quarta-feira, 17 de junho de 2020

Por que eu deixei todas as ordens que participava e permaneci nesta?

Uma pergunta como essa exigiria muitas postagens e longos textos. Não é uma questão simples, principalmente se quem quer saber é uma pessoa de fora das ordens ou de uma ordem (porque existem ordens falsas, sim, muitas).


A primeira coisa é porque essa ordem é verdadeira. E aqui as pessoas buscam a verdade seja ela qual for, não buscam sua verdade. E isto através de várias métodos. E um não critica o método do outro por questões de fidelidade a um tal fulano chamado mestre. Pelo contrário cafa um se considera em aprendizado constante e livre para seguir o método que escolheu. O método, ou mesmo o caminho que o outro escolhe, só pode ser rejeitado se estiver clara e evidentemente errado ou se for um método que não seja próprio da ordem (pois aí está praticando outra coisa), ou que algo que seja contra princípios da moral, da ética e da tolerância. Esses princípios fazem parte dos fundamentos da ordem e não se pode estar fora dos fundamentos. Então o que a ordem não abre mão são seus fundamentos, sua base, é o que a diferencia e é sobre o que é constituída; e também não pode abrir mão de seus princípios (quem quiser saber quais são esses fundamentos e princípios, que nunca mudam nem podem mudar, procure os textos específicos sobre o assunto, pois é muito longo e aqui não é o assunto). Os métodos apesar de serem vários e sempre os mesmos, se desenvolvem com o tempo e se ampliam, mas sempre dentro dos mesmos que recebemos e transmitimos.

Segundo  porque as vias possibilitam diferentes abordagens metodológicas e você pode seguir a que melhor leva ao objetivo segundo sua própria afinidade, aptidão e desenvolvimento. Mas você pode estudar todas e aplicar todas (se é que isso é possível que alguém consiga) sem restrições.

E dentro das vias estão os caminhos da religião também, então eu posso seguir o caminho da minha religião de uma forma muito mais profunda e completa. Detro de cada via predomina uma grande religião. Eu posso até me dedicar a isso, ou até, por exemplo, me dedicar a uma via, mas ser da religião que é enfatizada em outra via . Eu posso ter uma religião e segui-la à vontade, onde for, ser plenamente fiel ao que acredito, sem ter problemas com as outras vias onde predominam outras religiões, aliás eu posso estudar todas elas também se quiser e até participar (ainda que nem todas ao mesmo tempo, é claro). O problema da religião não está no centro do trabalho da ordem, mas sim o da verdade (por isso são poucas as religiões estudadas, porque elas tem que ser verdadeiras em suas propostas e resultados e se algum ponto não é seguro este ponto não é usado, ele é testado, só os pontos verdadeiros das religiões são usados, os demais são considerados apenas informações culturais e tradições). Se eu citar exemplo vou me estender, então...

Então me sinto em casa porque eu sempre busquei a verdade, nunca uma doutrina ou respostas que não posso entender, evidenciar nem comprovar. Passei por mudanças drásticas na minha psique, no que pude evidenciar e na religião, neste tempo que estou na ordem, e a forma como ela trata as religiões é perfeita para mim. Neste caso, tanto desta quanto da religião que eu estava antes, respeita em tudo minha religião e minhas escolhas e nem fere princípios de minha religião a nem minha religião fere os proncipios da ordem.

As pessoas prescisam entender que esse estudo é como estudar uma faculdafe de filosfia ou ciências. Se temos a prática dessas religiões é para que as pessoas se aprofrunfem juntas nesse estudo, nessa vivência e compartilhem experiência, não sendo um sujeito isolado, interpretando sozinho por si mesmo as experiências ou interpretando segundo o que outro diz para ele que são. É um laboratório, uma oficina e a prática profunda da religião, além disso um pode conhecer a do outro se quiser, e os de uma mesma região podem conhecer completamente sua história, fundamentos, livros, ensinamentos, teologias ou teogonias ou doutrinas. É como se estudasse para ser um doutor nesta religião...


Terceiro, pelo método que a ordem se estruturou, que tem uma estrutura de universidade que a pessoa pode percorrer como uma graduação normal, como apenas prático, ou de ambos que é o melhor, claro, e só estes últimos podem ensinar ou estar habilitado a fundar um outro grupo (claro que ao longo da história muitos não vão ao objetivo e fundam novas ordens sem aprofundamento, ou com apenas um começo ou uma parte ou um aspecto que escolheu e apresenta aquilo como se fosse um todo, não se pode responsabilizar ninguém, além dessas mesmas pessoas, por esse tipo de comportamento). Isto se dá em todas as instituições realmente ligadas à ordem original, ou pelo menos o estudo completo e o estudo externo, isto é, apenas acesso ao material escrito e aulas, palestras, etc.. Eu a herdei em parte de outra ordem também, e em parte de meu professor nessa ordem. Mas em parte ainda em uma outra ordem, e aí através disso penetrei na ordem verdadeira, interna, que meu professor anterior fazia parte, não precisando mais de ordem ou de professor externos, mas já estando em contadto com essa ordem interna. 

Quando dizem aqui que você entrou contato com seu anjo guardião, ou com seu nous, ou com as partes superiores de seu ser, ou que desabrochou a rosa em sua cruz, ou a rosa do coração (no timo, na verdade) ou o lotus do seu coração ou que recebeu o Espírito Santo de Deus e ou que já está ouvido, ou, como dizemos, já alcançou a comunicação... Estamos mais ou menos falando da mesma coisa em diferentes linguagens. É claro que cada um pode ver de uma maneira, ou interpretar isso de uma maneira, mas a ciência da ordem só está falando de duas coisas, dois fatos, que podem ocorrer juntos ou um depois do outro: ou você acessou as partes superiores de sua mente e consciência (nous, isto seria longuíssimo de explicar aqui) e ou você entrou em contato com o mensageiro (anngelos ou mal'akh) encarregado de sua proteção e educação espiritual (na tradição chamado anjo guardião ou protetor, não cabe aqui também explicar). No mínimo isto é exigido para que você possa coordenar desde um grupo até uma fraternidade.

Você tem a opção de permanecer na mesma instituição e contribuir com ela, isto é trabalhar na mesma instituição e muitas vezes até mesmo local, ou criar outra (grupo de estudo ou pesquisa, fraternidade, confraria, denominação, ordem, etc.). Um de nossos mais conhecidos organizadores no passado fez assim, a segunda opção, e mudou o nome e características da instituição. Por um lado foi ótimo porque depurou, retirando aquilo que havia sido acrescentado e deturpado, mas por outro foi acrescentando elementos e características novas e de outras ordens que participava, criando como uma fusão. Isso com o tempo deturpou novamente a ordem (não sei se da parte dele ou dos sucessores) e mecheu com os fundamentos. Este é que é o grande problema desse tipo de funcionamento, então tem que novamente surgir sempre novos fundadores que restaurem a tradição ao que era, volte aos princípios e conserve os avanços da ciência. Mas isto também é uma grande vantagem, pois a ordem sempre se reorganiza sem depender de pessoas nem de instituições, mas apenas quando se reunem os mesmos princípios  os mesmos fundamentos e a mesma metodologia. Ou seja, ela sempre reaparece pura novamente basta que alguém ou algum grupo se reconecte à ordem original. E ela sempre realparece de tempos em tempos, em sua pureza original. Tive que contar isto para explicar esse terceiro elemento, pelo qual eu não deixo essa ordem. Eu também fiz essa mesma escolha. Ela está aqui em minhas mãos, é minha responsabilidade (que eu saiba não existe nenhum outro herdeiro nesse país a não ser de partes ou fragmentos do original).

A primeira ordem que participei, por exemplo, treinavamos aulas e davamos aulas, rigidamente controladas, uma vez, duas vezes por semana, por anos. Mas se alguém quisesse ensinar teria que ainda fazer um curso especial e uma formação fora do país e tudo isso ainda para só repetir o que alguém dizia sem apresentar provas ou evidencia (muitos de nós aliás, não tinha qualquer vivência ou prova do que estava falando e todos não sabiam realmente tudo que ensinvam). Isto é muito ruim. É assim que se criam seitas de fanáticos.

Nós não devemos apresentar doutrina nenhuma, descrição nenhuma que não esteja ao alcance do estudandte. As unicas vezes que falamos sobre isso é quando estamos estudando alguma religião, doutrina, filosofia ou tradição, então obviamente temos que dizer o que elas propõem, o que é que elas dizem, não necessariamente nós dizemos, nem estamos afirmando que aquilo seja uma verdade. Isto é que faz toda diferença.

Ninguém sairia falando por exemplo de Marte ou do Sol, de como é lá, sem poder levar você lá para ver, a não ser quando estamos estudando a ciência acadêmica, então temos que informar a você o que ela diz. Imagine quando falamos de coisas, como descrever planos de existência depois da morte ou como são os anjos ou os devas ou a quinta dimensão de um planeta! Não fazemos essas coisas, não contamos historinhas de seres invisíveis ou e.t.'s, seria ridículo.

Temos um método de trabalho, mas também temos um método de ensino. É como se estivesse estudando um curso de filosofia. Mas há uma diferença aqui, é que se você escolhar estudar alguma a fundo, não acreditamos em doutrinas. A princípio sim, você vai estudar, ler muito, mas o estudo de fato começa quando você se torna um daqueles seguidores, um praticante sincero daquilo está estudando, sua experiência tem que ser tão verdadeira quanto suas horas de leitura. Não se estuda de fora, tem que haver completa imersão, sendo um daqueles particantes sinceros do que você quer estudar (os mais velhos podem ter uma idéia lembrando do seriado A Ilha da Fantasia para os práticos e graduandos ou do Túnel do Tempo, para os estudantes, vocentem que viver aquilo, ou pelo mesmo ver, assistir aquilo), seu orientador não conta a você como é, ele só vai guiá-lo como mais experiente (como um Virgílio, na Divina Comédia). Essa é a difereça. Por todas essas características desse método, considero esssa a única ordem que conheço verdadeira e eficaz no que se propõe.


Então, aconteceu comigo que a princípio eu quis voltar para a ordem que me introduziu nessa comunicação, nesse contato, do meu primeiro professor de verdade. Mas temia suas exigências, e fui informado que naquele tempo sua organização já havia se degenerado, fiquei triste, e fui verificar o que era, demorei a perceber, mas quando li novas edições dos livros achei e mesmo os da época. Achei muitos erros nos livros (hoje não sei se de tradução, pois não sei a língua original em que foram escritos, tudo que pude ver foram traduções para o inglês, espanhol e novas para o português) e depois vi claramente nos sites, palestras em vídeos e aulas. Misturaram muita coisa de fora da ordem e até errada.

E hoje todos estão dando também palestas públicas para quem se interesse em inciar, vi professores conhecidos e não achei meu profesor principal, meu instrutor pessoal. Ou ele morreu ou como suspeitava saiu da organização, que ele parecia naquela época já estar muito além dela inclusive. E embora ele não me dissesse onde ela tinha faltas, de alguma forma me mostrava que haviam lacunas que eu teria que preencher, e coisas que eu não deveria levar tanto em consideração. Misturaram estudos de outros, de outras ordens, distorceram muita coisa.

Então entrei nesta outra ordem que contei do fundador nessa ocasião e quando me conectei novamente à ordem original saí dela, pois nela havia também muita mistura, com todo respeito a ambas as instituições, pois ainda assim é justamente devido a essa mistura que ainda atraem pessoas e algumas conseguem a comunicação (lembrando que esta é uma visão científica, não estou fazendo qualquer julgamento do aspecto da "doutrina" em sua eficácia ou veraticidade, a não ser dizendo que foi modificada em uma e levemente distorcida na outra ao ponto de ambas discordarem em alguns fundamentos originais). Creio que estudar outras doutrinas de outros jamais deveria implicar em alterar os próprios princípios e fundamentos ou acoplá-los aos próprios. Mas ambas fizeram isso.

Então preferi a segunda via, fundar minha propria faraternidade fiel à ordem original (que ainda segue em outros países e mesmo aqui em parte, de forma incompleta). Ademais essa segunda também tinha uma tradição, a qual também recebi, confesso, que hoje não é mais compatível nem com essa ordem, nem com minha religião. Só que eles por alguma razão a colocaram acima das outras (inclusive da tradição original pela qual a ordem foi fundada) e ainda recebeu uma, a qual eu também participava por fora, em outra ordem ainda, que embora colocada sob a primeira era ainda de enorme influência (principalmente fora do Brasil!). Acontece que essa tradição em muitos pontos contradiz a primeira, e ao deixá-la, também tinha que deixar a ordem pois é incompatível com meus objetivos e com os objetivos da prdem original.

Concluido, esses erros mitológicos e descuidos eram generalizados também na maioria das ordens que passei. Nesta não. Aqui trabalhamos métodos, as vias são de conhecimento, não são doutrina, obrigação, princípios, nem tomam o lugar dos fundamentos da escola. Os princípios e fundamentos da escola continuam na tradição há centenas de anos, inalterados. Não se misturam com o que é objeto de pesquisa.

Por essa primeira parte da resposta creio que está de bom tamanho esses três motivos pelos quais permaneço nessa ordem e como ela funciona. Nos próximos entrarei em mais alguns detalhes disso e em outras razões.

Se você quer saber quais foram essas doutrinas erradas ou impostas que presenciei ou  essas ordens que eu passei escreva um e-mail e podemos estabecer contatos por algum meio.

frateriliv@gmail.com

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