sexta-feira, 13 de abril de 2018

OBJETIVO DA MANIFESTAÇÃO DA ORDEM NO MUNDO


A ordem em sua manifestação como fraternidade de seres tem como objetivo compartilhar um conhecimento que leva gradativamente a uma compreensão, uma vivência e uma libertação. Esse conhecimento é muito amplo e possui também nele ensinamentos que levam ao conhecimento direto, pessoal e a um despertar, uma visão diferente, das coisas e ligações que antes estavam ocultas aos sentidos e ao entendimento; a compreensão e a vivência disso é conduz a um despertar e uma libertação. Em consequência desse processo, quase que como um efeito colateral, a vida das pessoas é afetada, elevando os participantes a um nível de conhecimento, inteligência, amorosidade, liberdade e força de vontade incomuns, por meios explicáveis pela ciência e por meios próprios da religião, neste sentido é uma ordem científica e esotérica (que possui um círculo interno com um conhecimento particular).

 A ordem tem o objetivo de levar o praticante a conhecer a verdade por si mesmo e conhecer isto até a Verdade última, absoluta, queiram a princípio chamá-la como Ser Supremo, Onisciência, Deus, Uno, Adi-Buddha, Nibbana, Ain Sof, Eu, Nirvana, Ain, Tao, Consciência Apenas, Mente Única, Nous. Este-isto que é a Verdade não está completamente expresso em nenhuma dessas palavras ou entendimentos humanos. Ele é de fato, o princípio uno, único, incondicionado, eterno, onisciente, inefável, inexprimível. Este que nós mesmos temos chamado provisoriamente no passado,  não muito tempo atrás, de IT, pois nenhum adjetivo pode expressá-lo, contê-lo ou defini-lo completamente, muito esta palavra. Neste sentido embora não seja uma religião, nem se apresente como tal, é uma ordem que investiga os objetos da religião e quiçá também o objetivo supremo; fazendo todo o necessário para que tal investigação leve apenas à verdade da religião, isto é, vivê-la, experimentá-la. Assim é uma ordem religiosa, não no sentido de religiosidade, mas no sentido estrito da palavra religião: que objetiva uma religação com sua natureza original e o conhecimento de uma Verdade absoluta. Ainda mais que sabemos que a única maneira de conhecer de verdade à Verdade depende de estar intimamente relacionado, ligado à ela.


Este é o objetivo geral e também em seu último estágio o objetivo final. Dentro desse objetivo existem níveis, e os níveis são de dois gêneros, (1) níveis de conhecimento e (2) níveis de realização, e a relação entre esses dois níveis gera um terceiro tipo ou divisão de níveis, os (3) níveis de prática. 

Os níveis de prática só podem ser gradativos, ordenados e progressivos. Nessa ordem agora organizamos os três níveis de prática em onze graus, os três níveis de prática são (1) aquele em que se encontram os iniciantes, (2) aquele em que se encontram os inciados, e (3) aquele em que se encontram os amplamente iniciados, sendo cada nível mais treinado que outro (estes níveis são nomeados e explicados mais adiante). 

Os níveis de realização são (1) o dos resgatados, (2) o dos transformados e (3) o dos retornados ao estado estado original ou libertos. 


Os níveis de conhecimento são (1) o dos esclarecidos, (2) o dos graduados até (3) o dos doutorados e iluminados ou plenamente despertos. 


Esses níveis podem ocasionalmente se darem em sequência adversa da gradual ou habitual, o que gera uma outra maneira mais geral de vê-los em que podem ser chamadas como tradicionalmente de (1) redenção, (2) santificação e (3) conhecimento direto ou conhecimento de Deus, podendo ocorrer em ordens diferentes em paralelo com os outros níveis que podem ser controlados pela instrução: prática e conhecimento. 


Todas as classes de níveis ocorrem em paralelo. Se considerarmos a preparação como um nível anterior ou grau zero (o que temos feito) temos então quatro níveis, e este primeiro é composto de purificação e estudo. Sem purificação as experiências mais sutis e profundas não podem acontecer nem serem percebidas e sem estudo não podem ser entendidas nem interpretadas corretamente.

Paralelamente a esses objetivos e níveis existem objetivos específicos e por vezes intermediários (encarados tanto como pontes quanto como realizações), são eles: (1) descoberta do propósito individual de sua existência ou como dizem outros verdadeira vontade, ou verdadeira vocação, ou verdadeiro chamado, ou verdadeiro objetivo de vida, etc.; (2) comunicação direta ou como dizem outros inter-níveis, ou interdimensionais, ou entre as partes do ser, ou com o Supremo Onisciente, etc.; (3) e em seguida a realização de tal objetivo de sua existência junto com a transformação ou chamada conversão ou santificação, etc. até seu total  retorno à eternidade e ao estado original. 
Como todos esse níveis de realização e objetivos podem ocorrer em ordem e momento diferentes por vários motivos, além da dedicação pessoal de cada um, os únicos níveis que podem ser considerados mais ou menos fixados são os dados, ou seja, (a) estudo, conhecimento; e (b) os praticados, ou seja, prática e purificação (não confunda purificação com transformação, o primeiro parte da pessoa em seu comportamento, atitude, compromisso, e o segundo lhe ocorre, se processa, paralelamente, mas não necessariamente ligado ao primeiro).

Vê-se até aqui porque em nossa manifestação da ordem se pode avançar rápido. No entanto a palavra escola aqui é bem mais adequada, pois uma escola recebe pessoas de diversas culturas, religiões, filosofias e ordens, visando determinado tipo de conhecimento, habilitação, educação e ou exercício. E é exatamente isto que a ordem faz e proporciona. Ela aceita pessoas de diversas culturas, religiões, filosofias e ordens para um fim, de um aprendizado específico, não porque todos devam realizar o que a escola propõe, mas porque estes querem realizar isto. E o que é isto? É o que a escola almeja: um conhecimento antes da morte daquilo vem depois dela e dos fatores que causam o conhecimento e a condição posterior à morte. Isto é uma outra forma de dizer numa só frase tudo que foi dito sobre objetivo. A escola no mundo é um estudo da eternidade e de como acessá-la de um modo consciente, recordado e sem sofrimento.


Esta escola apresenta um ensinamento, que ensina a ver, a saber, entender, sentir, amar, querer, pesquisar e ensinar de tal forma que o resultado é o despertar, a sabedoria, a felicidade, o amor, a verdadeira vontade e sua realização, a paz, em resumo, a bem-aventurança eterna, a transformação pessoal e o conhecimento do divino, a intimidade com o Supremo. A palavra escola também é mais adequada por significar uma linha de pensamento e procedimento específica, em outras palavras, um sistema, e é isso que a nossa escola é, um sistema completo e que se relaciona com vários outros sistemas, inclusive incluindo alguns desses como parte que se origina no seu próprio sistema. 


Tal sistema é (1) ontológico, (2) epistemológico, (3) cosmogônico, (4) hermenêutico,  (5) pedagógico, (6) objetivo e (7) prático. Isto em poucas palavras quer dizer que ele parte de outro ponto de vista, a partir do ser, em si, das origens de tudo, da existência e dos fenômenos, que sempre estão em dependência da consciência, dos seres, e das causas, para explicar os fenômenos que se nos aparecem, sendo que a verdadeira compreensão está relacionada de nossa parte com a intenção e com aprender e praticar. Só que esse sistema não pretende apenas oferecer uma explicação plausível, mas demonstrá-la de modo particular (que é o único possível) de modo que cada um conheça pessoalmente a verdade dos fenômenos, não apenas porque leu ou ouviu ou entendeu, e sim porque testemunhou por si mesmo.Então para que cada um tenha este tipo de conhecimento dessa maneira é necessário que se realizem certos procedimentos, portanto é uma prática. Essa prática pode ser resumida em modos de ver, de viver e de pensar. E seu objetivo final e em cada instante e etapa do processo é sempre a verdade, desde a mais imediata até a final. Então se pode dizer que o que importa é ver a verdade e que o sistema objetiva a verdade.


Além disso ela tem o objetivo de propiciar a mesma elevação final para todos os seres, não apenas aos seus participantes, e propiciar os meios favoráveis a que esse conhecimento seja conhecido. Dentre esses meios o principal, princípio, meio e fim, é a liberdade individual, que leva à sede e à liberdade de conhecer, buscar, professar, confessar; liberdade de investigação, de entendimento, de religião; liberdade de conhecimento, de ação e de expressão. A ordem é liberdade, não condicionamento, é descondicionamento, e  seu intuito é levar essa terapia para todos, para o bem e saúde de todos. E a fraternidade quer também ajudar aos seres de todas as formas possíveis libertando-os dos sofrimentos, da ignorância, das impurezas, das doenças, das dificuldades e das suas necessidades, carências e precariedades espirituais e mundanas. Nesse sentido é uma entidade filantrópica. E enfim, o objetivo da manifestação da ordem no mundo é trazer (ou transmutar) o mundo caótico à ordem original.


A ordem enquanto organização no mundo, no entanto, não é apenas isso. Ela contempla todos os campos de conhecimento mesmo, religião, arte, ciência, filosofia, epistemologia, hermenêutica, ontologia e hermética (esses campos são abordados em outros artigos). Esses campos se interpenetram e até se confundem às vezes, mas claro está para nós que existe algo que torna cada um destes um campo distinto, único, algo exclusivo. E a ordem se ocupa desses campos de conhecimento não só por ser uma ordem dedicada ao conhecimento, mas também por ter por finalidade conhecer a verdade, a verdade de todas as coisas ou fenômenos, e a Verdade única e última. Nisto todos os recursos necessários de obtenção e maneiras de conhecimento são utilizados.


Então quem descrever nossa ordem como sendo uma ordem (e um sistema) (a) científica, (b) esotérica, (c) religiosa, (d) terapêutica e (e) filantrópica não comete erro.


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