quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Categorias de Ordem (com a parte que faltava)

Ordem pode ser compreendida em vários níveis ou dimensões de ser. Seria muito longo descrever ainda que sucintamente todos eles, mas devo resumir agora alguns dos principais níveis apenas em termos de manifestações. Ordem pode ser compreendida (A) enquanto seres (e níveis de ser (ou platôs), (B) enquanto organização (e instituições), (C) enquanto regiões (ou estados ou níveis ou platôs de existência) e (D) enquanto plenitude (ou Supremo Ser ou completude, ou visão integral).

(A) Enquanto seres, a ordem pode ser classificada de várias maneiras, uma bem ampla é por habitação ou natureza dos seres, assim constituída por (1) seres que nunca caíram e permanecem na Ordem, em sua natureza original junto com seres da ordem que retornaram da queda e seres restaurados à natureza original, estes estarão já na mesma natureza; (2) seres da ordem que querem e ou que já estão regressando à Ordem, que têm alguma intuição verdadeira ou ligação definitiva já com a Ordem, embora estejam imersos na natureza corrompida, estão em processo de retorno, eles estão junto com os demais seres constituem a ordem apenas (não que estejam excluídos do processo, mas estão inconscientes dele, isto também está na equação da ordem completa...) e nem fazem ideia da existência de uma Ordem suprema ou não querem escapar da natureza corrompida nem restaurar sua natureza original, estão nessa mesma natureza, a diferença é que não têm ligação nem sintonizam com a Ordem superior, estes últimos vagam pelo mundo como se isto fosse tudo.

Esta é uma categorização didática que também
ensina a desviar-se da terrível mentira que diz que "todos já estão salvos" e ou que fatalmente "um dia todos encontrarão a verdade" e que seriam restaurados: na verdade isto não pode ocorrer se não for da vontade destes. Mas
existem outras formas mais específicas de categorizar os  seres. Por exemplo, numa mesma dessas duas dimensões de existência ou naturezas existem pessoas sintonizadas em diferentes níveis, vivendo no mesmo mundo, mas vendo mundos quase completamente diferentes.

Um ser enquanto indivíduo enquadrado em uma dessas categorias pode estar participando de um
grupo ou não (os grupos estão no próximo tópico), mas independente disso ele é o que é chamado tradicionalmente um vaso, ou seja, um receptor, que podemos equiparar a uma antena ou um aparelho, que recebe informação até o nível onde possa captar, através de sua sintonia (como e porque isso acontece não é tratado aqui). Ele sempre está sintonizado com algum nível de uma das duas naturezas (as naturezas estarão nos tópicos seguintes), não há escapatória para isto.

Quando o ser-indivíduo capta das partes de seu ser mais próximas da Ordem, na tradição
ele é chamado um templo (ou “vaso vivo”); só quando ele tem consciência disso e ou transmite e ou se organiza com outras pessoas em função disso, ele é chamado um iniciado, é um templo ativo ou templário (templário aqui não se refere ao que realiza serviços ou rituais em templos, etc.), ou seja, aquele que se tornou um vaso, um receptor da Ordem: um templo do Eterno. Estas são categorias em que se enquadram todos os seres. Mas ainda existe uma categoria especial como a dos animais, eles se enquadram de uma forma diferente nas duas categorias.

(B) A Ordem como organização manifestada no mundo, aparece como associações, ordens, escolas, fraternidades, sistemas e instituições diversas, em diferentes épocas e lugares, com diferentes nomes. Também surge como ideias, vontade e afeição junto a um conhecimento, que é recebido, gradual e intuitivo, em alguém, em pessoas, em mentes. A ordem manifesta (Ordem e ordem), em alguma instância desse mundo, é o que chamamos 8, esta em sua organização formada de seres-mentes, consciência, ideias e leis (e vontade e afeto) é a que nos referimos com a sigla O.I.T.O. (Ordem iluminacionista do Templo do Onisciente). Essa manifestação específica, da qual estás tomando ciência agora, aqui é denominanda F.I.T.O. (Fraternidade dos Iluminacionistas do Templo do Onisciente) que é manifestação exterior da Ordem de origem, que chamamos de O.I.T.O.; a F.I.T.O. e todas as suas ramificações e fraternidades e confrarias coirmãs estão todas incluídas no que normalmente chamamos de "nossa ordem". Mas outras, mesmo quando são autênticas são chamadas de "outras ordens", pois usam outras linguagens, assim, quando dizemos outras ordens estamos falando somente de outras ordens, não estamos necessariamente dizendo que são corrompidas nem que são autênticas, e estas estão classificadas anonimamente em outras siglas gerais (que serão vistas mais adiante em outras publicações).

Outras ordens autênticas ou remanescentes que podem ser classificadas no mesmo tipo ou origem (direta ou indireta, da O.I.T.O.) não são citadas nesse trabalho, mas elas podem ser entendidas como uma das manifestações multiformes da mesma O.I.T.O. para atender alguma das razões citadas anteriormente,
embora dificilmente sejam simultâneas. São classificadas como outras fraternidades, equivalentes à F.I.T.O.. Uma porta específica que se abre diretamente para entrar nessa fraternidade é a O.I.E.O. (Ordem Iliminacionista Estrela de Ouro, também chamada de Ordem Terapeuta Estrela de Ouro).

Existem outras portas, classificadas sob outras siglas, mas esta está em linha direita de ligação com os dois outros elos acima. Isto é uma grande diferença, por isso quando falamos de nossa ordem de forma mais geral estamos nos referindo a esta corrente, composta desses
três elos (O.I.E.O., F.I.T.O., O.I.T.O.), e quando falamos dela de modo mais específico estamos nos referindo a esta última. Já sobre outras ordens equivalentes à O.I.E.O. podem haver em maior número, mas de ligação indireta ou herança de uma manifestação anterior. Não cabe aqui falar de outras correntes ou ordens ou atribuir a elas origens (iguais ou diferentes da ordem verdadeira), e sim falar sobre a nossa própria ordem e sua origem. Por essa razão esta parte está aqui, para que se conheça a ligação com o que estamos expondo, a Ordem maior.

(C) Enquanto regiões ou estados ou níveis de existência, existe a Ordem como o Supremo Ser, Eterno, Onisciente que precisa ser entendida pela lógica imbatível para que um membro seja introduzido na ordem conscientemente e sintonizado à Ordem. E existe Ordem como local e estado, plenitude e perfeição. Já ordem se refere a todos os mundos transitórios, pois estão fora da Ordem enquato naturezas, mas estão dentro enquanto parte do processo, do propósito e do resultado.

(D) E enquanto plenitude (ou Supremo Ser ou completude, ou visão integral) Ordem é o Supremo Ser, ser completo, pleno, eterno, a visão do Onisciente. E para as criaturas é a experiência eterna em estado de plenitude. A diferença é que o Supremo conhece toda eternidade (e, obviamente, tudo nela e muito mais) e os seres passam a eternidade conhecendo; um é eterno presente, incompreensível agora para nós e nós outros eternos gerúndios, de eternidade em eternidade.

O que é superior, mais supremo, ser consciente ou ser inconsciente? Logicamente é ser consciente. Só que ser supremamente consciente vai até bem mais além disso, é ser onisciente. Para que hajam diferentes consciências e elas tenham diferentes conteúdos e conteúdos em comum e conteúdos de fenômenos e coisas do passado é preciso que haja uma consciência onisciente que se conserve incondicionada. Ela é luz viva.

Se lhe perguntassem se você queria ter uma consciência mais elevava e até bem acima da normal humana ou a mesma consciência que uma pedra, qual você escolheria? Se escolheria ser como uma pedra nem deveria estar lendo isso, aliás, não é bem vindo em nossa ordem como membro, pois ela não lhe serve.

O que é superior, mais supremo, ser pessoal ou ser impessoal, ter características superiores ou não ter nenhuma característica, ter vontade própria ou ser um autômato, mecânico? Obviamente, que é ter características e estas serem superiores; e é ter vontade própria. E o Supremo Ser é supremo ser, não é supremo não ser, nem não existir. Ainda vai além disso, por sua natureza emana toda vontade e por sua vontade se define o que é característica, além de pessoal é supra pessoal, pois abarca todas as pessoalidades e consciências, e ainda as transcende, permanecendo sempre em suas próprias características, ou seja, a transcendência da pessoalidade como entendemos, não deixa de ser uma característica pessoal.

O que é mais supremo, é ser submetido a leis justas, mecânicas, automáticas, infalíveis e invioláveis ou ter afeição, escolha, amorosidade e amar e reger tudo com equilíbrio, equanimidade, cálculo completo das consequências e bom senso? Obviamente a segunda opção é a superior. Os que caracterizam o Ser Supremo como submetido ou fabricante de uma mecânica ou das características do primeiro tipo, mais se parecem com os que crêem que tudo surgiu do nada e resultou no que é hoje pelo mero acaso, ou seja, é uma crença estúpida, teimosa e arrogante.

Supremo Ser ainda vai além disso, ele é o próprio amor, é amor vivo, é o próprio amar. Por isso existe algo, pois a suprema vontade é impulsionada pelo afeto. A consciência por si mesma é neutra, ela testemunha tudo inclusive a si mesma, mas a vontade é toda expansão, não sem que o afeto, amor, união, atraia e comprima. Essas são as três forças primordiais sem as quais não pode haver existência. O afeto é fruto da consciência, e a consciência é fruto da vontade, mas a vontade é fruto do afeto, do amar. Esse ciclo fechado poderia permanecer eternamente, mas o amor do Supremo vontadeou a existência de seres amados e teve seres como alvo.

Essas são as características que por muitas vezes vem sendo ignoradas, omitidas ou negadas ao Ser Supremo. Embora outras são admitidas como onipresença, onipotência, eternidade, imanência e transcendência. E embora seja uma palavra
inadequada tem sido chamado de Deus. Em nossa ordem o Ser Supremo se faz objeto principal de investigação, pois é sua vontade que esteja em nossa consciências, em outras
palavras, quer ser conhecido. E investigamos a fundo não apenas ao ponto de comprovação, definição e caracterização, mas seus aspectos, linguagem, apresentação, e sua criação, leis, nomes, matemática, geometria, epistemologia, ontologia, tautologia, cosmologia e psicologia. De tal forma que tudo que será entregue ao
estudante é irrefutável, tanto por sua razão lógica, quanto por sua experiência, intuição, vontade, etc.. Mas um conhecimento diferente, íntimo, muito íntimo...

E os meios de atingir por si mesmo as mesmas conclusões (antes que as demos) que nós, são infalíveis se a pessoa seguir as instruções.
Portanto está fora de cogitação toda doutrina ateísta, humanista, materialista, mecanicista deista ou que fale num Deus impessoal, ou de apenas justiça, ou mecânica ou leis, ou força, etc.

Aspectos tomados como simbólicos da triunidade suprema muitas vezes tem sido confundindos ou mesmo se perdido aos longo de muitas tradições, aqui recuperamos: como consciência, vontade e afeição ou amor. Já foram conhecidos como luz, vida e amor e isto não é erro, mas a incompreensão disto e a negligência levaram a
incompreensão do perfeitamente compreensível, e do que eta antes conhecido como revelação ser blasfemado como mistério, como se um triângulo só pudesse ser entendido como três retas e não ao mesmo tempo como uma única figura, uma única unidade. Isto é absurdo e não compreender intelectualmente algo tão simples é a prova do
afastamento da realidade, de estar se afogando na própria desgraça, de amor ao caos, como não ver isso? Como não entender algo tão simples quanto a unidade de um triângulo? Realmente a verdade foi concedida aos simples e aos sábios em seu próprio conceito restou a cegueira e o
“mistério”.

Isto, essa tríade una se repete em tudo, mas especialmente em nós, que somos como o Supremo: consciência, mente e corpo; ou
tradicionalmente conhecido como espírito, alma e corpo. Espírito é igualmente uma triunidade de consciência, intuição e comunhão, e assim por diante, os outros dois também são triunos. Em nós isto é o espírito, a consciência em si e seus aspectos ou faces. A psique é traduzida e conhecida como alma, é a mente. E a vontade em nós equivale ao corpo, o corpo nada mais é que a corporificação da representação da alma. A vontade, no universo, são todos os corpos, todas as forças, vontade não pode não se realizar como algo, e em nós ela é o corpo e tudo que é depositado nele, tudo que pertence a corporeidade é vontade. Nos mundos, em todos, a vontade é a forma, no nosso mundo a vontade é a forma material, no mundo da Ordem é a palavra, o verbo, a vibração, a pessoa, a razão e o corpo do Supremo Ser...



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