segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

UNIVERSALIDADE DOS PRINCÍPIOS

Todas as religiões e religiosos estão incompletas ou enfraquecidas quanto ao equilíbrio dos três princípios. Deus é triuno  e assim também somos. E assim também deveria ser o ensino verdadeiro. Deus é pai, filho e Espírito Santo, e nós  somos espírito, mente e corpo. O Uno é consciência, amor e vontade e nós também somos. O budismo e o taoísmo visam só  consciência e amor, o cristianismo e o thelemismo amor e vontade, o hermetismo a a yoga consciência e vontade, o gnosticismo visa só consciência e... Então vem essas religiões mais incompletas ainda, e as falsas, e as inferiores de quais nem devemos falar.
Nós precisamos descobrir, conhecer e desenvolver esses três aspectos em nós mesmos em toda a nossa vida. Não se trata de ser bem sucedido, ou rico ou feliz ou religioso ou espiritualizado etc.. Nada disso vale qualquer coisa se simplesmente morremos depois, mesmo que fôssemos voltar para cá de novo. Se trata de descobrir e ser quem nós somos realmente, plenamente conscientes disso e de realizar o que viemos fazer aqui.
É isso que fazemos. Isso é a única coisa que realmente pode satisfazer completamente. Trata-se de saber e realizar, se tornar sábio e então poder partir em paz sabendo para onde vai, e não voltar mais, como dizem, esquecidos de tudo. Ir para o seu lugar. É disso que tratamos...
O PRICÍPIO DO PRINCÍPIO - A TRIUNIDADE
Eu poderia ficar enumerando equivalências e explicando cada uma delas em seu contexto histórico e seu contexto universal, mas não é isso que interessa. O que importa é que entedamos esses três pricípios e suas leis no que se refere a nós e nosso caminho.
A triunidade se aplica ao Uno, aos mundos e a nós (e ao nosso caminho, mas isso é falado em outro artigo). No mundo a triunidade é diferente da triunidade suprema, consciência-mente-vontade, no mundo é consciência-mente-forma. Deus é consciência (espírito), mente (atributos e características) e vontade (logos, palavra, verbo, ação). Estes são chamados Pai, Filho e Espírito Santo ou dharmakaya, Sambogakaya e nirmanacaya, "corpo" da verdade, corpo do deleite (ou desfrute ou sabedoria...) e corpo de manifestação.
Esses dois conceitos, sínteses dos modernos conceitos ocidental e oriental respectivamente significam o que nós estudamos como nous (consciência)-agape (amor incondicional ou afeição...)-thelema (vontade, intenção).
Deus pai é a consciência original, Deus filho é a vontade de Deus sempre manifesta de alguma maneira, e Deus espírito é a mente divina.
Só podem existir mundos se houver uma consciência suporte, pois tudo que existe só pode existir na consciência (lei de existência), a consciência é passiva, testemunha, assiste, contém. sendo a consciência passiva ela não pode produzir algo a não ser que haja uma intenção, a intenção  é ativa, é dinâmica, é movimento e resistência, é a vontade. Mas para que a manifestação da vontade não seja uniforme e unidireçional é preciso que haja uma preferências, atração e repulsão, é preciso que haja afeição por um certo tipo de existência.
E é isso que vemos, um universo múltiplo, complexo e que teve um começo. Então temos aí uma nova big-bang teory completa.
Tudo que existe é devido a isso. Tudo que existe só pode existir porque áa uma inteligência, consciência que projeta um universo segundo sua vontade porque gosta disso, ama um universo e seres assim, como os fez, e ama incondicionalmente, se não fosse assim não teria criado como acima fica um pouco demonstrado, seria impossível. É claro que toda essa nossa "cabala futurista" está aqui extremamente resumida e não contém todos os elementos necessários a essa explicação e compreensão, mas temos agora o suficiente em conceitos para entender o que precisamos.
Nós temos essa semlhança de Deus (que pode ser percebido por nós na sua triunidade), pois somos seres triunos. Mas o mundo também é triuno em todas as suas dimensões, consciência (pois é existente), mente (natureza, leis, representação, atração) e vontade (forma, matéria-energia, resistência, repulsão). E cada partícula do cosmo contém as mesmas, é um microcosmo. Vejamos por exemplo o átomo, possui massa positiva, prótons; possui carga negativa, elétrons; e possui carga neutra, nêutrons. E mesmo que não tenha nêutrons possui cargas de atração e repulsão. Entre os prótons e elétrons não existe vazio, é cheio de energia, não existe vazio em lugar nenhum.
NO mundo há triunidade de três sensações sempre: consciência que testemunha como um fluxo de instantes (fluxo no tempo), mente que sente, percebe e registra (o sentido que capta dos outros sentidos), e objetos mentais (os percebidos e registrados que vão desde os mais abstratos aos mais concretos). Sendo que a consciência no mundo é de objetos e mente, a mente contém os objetos e fenômenos e estes são as formas que são a perspectiva da vontade no mundo.
Consciência e mente não têm forma. No mundo a forma é sentida como material, em qualquer mundo, pois se refere a forma, por mais sutil, energética ou etérea que seja em relação a outro ela é sentida como resistência, mais ou menso sutil, mais ou menos maleável; variando como vemos não só de mundo para mundo mas num mesmo mundo também constituindo enorme variedade.
Nós enquanto seres somos semelhantes ao mundo, consciência-mente-corpo. Mas enquanto verdade última ou individualidade "interior" ou verdadeira somos semelhantes a Deus, consciência (espírito)-mente (alma)-vontade (forma). Só que em nós ocorre algo, digamos, inapropriado, que veremos depois, que é o desvio e multi-diferenciação da vontade a partir da livre vontade numa direção imitadora e aprisionadora. Então temos uma forma semelhante ao mundo que faz parte desse e de seus processos de transformação e isto é tão marcante enquanto experiência que muitos se identificam com essa manifestação, ainda que muitos outros se identifiquem mais com a mente, e ainda relativamente poucos com a consciência.
Qualquer dessas identificações está errada porque temos uma interferência na consciência-mente-forma original devido a esse processo consciência-mente forma desviada. De modo que temos uma forma original e uma forma material biológica, temos uma mente original e uma persona construída no mundo, e temos um consciência original espiritual e uma consciência biológica limitada, aprisionada e iludida, isto é, vendo uma mistura de verdade e projeções, como uma miragem ou alucinação num cenário perigoso.
Então é difícil conhecer algo além desse mundo e dessa dimensão visto que estamos sempre enredados por essas condições que sequer sabemos distinguir bem. Estamos em resumo verdadeiramente condicionados a essa dimensão.
Então o que interessa nisso tudo é como libertar-se desse condicionamento se quisermos ver alguma coisa além ou se quisermos ir mais longe ainda e descobri o que realmente somos e o que estamos fazendo aqui, e para onde vamos e se existe algum proposito para nossa existência. O que importa é saber o que temos que fazer para isso, o resto acessório para deleite intelectual ou simplesmente atrativos diverso para trazer as pessoas ao que realmente interessa, sua liberdade e que conheçam a verdade por si mesma, não porque alguém disse.
UM MÉTODO CIENTÍFICO DE RELIGIÃO?
Observe que não precisaríamos ir muito mais além (embora hajam muitos outros aspectos e detalhes) para perceber que isso também é um dos significados do que dizemos quando afirmamos que vivemos um mundo de ilusão. Vivemos nos identificamos com cópias baratas, ou melhor, perecíveis, suscetíveis a inúmeras limitações e enganos, do que realmente somos.
Vamos ver o que podemos fazer. Vamos descobrir o que somos nós primeiro, para então podermos fazer alguma coisas. Ainda temos certa "quantidade" de vontade livre, não condicionada por esses enganos, que é o que realmente somos. Essa parte é a vontade original, pura, é a única coisa que realmente somos de maneira diferenciada dos outros. Ela é também a única parte ativa em nós e realmente independente, mas precisamos distingui-la da vontade aparente, os múltiplos quereres condicionados, desejos e impulsos, naturais ou aprendidos, que são também, como o restante, dependentes e incondicionados. Existem poucas pessoas neste caminho de despertar porque também é o mais perigoso. Despertar pela vontade em vez de pela consciência e ou devoção (amor)? Sim também, mas não quer dizer que não devamos trabalhar os outros dois do mesmo modo, e sim que enfatizamos o da vontade (thelema) igualmente ao despertar da consciência pura (nous) e do amor (agape).
 Todo o resto que pensamos ser nós mesmos de fato não é nem nosso, nem está sob nosso inteiro controle, ou é algo dependente e condicionado (mente e objetos mentais) ou é neutro e igual ao de qualquer outra pessoa (consciência pura). Tudo se enquadra nas seguintes categorias: objetos da consciência, mente e objetos mentais (incluindo o que pensamos, o mundo, a matéria, as pessoas, nossas características pessoais e nossos corpos, etc.) que são condicionados e dependentes; e (2) consciência pura, verdadeira, limpa como um espelho perfeito limpo e polido, que é neutra e igual a qualquer outra de qualquer outro ser. Porque a consciência é essencial e primordial, mas ela é igual a de qualquer outro ser, vazia como um espelho que apenas reflete imagens, vistas como seus conteúdos, condicionados.
Só que nisso também há uma vantagem, ela é como a de Deus, ela é igual, ela é a parte dele em nós, é o sopro vital de Deus em nós, o nosso espírito, vindo de Deus, a partícula de Deus em nós, que se conserva igual desde o princípio, original, intacta, intocável. Ela é vista separadamente apenas de maneira didática, pois na verdade ela também constitui uma triunidade, com a vontade original e a afeição original, esta afeição é o amor puro, incondicional, principalmente pelo que é objetivo de sua vontade, por isso o busca incansavelmente e não estará jamais feliz e satisfeita enquanto não o estiver cumprindo.
Contudo a consciência de Deus não tem limites e obstruções (além de ter acesso a todos os instantes simultaneamente) e a nossa embora seja infinita como a dele está cheia de obstruções que impedem de ter consciência de muitas coisas. Precisamos apenas conhecê-la como ela realmente é, pura luminosa e desobstinada, reconhecê-la. Mas para isso precisamos eliminar os obstáculos, os condicionantes que a limitam, nem que seja por alguns momentos quando vamos investigar a verdade (e temos métodos para isso). Esses condicionantes são como sujeiras no espelho, a saber, as emoções negativas, ódio, aversão, os desejos e tendências insalubres e egoístas, cobiça, arrogância, inveja, etc.. De que adiantaria olhar a verdade por um espelho sujo que faz ver imagens que não estão de fato lá? Precisamos limpá-lo.
Não adianta dizer que não há espelho nem onde a sujeira se sustente quando justamente esse espelho é o que vê, a testemunha, a consciência, e nós sabemos que há um que vê, e nós sabemos que há visões (independentemente de onde, ou do que sejam essas visões ou se elas são reais ou não, o fato é que há e sempre haverá visão de algo), e nós vamos um pouco mais além, baseados em nossa experiência e de vários outros, e dizemos que as visões estão distorcidas e nos iludindo justamente porque há uma sujeira no espelho. E nós estamos vendo essa sujeira também (por isso dizemos que o caminho chamado da não-mente é infrutífero e o da mente-única produz fruto). Embora essas visões dos obstáculos estejam também vistas de forma distorcida (mas quando removemos alguma delas já enxergamos algo que elas escondiam) nós sabemos que existe uma visão clara exatamente quando as removemos mesmo que por alguns instantes quando nos sentamos fazendo alguma prática voltada a isso. Não adianta complicar o que é simples, nem simplificar em excesso, mutilando, o que é complexo. Esta ideia é simples e facilmente verificável por qualquer pessoa. Um caminho em que você se dedica toda uma vida para talvez lá num futuro distante ter um vislumbre de realidade ou uma promessa de libertação realmente não vale a pena, pode ser um engano ou enganação.
Nós também não somos a mente porque, além de ser condicionada, dependente e não estar totalmente sob nosso controle, esta muda, se transforma e é construída e desconstruída várias vezes durante na vida. O que ela tem de original? Todas as diferenças entre as mentes são apenas devido a condicionante biológicos e da experiência, ela não é o que somos, tudo que está nela veio "de fora". Se acreditamos que somos mente é como se fossemos vítimas do ambiente, pois mesmo nossas escolhas estão condicionadas a ele. E nem sequer conhecemos nossa mente, pouco dela aparece na consciência, uma parte muito pequena de toda sua atividade. Ela pensa e sente por si mesma, em grande parte independente de nossa vontade. Mas também nisso está uma ferramenta: ela trabalha automaticamente e pode ser reprogramada e comandada em parte pela vontade para fazer o que for necessário para nosso desenvolvimento e vai trabalhar automaticamente para nós. Precisamos de meios de colocá-la a nosso serviço, mas antes precisamos conhecê-la de fato e não apenas a parte que aparece em nossa continência, mas também o que está nos chamados as vezes de subconsciente e inconsciente.
A única coisa que realmente somos nós até aqui é a livre vontade, a vontade pura. Precisamos do mesmo modo que as outras duas descobri-la na sua originalidade, separado das demais e dos condicionamentos e desvios da verdadeira vontade.
Então em suma nosso método primeiro envolve conhecer, por si mesmo, de forma empírica, testemunhar. E observando de forma criteriosa e científica conhecer primeiro o que nós mesmos realmente somos, a triunidade original, consciência pura original (nous), afeição original (agape) e vontade pura original (thelema). Nesse caminho inevitavelmente vamos também conhecer ou pelo menso descobrir muito sobre a parte condicionada, atuais e temporais objetos da consciência: mente (dito nosso mundo subjetivo) e objetos mentais (nosso mundo do subjetivo ao objetivo) e o que costuma se chamar de nosso mundo que também é uma triunidade: (1) aparente consciência de si, ou seja, consciência de uma consciência própria que testemunha; (2) consciência de mente e objetos mentais aparentemente interiores que são as sensações mentais; e (3) consciência de objetos mentais aparentemente exteriores que as sensações materiais fenomênicas e de sentidos. Se essas três são apenas impressões ou se são aspectos da mesma coisa, ou mesmo se as três bases disso são também apenas uma única coisa é outro assunto para mais adiante e que precisa também ser descoberto pelo estudante praticante.
O MÉTODO NA PRÁTICA
O método tem sido chamado de religioso, mais por identificação dele com diferentes práticas de diferentes religiões do que pelo que ele é em si, um método, científico, de realizar algo próprio da religião, a religação com Deus, a purificação espiritual e o retorno à natureza original.
Nós propomos na verdade um método que tem que ser primeiro científico, embora utilize técnicas já consagradas em algumas religiões, que complementa, auxilia, potencializa, investiga e dá provas e garantias da eficácia de certos procedimentos, da realização plena dos resultados esperados e da realidade do descrito e ou prometido. Assim podemos dizer que se trata de um método científico que tem objetivo religioso, isto é, não só de conhecer a nós mesmos e a realidade tal qual é e suas leis, mas também de retornar a um estado original, de religação. Isto em primeiro lugar. E tanto secundariamente quanto como um efeito colateral terminamos descobrindo algumas coisas sobre os métodos das religiões; sobre as naturezas e os mundos; e sobre os seres e nós mesmos. Podemos ainda dizer que se trata de investigar cientificamente os métodos e conclusões das religiões; ou ainda da investigação sobre a realidade dos seus objetivos últimos e também dos secundários. Mas por que nos identificam tanto com as religiões e até nos acusam de sermos uma religião eclética ou um sincretismo (o que não somos)? Vejamos.
Usamos o método da atenção vigilante e da meditação zen budista (que vem das disciplinas ou psicologias que restaram do budismo e taoísmo primordiais) para conhecer a consciência só, isolada, pura, original. E nesse processo também conheceremos a mente automática porque ela não vai parar só porque decidimos parar, ela vai levar muito tempo para concordar conosco em parar ou em não atrapalhar e colaborar; ela vai continuar sua atividade de várias maneiras, como já sabem todas as pessoas que meditam ou praticam zazen ou mindfulness, então vamos simplesmente observá-la também, boa parte do tempo, aí teremos a completa certeza que ela não pode ser chamada de um eu ou minha mente, pois veremos que ela age sozinha como bem lhe apraz. Mas também por vezes teremos intervalos de controle e outros sem nenhuma interferência dela nem do que se chamam impurezas, então veremos a consciência pura, clara e lúcida tal qual ela realmente é.
Também usamos o que evolui como ciência desde as ciências antigas, da yoga, do hermetismo, da alquimia e da gnosis, para conhecer nossa verdadeira vontade, única e ultimal, que é a razão de tudo, que é a razão da nossa própria existência, que é o plano original de Deus para nós. Aqui a alma (mente) é convidada a desapegar-se cada vez mais da matéria de baixo (corpo material, mundo material e suas demandas) e voltar-se para cima, para sua verdadeira natureza imutável e imortal, o espírito (consciência-afeição-vontade original). Nisto se resume todo o processo chamado alquimia espiritual ou simplesmente alquimia, bem descrito e sintetizado na tábula esmeraldina. E do mesmo modo, no trabalhar e conhecer dessas hoje, na prática desses experimentos e exercícios, no processo de obter esse conhecimento, adquiriremos uma série de outros tantos conhecimentos sobre as naturezas e os mundos e sobre os seres e nós mesmos.
Usamos o que foi preservado do cristianismo primevo, o cristianismo primitivo, original, cristianismo no sentido da palavra, não o cristianismo religioso ou cultural, isto fazemos para realizar a única religião verdadeira, no sentido da palavra, que independe de qualquer religiosidade, isto é, reunião, religação verdadeira e possível: a da nossa triunidade primordial e verdadeira à triunidade de Deus em seu plano original, religação esta que é feita através do filho em nós e de nós como filhos... E do mesmo modo como nas anteriores no realizar disso, na prática desses e uso desses princípios universais, adquiriremos uma série de outros tantos conhecimentos, transformações sobre nós mesmos; e ao final do processo a realização plena do objetivo original e do acesso ao nosso ser plenamente restaurado à natureza original e ao plano original.
E usamos todos esses métodos e outros para descobrir a verdade das coisas, de tudo e do todo. Esse método chama-se de gnosis. Gnosis no sentido da palavra, não como diz-se que os gnósticos antigos acreditavam nem como os gnósticos de hoje tentam confundir, mas uma forma de conhecer plenamente. É um tipo de ciência, uma ciência do conhecimento, do modo de conhecer e daquilo que conhece; uma ciência do que toma ciência, a testemunha, a consciência. Não estamos falando das doutrinas diferentes das várias escolas que foram chamadas de gnósticas no início deste milênio, nem estamos nos referindo a esse "gnosticismo" misturado ou da "nova era" (neognosticismo) que têm sido apresentado desviando os buscadores, nem tampouco o gnosticismo que ao contrário se dividia em inúmeras seitas sectárias em sua maior parte desde o início e ao longo de toda a história. Estamos falando de um método, um modo de conhecer seguro onde a divisão entre conhecedor, conhecido e processo de conhecer desaparece, sobrando a realidade do conhecimento puro e inteiro, completo, ou o conhecimento real.
Então se por um lado temos um papel científico como foi resumido acima sobre nosso estudo, pesquisa e métodos, por outro temos um papel no resgate histórico e moral através da pesquisa das fontes originais eficazes das práticas religiosas, dos seus princípios, de suas sabedorias e de seus resultados.
COMO REALIZAMOS ISSO?
O que pôde ser descrito aqui é apenas o processo inicial básico e resumido. Mas existem várias práticas e detalhes que levam muito tempo e estudo, o que é o trabalho da ordem. Existe portanto um conhecimento, uma disciplina e práticas, e um contato direto com as realidades além da matéria desse mundo. O que resulta numa específica sabedoria.
Fazemos isso através do ensino dirigido e individual a cada estudante praticante. Por técnicas que são ensinadas e pelo estudo principalmente dos livros sagrados que são a fonte inalterável desses saberes, assim como, secundariamente, através das conclusões destes estudantes ao longo da história e nossas das nossa próprias experiências individuais e testes, e ainda em terceiro lugar através das tradições e seus resultados obtidos ao longo da história.
Mas principalmente, em determinado momento, o estudante tem que se tornar independente e conseguir por si mesmo o conhecimento direto. Isto acontece através de três processos fundamentais. Através (1) do conhecimento da verdade em si mesmo, por certos de métodos, através (2) da comunicação direta com as dimensões muito mais sutis e o recebimento direto do conhecimento necessário, e através finalmente (3) da reunião definitiva com o plano original.
Cada integrante da ordem deve também deixar a fraternidade quando estiver pronto em seu aprendizado e ensino e fazer o mesmo, preparar outras pessoas, tendo apenas sobre si a interferência da ordem interna. Esse ideal, entretanto, raramente é conseguido, pois: de dezenas ou até mesmo centenas de estudantes aparece um que queira, de todos os que querem poucos são os que estudam e praticam o suficiente, e de todos os que estudam e praticam poucos conseguem finalizar completamente todos os objetivos. Então o que cada um deve fazer é superar essas etapas e de fato querer, estudar e praticar por isso sem dificuldades alcançar os objetivos e ensinar outros a fazer o mesmo. Cada professor da ordem assume que deve preparar pelo menos um sucessor dessa forma. E todos, se estudarem e se dedicarem, em relativamente pouco tempo estarão prontos para isso antes mesmo da realização final, isto é, no transcorrer do segundo processo descrito no parágrafo anterior. Então se um professor tem doze estudantes, um ou dois que atinjam isto está muito muito bom, mas se tem mais em condições ou condições de ter mais estudantes se dedicando somente a isto é muito melhor para a humanidade. Lembrando que não é um trabalho egoísta, não trabalha para si mesmo, nem em última análise para seus estudantes mas para a verdadeira ordem na humanidade.
Então uma vez tendo conseguido a  comunicação indubitável com a ordem por um meio suficiente e eficaz todo estudantes pode ser convidado a intensificar seu estudo e ensinar a outros antes mesmo das últimas consecuções. Isto explica porque a ordem é diferente e funciona dessa forma. Suas consecuções são fáceis e atingíveis a todas as pessoas desde que queiram, pratiquem e estudem, pois o processo é seguro e eficaz. É muito fácil.
Nós vamos direto ao que interessa e mantemos o foco. Ao contrário de outras ordens que dão milhares de práticas de diversos tipos e estudam toda espécie de ocultismo e esoterismo inútil apenas no intuito de atrair mais gente (gente que com tantas práticas jamais praticarão as fundamentais por tempo suficiente, nem sequer saberão escolher quais são, é como querer ferver uma comida dividindo o tempo da fervura em vários fogões em lugares diferentes e a panela novamente esfriando). Mas aquele que não tem provas não deve ensinar. Então é preciso ter provado a si mesmo o que aprendeu para ensinar.
E as últimas consecuções são raras e difíceis, não são como todas as primeiras. Só com uma orientação superior, precisa, individual e particular pode ser transmitido o que supera essa passagem do fácil ao intermediário. E só a fraternidade interna agora pode transmitir o necessário para passar do nível intermediário ao de consecução difícil.
Saímos do alto explicando a aplicação universal dos princípios até as pequenas e múltiplas coisas e processo. Os níveis em que se distribuem os graus também formam uma triunidade compatível com o mundo que vivemos, com nosso ser e com o Supremo funcionando como elo entre este mundo decadente e nossa aparente realidade e o mundo real original. O que fazemos é instruir individual e adequadamente em como fazer e o que fazer para realizar isto.



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