sábado, 1 de agosto de 2020

Como a Ordem se Manifesta no Mundo


A ORDEM NO MUNDO


A ordem se manifesta ao longo da história de várias maneiras, essas maneiras podem variar de uma época para outra ou lugar ou podem variar em um mesmo lugar e época se manifestando de formas diferentes de acordo com a necessidade e capacidade do ser humano. O que jamais variam são seus fundamentos, seus princípios, sua lei. Ordem é uma lei invariável, mas ajustável como uma função matemática. Se houvesse uma rigidês de padrões ela não poderia penetrar
no caos (pelas próprias naturezas muito diferentes das duas partes, naturezas inconciliáveis), mas como há variáveis possíveis numa função, e existem valores fixos invariáveis, assim também é na ordem. Estes últimos são os que compõem um todo definido em essência, função e propósito e em algum momento na equação se calculam, se resolvem e se revelam,  para que o resultado requerido seja alcançado, são como os números na equação, ou seja, que são todos os valores fixos, têm que
estar presentes, como em uma equação matemática, para realizar toda a operação necessária.

Então existem três esferas de realidade nesse trabalho, uma constante, que contempla os valores invariáveis; uma relativa ou convencional composta de várias variáveis possíveis, mas não infinitas obviamente; e um limite, que caracteriza a função e suas igualdades dadas as operações necessárias. Neste caso este último é uma relação fora do campo de influência variável, são imutáveis, sua variabilidade se dá dentro dos limites das operações.

Como numa função existem as constantes, as variáveis e as operações. Assim também é a existência, o universo e tudo que existe possui leis, fundamentos e principios que os regem invioláveis. As variáveis, passivas, os fenômenos, sugeitos às invariáveis leis neutras, se relacionando através das operações, ativas. Basicamente esta é a lei das três forças que regem o universo e a existência. Isto é inegável e irrefutável, matematicamente certo e independente de qualquer coisa, como um triângulo será sempre UM só elemento de TRÊS lados, independente de qualquer coisa ou fenômeno.

As variáveis relativas têm efeito apenas dentro de certos limites e operações, se elas por um lado tendem à máxima efetividade, por outro tendem à nulidade, se uma varíavel atingisse essa nulidade ela seria neutra. Para entender isso menos abstratamente temos: uma (1) realidade operacional ou relativa ou convencional; uma (2) realidade em si, que não é relativa, constante, por trás dos fenômenos, sendo seus valores fixos e invariáveis; e um conjunto de (3) realidades que não influenciam, que não podem influenciar na realidade convencional nem na real, como se fossem variáveis operacionais neutras, mas sem as quais as operações, o existir seria impossível, são as realidades estruturais.

O mesmo vale e se aplica para tudo, não apenas fenômenos, mas também a valores culturais, morais, éticos, emocionais, etc., existem entre eles valores: (1) fixos e invioláveis, certos e errados, independentes de qualquer coisa, fenômeno ou resultado, corretos, benéficos ou maéficos sempre e invariavelmente, independente de qualquer situação; (2) convencionais ou chamados de relativos, que
dependem da situação, da causa, da motivação, das consequências, podendo ser certo ou errado, benéfico ou maléfico a depender da situação, enfim, das relações; e (3) neutros, que não têm influência nas consequências (morais, legais, factuais, histórica, éticas, emocionais, etc.), nem nas situações, nem nas relações, não constituem valores em si, nem em relação, mas são pré-requisitos para existência dos mesmo (por exemplo, consciência, percepção e razão são estruturas sem as quais não é possível a existência das valorações).

O que isso implica para nós


Isto aparentemente complexifica-se mais ainda quando tratamos de liberdade e consequências, sabemos que vivemos dentro de vários limites, mas também que temos muitas escolhas, ou pelo menos nos parece ser assim. Este modelo de universo que temos, por outro lado, é uma representação detalhada disso. Se tudo fosse relativo, não existiria de fato. Nem teríamos qualquer parâmetro sobre nada, nem direito a qualquer noção sobre coisa alguma, qualquer coisa poderia ser relativizado, inclusive esta noção. Mas dentro desse universo rapidamente podemos notar limites fixos, padrões, enfim, leis e constantes gerais e invariáveis, parâmetros sobre os quais podemos erger definições,
descobrir medidas, realidades e inclusive as próprias leis e prever certos resultados. E assim o que parece ao primeiro momento um conhecimento e aceitação de mais limites fixos
revela mais liberdade, possibilidade, potenciais (que comumente são mal utilizados ou ainda nunca utilizados por nós).

Devido a isso em um nível micro, e em nosso nisso nivel, não existem margens implacavelmente delimitadas, mas regiões fronteiriças onde uma natureza pode se comunicar com outra. Acontece porém, que essas margens estão muito distantes em relação a onde estamos, como somos, como vivemos, o que procuramos, o que queremos, como percebemos, como vemos, enfim, de como usamos nossas mentes. Nossas mentes, a estrutura neutra, por serem dessa natureza (onde há caos e ordem) possuem duas características, uma que funciona bem e invariavelmente ordenada, constante, e outra que é totalmente desordenada, imprecisa, em confusão, em ignorância, não-percepção, inconsciente, caótica. Esta aqui é uma natureza caótica (que vem da palavra grega que significa confusão, desarmonia), sem acesso à natureza ordenada pura, sozinha, em si mesma, a não ser por dois expedientes, um temporário e outro definitivo, a saber, neutralizar a natureza desordenada da mente por tempo suficiente para a natureza ordenada tomar todos os processos (sensoriais, intelectivos, perceptivos, cognitivos, etc.) e ou purificar a mente de todos os processos corropidos pela natureza caótica (isto também pode ser conseguido temporariamente, embora seja mais difícil) reestabelecendo  completamente a natureza original.

Este segundo processo acontece de forma gradual, o primeiro pode ser tanto gradual quanto instantâneo, mas seu resultado é bem
mais limitado e passível de erro, enganos, interpretações erradas, etc..

No passado todas as escolas podiam ser classificas em três tipos quanto a isso. Ou elas cultivavam a mente, suas virtudes, capacidades, poderes ou elas a neutralizavam, anulavam, reprimiam, silenciavam, ou então elas tentavam fazer as duas coisas, cultivando e exercitando as capacidades e virtudes e abandonando e anulando os processos caóticos e vícios. Mas houve um momento que abalou todas as tradições apresentando uma quarta possibilidade bem mais eficiente que as anteriores...








Qual o melhor caminho?


Existem algumas maneiras de realizar o que foi anteriormente exposto acima. Ordem é a natureza original e todos os processos que à
ordem aqui realiza são meios de estabelecer uma comunicação com a Ordem e de reestabelecer a natureza original perdida e esquecida em todos que habitam qualquer nível dessa natureza caótica. Portanto, qualquer "comunicação" fora dos semlhantes processos ditos acima
(com seres superiores, espíritos, mestres, extra-terrestres hiper desenvolvidos, anjos, etc.) está cientificamente fora de
cogitação (se tratando quase que invariavelmente farsa ou
engano), principalmente no cotidiano comum de nossas
vidas . Se houver, se é que existe, alguma comunicação com
seres de "outras dimensões", seriam seres de mesmo nível de
natureza que a nossa. Tais "dimensões" não se tocam, e a
natureza ordenada só se comunica com o ordenado, a
natureza pura, original. O objetivo não é comunicação com
"seres de outras dimensões" ou de outra natureza, mas
precisamente de nossa natureza original. Nossa natureza
original comunicar com a própria natureza de origem,
reestabelecer seu estado original e então sua habitação
original, este é o fito. Para haver ou reestabelecer certa
comunicação ainda que num nível primário existem poucos
meios, que são o que a ordem ensina, e é sempre preciso
tranformação pessoal, purificação (a não ser num primeiro
momento por certo meio).
Em suas manifestações atuais nesse mundo a ordem propicia
uma preparação para todo aquele que dela se aproximar
com a intenção de ver de fato e ou a intensão do
conhecimento da Verdade. Este é um desenvolvimento
objetivo que envolve estudos, práticas e comportamentos,
tanto num receituário geral, como num particular de acordo
com a necessidade de cada estudante; tanto interna como
externamente, principalmente uma educação na maneira
de ver, de perceber e critérios de observação.
Particularmente em nossa atuação denominada F.I.T.O. o
método hermético tradicional de transmissão é mantido: a
trasmissão é de professor a estudante, direta e particular.
Durante essa transmissão a mente do estudante recebe a
influência das informações do professor em seu intelecto,
como em qualquer curso normal, e as influências da ordem no processo do entendimento e visão correta, daí a
importância do contanto direto, das correspondências e das
leituras, durante os quais a mente em sua forma
desorganizada de pensar e de sintonizar níveis de
entendimento é levada a sintonizar de forma cada vez mais
harmônica e corretamente em níveis organizados e difrentes
platôs de entendimento e de significação, tanto das
informações quando da visão das realidades.
Desde aí então alguns poderão querer conhecer a Verdade
completamente, alguns descobrirão que foram destinados a
esse fito, todos estes verão que é assim também para que
possam ensinar e libertar outros, especialmente àqueles de
difícil acesso, então o modo de ensinar não é sempre o
melhor, mas aquele que seja necessário para alcançar a
essência de cada um que esteja fora do alcance e conduzi￾lo até a porta.
Então por que hermético? Porque é para quem precisa que
seja assim. Existem outras manifestações que não são, em
cujo progresso se dá de outra forma, depende da
necessidade das pessoas. E existiram algumas muito
esotéricas, esotérico só signfica hermético, secreto, particular:
que há um cículo interno ao qual só têm acesso os
graduados do círculo mais exterior. Não há qualquer coisa de
misterioso nisso, é o comum, ou alguém pode fazer
doutorado em engenharia sem nunca ter estudado
engenharia? Obviamente que não, não está preparado, não
conseguiria tratar nem dos cáculos mais básicos e se alguma
pessoa despreparada conseguisse um diploma de doutorado
dessa forma seria um perigo para quem vai construir alguma
coisa projetada por essa pessoa.
Quando se lida com perigos aumentam as responsabilidades,
"com poderes vêm responsabilidades", quando se trata de
algo muito difícil de se mostrar, que só se mostra individual e
particularmente, qualquer forma de demonstrar a outro
certamente não passa de truque, enganação, hipnose,
fraude, etc.. Então para que falar o que não pode ser
demonstrado, que só pode ser individualmente vivenciado?
Falar, como e o que, vai interferir nos resultados, ou induzindo
a crê-lo ou a descrê-los, ou a interpretações erradas de
experiências. Ordem é secreta para essa natureza, se ela se
mostrasse e todos tivessem acesso, muitos se conformariam
em ter acesso a duas naturezas e continuariam cultivando a
natureza corrompida se perdendo completamente afinal.
Tudo que a ordem mostra aqui é no máximo uma harmonia
temporária, tudo aqui é temporário. Nós também podemos
criar momentos mentais assim, mas sempre fugazes.
Pensando desse modo podemos todos refletir na nossa
finitude atual e buscar a realidade verdadeira e infinita da
nossa consciência original.

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