terça-feira, 25 de agosto de 2020

TRADIÇÕES, LIVROS, CIÊNCIAS ANTIGAS E SUAS FONTES ORIGINAIS - parte 2

 

Parte 2.1


O que nós queremos?


Mais informações (sem comprovação)?

Seguir mestres que trazem esse tipo de informação inacessível e escondem a fonte ou nem mesmo sabem do que estão falando ou até se enganam e mentem?

Aprender milhões de práticas numa variedade tão grande que nunca nos tornamos práticos em nenhuma delas, ou que não são eficazes ou que jamais teremos tempo de treinar como se deve?


Ou melhor:

Queremos ir direto as fontes originais, as tradições e os livros originais antigos destas?

Conhecer métodos eficazes e práticas efetivas e ciências que nos levem a ver, testemunhar, vivenciar, ter experiência direta e compartilhar experiências reais e entendimentos próprios baseados no que vivemos e sabemos por nós mesmos?


Os falsos mestres sempre ensinam que as experiências são pessoais e não se deve falar para outros delas. A verdadeira razão para isso é muito simples. Quando todos compartilham todas as experiências vão poder constatar que elas são diferentes para cada um ou que as práticas ensinadas não trazem os resultados prometidos (e as vezes até que prejudicam a todos), ou que aquelas experiências descritas pelo tal mestre não existem pois ninguém passa por elas por mais que pratique. Em resumo, vão descobrir que o mestre é uma fraude.


Aqui a maioria de nós são pessoas maduras, muito experiementados nesses assuntos, podemos sinceramente analizar tudo isso. Uns tem mais experiência com meditação, outros com saída do corpo, outros com sonhos lúcidos ou estar consciente em outros planos e outras coisas. Podemos compartilhar nossa experiência e nos complementar e avançarmos muito mais rápido do que sendo teóricos, repetindo o que os outros disseram e que nós jamais vimos. De que serviria isso? Devemos nos concentrar nas práticas que trazem verdadeiro resultados (não estar iniciando cada semana uma nova prática como se fossemos iniciantes).


Tudo isso se resume a 5 práticas:

1. Estudo profundo, refletido, meditado, analizado, conversado, das fontes originais.

2. Concentração (meditação e atenção plena), as práticas do despertar.

3. Rituais e ritos, os individuais e os coletivos, invocação, iniciações, liturgias.

4. Oração e comunicação direta (com Deus, com o Espírito Santo, com o Anjo da Guarda), ir a dimensões superiores.

5. Ensino, passar adiante tudo isto, o estudo e métodos de estudo; os metodos de concentração, de atenção plena, de despertar e viver desperto; os ritos e rituais, as iniciações e tradições; a comunicação e os metodos de comunicação e de ida às dimensões superiores; e os métodos de ensinar a outros. 


Por que na maioria das ordens não recebemos os livros originais e as tradições originais, só pessoas falando sobre o que eles dizem e como elas são?

Por que não temos acesso direto a essas obras, aos textos antigos, nem às liturgias originais antigas?

Por que sempre recebemos tudo de segunda mão, descritos por outras pessoas e nos contentamos com isso? Acreditamos que elas são realmente assim baseado em que?

Vocês já pesquisaram essas obras para conferir essas informações? Já entraram nas tradições originais para conferir o que recebemos? (Eu fiz isso, nas traduções que me interessaram e nas criadoras das práticas efetivas que recebemos de segunda mão, mas vi que os ensinamentos, resultados esperados, e sabedorias são muito diferentes do que nos disseram que elas são. Por que mentiram? Ou ignoram?).


Por exemplo:

No cristianismo temos a ortodoxia cristã entre varias outras tradições bem conhecidas e um texto sagrado, a Bíblia, um registro no qual podemos conferir se a prática que nos é ensianda e a tradição confere com a original ou entra em contradição.

No budismo temos as várias tradições, chamadas escolas, tão diversas como as denominações cristãs, e temos três cânones (o pali, o chinês que vem sanscrito, e o tibetano) cada um forma uma pilha de livros com mais de um metro de altura com os ensinamentos de Buda, um registro no qual podemos conferir se a prática que nos é ensianda e a tradição passada confere com a original.

No hinduísmo há várias tradições e seus livros, os Vedas, os Upanishades, o Bhagavad Gita, o Ramayana, os sutras, etc....

No hermetismo temos algumas poucas tradições e temos o Corpus Hermeticum, com todos os escritos herméticos antigos e hoje alguns que foram achados arqueológicos mais recentes como os que foram encontrados na biblioteca de Nag Hammadi...


2.2. E no gnosticismo?


O que é afinal o gnosticismo? Como e onde nasceu? Quais suas tradições? Quais seus livros? Por que nada disso nos foi passado?


Tudo que recebemos foram informações, e mesmo assim distorcidas, incompletas e até falsas!


Por que esses mestres que falam que viram livros de outra dimensão e até que entraram em corpo astral no vaticano e leram os evangelhos gnósticos, não sabiam onde esses livros estavam nesse mundo? Como com tanta habilidade eles não sabiam onde seriam encontrados? Por que mantiveram a humanidade sem saber sobre isso?


Por que o que eles diziam ser o ensinamento destes livros se provou tão diferente agora, que foram de fato encontrados?


Ora, não passava de ignorância ou engano ou mentiras mesmo desses falsos mestres. Pois a igreja nunca escondeu os apócrifos, ela só nunca os editou, mas apesar disso, pelo menos depois da invenção de Gutemberg, principalmente nos últimos séculos, todos já foram divulgados e publicados, e muitos outros foram encontrados. 


São vários os achados arqueológicos antes durante e depois da vida de tais mestres, como eles sendo mestres não sabiam disso? Ou esconderam de nós? Ou sabiam que tais livros desmentiriam o que eles vinham ensinando?


São muitos os achados do século XIX e XX. Mas dois deles são especiais por se tratarem não apenas de livros, mas de bibliotecas inteiras, trata-se dos dois últimos achados maiores de todos, as bibliotecas de Kunram e de Nag Hammadi. Contendo elas tanto copias muito antigas dos textos canônicos como versões e muito mais textos outros.


Especialmente essa última, de Nag Hammadi, pois sendo uma boa parte dela textos gnósticos, é o achado arqueológico mais importante para o gnosticismo. Por que não se divulgam e estudam esses textos nos movimentos, escolas e ordens que se dizem gnósticas? 


Muito simples, pelo mesmo motivo que não se estudava os que já existiam antes publicados e nem todos os chamados apócrifos, centenas deles, bem conhecidos dos estudiosos: por ignorância dos tais mestres, por engano dos tais mestres e pelas mentiras e loucuras dos tais mestres não ser corroborada pelos textos. Pelo contrário, se provaria que muitos dos seus ensinos não só não são gnósticos, mas que muitos deles são até contrários a gnosis.


Claro, se eles mostrassem os textos suas doutrinas e ensinamentos seriam desmascarados!


Assim eles preferiram esconder a existência deles para nós ignorantes, e dizerem que os únicos que existem só estão escondidos no Vaticano. Para que melhor prova que esta de que eles são mentirosos?


Mas há mais. Eles ainda usavam um texto ou outro realmente gnóstico, algums até mais de um. Mas somente aqueles textos que estão num código incompreensível para nós, em linguagem tão velada que eles puderam dar os significados que bem quiseram e que serviam a seus propósitos e ou a sua cegueira. 


Muitas vezes, não poucos casos, o que moveu esses mestres foi apenas o desejo de gradesa, o desejo de serem vistos como grandes seres, avatares, o desejo simplesmente de serem chamados de mestres! 


Mas muitas outras vezes foi o desejo maléfico de desviar a pessoa do bom caminho, da verdadeira salvação e da verdadeira iluminação: o desejo de desviarem da verdade! Tinham o desejo oculto de desviarem as pessoas de Cristo, o desejo de serem eles chamados de Cristo, de profeta, de anjo, de buda, de ser venerado, adorado, como um deus ou como um ser especial, acima dos outros. Mas acima de tudo servindo ao proposito mais malígno, desviar da verdade, de Cristo, de Deus e da sua salvação.


Eu participei de várias ordens, li e pesquisei profundamente por muitos anos, e recebi várias tradições e iniciações, e tenho esses textos e as verdadeiras práticas, doutrinas e modo de ver e de viver original destas tradições. 


Falo aqui principalmente da gnosis, mas o que recebi não foi só dela, também de outras tradições em sua própria, como do hermetismo tradicional, do cristianismo primitivo, do taoísmo, da yoga, da kabalah, do budismo theravada, mahayana e bodhisatvayana, da rosacruz clássica, entre outros úteis e inúteis, sadios e prejudiciais, trevosos e luminos. É preciso experiência e ou dons para ter dicernimento, para saber distinguir pois as trevas sempre vão se apresentar antes como os mais elevados, como "a verdadeira luz". Em tudo, o que não presta imita, até com mais brilho, que é bom e verdadeiro. E não temos mais tempo para experimentos e desperdício de estudo, caminhada e esforço. Podemos ir direto às fontes originais.


E o que quero é compartilhar isso de forma aberta e organizada. Estudarmos tudo, lermos juntos e conversarmos, por em prática e compartilhar e analizar juntos os resutados. E transmitir o que eu recebi de efetivo e bom. Precisamos nos concentrar no que dá certo, no que realmente nos leva à verdade, ao despertar, à restauração, à reintegração, ao trancendente, ao eterno...


Para que sejamos independentes dessa sabedoria de segunda mão, livres das idéias desses falsos mestres e seus enganos. E que tenhamos nossa própria luz, bem clara diante de nós, que tenhamos nossas próprias experiências sem depender das de outros, que entremos nós mesmos nos planos superiores e que tenhamos os ensinamentos dos verdadeiros mestres e guias nelas, não apenas nos livros autênticos, mas também em nossa propria vivência.




Contatos em frateriliv@gmail.com


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