sábado, 2 de abril de 2016

OS LIVROS - primeira parte (A)

OS LIVROS

                Quando uma pessoa ingressa como estudante em nossa ordem, além de nossos textos e instruções, recebe indicações de livros e de livros sagrados; também recebe textos de outros autores, de outras ordens. Esses últimos só devem ser compartilhados entre os estudantes e membros da ordem. Isto significa que nós não devemos expor textos que não sejam ou textos da ordem ou de nossos livros considerados sagrados.
                Esta ordem não se baseia em descobertas de outras ordens nem em rituais nem em segredos de outras ordens. Sua descoberta tem que ser própria. Todo aquele que fizer uma descoberta própria no sentido último tem direito de fundar uma escola se for capaz de descrever o modus operandi completo que o levou a descoberta. Enquanto isso não ocorre seu comportamento deve ser de buscar sem poder ensinar (como professor) nem mesmo dentro de nossa escola. Não deixamos espaço para inexperiência nem imaturidade além do que é seu dever para consigo mesmo: estudar e praticar afim de ser uma luz para si mesmo e só então para outros.

“Leis” sobre “propriedade intelectual”

                Toda pessoa tem direito a distribuir a sabedoria como queira, seja esta sua própria ou de segunda mão, desde que respeite a autoria e credite devidamente os autores. Não existe “propriedade intelectual”, isto é um absurdo, um roubo, uma usurpação da liberdade de outro.
Se eu, por exemplo, decoro um livro ou parte de um livro eu posso citá-lo à vontade para quem eu quiser. É apenas meu dever pessoal como cidadão justo e honesto creditar o autor e não mentir dizendo que sou eu o autor ou que é outra pessoa que não o autor verdadeiro.
O mesmo então vale (e deve valer se um país pretende ter leis honestas) para a escrita. E se eu imprimo e tenho custos é meu direito cobrar pelo que gastei, não lucrar, desde que cite o responsável, ou responsáveis, pela obra (autor, editora, tradutor, etc.).
Mas se eu organizei ou tive qualquer trabalho com isso (mesmo que apenas o de “tirar xerox”) é justo que eu cobre pelo meu trabalho, portanto tenha algum ganho, que possa ser por alguns considerado lucros (mas isto não é lucro propriamente, pois cobro quanto quiser pelo meu trabalho e paga quem quiser).
Isso de considerar que a pessoa está lucrando depende da subjetividade de cada um, é uma opinião, não pode se transformar em lei, pois seria a imposição de uma mera opinião.
 Veja que eu não sou vendedor de xerox, que têm custo, nem de “CD’s piratas” que tem também custos e dão trabalho. Pelo contrário, eu sou autor, escritor, compositor e músico. E estou defendendo justamente aqueles perseguidos pelos autores e músicos mesquinhos.
Tais pessoas mesquinhas estão sendo tolos, pois defendem não a si mesmos, mas as editoras e gravadoras que dão uma pequena porcentagem de seus lucros aos autores, devido ao poder destas de produzir em série e em grande quantidade, não de serem autores. Os autores são tão tolos que ostentam pertencer, como uma propriedade mesmo, a tal editora ou gravadora, mas eles são bem recompensados por isso, como cachorrinhos treinados que fazem peripécias para o ganho de seus donos e se contentam com um biscoitinho.
Os autores são apenas reféns que assim preferem por que se submetendo ganham mais do que ganhariam com seu próprio investimento em curto prazo. Como não pensam como investidores (em ganhos em longo prazo) em se tornarem realmente proprietários do lucro de seus próprios investimentos e autorias cedem, muitas vezes covardemente, pois não por necessidade, os “direitos autorais” a outros.
Ora, se as editoras ou gravadoras produzem em quantidade muito maiores do que os “piratas” e mesmo assim cobram mais caro é problema delas que não se adaptam a livre concorrência do mercado e para isso recorrem injustamente a políticos que façam leis protecionistas, que só protegem na verdade as grandes corporações e não as pessoas nem o povo, do qual se arrogam serem representantes. Pelo contrário eles tornam com essas leis os livros e gravações mais caros e inacessíveis à grande maioria. Que eles se adaptem a livre concorrência e produzam de forma mais barata e acessível.
Livros nesse país são praticamente artigos de luxo quando comparado a outros países. E o poder aquisitivo do povo dos outros países é muito maior, devido a salários muito maiores do que os dos ingênuos brasileiros que quase em tudo acreditam nos governantes e que estes estão tentando fazer algo melhor para o povo.
                 Meus livros, artigos e ensaios eu posso vendê-los como bem entender, bem assim aqueles que o copiem, desde que respeitem minha autoria, seu trabalho e seu material pode ser cobrado como eles quiserem, se conseguem fazer de maneira mais barata que eu, parabéns! Que vendam e lucrem. Eu que me ajuste ao mercado e à livre concorrência e assim consiga vender mais barato ou com algo mais atrativo que a copia deles.
E mesmo se eu não consiga me adaptar à concorrência para mim ainda está bom pois para o autor sincero, não aquele que só pensa em vender, o que importa é que as ideias ali escritas sejam conhecidas, chegando ao máximo de pessoas possível. Se os “piratas” conseguirem fazer isso melhor que eu, minha eterna gratidão a eles.
Por que isso? Porque um livro é material. Alguém poderá argumentar, mas você teve muito mais trabalho e levou muito mais tempo. Pois bem, me resta agora ter trabalho também de tornar minha obra acessível, barata, se não tenho também essa ideia e outro tem, o incompetente fui eu.
Veja o caso dos CD’s: os originais tem encarte, um material melhor, de mais qualidade e de muito mais duração. Você escolhe segundo seus critérios que material comprar. Os mesquinhos, para nosso bem, têm que desaparecer do mundo e do comércio mesmo. Por causa deles o mundo está um caos comercial (que prejudica sempre os mais pobres) cheio de barreiras econômicas protecionistas, altos impostos e taxas. E pagamos outros vagabundos (os políticos, que nada produzem) para fazer a “fiscalização” sobre as leis que eles mesmos criaram para seu benefício e dos seus protegidos, para que lhe deem mais direitos e dinheiro. E com isso os vagabundos são os que mais ganham dinheiro.
No mundo da música, a máfia das gravadoras dominou o mercado por muitos anos, e ainda domina, embora esteja mais fraca. Mas os mesmos que gravam os trabalhos dos músicos e ganham a maior parte do dinheiro sem criar nada, são os mesmo que criam e vendem a tecnologia dos CD’s graváveis e também eles mesmos também produzem e vendem CD’s graváveis na grande maioria dos casos. Enquanto eles ganham dos dois lados quantias astronômicas, os que ganham porcentagens bem menores, os autores, gastam fortunas com processos e ações judiciais contra a pirataria. Por que as gravadoras só em bem menos casos entram nessas disputas judiciais?
Nós temos quase toda nossa obra exposta no blog, que qualquer um pode copiar e fazer o que quiser como vamos saber? É gratuito. Podemos também vendê-la como quisermos e podermos. Se colocarmos um preço muito caro poucas pessoas comprarão, qual a vantagem disso? Nenhuma. Mas é assim que fazem algumas editoras, e quando o livro é tão caro as pessoas tiram cópias. E o que eles fazem, eles baixam o preço pra vender mais? Não, eles processam os “xeroquistas”, eles fazem pressão política para que se criem leis que fiscalizem e punam quem copie e isso gera um gasto estatal e você é que pagará por isso, para que fiscalizem você e impeçam de fazer algo que é direito seu. Para que você seja impedido de tirar cópias e punido se fizer. Eles gastam fortunas com isso e então como recuperar e lucrar? Aumentando mais os impostos sobre os livros o que vai aumentar mais ainda o preço dos livros pra você.
Você paga ao estado para roubar seu direito de copiar, paga para que fiscalizem e policiem você para que não tire copias! E paga a editora que gerou isso tudo comprando o livro caro porque você precisa. Os políticos por outro lado são os maiores usurpadores dos direitos e você os paga salários extraordinários para que eles façam isso com você. O estado fiscalizador e interventor é um crime contra sua liberdade e você é forçado a sustenta-lo com seu voto e o dinheiro dos impostos que está embutido em cada produto (40% em cada produto no Brasil em média). Se todos tivessem direito de copiar livremente as editoras para lucrar teriam que baratear o custo dos livros, desenvolver tecnologias para isso, ou então oferecer um produto de qualidade tal que compense realmente a diferença.
O mesmo ocorre com qualquer serviço ou produto no livre mercado. Mas sob a regulação governamental você sempre está sujeito à máfia governamental e aos empresários que querem superfaturar sem esforço, sem criatividade e sem oferecer um bom produto e serviço. devemos raciocinar e procurar se desvincular dessa estrutura criminosa o máximo que pudermos.
                Imagine se eu chegasse numa biblioteca e resolvesse copiar a mão um livro. Será que seria justo criar uma lei que me impedisse de fazer isso, mesmo quando eu cito autores, editoras e todas as referencias necessárias na minha copia? Agora suponha que um amigo precisasse do livro que copiei e não tivesse acesso à biblioteca. Poderia se criar uma lei justa que o impedisse de fazer uma cópia, mesmo através de máquinas, da mina cópia? Agora suponha que eu quisesse copiar à mão todo o livro várias vezes e alguém quisesse comprar algumas copias. Seria justo criar uma lei que me impedisse de vender minhas cópias, meu trabalho de próprio punho literalmente? Se não seria justo nesses casos, por que seria justo a criar tais leis para os casos de cópias feitas por maquinas?

Como agimos com nosso trabalho autoral e o de outros autores

Nós distribuímos gratuitamente internamente textos de autores em sua parte que concordam conosco e ajudam em nosso trabalho pela humanidade. Mas não externamente. Cada membro só pode dar, ou emprestar aquele material que ele mesmo tenha lido e aprovado. Mesmo assim de tudo que lemos, que não é pouco de jeito nenhum, pouca coisa é distribuída por nós, porque do muito que nós lemos, ainda é muito pouco o que aprovamos completamente, diria que apenas uma pequeníssima porcentagem daquilo que lemos. Como são partes de livros, capítulos ou citações, que também podem em grande número serem encontradas na internet, precisaríamos no mínimo de uma biblioteca tão extensa como nossa biblioteca digital, quase nenhum estudante tem condições de possuir tal biblioteca, isto seria fora de propósito. E já temos os livros e a maioria em forma digital por que não compartilharmos?
Já externamente, podemos conforme o caso, distribuir ou cobrar por cópias (como faz qualquer pessoa que tira xerox numa escola ou universidade) dos livros sagrados ou auxiliares que usamos na ordem, mas não desses textos de outra ordens citados acima. Os livros auxiliares são livros que podemos comprar e revender de diversos autores, ou podemos fazer cópias desses, conforme o caso. Podemos comprá-lo e revendê-lo. Mas muitos não poderão pagar o livro, então tiramos cópias e cobramos pelo valor de cópias baratas, como fazem em todas as universidades por aqui.

Nosso material autoral, como dito acima, se encontra quase todo no blog e também em impressos que distribuímos ou vendemos a preços de cópias. Nossos livros sagrados, os temos, em forma virtual em várias edições e editoras diferentes, algumas traduções próprias e trechos ou capítulos com explicações ou comentários para distribuição gratuita, por e-mail ou através do blog. Temos também impressos de outras editoras os quais emprestamos e permitimos cópias. Isto se não estivermos em condições de doar um exemplar e a pessoa não esteja em condição de comprar. Mas se a pessoa tem essa condição indicamos as melhores traduções e editoras.