas propõem, o que é que elas dizem, não necessariamente nós dizemos, nem estamos afirmando que aquilo seja uma verdade. Isto é que faz toda diferença.

Ninguém sairia falando por exemplo de Marte ou do Sol, de como é lá, sem poder levar você lá para ver, a não ser quando estamos estudando a ciência acadêmica, então temos que informar a você o que ela diz. Imagine quando falamos de coisas, como descrever planos de existência depois da morte ou como são os anjos ou os devas ou a quinta dimensão de um planeta! Não fazemos essas coisas, não contamos historinhas de seres invisíveis ou e.t.'s, seria ridículo.

Temos um método de trabalho, mas também temos um método de ensino. É como se estivesse estudando um curso de filosofia. Mas há uma diferença aqui, é que se você escolhar estudar alguma a fundo, não acreditamos em doutrinas. A princípio sim, você vai estudar, ler muito, mas o estudo de fato começa quando você se torna um daqueles seguidores, um praticante sincero daquilo está estudando, sua experiência tem que ser tão verdadeira quanto suas horas de leitura. Não se estuda de fora, tem que haver completa imersão, sendo um daqueles particantes sinceros do que você quer estudar (os mais velhos podem ter uma idéia lembrando do seriado A Ilha da Fantasia para os práticos e graduandos ou do Túnel do Tempo, para os estudantes, vocentem que viver aquilo, ou pelo mesmo ver, assistir aquilo), seu orientador não conta a você como é, ele só vai guiá-lo como mais experiente (como um Virgílio, na Divina Comédia). Essa é a difereça. Por todas essas características desse método, considero esssa a única ordem que conheço verdadeira e eficaz no que se propõe.


Então, aconteceu comigo que a princípio eu quis voltar para a ordem que me introduziu nessa comunicação, nesse contato, do meu primeiro professor de verdade. Mas temia suas exigências, e fui informado que naquele tempo sua organização já havia se degenerado, fiquei triste, e fui verificar o que era, demorei a perceber, mas quando li novas edições dos livros achei e mesmo os da época. Achei muitos erros nos livros (hoje não sei se de tradução, pois não sei a língua original em que foram escritos, tudo que pude ver foram traduções para o inglês, espanhol e novas para o português) e depois vi claramente nos sites, palestras em vídeos e aulas. Misturaram muita coisa de fora da ordem e até errada.

E hoje todos estão dando também palestas públicas para quem se interesse em inciar, vi professores conhecidos e não achei meu profesor principal, meu instrutor pessoal. Ou ele morreu ou como suspeitava saiu da organização, que ele parecia naquela época já estar muito além dela inclusive. E embora ele não me dissesse onde ela tinha faltas, de alguma forma me mostrava que haviam lacunas que eu teria que preencher, e coisas que eu não deveria levar tanto em consideração. Misturaram estudos de outros, de outras ordens, distorceram muita coisa.

Então entrei nesta outra ordem que contei do fundador nessa ocasião e quando me conectei novamente à ordem original saí dela, pois nela havia também muita mistura, com todo respeito a ambas as instituições, pois ainda assim é justamente devido a essa mistura que ainda atraem pessoas e algumas conseguem a comunicação (lembrando que esta é uma visão científica, não estou fazendo qualquer julgamento do aspecto da "doutrina" em sua eficácia ou veraticidade, a não ser dizendo que foi modificada em uma e levemente distorcida na outra ao ponto de ambas discordarem em alguns fundamentos originais). Creio que estudar outras doutrinas de outros jamais deveria implicar em alterar os próprios princípios e fundamentos ou acoplá-los aos próprios. Mas ambas fizeram isso.

Então preferi a segunda via, fundar minha propria faraternidade fiel à ordem original (que ainda segue em outros países e mesmo aqui em parte, de forma incompleta). Ademais essa segunda também tinha uma tradição, a qual também recebi, confesso, que hoje não é mais compatível nem com essa ordem, nem com minha religião. Só que eles por alguma razão a colocaram acima das outras (inclusive da tradição original pela qual a ordem foi fundada) e ainda recebeu uma, a qual eu também participava por fora, em outra ordem ainda, que embora colocada sob a primeira era ainda de enorme influência (principalmente fora do Brasil!). Acontece que essa tradição em muitos pontos contradiz a primeira, e ao deixá-la, também tinha que deixar a ordem pois é incompatível com meus objetivos e com os objetivos da prdem original.

Concluido, esses erros mitológicos e descuidos eram generalizados também na maioria das ordens que passei. Nesta não. Aqui trabalhamos métodos, as vias são de conhecimento, não são doutrina, obrigação, princípios, nem tomam o lugar dos fundamentos da escola. Os princípios e fundamentos da escola continuam na tradição há centenas de anos, inalterados. Não se misturam com o que é objeto de pesquisa.

Por essa primeira parte da resposta creio que está de bom tamanho esses três motivos pelos quais permaneço nessa ordem e como ela funciona. Nos próximos entrarei em mais alguns detalhes disso e em outras razões.

Se você quer saber quais foram essas doutrinas erradas ou impostas que presenciei ou  essas ordens que eu passei escreva um e-mail e podemos estabecer contatos por algum meio.

frateriliv@gmail.com

terça-feira, 16 de junho de 2020

As cinco vias eficazes 6 - Via Logikae

3. Via Logikae

Outra é a via da razão, chamada via filosófica ou da lógica por outros, ou lógico-matemática. Esta via busca alcançar a verdade através de reflexões racionais, lógicas, embasada nos dados colhidos na experiência, no que é recebido através dos sentidos, mas não sendo isto o determinante e sim as conclusões a que se chega através de análises, relações, comparações, processamentos lógico-racionais. Mas também é predominantemente a via da abstração, por isso não apenas parte de dados colhidos, mas muitas vezes parte já de abstrações, assim também o faz de forma matemática, partindo de números, teoremas, funções, figuras geométricas, equações, cálculos, etc..

Nós chamamos essa via de racional ou lógica, mas tradicionalmente ela é chamada filosófica, pois não se retringe à lógica, à razão, ou à matemática, ou simplesmente às relações das mesmas, ela engloba todo tipo de coleta de informação, incluindo a empírica, a abstrata, a científica, a religiosa, a epistemológica, etc.. E elaborando seu edifício através do pensamento, sobre essa base racional, cria aquela  sabedoria que podemos chamar de sistemática ou sistematizada, que define, examina e reexamina os conceitos, que definiu inclusive o que é ciência. Por esse mesmo lado podemos ainda falar que é uma disciplina espiritual visto que o intelecto é a ferramenta e o que é transformado, o receptáculo de toda a transformação e o depósito da sabedoria, e o intelecto é eminentemente espiritual, consciencial.

Quando estamos falando de espiritualidade, estamos, acima de tudo, nos referindo à consciência e nesta ao intelecto; pois não se trata do "coração" humano que é traicoeiro e sugeito aos gostos e desgostos, sugestinamentos, condicionamentos, desgostos e paixões, nem da alma (psique) que é a mente, os fenômenos, conteúdos, e funções mentais, mas sim daquele que é neutro (imparcial à opinião, gosto, cultura, etc.) em relação ao real: nele uma informação só pode estar presente ou não estar presente, se presente, ser aceita ou não aceita (posta em dúvida) por questão lógica, ser compreendida ou não, ser tida como comprovada ou refutada, ser duvidosa, ser tida como verdadeira ou falsa, após rigoroso e metódico exame. É o campo da análise. A intuição aqui só encontra duas opções, ou sim ou não, presença pu ausência, verdade ou falsidade, porque é único campo da consciência humana onde algo se pode provar completa e imediatamente, o intelecto, e invariavelmente através da lógica ou da matemática.

Quando falamos de expandir consciência de que estamos falando, senão de algo espiritual? E expansão de consciência é e passa fundamentalmente por expansão intelectual. A aquisição de compreensão lógica, linguística, e a percepção de relações e significados é trabalho do intelecto, é tomar consciência, e isto é também expansão de consciência. Não existe evolução da consciência, ela não pode evoluir, ela é o que é, como um espelho não evoluir por passarem mais imagens ou conhecimentos diante dele. Quando se fala de despertar, de expansão da consciência se está falando de lucidez e atenção e de trazer à consciência aquilo que está no inconsciente e aquilo que a consciência ainda não alcançou. É isso que temos que ter em mente.

E muitos desses conscientizados a serem adquiridos dependem ou só podem ser alcançados pelo intelecto e pela operação da lógica e da razão. Assim como se aprende matemática e se treina o raciocínio e a habilidade através de vários exercícios e respeondendo problemas, todas as demais habilidades do intelecto podem ser treinadas e expandidas. Essa é a real expansão da consciência. E por essa expansão novas capacidades podem ser descobertas, aprendidas e adiquiridas. O quanto menos formos místicos ou míticos nesse aspecto, menos tempo perderemos, mais realistas e próximos desse desenvolvimento estaremos (diferente dos que falam de magia, mediunidade, ocultismo, etc., coisas que só atrasam o desenvolvimento e a humanidade e levam à maiores ilusoes ao contrario de despertar).

A via filosófica analisa e trabalha todas as informações, as relaciona e pode gerar ou criar novas descorbertas nessa relação e análise, ela também examina as conclusões das outras vias através de seus métodos (assim como a ciência também o faz através de seus métodos). Não que as outras vias não façam também isso, mas que nesta via esse exame é o mais predominate, pois ela coleta questões e também gera questões sobres todos os conheciementos. Aqui predomina o elemento nous, além de ser o receptor das descobertas, epistemologicamente a consciência é a ferramenta e é ela que possui as leis e propriedades da lógica e da matemática em si mesma. A razão e o universo não as criam nem determinam, pelo contrário, a razão as descobre e o universo as obedece.

A razão existe devido a lógica (e não o contrário como entendem certos discípulos de alguns filósofos) e não existem duas lógicas, só uma. A razão raciocina, reconhece, descobre a lógica. E a lógica existe devido à matemática, aliás, o inverso também é verdadeiro. E estes são os dois primeiros retroalimentadores primários (e não mente e matéria como afirma outro, nem consciência e sensações e assim por diante (como eu mesmo defendi erroneamente em trabalhos anteriores na graduação)). Sim, as primeiras molas são abstratas, e tem que ser assim, porque são eternas, independentes, incondicionadas e imutáveis.

Mas podemos agora aqui, num texto que não tem esse objetivo, avançar mais um pouco, deixando aqui protegido, porém claro para os atenciosos e estudiosos, um princípio geral que também usamos para comprovar nossas conclusões, teses e teorias. A razão existe devido à logico-matemática, e esta existe devido a que? Ora, à consciência. É o que demonstram nossos experimentos, teses, cálculos, etc.. E eu pergunto apenas para efeito de exercício de raciocínio que pode ser feito pelo leitor: se não houver consciência onde pode existir lógica, matemática e qualquer outra abstração, seja ela exata como os números e a matemática ou seja ela "subjetiva" como significados, objetos, formas, cores, etc.? Pode existir lógica sem consciência? Como poderiam existir sem consciência? E como o universo segue uma precisão lógica? Ou seria porque há uma consciência que precede e suporta a existência do universo? Pense nisso.

Mas também existe a limitação da senda, mesmo que não pudessemos errar em nossos raciocínios, descobririamos tudo? E mesmo que descobrissemos tudo como é de fato, isto nos libertaria? Que relação há entre conhecer todas as verdades dentro da lógica e nos libertarmos desse estado presente de vida na matéria perecível? Nenhuma! É uma fantasia neo-gnóstica. Se colocassemos aqui em pé de igualdade grandes propositores dessa via como, eminentementes filósofos, Pitágoras, Parmenedis, Heráclito, Platão e Aristóteles (mesmo sendo às vezes Aristóteles mais justamente relacionado a empiria e à ciência e Pitágoras à matemática) podemos pergunatá-los sobre provas ou o tipo de garantia que oferecem sobre o conhecimento pleno da verdade, a salvação e transformação profunda que seus métodos poderiam gerar em cada pessoa e não encontraríamos uma resposta satisfatória a questão da salvação da morte, da existência limitada na matéria. Porque talvez, ou quase com toda certeza, estes não eram seus objetivos. Usar a filosofia, ou a especulação lógica pura ou matemática pura seria como usar uma ferramenta que foi elabaroda para uma função em outra função que não pode efetuar completamente, senão atuar como auxiliar.

Assim apesar de, como via de conhecimento e maneira de conhecer, ser uma via completa e bastante válida, para levar ao pleno conhecimento da verdade, à libertação dessa condição humana terrena, ou seja, à salvação, e à transfiguração humana, ou seja, à purificação, à transformação ou a volta a natureza original, ela é insuficiente.

Precisariamos conhecer uma verdade certa que nos levaria a libertação e como esta não é apontada pela simples lógica, muito pelo contrário, aparentemente ela é paradoxal, chegamos novamente num beco sem saida. Mas novamente no ápice do desenvolvimento e completude da lógica, depois de ter colhido todas as informações necessárias (empíricas, científicas, etc.) ela apontará para a via central como último e único recurso (nem que seja, para o menos preparado, por anulação das alternativas erradas).


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Os três principais objetivos...

Os principais objetivos ao longo do caminho não podem ser esquecidos. Muitos seguem mais seus objetivos anteriores, o que os faz se perder dos aqui adquiridos, ou pior, muitos ficam fora todo tempo porque seus objetivos pessoais, que eles ganham aqui um modo de realizar, não permitem que eles encontrem o real motivo pelo qual estão aqui, a razão de suas vidas...

Por isso nossa ordem presa por sempre repetir e lembrar de várias formas os principais objetivos de cada etapa, de cada nível da graduação.

O primeiro é despertar. A consciência não pode evoluir, mudar, aprender. A consciência é completa em si mesma já, o que ela precisa é despertar, expandir: a consciência precisa se descobrir. Isto é despertar. É ver ela mesma cada vez mais por inteiro, ver que ela é infinita, que nela cabe tudo, mas nem tudo lha convém. Despertar é conhecer a própria consciência é estar consciente  da consciência e de tudo que nela há. Expandir é conhecer a realidade, mais e mais e isto também é infinito, pois a realidade em todas as suas dimensões também é infinita, eterna e se desenrola eternamente. A consciência precisa despertar, se descobrir, sim, porque ela está encoberta, ela já é o que e mais quase toda ela está encoberta por objetos que a obstacularizam e por ilusões. Despertar é removendo esses obstáculos e ilusões e vendo o que ela realmente é. Expandir é ver o que ha nela e tudo que ela pode ver, é conhecer a realidade como realmente é, objeto da consciência e o que há nela. Isto é muito difícil. Por isso existe uma fraternidade e existem tantos métodos que devem ser usados. Ninguém consegue sozinho, porque ninguém é sozinho, aliás ser um ser separado dos outros também é uma ilusão, uma das maiores. Somos seres de um mesmo ser. Ser é ser com. Todos pensam que estão acordados e despertos, e essa é a maior ilusão de todas, enquanto você não notar que está sonhando, que não está desperto, que sua consciência é mínima, que seu estado habitual é de distração, sonho e quase alucinação como nos sonhos noturnos, você não fará nada para mudar esse quadro, você está conformado com seu mundo dos sonhos, com sua própria prisão. Mas quando você experimentar um pouco mais de lucidez, ou a consciência além da forma e dos objetos, ou a realidade do seu estado prisioneiro, você vai querer acordar, vai ver que o sonho é  pesadelo, uma prisão e vai começar a querer viver desperto ou pelo menos atento, consciente da consciência, pois de qualquer forma você ainda habitará nessa dimensão da consciência. Aí é que entra a etapa do segundo nível...

Em segundo lugar você precisa descobrir o que está fazendo aqui, porque você está aqui. Por que você está aqui, nesse mundo, nessa vida, nesse tempo? Você acredita no acaso? Não seria essa uma crença estúpida, aqui onde você vê que tudo vem de causas e condições? Descobrir porque está aqui, o que está fazendo aqui e o que precisa fazer aqui é a coisa mais importante da sua vida. Ninguém esta aqui por acaso. Existe uma razão para você estar aqui, uma causa, condições forama necessárias, mas existe também um propósito, objetivos, necessidades. Descobrir a razão pela qual você está aqui pode ajudar, é muito importante. Mas descobrir qual o propósito é mais importante ainda. Você nunca se perguntou, por que estou aqui? Pois bem, há um porque. Existe uma razão e um propósito para isso. Esse propósito é seu, é seu objetivo profundo, é seu objetivo, seu querer, sua  verdadeira vontade, isto é aquilo pelo que a pessoa verdadeiramente vai se sentir realizado  feliz, pelo, é seu, lá no amago você vai encontrar. Você nao sabe isso ou pensa que sabe. Quando você descobrir que não sabe ou descobrir o que realmente é, você verá como é uma questão muito abrangente, muito profunda, muito mais impactante do que essa vida aqui e tudo que há nela como objetivos. É algo que tem muito mais a ver com eternidade do que com esse mundo impermanente. Na verdade essa questão ainda é a mais imediata, mas ela pode ser bem mais profunda ainda, ir muito mais longe, pois você vai descobrir não apenas que essa estada aqui tem uma razão, uma causa e um propósito, mas também que existe uma razão para você existir e também existe um propósito para sua existência. Um propósito que precisa ser alcançado. É a meta pela qual você estará liberado das limitações ao atingir, liberado dessa prisão e poderá conhecer seu verdadeiro lugar, sua origem e sua verdadeira realidade, eterna. Se você já sentiu saudade de algo inexplicável, uma outra realidade ou um verdadeiro lar, deve já ter uma idéia do que estou falando. Mas alcançar isso é também muito dificil, por isso existe a fraternidade e por isso você precisa se comunicar com os planos mais elevados de existência, até poder penetrá-los, e tambem aprender a ouvir a instrução das partes mais elevadas do seu ser, e ouvir principalmente seu anjo guardião com plena clareza e certeza, que é o que não esqueceu de seu propósito e de toda experiência pela qual você precisa passar, e pode, bem melhor do que qualquer um de nós, ensinar o melhor caminho especificamente para você. E isto tudo tem a ver com a realização que você terá que alcançar no próxima nível, a próxima etapa a ser galgada...

O terceiro é a iluminação. Temos já apresentado em duas perspectivas o que é iluminação para nós. Mas é preciso saber que há outra, uma terceira. Iluminação tem primeiro um apecto que deve ser completado aqui com o que dispomos aqui e daqui, desse mundo, esse aspecto é o esclarecimento. O primeiro passo é fazer o que você está fazendo agora, adquirir conhecimento, esclarecimento, que vai levar ao discernimento, entendimento e compreensão, e ao final vai compor um campo de saber próprio, a sabedoria. Mas para isso é preciso ir além do que podemos e do que almejamos, é preciso ir além de nossas capacidades. Por isso o processo de iluminação começa antes mesmo do primeiro, com o estudo e prática no estágio preparatório, onde a pessoa está ainda decidindo, conhecendo, nosso trabalho. Depois se aprofunda, no primeiro pela ampliação da consciência, através da expansão do esclarecimento, do conhecimento, do entendimento, da compreensão, da inteligência, das capacidades de aprendizado, de leitura, de observação, de experiências, adiquire gradativamente a capacidade de ler a realidade (que a tradição chama de Librum Naturae)... Depois no segundo nível isto continua e o conhecimento mais interno começa, é adicionado mais dez vezes dessas capacidades; começa o conhecimento das partes internas da mente, da consciência, do ser, das outras realidades, dos outros planos, do anjo guardião, da relação de tudo com tudo, da relação de afeto, atração, amor; se você pensa que ama bem não chega aqui, aqui vai aprender a amar incondicionalmente, vai sentir a dor dos seres e a alegria dos seres, a prisão, as ligações, o amor divino... Depois o ideal é a dupla habitação, ou seja, a habilidade de à vontade estar nas dimensões elevadas possíveis de forma consciente e sem perder a memória do que lá acontece (já que essa memória não vai necessariamente para o cérebro), mas isso é muito dificil, sempre foi, e hoje é mais ainda (as pessoas que aparentemente esbanjam essa capacidade na verdade vão para planos projetivos, do plano do desejo, plano da esfera refletora, não plano de realidade); então embora nao deva deixar de haver experiências reais assim temos como mais comum ou primeiro o que é chamado de segundo nível de iluminação, que a tradição chama de inspiração, que é receber luz divina, isto é, quando o Eterno se revela claramente para nós de acordo com sua vontade, não a nossa, em sua misericórdia e amor, não por nosso merecimento. Isto é ouvir o Ser Supremo, ser o que a tradição chama de um Iluminado de Deus. Aquele humildemente escuta o Espírito Santo de Deus. E é levado onde for necessário que veja, que experiencie, que haja, etc.. Porque isto é muito difícil, por si mesmo, muito do que se vive aqui é impossível, só através de um poder muito superior a nós, de um poder supremo, do poder do Todo Poderoso, isto é possível e tudo que se realiza nesta fase. E aí que pode até acontecer ainda nesta vida o que você já conhece como segundo aspecto da iluminação (na verdade agora o terceiro) que é o pleno conhecimento da verdade e a libertação do condicionado, o livre trânsito nos palnos de realidade que agora são vistos como um plano só, inteiro, completo, pleno, realizado (na eternidade). Isto é o que muitos já disseram que está além das palavras e de toda nossa compreensão atual, que só pode ser compreendido ao ser, ao pertencer a este estado. É o que se chama retorno à pátria espiritual, ao lar, a verdadeira natureza, ao estado original, à pureza original, o céu;  é o que se chama reintegração dos seres. Esse último estágio pode acontecer ainda aqui, mas é muito difícil, normalmente acontece mais de se realizar nos planos superiores...

Em suma temos esses três estágios ou níveis que trabalhamos grau a grau (do 0°, exterior, fora, ao 10°, mais graduado, e deste ao 12° (se pudesse haver um 11°, seria então o 12°), que é fora de todas as prisões). Três níveis, primeiro, segundo e terceiro; dois aspectos no primeiro, da consciência, despertar e expandir; dois aspectos no segundo, da vontade, descobrir a razão e o propósito; e três aspectos no terceiro do amor, conhecimento direto, iluminado de Deus, e libertação plena. Três níveis, sete aspectos. Três vezes iluminação...

Frater I.L.I.V.
Entre em contado para estudos, inscrição ou informação: frateriliv@gmail.com

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A Ordem - parte 4

[C] Enquanto regiões ou estados ou níveis de existência, um uso muito comum é se chamar de dimensões, embora não seja uma palavra adequada. Uma palavra tradicional é plano (daí a palavra planeta, uma subdivisão dentro de um mesmo plano), outra é região (que derivou de ser antes chamado locus), e mais modernamente níveis (principalmente a partir da descoberta dos vários tipos ondas e de frequências vibracionais). Mas o fato é que nenhum desses termos sozinho define bem esses estados do existir.

Dentro da ordem existem muitos níveis de existência e dentro de cada nível de existência existem sub-níveis e formas vibracionais diferentes, e existem manifestações da Ordem em alguns desses. Mas não vamos tratar aqui do que não possa ser testemunhado por você imediatamente ou de algo sem comprovação, nem tampouco de descrições de outros mundos ou outras dimensões como fazem muitas ordens sem jamais demonstrar na realidade aquilo que estão descrevendo como ciência, mas que na verdade é apenas matéria de crença. Vamos tratar do observável e aquilo que não é observável (diferentes comprimentos, formas, frequências de ondas e de vibração atômica, por exemplo) com base no que a ciência normal já nos informou.

Para não me alongar ou terminar repetindo o já muito sabido, vamos usar a palavra plano para os diferentes níveis vibratórios (da matéria-energia e do que está além dela, além dessa matéria conhecida e além de toda matéria-energia) onde a consciência humana alcança (é bom frizar 'humana', pois a onisciência abarca tudo, todos os níveis, muito além do que podemos, e mesmo os humanos e outros seres logo a deixarem seus corpos já alcançam aquelas que pareciam inexistentes, mas com incrível lembrança e familiaridade, temos milhares de relatos analisados pela ciência a esse respeito). Não trataremos agora das "substâncias", mas da manifestação perceptível a nós (por exemplo, num sonho, apesar de estarmos num mundo mental temos percepção de matéria, de solidez, etc.), ou seja, de qual plano de existência os fenômenos estão ocorrendo.

Mas quando se usa a palavra dimensão isso gera  confusão, pois aqui vivenciamos na matéria quatro dimensões (a quarta não é o que muitos ocultistas dizem ser, é a temporalidade dessas mesmas três conhecidas), mas além das dimensões da matéria já também vivenciamos a quinta e parece que os ocultistas insistem em ignorar esse fato e atrapalhar todos que queiram avancar nesse campo projetando barreiras e mil obstáculos a serem vencidos para ter consciência da quinta dimensão, que supõem ser ou chamam sem saber porque, de astral. Entretanto a quinta dimensão está sendo vivenciada por você agora quando lê esse texto. Ela é a dimensão do pensamento, da imaginação, dos sentimentos, dos desejos, dos planos, etc.. E ela é chamada tradicionalmente de plano do corpo de desejo por vários pesquisadores das ciências antigas. Mas não vamos nos alongar sobre isso, pois dentro dela existem muitos níveis, subplanos, muitos planetas (percebe?...) assim com esta dimensão material tem seus planetas materiais, esta outra tem seus planetas ou regiões e subplanos vibracionais.

A sexta dimensão também está ao seu alcance aqui agora, ela tem sido chamada por muitos de dimensão mental (mas a anterior também não é mental? Isto é apenas uma convenção tradicional). Nela se encontra o entendimento, a compreensão, a razão, a lógica, a análise, etc..

Claramente nenhuma dessas duas descritas podem se enquadrar de forma alguma nas quatro que envolvem a matéria a não ser em semelhanças (de imagens e no discorrer da sucessão de eventos formando um tecido de cenas semelhante ao tempo, à quarta dimensão da matéria-energia, mas mesmo esse "tempo" pode ser bem diferente...).

A sétima dimensão também está ao seu dispor aqui agora, é a dimensão da consciência, esta não é de forma alguma uma função da mente nem está contida nela como imagina a ciência acadêmica, pelo contrário, a mente e todas as outras dimensões estão contidas nessa, dependem dessa para que possam existir. Nesta dimensão se encontram a intuição (gnosi, o conhecer e o reconhecer), a comunhão (o conhecimento profundo, de fato, conhecer íntima e detalhadamente, gnoskousin, em grego) e o discernimento (diákrisis, diferenciar, identificação, ética, moral, conhecimento das relações), isto falando de maneira resumida só para apresentá-las.

Mas agora é que vem a área em que todos esses modos errados de classificação e descrição estão de fato corretos em certos pontos (poucos, mas suficientes para levar a crer nas milhares de explicações superficiais e erradas que apresentam): estas dimensões que estamos vivenciando agora mesmo como que entrelaçadas (e por isso mesmo tendo uma cosciência bem limitada de cada uma delas) não se misturam como parece! Você não pode fazer uma amálgama de matéria e pensamento, nem um pode sentransformar no outro. E mais, esses planos de existência podem ser vivenciadas separadamente (todos vivemos separadamente, por exemplo, todas as noites no mundo do desejo, quando estamos dormindo, quando estamos sonhando).

Você pode vivenciar a dimensão do pensamento pura (onde está o chamado corpo de desejo ou corpo astral), pode vivenciar separadamente também a dimensão mental. E ainda que com certa dificuldade, pode vivenciar em separado a dimensão da consciência pura (por consciência ser o dar-se conta, o notar, o testemunhar é difícil que ela não esteja notando algo pelos sentidos ou que esteja ocorrendo na mente, mas com um pouco de treinamento podemos voltar a consciência sobre si mesma, ou seja, a contemplar a consciência pura, sem os objetos da consciência). Paradoxalmente quase todas as vivências humanas nessa dimensão em sua pureza são inconscientes (e isto explica porque vemos a humanidade como doente; os animais, por exemplo, vivem quase o oposto disso, vivem mais conscientes lá e aqui de forma mais inconsciente, mecânica, por isso mais instintiva e limitada). Isto ocorreu desde a queda da natureza original para esta natureza decadente.

Que essa natureza é caída não é dificil provar, pois tudo (mormente no plano mateiral) está em decadência, deteriorando-se, desorganizando-se naturalmente. Por vermos alguma ordem onde impera a lei física da entropia podemos concluir que "algo" ordena essa desordem imperativa natural. Nós temos um dito, "a Ordem ordena a desordem". Mas provar que há uma Ordem eterna é um pouco mais complexo. Porém é possível ao experienciar os planos da consciência pura, onde não existe sequer o tempo, temporalidade, pior ainda matéria ou energia a ser deteriorada ou transformada ou consumida. Por isso temos que conhecer métodos de experienciar esses planos.

Cada plano deste existe em si mesmo e é subdividido em vários sub-planos. Os planos,  chamados regiões, não se misturam pois são de vibrações muito diferentes, porém exercem influências múltiplas uns sobre os outros nas zonas de proximidade vibracional e nas suas margens (como, por exemplo, o corpo interfere na consciência porque tem o plano mental como intermediário, a mente interfere no corpo porque ambos tem margens de vibração mais semelhantes).

Não se deve confundir os planos de natureza mental com os de natureza conscienccial como fazem os ocultistas e espiritualistas (que confundem os planos da alma, da mentes com os do espírito, da consciência) e também da mesma forma nao se deve confundir os planos que se situam na esfera da natureza caída com os da esfera da natureza original, por mais elevados que esse sejam ou que possam parecer. Os planos descritos acima que se situam nessa natureza não passam de sombras e reflexos limitados diante dos planos da natureza original. Todos os esforços de auto-construção auto-salvação, evolução, espiritualização, etc., são em vão se não forem dirigidos corretamente, pois seus resultados são nessa esfera caída, também chamada de esfera refletora, resultando em grande engano.

Exemplos disso podem ser vistos nas religiões, ordens e especialmente nas seitas pseudo científicas. Confundem o que chamam dimensão astral com regiões elevadas ou espirituais; confundem experiências mentais e emocionais com espirituais; confundem o fluxo de consciência momentânea com a consciência pura; outros confundem as regiões dos mortos com as celestiais, e as regiões do plano do desejo com as do plano mental e do espiritual. Espiritual é apenas o que é consciencial e mesmo que tenham certa noção e falem de inferior e superior, ambas ainda no geral são na esfera caída, portanto, de verdadeiramente espiritual, se formos rigorosos, seria apenas o consciencial na esfera original eterna. Na tradição cristã temos o termo hades, região dos mortos, que se divide em região de desgosto (de "pranto e rager de dentes") e região agradável (seio de Abraão, abaixo do trono, etc.), esta última não pode ser confundida com o céu. Céu (heaven em inglês) é um estado definitivo, final, está na esfera da Ordem original. O lago de fogo geralmente é chamado inferno, palavra que nem existe na Bíblia, nela existe geena, hades e sheol, e nenhuma dessas equivale ao que se chama inferno no budismo ou no hinduísmo. A noção de inferno vem da tradição budista, é a região mais baixa onde os maldosos renascem. Na tradição budista temos seis reinos, inferno seria o mais inferior deles onde estão duas classes de seres. Seria como se dividissem nosso esquema do oito em três esferas em vez de duas, duas celestiais, a material contendo os reinos animal e humano e as duas inferiores contendo pretas e assuras.

Hoje misturam todas essas palavras e tradições e rotulam experiências pessoais com esses nomes, como experiências reais vividas nessas regiões, quando na verdade dificilmente saem do plano  do corpo de desejo, por mais regiões que alcancem em seus sonhos ou saídas do corpo. E pior, praticamente todas as experiências, práticas e aspirações destes se dirige a regiões que ficam ainda na esfera inferior, caída, esfera refletora, natureza decadente, parte inferior do oito, um ciclo num mundo temporal, insatisfatório, impermanente, egocêntrico. Uns falam falam em evolução e reencarnação como se fosse algo ótimo e libertador, mas por um momento consideremos que isto seja assim, e perguntemos que libertação é essa que volta sempre à mesma prisão, ainda mais esquecido de tudo que aprendeu e de tudo que tem que fazer? Novamente, todo esforço será em vão se leva a permanecer nesse ciclo inferior do oito, é prisão, perdição, alienação, morte, esquecimento. Voce sabe disso! Você está esquecido exatamente agora. Porém nosso objetivo deve ser o retorno ao mundo original, ao lar, à nossa casa, não uma migração para estes outros, e sim uma reintegração à nossa verdadeira natuteza eterna, livre do sofrimento, do esquecimento, da morte, da separação...

A Ordem tem sua própria maneira de se manifestar exatamente dessa forma, em vários niveis, ou dimensões e em sub-níveis ou níveis vibracionais diferentes dentro de uma mesma dimensão. Porém, ela não deixa de atingir o caos, não deixa de atingir esse mundo. Essas dimensões de existir ou de expressão ou de manifestação são também manifestações onde a ordem se expressa... Cada nível destes possui vários sub-níveis vibracionais, portanto, várias "sintonias". E a ordem dentro de cada um desses limites tem suas zonas vibracionais de ondas, com as quais se pode sintonizar, mentalmente e consciencialmente. É como ter partes da ordem original (da parte de cima do oito) aqui na parte caída (a de baixo do oito). Esta sintonia acontece de muitas formas, por exemplo experiências lúcidas, sonhos lúcidos, visões, músicas, sons, conhecimentos, vontades, sensações, percepções, sentimentos, pensamentos, lembranças, etc., em conexão com esses níveis. Mas também podemos aprender maneiras de obtermos mais à vontade esta sintonia e experiencias. E isso ocorre também sistemática e formalmente através de escolas espirituais, religiões, grupos, ordens, etc., em niveis e níveis, para alcançar todos os tipos de pessoas, estejam elas no nível que estiverem.

Porém não é sobre essas últimas que estamos tratando agora (que ja foram tratadas em outro tópico) e sim sobre as primeiras: existem escolas nesses mundos, nesses diferentes níveis, das quais somos frequentadores (uns apenas estudantes delinquentes, é certo, que faltam às aulas e insistem em fazer o contrário do que aprendem nelas, mas não vamos culpá-los, afinal, você tem consciência disso? Eles não.). Então um dos nossos objetivos é tornarmos-nos conscientes e voluntários nesse aprendizado. Conhecermos não apenas essas dimensões, mas principalmente as dimensões de nosso ser. O objetivo a princípio é estar presente conscientemente em todas essas dimensões (inevitavelmente já habitamos todas elas inconscientemente).

Mas para isso precisamos despertar e dicernir essas dimensões aqui agora, a partir dessa plena manifestação e reconhecermos nela o que pertence à ordem original e o que não pertence. Existem milhares de pessoas que não sabem dicernir sequer entre sua propria mente e sua consciência, entre a mente e os fenômenos mentais, entre pensamentos voluntários, conscientes e os pensamentos automáticos, mecânicos, entre desejos instintivos e vontade e objetivos... Quão distantes podem estar do verdadeiro bem, os que não distinguem o "sabor" das vibrações de casa, da ordem original e da consciência desperta, do sabor dos prazeres e alegrias do mundo e das vaidades?! A tristeza por esse estado, a busca pela pátria perdida e pela verdade, o anelo de ajudar os demais perdidos, o esforço para estar consciente e vigilante, a alegria em estar em sintonia com o Supremo Ser ou de servir ao Eterno, são exemplos de atitudes ajudam ou que podem estar sintonizadas com as regiões vibracionais da Ordem. Estamos falando aqui em linguagem científica, mas esteja você como estiver, na linguagem da religião, da filosofia, da arte... se já esteve alguma vez nessa sintonia ou pelo menos já sentiu alguma vez saudade do paraíso, de um lugar que talvez nem sequer consiga imaginar, mas tem verdadeira vontade de estar nele, então sabe do que eu estou falando...

sábado, 6 de junho de 2020

A Ordem - parte 3

Continuação...

(B) A Ordem como organismo ou enquanto
organização manifestada no mundo, aparece como associações, ordens e instituições diversas, e também como pessoas (professores e mensageiros, mas isso é mais detalhado em outro tópico), em diferentes épocas e lugares, com diferentes nomes. Também surge como idéias, vontade e afeição junto a um conhecimento gradual e intuitivo em alguém, em pessoas, em mentes. A ordem manifesta (Ordem e ordem), em qualquer instância desse mundo, é o que
chamamos 8, esta é em sua organização formada de seres, mentes, consciência, ideias e leis (e vontade e afeto) é a O.I.T.O. (Ordem iluminacionista do Templo do Onisciente (ou Ordem Iliminacionista dos Templários do Onisciente)). Essa manifestação específica da qual estás tomando ciência agora estamos aqui é denominanda F.I.T.O. (Fraternidade dos Iluminacionistas do Templo do Onisciente (ou como na anterior)) que é manifestação
exterior da Ordem de origem que chamamos de
O.I.T.O.. A F.I.T.O. e todas as suas ramificações e
fraternidades e confrarias co-irmãs estão todas incluídas no que normalmente chamamos de "nossa ordem" (outras, mesmo quando são autênticas são chamadas de "outras ordens", pois usam outras linguagens, assim, quando dizemos outras ordens estamos falando somente de outras ordens, não estamos necessariamente dizendo que são corrompidas nem que são autênticas, estas últimas estão classificadas em outras siglas gerais que serão vistas mais adiante).

Outras ordens autênticas ou remanescentes que podem ser classificadas no mesmo tipo ou origem (direta ou indireta, da O.I.T.O.) não são citadas nesse trabalho, mas elas podem ser entendidas como uma das manifestações multiformes da mesma O.I.T.O. para atender alguma das razões citadas anteriormente,
embora dificilmente simultâneas, são classificadas como outras fraternidades, equivalentes à F.I.T.O..

Uma "porta" específica que se abre diretamente para entrar nessa fraternidade é a O.I.E.O., por exemplo (Ordem Iliminacionista da Estrela de Ouro, como foi a OH.E.O., a F.G.T.O,, a F.E.B.B., etc.). E existem também os grupos de estudo, os G.E.T. (grupos de estudos transcendentais ou terapêuticos, a depender da ênfase) como houveram outros não faz muitos anos. E ainda existem os grupos de estudo independentes coordenados por professores ou por um mensageiro que ja avançou na graduação. E existem publicações, artigos e trabalhos independentes, trabalhos de pessoas em suas diferentes áreas, estas são como janelas, que permitem ver de fora o que se faz dento.

Existem outras portas, classificadas sob outras siglas, mas esta (a F.I.T.O.) está em linha direita de ligação com os dois outros elos acima. Isto é uma grande diferença, por isso quando falamos de nossa ordem de forma mais geral estamos nos referindo a está corrente, composta desses
três elos e quando falamos dela de modo mais
específico estamos nos referindo a esta última. Já outras ordens equivalentes à O.I.E.D. podem haver em maior número, mas de ligação indireta ou herança de uma manifestação anterior, mas aqui não cabe falar de outras correntes ou atribuir a elas origens (iguais ou diferentes da ordem verdadeira), e sim falar sobre a nossa própria ordem e sua origem. Apenas por essa
razão esta parte está aqui, para que se conheça a
ligação com o que estamos expondo, a Ordem maior.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

A Ordem - parte 2

Ordem pode ser compreendida em vários níveis ou dimensões de ser. Seria muito longo descrever ainda que sucintamente todos eles e não oferecer provas, mas devo resumir agora alguns dos
principais níveis observáveis de manifestações da ordem.

Ordem pode ser compreendida (A) enquanto seres (e níveis de ser (ou platôs)), (B) enquanto organização (e instituições), (C) enquanto regiões (ou estados ou níveis ou platôs de existência) e (D) enquanto plenitude (ou Supremo Ser ou completude).

(A) Enquanto seres

É a mais dificil de ser percebida, mas em algum momento de nossa caminhada teremos que perceber. Pode ser classificada de várias maneiras, uma bem ampla é por habitação ou natureza dos seres, assim constituída por (1) seres que nunca caíram e permanecem na Ordem, em sua natureza original (2) seres da ordem que retornaram da queda e seres
restaurados à natureza original (estes estão já na mesma natureza que os anteriores e são raramente conhecidos na vivência comum); (3) seres da ordem que querem e ou que já estão regressando à Ordem, que têm alguma ligação definitiva já com a Ordem, embora estejam imersos na natureza corrompida em processo
de retorno (há como perceber obviamente e até maneiras de reconhecer estes); (4) os demais seres constituem a ordem apenas (não que estejam excluídos do processo, isto também está na equação da ordem completa...) e nem fazem ideia da existência de uma Ordem suprema
ou não querem escapar da natureza corrompida nem restaurar sua natureza original, estão na mesma natureza que os anteriores, a diferença é que não têm ligação nem sintonia com a Ordem superior, vagam pelo mundo como se isto fosse tudo.

Esta é uma categorização didática (que também
ensina a desviar-se da terrível mentira que diz "todos já estão salvos" e que fatalmente "um dia todos encontrarão a verdade" e que seriam restaurados: isto não pode ocorrer se não for da vontade destes), mas existem outras formas mais específicas de categorizar os seres. Um ser enquanto indivíduo, enquadrado em uma dessas três últimas sub-categorias, pode estar nesse mundo; pode estar participando de um
grupo ou não (os grupos estão no próximo tópico), mas independente disso ele é o que é chamado tradicionalmente um vaso, ou seja, um receptáculo, um receptor, um recebedor. Que recebe de acordo com aquilo em que está em sintonia com suas ondas mentais (intelectuais, emocionais, volitivas, atitudinais). Podemos equiparar-nos a uma antena ou um aparelho, que recebe informação até o nível onde possa captar através de sua sintonia (como e porque isso acontece será tratado em outros capítulos). Ele sempre está sintonizado com algum nível de uma das duas naturezas, não há escapatória para isto. Quando o ser capta, recebe, das partes de seu ser mais próximas da Ordem, o que é-está na Ordem então na tradição ele é chamado um templo (ou “vaso vivo”); quando ele tem consciência disso e transmite e ou se organiza com outras pessoas em função disso, ele é chamado templário (templário não se refere ao que realiza serviços ou rituais em templos, etc.), aquele que se tornou um vaso vivo, um receptor da Ordem, um templo do Eterno (como, para que e o que é isso é o que estudamos)...