segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O PRINCÍPIO DA SIMULTANEIDADE

Não existem duas realidades históricas atuando simultaneamente a não ser num multiverso. Este é princípio de simultaneidade (macro).
Mas existe outro princípio da simultaneidade. No primeiro caso, do multiverso, teriamos todos os universos separados existindo exatamente ao mesmo tempo, simultanealmente e no mesmo lugar no espaço (pois o fim de um universo e o começo de outro seriam tamém o fim do tempo e um novo começo do tempo). Mas também temos a simultaneidade de todos os instantes eternos, cada instante é presente simplesmente não se pode afirmar de forma alguma um começo e um fim de cada instante nem mesmo em nossa percepção, só na imaginação. Instante é o presente, não pode ser dividido ou seccionado e se isso pudesse ser feito dividiriamos infinitamente em frações cada vez menores. 
Na realidade só existe o presente, sempre. Nunca se poderia verificar a presença de qualquer passado ou pior ainda futuro, a única coisa que realmente existe o tempo todo é o presente. O presente é eterno. Eterno é sem começo e sem fim.
Cada instante é sempre presente, sem começo nem fim, com ausência completa de qualquer passado ou futuro. Este é outro princípio da simultaneidade (micro).
Mas existe ainda outro princípio da simultaneidade. É o que chamaremos de visão de Deus, a presença imediata e simultânea de todos os instantes em toda eternidade e em todos os tempos . Esse é o princípio fundamental da simultaneidade (visão de Deus).
Sobre esse princípio não há muito o que discutir. Isto é claro, lógico e evidente (já que todo e qualquer instante é sempre eterno e simultaneo). 
Não podemos verificar esse tipo de simultaneidade como também não podemos verificar qualquer um dos outros dois tipos (pois só podemos verificar o instante presente). Mas pela visão de Deus podemos entender a simultaneidade de todos os instantes. Isto é tão evidente ou mais até do que a evidência de que houveram outros instantes antes. Esta simultaneidade, visão de Deus, é inimaginável devido ao nosso tipo de percepção, mas claramente pode ser descrito como um terceiro tipo de simultaneidade diferente das outras duas.
Isto até parece gerar um quarto tipo de simultaneidade (imagine como se pudessêmos percebê-las): todas são simultaneidades, e são simultâneas; todas essas três simultaneidades são simultaneas. Se houvesse percepção disso estariamos falando de quatro tipos de precepções diferentes de simultaneidades diferentes.
Esses princípios explicam a eterna simultaneidade de tudo.

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