terça-feira, 15 de agosto de 2017

Respiração

A saúde está diretamente ligada à qualidade e à quantidade de ar respirado. A qualidade está determinada primeiramente pela pureza do ar e a quantidade de oxigênio presente nele. A quantidade está relacionada à maneira que respiramos e a profundidade de nossa respiração.
Respirar superficialmente pode atrair muitos males físicos, psíquicos e espirituais. Doenças, ansiedade e o cansaço são exemplos de perturbações físicas que podem ser provocadas por um respirar superficial e ou um ar impróprio e uma quantidade de oxigênio insuficiente. Depressão, desânimo e irritabilidade são exemplos de males psíquicos frutos dessa respiração errônea. Torpeza, distração e obstrução da visão espiritual são exemplos de males espirituais frutos dessa ignorância do bom uso da respiração.
Nossa respiração não é ampla o suficiente de modo a não deixar resíduos, ou seja, sempre permanece em algumas partes algum ar viciado, carregado de dióxido de carbono, impurezas e energia ruim.
Por outro lado, nossos pulmões raramente preenchem de ar sua inteira capacidade. O máximo que alcançam é nos momentos de esforço extremo ou prolongado, como em uma corrida por exemplo, quando a respiração tanto amplia como acelera (o que não garante também que entre muito ar). É o bocejo que tem essa função para compensar justamente a renovação do ar porque não a realizamos proposital e conscientemente. O bocejo também pode trocar boa parte do ar dos seios nasais e paranasais.
Por uma respiração superficial ou insuficiente existem células de nossos pulmões que dificilmente recebem o ar do exterior em quantidade e qualidade suficientes, e assim vamos diminuindo sua capacidade. Devemos fazer alguns exercícios se quisermos recuperar e até ampliar essa capacidade.
Na ciência rosacruz, que é medicina universal, também sabemos que ao inspiramos tragamos energia viva junto com o oxigênio. Realmente pode-se dizer que absorvemos luz em nossa respiração, luz viva, uma energia muito sutil, que não é vista com os olhos e não é estudada pela ciência comum, que os indianos chamaram de prana, e os alquimistas chamaram de éter vital (diferente do elemento que é éter espiritual, ou seja, de mente até consciência).
Esse componente é de uma vibração elétrica superior à do elétron no átomo de hidrogênio (entenda-se isso como simbólico ou como fato), mas não tão etérico a ponto de não ser influenciado pelo ar em nosso nível de vibração material, nem por nosso corpo; também não material o suficiente para não ser influenciado pela nossa mente. Portanto é um elemento intermediário entre algo mais denso, matéria, e algo menos denso, mente.
Podemos atraí-lo em maior ou menor proporção de acordo com nossa respiração (e com nossa intensão, dizem alguns), quanto mais profunda, consciente e demorada a respiração maior quantidade e maior tempo de contato e trocas vão estar envolvendo essa energia vital.
É claro que não é conveniente que estejamos o tempo todo respirando dessa maneira. Então precisamos dedicar um tempo do dia, pela manhã e à noite para realizarmos conscientemente esse tipo de respiração. Devemos também várias vezes no dia nos tornarmos conscientes da respiração e provocar algumas respirações profundas, pelo menos a cada hora, digamos.
Assim fazendo estaremos oxigenando melhor e purificando nosso corpo, além disso, treinando e condicionando uma respiração mais ampla. Também estaremos treinando a estarmos mais consientes e presentes através da respiração consciente. A mente se relaciona com o físico através do sistema nervoso. Elétrons desempenham um papel importante, tanto nessa comunicação mente-corpo, quanto nos sinapses entre os neurônios. Assim também o citado éter desempenha um importante leque de relações entre a mente e a matéria, tanto corporal quanto além do corpo.
O exércicio a seguir tem essas funções. Com relação à saúde física e mental ampliando a oxigenação, a energizazação e com pouco tempo também ampliando a capacidade pulmonar. Ele também será um exercício espiritual, acendendo a clareza da consciência, a presença no aqui-agora; favorecendo a concentração e o abandono das distrações e ainda simulando um pequeno despertar no qual a pessoa pode às vezes perceber o que é realmente importante na vida; e, principalmente, a diferença entre um estado um pouco mais desperto de consciência provocado pelo exercício e os estados comuns de consciência normal ou quase ausente.
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO
Sentada ou em pé, em sua posição de meditação, coluna completamente ereta, mãos no colo em posição de meditação, ou na cintura formando como que as asas de um jarro em relação ao corpo, ou no peito em posição de oração ou de zazen, no caso de estar sentada.
DO JARRO (FASE 1)
Nesta primeira fase faça todo o exercício mantendo a mesma posição e com os olhos abertos.
(1) Encha gradativamente os pulmões, estendendo o diafragma de modo que o abdômen se expanda completamente, inchando a barriga  para fora, inspirando pelo nariz até o máximo que puder sem ter dor, então (2) pare. Você vai ter o impulso de soltar o ar, mas segure um pouco, não ao ponto de doer ou sentir muito incômodo. (3) Solte o ar, não de uma vez, mas gradativamente, pela boca ou nariz ou ambos, não importa, e continue soltando até não ter mais ar, então encolha o abdômen gradativamente soprando o restante do ar até não ter mais, então (4) faça uma pequenina pausa, sempre observando o que acontece com a consciência, mas mais atentamente ainda nesse momento. Então inspire novamente começando do ponto 1. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2, de encher e segurar o ar.
DO FOLE (FASE 2)
Nesta segunda fase faça todo o exercício mantendo a mesma posição e com os olhos fechados ou semi cerrados.
(1) Sempre observando o que ocorre na consciência, ou seja, consciente da consciência, encha gradativamente os pulmões, estendendo o diafragrama de modo que o abdômen se expanda completamente, inspirando pelo nariz constantemente até não mais poder, então (2) pare. Você vai ter o impulso de soltar o ar; haja ao contrário disso, sugue mais ar rapidamente e pare, e depois novamente e ainda mais uma vez, isto é, por três vezes faça isso, mas não ao ponto de doer ou sentir muito incômodo. Você se surpreenderá com a capacidade do seu pulmão. (3) Quando sentir o impulso uma quarta vez solte o ar pela boca ou nariz ou ambos, não importa; então encolha o abdômen gradativamente até o máximo que conseguir soprando o restante do ar até não poder mais. A expiração dessa vez deve ser mais rápida que a inspiração, dois terços do tempo desta no máximo, porém não deve produzir barulho além do natural nem se tornar como ofegante, aliás, nenhuma das fases deve ser barulhenta, o que indicaria ou geraria desequilíbrio. Então soltando todo ar prossegue-se encolhendo a barriga para dentro ao máximo até secar todo o ar, pois parecerá que não há mais ar, mas depois de uma pequena pausa você ainda conseguirá expulsar mais ar por duas ou três vezes até sentir os rins serem comprimidos, mas não ao ponto de doer ou ser muito incômodo então (4) realize mais uma pequenina última pausa aguçando mais ainda a atenção à consciência nesse pequeno instante e novamente inspire repetindo tudo começando do ponto 1. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2 de encher e segurar o ar.
Estas duas sequências (fases 1 e 2) devem ser feitas em fases, a primeira sequência (fase 1) por pelo menos uma semana ou até estar à vontade com a prática, e a segunda (fase 2) daí em diante. Só depois de pelo menos uma semana para cada uma das sequências ou de se estar habituada à pratica é que se pode fazer as duas sequências consecutivamente. Isto é um prazo mínimo visto que os pulmões levarão algum tempo nessa adaptação e os músculos levarão um tempo para se desenvolverem. Você pode verificar em parte esse desenvolvimento da capacidade pulmonar medindo o tórax mês a mês ou a cada semana, comparando à medida tomada antes de iniciar o primeiro dia de exercícios.
DO JARRO COM FOLE (FASE 3)
Uma terceira fase ou forma alternativa depois da terceira semana ou após estar habituada aos exercícios é estando em pé; de olhos obrigatoriamente abertos, com os pés juntos ou pelo menos os calcanhares, e em pose militar de sentido. Então ir inspirando e levantando e abrindo os braços estirados até acima (até formar com o corpo e braços a forma da letra ípsilon), levantando simultaneamente a cabeça, ficando de boca para cima enquato realiza os exercícios 1 e 2 de uma das sequências (preferencialmente, na primeira semana deste, usar as sequências da fase 1, e na segunda semana os da fase 2, perfazendo um mês, o tempo mínimo para realizar todos esses exercícios desde que se os execute diariamente). E então em seguida  baixar os braços e a cabeça voltando gradativa e lentamente à posição original enquanto realiza os procedimentos 3 e 4 da respectiva sequência. Não se deve misturar as duas sequências, isto é, deve-se terminar a sequência do início para poder só assim passar a outra. Faça isso três vezes e meia, ou seja, três ciclos completos e mais meio, isto é, terminando com os passos 1e 2. Das próximas vezes, nos próximos meses, você pode continuar com qualquer uma das fases ou todas, variando o tipo cada dia. Você ainda deve experiemetar um caráter mais purificador destes e execícios começando pelos procedimentos 3 e 4, isto é, esvaziando os pulmões primeiro e continuando a sequência com o 1 e o 2, mas sempre terminando enchendo e voltando à respiração natural a partir daí.
Observe o que ocorre à consciência durante e após os experimentos e compare ao estado anterior ao exercício. Anote os resultados e descreva se houverem visões, audições ou outros fenômenos psíquicos, e se quiser mais orientações ou seguir aprofundando os exercícios, bem como conhecer outras formas de exercícios envolvendo respiração, corpo e mente, para o benéfico da saúde e despertar do estado mais consciente e cura, escreva-nos. Também não nos deixe de contatar se houverem dúvidas. Se houver intenção de continuar e aprofundar as práticas e o despertar da consciência conhecendo todas as sequências de exercícios adequadas ao seu corpo ou tipo físico e sua mentalidade esplicite para nós  esse anelo. Para qualquer tipo de contato escreva para o e-mail frateriliv@gmail.com, que entraremos em contato e enviaremos mais lições. A única exigência para receber mais exercícios e  orientações para a saúde, cura e despertar é que se envie um resumo dos relatórios, dos resultados e anotações, para nosso acompanhamento e orientação adequada, após cada mês ou cada nova sequência de práticas.

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