segunda-feira, 23 de outubro de 2017

RESPIRAÇÃO (parte 1)

A saúde está diretamente ligada à qualidade e à quantidade de ar respirado. A qualidade está determinada primeiramente pela pureza do ar e a quantidade de oxigênio presente nele. A quantidade está relacionada à maneira que respiramos e a profundidade de nossa respiração.
Respirar superficialmente pode atrair muitos males físicos, psíquicos e espirituais. Doenças, ansiedade e o cansaço são exemplos de perturbações físicas que podem ser provocadas por um respirar superficial e ou um ar impróprio e uma quantidade de oxigênio insuficiente. Depressão, desânimo e irritabilidade são exemplos de males psíquicos frutos dessa respiração errônea. Torpeza, distração e obstrução da visão espiritual são exemplos de males espirituais frutos dessa ignorância do bom uso da respiração.
Nossa respiração não é ampla o suficiente de modo a não deixar resíduos, ou seja, sempre permanece em algumas partes algum ar viciado, carregado de dióxido de carbono, impurezas e energia ruim.
Por outro lado, nossos pulmões raramente preenchem de ar sua inteira capacidade. O máximo que alcançam é nos momentos de esforço extremo ou prolongado, como em uma corrida por exemplo, quando a respiração tanto amplia como acelera (o que não garante também que entre muito ar). É o bocejo que tem essa função para compensar justamente a renovação do ar porque não a realizamos proposital e conscientemente. O bocejo também pode trocar boa parte do ar dos seios nasais e paranasais.
Por uma respiração superficial ou insuficiente existem células de nossos pulmões que dificilmente recebem o ar do exterior em quantidade e qualidade suficientes, e assim vamos diminuindo sua capacidade. Devemos fazer alguns exercícios se quisermos recuperar e até ampliar essa capacidade.
Na ciência rosacruz, que é medicina universal, também sabemos que ao inspiramos tragamos energia viva junto com o oxigênio. Realmente pode-se dizer que absorvemos luz em nossa respiração, luz viva, uma energia muito sutil, que não é vista com os olhos e não é estudada pela ciência comum, que os indianos chamaram de prana, e os alquimistas chamaram de éter vital (diferente do elemento que é éter espiritual, ou seja, de mente até consciência).
Esse componente é de uma vibração elétrica superior à do elétron no átomo de hidrogênio (entenda-se isso como simbólico ou como fato), mas não tão etérico a ponto de não ser influenciado pelo ar em nosso nível de vibração material, nem por nosso corpo; também não material o suficiente para não ser influenciado pela nossa mente. Portanto é um elemento intermediário entre algo mais denso, matéria, e algo menos denso, mente.
Podemos atraí-lo em maior ou menor proporção de acordo com nossa respiração (e com nossa intensão, dizem alguns), quanto mais profunda, consciente e demorada a respiração maior quantidade e maior tempo de contato e trocas vão estar envolvendo essa energia vital.
É claro que não é conveniente que estejamos o tempo todo respirando dessa maneira. Então precisamos dedicar um tempo do dia, pela manhã e à noite para realizarmos conscientemente esse tipo de respiração. Devemos também várias vezes no dia nos tornarmos conscientes da respiração e provocar algumas respirações profundas, pelo menos a cada hora, digamos.
Assim fazendo estaremos oxigenando melhor e purificando nosso corpo, além disso, treinando e condicionando uma respiração mais ampla. Também estaremos treinando a estarmos mais consientes e presentes através da respiração consciente. A mente se relaciona com o físico através do sistema nervoso. Elétrons desempenham um papel importante, tanto nessa comunicação mente-corpo, quanto nos sinapses entre os neurônios. Assim também o citado éter desempenha um importante leque de relações entre a mente e a matéria, tanto corporal quanto além do corpo.
O exércicio a seguir tem essas funções. Com relação à saúde física e mental ampliando a oxigenação, a energizazação e com pouco tempo também ampliando a capacidade pulmonar. Ele também será um exercício espiritual, acendendo a clareza da consciência, a presença no aqui-agora; favorecendo a concentração e o abandono das distrações e ainda simulando um pequeno despertar no qual a pessoa pode às vezes perceber o que é realmente importante na vida; e, principalmente, a diferença entre um estado um pouco mais desperto de consciência provocado pelo exercício e os estados comuns de consciência normal ou quase ausente.
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO
Sentada ou em pé, em sua posição de meditação, coluna completamente ereta, mãos no colo em posição de meditação, ou na cintura formando como que as asas de um jarro em relação ao corpo, ou no peito em posição de oração ou de zazen, no caso de estar sentada.
DO JARRO (FASE 1)
Nesta primeira fase faça todo o exercício mantendo a mesma posição e com os olhos abertos.
(1) Encha gradativamente os pulmões, estendendo o diafragma de modo que o abdômen se expanda completamente, inchando a barriga  para fora, inspirando pelo nariz até o máximo que puder sem ter dor, então (2) pare. Você vai ter o impulso de soltar o ar, mas segure um pouco, não ao ponto de doer ou sentir muito incômodo. (3) Solte o ar, não de uma vez, mas gradativamente, pela boca ou nariz ou ambos, não importa, e continue soltando até não ter mais ar, então encolha o abdômen gradativamente soprando o restante do ar até não ter mais, então (4) faça uma pequenina pausa, sempre observando o que acontece com a consciência, mas mais atentamente ainda nesse momento. Então inspire novamente começando do ponto 1. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2, de encher e segurar o ar.
DO FOLE (FASE 2)
Nesta segunda fase faça todo o exercício mantendo a mesma posição e com os olhos fechados ou semi cerrados.
(1) Sempre observando o que ocorre na consciência, ou seja, consciente da consciência, encha gradativamente os pulmões, estendendo o diafragrama de modo que o abdômen se expanda completamente, inspirando pelo nariz constantemente até não mais poder, então (2) pare. Você vai ter o impulso de soltar o ar; haja ao contrário disso, sugue mais ar rapidamente e pare, e depois novamente e ainda mais uma vez, isto é, por três vezes faça isso, mas não ao ponto de doer ou sentir muito incômodo. Você se surpreenderá com a capacidade do seu pulmão. (3) Quando sentir o impulso uma quarta vez solte o ar pela boca ou nariz ou ambos, não importa; então encolha o abdômen gradativamente até o máximo que conseguir soprando o restante do ar até não poder mais. A expiração dessa vez deve ser mais rápida que a inspiração, dois terços do tempo desta no máximo, porém não deve produzir barulho além do natural nem se tornar como ofegante, aliás, nenhuma das fases deve ser barulhenta, o que indicaria ou geraria desequilíbrio. Então soltando todo ar prossegue-se encolhendo a barriga para dentro ao máximo até secar todo o ar, pois parecerá que não há mais ar, mas depois de uma pequena pausa você ainda conseguirá expulsar mais ar por duas ou três vezes até sentir os rins serem comprimidos, mas não ao ponto de doer ou ser muito incômodo então (4) realize mais uma pequenina última pausa aguçando mais ainda a atenção à consciência nesse pequeno instante e novamente inspire repetindo tudo começando do ponto 1. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2 de encher e segurar o ar.
Estas duas sequências (fases 1 e 2) devem ser feitas em fases, a primeira sequência (fase 1) por pelo menos uma semana ou até estar à vontade com a prática, e a segunda (fase 2) daí em diante. Só depois de pelo menos uma semana para cada uma das sequências ou de se estar habituada à pratica é que se pode fazer as duas sequências consecutivamente. Isto é um prazo mínimo visto que os pulmões levarão algum tempo nessa adaptação e os músculos levarão um tempo para se desenvolverem. Você pode verificar em parte esse desenvolvimento da capacidade pulmonar medindo o tórax mês a mês ou a cada semana, comparando à medida tomada antes de iniciar o primeiro dia de exercícios.
DO JARRO COM FOLE (FASE 3)
Uma terceira fase ou forma alternativa depois da terceira semana ou após estar habituada aos exercícios é estando em pé; de olhos obrigatoriamente abertos, com os pés juntos ou pelo menos os calcanhares, e em pose militar de sentido. Então ir inspirando e levantando e abrindo os braços estirados até acima (até formar com o corpo e braços a forma da letra ípsilon), levantando simultaneamente a cabeça, ficando de boca para cima enquato realiza os exercícios 1 e 2 de uma das sequências (preferencialmente, na primeira semana deste, usar as sequências da fase 1, e na segunda semana os da fase 2, perfazendo um mês, o tempo mínimo para realizar todos esses exercícios desde que se os execute diariamente). E então em seguida  baixar os braços e a cabeça voltando gradativa e lentamente à posição original enquanto realiza os procedimentos 3 e 4 da respectiva sequência. Não se deve misturar as duas sequências, isto é, deve-se terminar a sequência do início para poder só assim passar a outra. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2. Das próximas vezes, nos próximos meses, você pode continuar com qualquer uma das fases ou todas, variando o tipo cada dia. Você ainda deve experiemetar um caráter mais purificador destes e execícios começando pelos procedimentos 3 e 4, isto é, esvaziando os pulmões primeiro e continuando a sequência com o 1 e o 2, mas sempre terminando enchendo e voltando à respiração natural a partir daí.
Observe o que ocorre à consciência durante e após os experimentos e compare ao estado anterior ao exercício. Anote os resultados e descreva se houverem visões, audições ou outros fenômenos psíquicos, e se quiser mais orientações ou seguir aprofundando os exercícios, bem como conhecer outras formas de exercícios envolvendo respiração, corpo e mente, para o benéfico da saúde e despertar do estado mais consciente e cura, escreva-nos. Também não nos deixe de contatar se houverem dúvidas. Se houver intenção de continuar e aprofundar as práticas e o despertar da consciência conhecendo todas as sequências de exercícios adequadas ao seu corpo ou tipo físico e sua mentalidade esplicite para nós  esse anelo. Para qualquer tipo de contato escreva para o e-mail frateriliv@gmail.com, que entraremos em contato e enviaremos mais lições. A única exigência para receber mais exercícios e  orientações para a saúde, cura e despertar é que se envie um resumo dos relatórios, dos resultados e anotações, para nosso acompanhamento e orientação adequada, após cada mês ou cada nova sequência de práticas.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O SEGUNDO TRABALHO

A principal meta do trabalho desde o início até o fim é permanecer acordado, lembrado, consciente. O sucesso em todas as outras metas depende disso. Existem técnicas para por isto em prática e alcançar tal resultado, como por exemplo, as do seu primeiro trabalho.
Do mesmo modo o segundo elemento principal do trabalho é transformação pessoal, a auto-transmutação, transfiguração: dela depende as mais elevadas metas e resutados e também para alcançá-la temos vários métodos e etapas.
 Este trabalho é chamado alquimia. Toda auto-transmutação é alquimia, mas nem toda alquimia é auto-transmutação. A auto-transmutação, ou tranformação, ou restauração, ou transfiguração é o que geralmente tem-se chamado alquimia espiritual. Mas não é o espírito que é transformado, é a psique, a mente, a alma; o espírito está pronto, mas a alma é que titubeia. Se queres mais exatidão esta pode ser chamada alquimia psíquica, é como temos chamado.
O despertar depende da auto-trasmutação e a auto-transmutação depende também de certo nível de despertar. Tudo está mudando o tempo todo. É preciso apenas que você perceba. Em seguida é preciso que você permita.
As manifestaçoes de um certo desejo que leva a um certo comportamento, por exemplo, nao é algo que acontece o tempo todo. Isto surge, cresce, permanece, diminui e então desaparece. É assim com tudo.
Num primeiro momento é preciso apenas que você perceba que é assim. Sem mudar, sem interferir, apenas observar (a não ser que o desejo, pensamento ou ação cause malefício a si ou a outro). Isso sendo feito constantemente de momento a momento deve levar uns dias, até uma semana.
Mas para perceber bem é melhor, e é preciso que esse desejo não passe disso, de desejo, não deve ser levado à uma ação ou fala ou qualquer outra manifestação exterior à mente. Este é um segundo momento. Isso sendo bem feito e constantemente, de momento a momento, deve levar umas semanas, ou meses, até mesmo um ano.
É preciso observar o que é mental em seu ambiente próprio, a mente, e não fazer como os psicólogos comuns fazem, olhando fora da mente, no comportamento ou em seus resultados, interpretações, sentimentos posteriores, etc.. É preciso ser um verdadeiro psicólogo, isto é, estudioso da psique, agora, não se pode observar outra psique que não a própria. Não se pode estudar a psique se não se observá-la diretamente. Agora é preciso fazer isso assidua e constantemente.
É preciso identificar os objetos mentais, pensamentos, emoções, sentimentos, sensações, lembranças, imaginações, desejos, quereres, vontade, instinto, atração, repulsão, prazer, incômodo, neutralidade, afeição, indiferença, aversão, apego, egoísmo, altruísmo, entorpecimento, lucidez, atenção, sono, etc. e não se identificar com eles. Isto é muito importante, pois a tendência é se identificar como sendo, tendo, ou sendo acometido por algum deles. É preciso simplesmente notar que acontecem. Sem indentificar-se com eles. Jamais. Mas como um observador, um cientista, que toma ciência da psique.
Num terceiro momento após essa compreensão já estar firme é preciso focar no final do processo, ou seja ao contrário do que se faz normalmente, focando no surgimento, crescimento e permanência. Ao contrário do "Ah, estou sentindo tal; estou ficando com vontade de; estou querendo ir para; estou com isso". etc.. Note bem como esmaece e desaparece e que sempre mais cedo ou mais tarde esvanece e desaparece. Simplesmente permita que isso aconteça. Observe. E permita, aprenda.
Cada vez note o processo do desaparecer. Aprenda-o. Saiba como ele esvanesce e se vai. E então você saberá por si mesma como fazê-lo sempre que aparecer. Até o dia que não mais aparecerá. Pois em vez do hábito de deixá-lo surgir você agora desenvolveu o hábito de deixar desaparecer. E saberá desaparecer com qualquer coisa ruim que surja. Até mais cedo, ao menor sinal de surgimento. Assim vencerá todos os obstáculos.
Este é o processo geral da alquimia psíquica, em sua fase mais científica, simples, fácil e eficiente, desde que se tenha constância em aplicá-lo. Persistência. Fazendo assim você desobstruirá a visão eliminando os elementos impeditivos, sejam eles quais forem. Aplique-o sempre, seguindo cada passo desse método. Isto é tudo por agora, o necessário, o principal no segundo objetivo principal, que é a purificação.
Mas existem também os métodos específicos. Estes métodos são os mais avançados e profundos, são também poderosos e o meio de consegui-los também é muito poderoso. Por isto alguns só podem ser totalmente aprendidos nos graus mais avançados. E existem também os obstáculos específicos que devem ser superados, aqueles que são a raiz da qual outros menores derivam, seria inútil atacar as raízes menores aparentemente inúmeras enquanto as raízes maiores renovam estas menores. é preciso conhecer a raiz principal, as principais decendentes delas e as derivadas dessas mesmas, que são as que devem ser atacadas, para que não percamos tempo com rizoides que enqunto cortamos um outro brota e outros crescem. Vamos  descreve-los de forma resumida em uma segunda parte.
Com o descrito acima está exposto ao público, como trabalhar por si mesmo. Se assim proceder diligentemente a fraternidade o ajudará, interna e ou externamente, a aprender os estágios mais elevados conforme sua aptidão e necessidade.